Atividade Citopatologia 2 Artigo: Natural history and epidemiology of HPV infection and cervical cancer
O papiloma virus humano, HPV, é um dos maiores causadores de câncer do
tipo cervical. Nos últimos 25 anos descobertas tem sido feitas a respeito desse vírus, concluindo-se que a vacinação e a estratégia mais segura e indispensável para que se consiga combater o vírus já em seus estados iniciais. Esse vírus se trata de um vírus de fita de DNA dupla, existindo em mais de 100 tipos, causadores de verrugas cutâneas e plantares, lesões cutâneas em pacientes imunodeprimidos ou possuidores de epidermodisplasia. Alguns tipos de HPV são aqueles considerados mucosotrópicos, que são encontrados em lesões do tipo malignas ou benignas anogenitais tanto em mulheres quanto em homens. Também existem HPVs indiferentes quando ao tecido ou à lesão cutânea ou mucosa, menos associados com lesões malignas. Dentre os casos de infecção viral por HPV, 90% deles são causados pelo HPV tipo 6 ou 11, sendo mais raros os do tipo 42 e 16, causadores de condilomas ou verrugas genitais. Esses vírus são transmitidos de mãe para filho no parto, podendo causar papilomatose que possui um tratamento complicado. Há também neoplasias cervicais, vulvar, vaginal, lesões penianas e anais, sendo associadas com os HPVs benignos e de baixo risco, como os dos tipos 6 e 11. Porém, as formas mais carcinogênicas de alto risco são os HPVs de tipo 16, 18, 45 e 31. Ambos os sexos participam da cadeia epidemiológica do HPV, sendo causador de uma doença sexualmente transmissível. Tanto homens quanto mulheres podem possuir o vírus de forma assintomática, sendo apenas portadores e transmissores. Assim, a infecção vai depender do comportamento da pessoa, sofrendo influência de idade e número de parceiros sexuais. Sendo assim, é de crucial importância o uso de preservativos durante as relações para que se diminua a contaminação por esse vírus. O observado é que há grupos onde há uma prevalência de infecções subclínicas por HPV, sendo que 40% dessas pessoas são do sexo feminino, sofrendo uma taxa anual de infecção entre 10-15% e sofrendo uma diminuição de 5-10% em mulheres com idade acima de 30 anos. As infecções tem uma duração de 8 a 10 meses nos casos de alto risco, diminuindo pela metade para os casos de baixo risco. Porém, quando se trata de HPV do tipo 16, esse período é mais prolongado, chegando a atingir os 16 meses de duração. Observa-se que as mulheres que são atingidas pelo vírus normalmente resolvem o problema da infecção, persistindo em poucos casos quando há uma situação de alto risco e desenvolvimento de infecções neoplásicas no trato anogenital. Alguns fatores influenciam na progressão do quadro, como nos casos de portadores de HIV, infecções persistentes, dieta, infecção por outros agentes sexualmente transmissíveis, tabagismo e uso prolongado de anticoncepcionais. Estudos observaram oncogênicos ou altos riscos de HPVs em quase todos os cânceres cervicais, sendo essa ocorrência mais prevalente nos HPVs 16, 18, 45 e 31. Desta forma, uma grande parcela do câncer está associada ao HPV. Também é observado a duração da infecção por HPV de alto risco, possuindo uma duração persistente e precedendo o aparecimento de CIN. Para prevenir e diagnosticar ainda nos estágios iniciais de câncer cervical, já existem inúmeras tecnologias capazes de realizar o rastreamento dessas patologias, sendo utilizadas para detectar o DNA do vírus quando o paciente já possui anormalidades cervicais, atuando como um marcador de prognóstico. É uma técnica extremamente sensível. As vacinas para esse vírus são um importante aliado para prevenir esse tipo de infecção por HPV, juntamente com imunomoduladores que têm apresentado eficácia em casos de condilomas. Duas vacinas, Cevarix e Gardasil, após estudos demonstraram segurança e imunização, sendo eficientes para prevenção de verrugas e lesões neoplásicas cervicais.