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As futuras gerações que, tendo a necessidade de saber mais sobre a temática em abordagem,
embasar-se-ão neste trabalho;
Aos colegas, companheiros académicos e a todo aquele que, de uma forma explícita ou
implícita, servir-lhe-á de fonte.
Agradecimentos
A elaboração deste trabalho deveu-se a tão infinita e bendita graça de Deus, à orientação
concebida pelo professor _________________, que, desde sempre, com esmero e amor à
profissão, tem nos mostrado o caminho para se chegar ao conhecimento.
Introdução
A assimilação de noções inadequadas, sejam elas advindas dos conhecimentos empíricos que o
educando vivencia em seu cotidiano ou adquiridas na escola, poderá resultar na constituição de
obstáculos epistemológicos (Bachelard, 1996).
Neste trabalho, desenvolvido por José Correia Tchicuacuala, sob orientação do professor
____________, cuja temática é formada pelas palavras " Obstáculos Epistemológicos segundo
Gaston Bachelard", são enumeradas os entraves que que fazem com que a construção do
espírito científico não se efective.
Gaston Bachelard cunhou em sua obra "A formação do espírito científico (1938)" a ideia do
obstáculo epistemológico, que deve ser visto como uma derivação limitante de um sistema de
conceitos sobre o desenvolvimento do pensamento, o que impede um modo de pensamento
pré-científico de conceber a abordagem científica. Em palavras mais simples, a ideia de
obstáculo epistemológico, identifica e expressa elementos psicológicos que dificultam a
aprendizagem de novos conceitos para a ciência, e está presente em pessoas sujeitas a
enfrentar novas realidades, uma vez que não têm referências diretas por experiências
anteriores sobre o que se está a tentar descobrir.
Obstáculos epistemológicos não estão se referindo a elementos ou fatores externos que podem
estar envolvidos no processo de desenvolvimento do conhecimento científico de pessoas.
Obstáculos epistemológicos encontram-se na dificuldade de captar o acontecimento ou
fenômeno devido às condições psicológicas que impedem o desenvolvimento do espírito
científico.obstáculos
Uma ciência que se fundamenta apenas em imagens acaba se transformando numa vítima de
metáforas. Experiências metafóricas são, na realidade, sem grande valor se não for deduzido o
abstrato do concreto, isto é, o experimento deve ser utilizado como uma ferramenta auxiliar
ilustrativa e não se resumir a uma sucessão de resultados visualmente interessantes
(BACHELARD, 1996).
Bachelard (1996) reforça que os educadores devam procurar estratégias que façam com que
certas afetividades dos alunos não se sobressaiam sobre o objecto de ensino, sem haver uma
generalização do conhecimento. As explicações dos professores devem ser abertas, dando
oportunidades para que os estudantes possam questionar, gerando discussões de ideias,
elaboração de hipóteses e assim, desenvolver o olhar crítico-científico.
Generalização
Obstáculo Verbal
Localizado em hábitos orais de pessoas usados em uma base diária, tornando este obstáculo
um dos mais difíceis e com maior poder explicativo. Trata-se de uma falsa justificação obtida
com a ajuda de uma palavra explicativa; extensão abusiva das imagens visuais; estranha
inversão que pretende desenvolver o pensamento ao analisar um conceito, no lugar de inserir
um conceito particular numa síntese racional.
Trata-se da crença numa unidade harmônica do mundo; assim, diversas atividades naturais se
tornam manifestações de uma só natureza.
Sobre o que é o conhecimento pragmático para Bachelard, Andrade et al(2002) diz: “traduz-se
na procura do carácter utilitário de um fenômeno como princípio de explicação. Bachelard
afirma que muitas generalizações exageradas provêm de uma indução pragmática ou utilitária.
Em pedagogia, constata-se que quando os alunos se referem a aspectos utilitários dos
conceitos, como por exemplo: “a fotossíntese é a função que purifica o ar que nós respiramos”,
parece que isto é suficiente para definir os conceitos” (ANDRADE et al, 2002, p. 5).
Substancialismo
Esse obstáculo “pode ser em parte oriundo do materialismo promovido pelo uso de imagens ou
da atribuição de qualidades” (OLIVEIRA e GOMES, 2007, P. 98). Por exemplo, na Lei de Boyle,
atribuíam-se à eletricidade algumas qualidades como viscosidade, tenacidade e untuosidade;
como se ela fosse uma cola, um espírito material.
Realismo
Para o realista, a substância de um objecto é aceita como um bem pessoal. Segundo Bachelard,
todo realista é um avarento e todo avarento é um realista.
Animismo
O uso de atributos humanos no ensino de ciências pode ser considerado um entrave para a
aprendizagem. Isso significa animar, atribuir vida e características humanas às substâncias para
explicar fenômenos.
O mito da digestão
A digestão é a origem do mais forte realismo, da mais abrupta avareza. Bachelard destaca aqui
a função de posse como objecto de todo um sistema de valorização. O alimento sólido e
consistente torna-se mais prezado. O beber não significa nada diante do comer. A fome é,
portanto, a necessidade natural de possuir o alimento sólido, durável, integrável, assimilável,
verdadeira reserva de força e poder.
Conclusão
(1940). A filosofia do não - filosofia do novo espírito científico. Lisboa:Ed. Presença, 1987, 140p.
Obstáculos epistemológicos.brasilescol.uol.com.br.