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Índice de lesões intra-epiteliais cervicais em mulheres abaixo de 25 anos

entre 2016-2017 no município de Ariquemes/RO


Index of cervical intraepithelial lesions in women aged less than 25 years between 2015-
2016 in the municipality of Ariquemes/RO

Luiz Henrique Moraes de Souza¹ índices são negligenciados e, portanto, os índices em


Nelcina Maria de Azevêdo Lima² adolescentes não entram na estatística para pressionar
Elieth Afonso de Mesquita³ um projeto de lei. Neste sentido, o objetivo deste
trabalho foi verificar os índices de lesões intra-
RESUMO: O câncer do colo do útero (CCU) é epiteliais cervicais em mulheres com idade inferior à
considerado um grave problema de saúde pública. As 25 anos entre 2016-2017 no município de
alterações citológicas cervicais vêm aumentando, com Ariquemes/RO. As coletas foram realizadas a partir de
índice de prevalência de infecção pelo papilomavírus prontuários disponibilizados pela Secretaria Municipal
(HPV) entre adolescentes na faixa etária de 12-18 de Saúde do município de Ariquemes/RO, onde foram
anos. Dentre os vários fatores relacionados a este analisados 134 prontuários. Os resultados além de
aumento, tem sido apontado a vida sexual precoce e o colaborar com a hipótese do estudo, permitiu observar
aumento do número de parceiros. Essa ascessão requer um aumento do índice de HPV em jovens, levando a
a necessidade de exame preventivo (Papanicolau) conclusão que a falta de informação sobre o exame de
como rotina na vida das mulheres desta faixa etária, o Papanicolaou, pode ocasionar o aumento de números
qual é preconizado pelo SUS (Sistema Único de de casos de câncer cervical.
Saúde) para mulheres de 25-64 anos. Este estudo se
embasou na hipótese de a infecção por HPV não se Palavras-Chave: HPV; Exame de Papanicolaou.
tratar de uma doença de notificação compulsória, os Preventivo; Lesões intra-epiteliais cervicais; CCU.

INTRODUÇÃO

Anormalidades citológicas cervicais Destacam-se três grupos de HPV:


incipientes têm se tornado um assombro para cutâneos, mucosos e associados a
as mulheres de todas as idades no Brasil e no epidermodisplasia verruciforme. Sendo os
mundo, levando à diagnósticos mais pontuais mucosos subdivididos, de acordo com seu
como displasias de diferentes graus, inclusive potencial oncogênico, em: de baixo (tipos 6,
neoplasias. Um elevado índice dessas lesões 11, 42, 43 e 44) e de alto risco (os tipos 16,
está associado à presença do HPV, em cerca 18, 31, 33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56, 58, 59 e
de 90% a 100% dos casos. A infecção 68) (ABREU et al., 2018).
cervical, por algum tipo de HPV, é um fator A descoberta do papilomavírus se deu
precursor na gênese da neoplasia nesta por Shope e Hurst em 1933, baseada em
região, apesar da associação com outros lesões cutâneas verruciformes em coelhos
cofatores contribuírem para o selvagens, as quais poderiam ser transmitidas
desenvolvimento da referida patologia através de um extrato acelular filtrado. Em
(MUÑOS et al, 2003). 1940 Rous e Kidd identificaram mais de 50
Caracterizado como um pequenos vírus espécies de mamíferos hospedeiros do HPV,
de DNA (50-55nm), duplo e não envelopado, dos quais notaram que em alguns desses
pertencentes à família Papoviridae, o gênero animais a infecção estava associada ao
Papillomavirus é descrito em mais de 200 surgimento de tumores, geralmente benignos.
tipos, classificados pelo potencial Em seres humanos, estudos demonstraram
ontogênico, pelo seu tropismo tecidual e pela que há uma associação entre o papilomavírus
localização onde foram inicialmente isolados. humano (HPV) com verrugas e neoplasias
Sendo que destes, aproximadamente 45 (KOSS; GOMPEL, 2006).
tipos infectam o epitélio do trato anogenital Estudos têm pontuado que há uma
masculino e feminino (LETO et al, 2011). incidência de infecções por HPV de alto
risco, sendo o tipo 16 o mais prevalente nas
infecções do trato genital, seguido dos tipos número de parceiros. Evidências ainda
18, 45 e 31. Os 4 tipos juntos correspondem indicam que razões biológicas elevam a
cerca de 80% dos casos. O tipo 16 além de vulnerabilidade à infecção pelo HPV em
ser o tipo mais comum detectado no mulheres jovens (PEDROSA; MATTOS;
carcinoma cervical invasor, é tido como o KOIFMAN, 2008).
mais prevalente em praticamente todas as O aumento frequente das lesões
partes do mundo. Com base nisso mulheres cervicais em adolescentes requer a
com HPV 16 e 18 possuem um maior risco necessidade de uma melhor investigação do
de desenvolver câncer cervical, em relação as comportamento de tais alterações, e o exame
que têm outros tipos (NAKAGAWA; preventivo (Papanicolaou) deve ser rotina na
SCHIRMER; BARBIERI, 2010). vida das mulheres desta faixa etária. Dessa
O HPV pode infectar as células do forma, é importante que a população
tecido escamoso ou dos epitélios basais da feminina jovem tenha acesso à informação
pele, categorizados como cutâneos ou para que possa buscar a realização do exame,
mucosos. A infecção cutânea é prevenindo a evolução das lesões para o
epidermotrópica, ocorrendo principalmente câncer invasivo.
na pele dos pés e das mãos, se manifestam O exame de Papanicolaou é
formando as verrugas. Já o tipo mucoso, preconizado pelo SUS (Sistema Único de
infecta o revestimento da boca, garganta, Saúde) para que seja realizado em mulheres
epitélio ano-genital ou trato respiratório, e se de 25-64 anos, porém, verifica-se que nos
manifestam através de condilomas planos e dias de hoje o mesmo se faz necessário
acuminados. (NAKAGAWA; SCHIRMER; também em jovens e adolescentes abaixo
BARBIERI, 2010). desta faixa etária, devido à vida sexual ativa
No caso de infecção do epitélio já estar em pleno vigor.
escamoso, ocorre a diferenciação, devido a Tendo em vista que hoje em dia é
sua replicação viral, e produz um efeito comum as mulheres terem vida sexual ativa
patogênico denominado coilocitose, antes dos 25 anos, e que o número de
caracterizado como uma célula degenerada mulheres nesta faixa etária é maior quando
que apresenta núcleo com grande número de comparado com as demais faixas, pois
partículas virais e citoplasma lisado. Essa segundo o IBGE, uma em cada dez mulheres
alteração morfológica é comum a todos os de 15 a 19 anos de idade foi mãe em 2016.
tipos de HPV que agridem a região Nesse contexto, a questão que norteia este
anogenital, sendo eles oncogênicos ou não. estudo é: se a pirâmide etária aponta um
(KOSS; GOMPEL, 2006). número de mulheres sexualmente ativas
O câncer do colo do útero (CCU) é numa faixa inferior à 25 anos, as quais estão
considerado um grave problema de saúde propensas ao desenvolvimento de lesões
pública, sendo o segundo mais comum em cervicais, e até mesmo o próprio
mulheres e estando entre os seis tipos de Papilomavírus Humano, por quê esse público
câncer mais comuns entre a população em não tem o amparo legal do Ministério da
geral. Calcula-se que, no Brasil, ocorrem Saúde?
cerca de 20 mil novos casos desse câncer por A hipótese desse estudo é que, por não
ano (AYRES; SILVA, 2010). se tratar de uma doença de notificação
As alterações citológicas cervicais vêm compulsória, os índices são negligenciados e,
crescendo nos últimos anos, sendo que a portanto, não entram na estatística para
população adolescente, dentre 12-18 anos, é pressionar um projeto de lei.
a que possui o índice de prevalência de Com isso, o objetivo deste trabalho foi
infecção pelo papilomavírus (HPV) em maior verificar os índices de lesões intra-epiteliais
ascensão. Vários fatores estão ligados cervicais em mulheres abaixo de 25 anos
diretamente a este aumento, sendo o principal entre 2016-2017 no município de
deles a vida sexual precoce e o aumento do Ariquemes/RO, demonstrando que a faixa
etária para realização do exame preventivo
preconizado pelo SUS não condiz com a RESULTADOS
realidade atual, e correlacionar à relevância
do exame citopatológico do colo de útero em De acordo com os dados tabulados o
mulheres com faixa etária inferior a 25 anos, gráfico 1 demonstra o percentual de casos
bem como sua importância na prevenção. positivos para lesões intra-epiteliais cervicais
Para o desenvolvimento do estudo no período de 2016 e sua relação com a faixa
proposto, o método de pesquisa foi quali- etária.
quantitativo, de natureza aplicada, caráter
descritivo e procedimento documental. Gráfico 1: Casos positivos em 2016
Com este trabalho, pode-se organizar
informações que se encontravam dispersas,
conferindo-lhe às a importância devida para
que sua exposição possa contribuir para
mudança de protocolos no que condiz a
ações em relação à prevenção do câncer do
colo do útero em mulheres na faixa etária
alheia à preconizada para cobertura pelo
Ministério da Saúde.
Dentre os 71 prontuários analisados, 1
(1,50%) era de paciente acima de 65 anos; 16
(22,5%) paciente ≤ 24 anos e 54 (76%)
MATERIAL E MÉTODOS
equivale à pacientes na faixa etária entre 25 a
64 anos.
Trata-se de uma pesquisa documental
de caráter descritivo, desenvolvida a partir da
O levantamento realizado no período
coleta e análise de dados em prontuários de
de 2017 (gráfico 2) dispõe os casos positivos
exames citológicos positivos para lesões-
para lesões intra-epiteliais cervicais em
intra-epiteliais provenientes de unidades do
mulheres das respectivas faixas etárias
Sistema Único de Saúde (SUS) do município
de Ariquemes/RO, referentes ao período de Gráfico 2: Casos positivos em 2017
2016 a 2017, sendo que no ano de 2016
foram analisados 71 prontuários, e 2017 um
total de 63 prontuários.
Os prontuários subsidiaram as
análises estatísticas realizadas pelo software
Excel, possibilitando o cálculo a partir da
variável de idade dos exames positivos,
através de construção de gráficos de
frequências, ao longo do período analisado,
bem como a distribuição das alterações Dentre os 63 prontuários analisados, 4
citológicas entre mulheres adolescentes e (6,4%) era de paciente acima de 65 anos; 12
adultas. (19%) paciente ≤ 24 anos e 47 (74,6%)
Os levantamentos descritivos equivale à pacientes na faixa etária entre 25 a
complementares, se deram com a pesquisa 64 anos.
em plataformas online como, BVS
(Biblioteca Virtual em Saúde), SciELO
(Scientific Electronic Library Online), portal DISCUSSÃO
do Ministério da Saúde e na plataforma Dentre as infecções sexualmente
SISCOLO (Sistema de Informação do Câncer transmissíveis, em São Luís/MA, a infecção
do Colo do Útero). pelo HPV caracteriza-se como a mais
comum, e nos últimos trinta anos sua Levando em consideração o
incidência vem aumentando acentuadamente, preconizado pelo Ministério da Saúde para
sendo indicada como potencial carcinogênico realização do exame citológico cérvico-
de tumores de alta mortalidade e prevalência vaginal, podemos observar, neste estudo, que
(BRITO et al., 2016). a frequência de casos positivos em mulheres
infecção, de 20%, foi verificada nos abaixo de 24 anos é claramente superior
primeiros 12 meses após o início da vida quando comparado com as mulheres acima
sexual dos jovens, demostrando que a de 64 anos, embora para essa faixa etária não
infecção ocorre com maior frequência logo tenha a recomendação do exame citológico
no início da vida sexual. Segundo Nakagawa; cervical pelo Ministério da Saúde, o qual
Schirmer & Barbieri (2010), os jovens sustenta o argumento de que as lesões intra-
sexualmente ativos, no início da vida sexual epiteliais de baixo grau, onde se inclui a
são os mais expostos ao risco de contrair o infecção pelo HPV, tem alto índice de
HPV. regressão espontânea em cerca de 80%. Vale
Arruda et al. (2013), afirmam que a ressaltar que não exclui, em vários casos, a
antecipação sexual entre adolescentes se possibilidade de evolução da lesão, podendo
torna um fator de risco, pelo fato de na culminar em malignidade.
adolescência poder ocorrer a ectopia cervical Diante disso, os resultados de exames
que representa uma condição fisiológica positivos em mulheres abaixo de 24 anos,
normal, mas que pode deixar o colo uterino acabam sendo 3-4 vezes superiores que o
propício a diversas ISTs (Infecções grupo acima de 64 anos, fazendo-se
sexualmente transmissíveis), sendo HPV, necessário uma melhor atenção na prevenção
uma delas. Isto ocorre devido à junção do câncer do colo do útero, para o referido
escamo-colunar (JEC) estar mais exposta, grupo. Com isso, campanhas de incentivo
onde favorece a infecção pelo HPV, e as para a realização do exame citológico
células basais poderão ser atingidas cervical para as mulheres na faixa etária
diretamente, favorecendo a replicação e abaixo dos 24 anos poderia mudar esse
desenvolvimento de lesões cervicais pré- quadro, positivamente, tanto para
neoplásicas ou neoplásicas. diagnósticos de casos já existentes, quanto
Neste estudo foi observado um índice para prevenção de surgimento de novos.
decrescente da infecção entre os períodos
propostos para averiguação. Porém
demonstra um problema a ser discutido pelo CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ministério da saúde, pois caracteriza que
jovens com menos de 25 anos já tem uma Os riscos da infecção por HPV e a
vida sexual ativa, o que pré dispõe um fator falta de informação sobre o exame de
que biologicamente aumenta a condição de Papanicolaou, podem ocasionar o aumento
jovens adquirirem IST’s. A exclusão da faixa de números de casos de câncer cervical, pois
etária menor que 25 anos do grupo das atualmente ainda há falta de conhecimento,
campanhas de prevenção ao câncer do colo sobre a existência do exame popularmente
uterino, caracteriza uma negligência a saúde conhecido como “preventivo”,
da mulher. principalmente pela população adolescente e
Dessa forma, os dados equivalem a jovem, o que leva à necessidade de
detecção de casos esporádicos, sendo que campanhas de maior esclarecimento sobre a
muitos positivos fica oculto (no setor de importância do exame citológico cervical
atendimento particular), pois, sem a para essa população , principalmente para as
realização do rastreio não há o diagnóstico, e que já são sexualmente ativas.
quando há, a neoplasia já encontra-se em um Com isso, o exame é menos realizado
grau avançado. por mulheres mais jovens, e quando realizado
apresenta grande prevalência de resultados
positivos para lesões intra-epiteliais tanto de por parte do Ministério da Saúde para grupos
baixo grau, como de alto grau, ou seja, os de riscos pode ser um dos principais fatores.
programas de prevenção do câncer do colo
uterino, não estão alcançando as mulheres
que apresentam risco para o desenvolvimento
deste tipo de câncer, e a falta de campanhas
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REFERÊNCIAS Disponível em:


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