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LICENCIATURA EM FILOSOFIA

EPISTEMIOLÓGIA ENTRE SUJEITO-OBJETO

O conhecimento é um dos pilares fundamentais da experiência humana, pois nos


permite compreender, uma abrangência epistemológica interpretar e interagir com uma
visão diferente acerca do mundo que nos cerca. Para entender esse processo
complexo, é necessário analisar três conceitos interligados: representação já defendida
por Serge Moscovici, construção e obtenção do conhecimento conforme Nietzsche e
Chisholm nos trouxe luz acerca do assunto. Além disso, a relação epistemológica entre
sujeito e objeto desempenha um papel crucial na forma como adquirimos e
interpretamos o conhecimento.
Contudo é possível afirmar que a representação do conhecimento é fundamental na
lógica e contribuição para filosofia CHISHOLM (2005), envolve a tradução das
informações percebidas ou adquiridas em uma forma compreensível e acessível para a
mente humana. Isso ocorre por meio de símbolos, linguagem, imagens ou outros meios
que permitem a codificação e a organização das experiências. A representação do
conhecimento é um processo essencial, pois transforma e tem a capacidade em lapidar
em informações significativa.
Analisando o vídeo O que é epistemologia o autor Williams (2016), faz uma abordagem
acerca da aprendizagem, já que o professor não transforma o que já foi construído
pelos alunos, já que a definição de epistemologia é uma análise do próprio
conhecimento, ou seja, as percepções, memórias e testemunhos são construtivos na
formação do saber.
Esses problemas no processo de aprendizagem podem afetar negativamente a
possibilidade de construção do conhecimento significativo. Para promover um ambiente
de aprendizagem mais eficaz, é importante que os professores busquem contextualizar
o conteúdo, relacioná-lo com experiências práticas e usar métodos de avaliação que
incentivem a compreensão profunda e a aplicação do conhecimento.
Refletindo acerca das tiras de Hagar concluí que é bem vago e superficial não sendo
possível realizar nenhum contexto a charge do autor, deixa evidente que diante de
qualquer situação, somos amigos, inimigos e por vezes amigo do inimigo é que leva
vantagens a acerca do conhecimento apropriado. Afirma Sun Tzu (p.35), “conheces teu
inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás
vitorioso. Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de perder e de
ganhar serão idênticas.”
A reflexão, contudo, não para em um só tipo de conhecimento, conforme é possível
analisar no vídeo do Canal Danideias (2016), a um comparativo que nos leva a
discussão profícua sobre os fundamentais conhecimentos filosóficos.
Trago para o referido estudo o autor Moscovici autor quem em sua linguagem
sociológica, releva fatos sociais que podem explicar estudou que analisou
cientificamente interessou não apenas em compreender como o conhecimento é
produzido, mas principalmente em analisar seu impacto nas práticas sociais e vice-
versa. Um pesquisador que interessou-se no poder das ideias de senso comum, isto é,
no "estudo de como, e por que as pessoas partilham o conhecimento e desse modo
constituem sua realidade comum, de como eles transformam ideias em práticas"
(Moscovici, apud Duveen, p. 8). Em síntese, preocupou-se em compreender como o
tripé grupos/atos/ideias constitui e transforma a sociedade. (DUVEEN, apud, 2000,
MOSCOVICI, 1998).
O tema em relação a Descarte propõe uma discussão que resulta sobre a relação entre
saberes de senso comum, empíricos e teológicos, fazendo com que os responsáveis
pelas escolas devem levar em consideração os 5 pontos considerados tipos de
aprendizagens. Senso comum, religioso, filosófico, artístico e científico, é importante
ressaltar essas representações como mencionei na visão de Moscovici não
considerando as mesmas para todos os membros da sociedade, pois dependem tanto
do conhecimento de senso comum (ou popular), como do contexto sociocultural entre o
que se acredita cientificamente ser um estudo saber. Diante de novos objetos, como,
para transformação do conhecimento ou empírico, o processo de representar
apresentava uma sequência lógica por isso é importante desde a formação inicial o
aluno ter contato com uma gama de estímulos objetos desconhecidos por meio de um
duplo mecanismo então denominado determinado pela sociedade pela existência das
representações sociais (MOSCOVICI, 1978).
A reflexão de Descarte realiza uma abordagem filosófica que defende a certeza e a
confiança em crenças e conhecimentos estabelecidos sem questionamento ou dúvida.
No contexto do trecho de Descartes, uma interpretação dogmática foi considerado um
dos maiores céticos de todos os tempos (ZANETTE, 2016, p. 38, apud. POPKIN, 2002,
p. 303) seria aquela em que alguém aceita o "bom senso" como algo inquestionável e
absoluto, considerando-o como a base sólida para o conhecimento.
O conjunto dessas ideias fornece pensamento primitivo, senso comum e ciência. No
entanto, é importante destacar que Descartes, em seu trabalho filosófico, é
frequentemente associado a uma abordagem metodológica cética, como demonstrado
em seus escritos. “Descarte teria grande preocupação de assimilar, no interior de sua
própria filosofia uma prévia e bem delineada defesa contra argumentos céticos.”
(ZANETTE, 2016, p. 40, apud. POPKIN, 2002) em que ele duvida de todas as suas
crenças para encontrar um fundamento sólido para o conhecimento. No entanto, nos
trechos citados, ele parece enfatizar a importância do "bom senso" como um ponto de
partida comum para a busca do conhecimento, indicando uma certa dose de
dogmatismo. Portanto, este seria assim que a filosofia de Descartes pode ser vista
como uma tentativa de equilibrar o ceticismo com a busca por fundamentos sólidos
para o conhecimento. Conforme corrobora com descrito.
Pelo ceticismo o homem se descobre em contínua transformação, logo cai na
irresolução, pois, se a razão é enganadora, então: Quem sei eu? sua própria
incerteza, de destruição de sua razão é extraído o próprio remédio dessa
situação: volta-se para fé e para graça divina. (ZENETTE, 2015, p.44)

Retomando a reflexão acerca do ensino-aprendizagem é sempre importante a busca


contextualização do conteúdo de forma adequada permeando por diversas formas de
conhecimentos sobretudo o senso comum utilizando métodos ativos de ensino.
Entretanto utilização de contextualização complexas sem o contexto com a realidade
torna difícil para os alunos verem a utilidade do que estão aprendendo. Quando o
conhecimento não é relacionado a situações reais ou a outros conceitos já conhecidos,
os alunos podem não conseguir aplicá-lo de forma significativa, limitando assim a o seu
interesse e limitando a aprendizagem.
Alguns estudos comprovam o processo de avaliação concentrado exclusivamente na
memorização de fatos e informações sem enfatizar a compreensão profunda ou a
aplicação do conhecimento, os alunos podem ser incentivados a simplesmente decorar
material, em vez de verdadeiramente entender e aplicar conceitos.
As atividades avaliativas que valorizam apenas a memorização não incentivam o
pensamento crítico ou a capacidade de aplicar o conhecimento em novos contextos,
por isso a inserção do conteúdo na sua realidade social. Já que o método
memorização pode levar os alunos a esquecer rapidamente o que aprenderam após a
prova, prejudicando a possibilidade de construir um entendimento duradouro e
significativo.
Esses problemas no processo de aprendizagem podem afetar negativamente a
possibilidade de construção do conhecimento significativo. Para promover um ambiente
de aprendizagem mais eficaz, é importante que os professores busquem contextualizar
o conteúdo, relacioná-lo com experiências práticas e usar métodos inovadores e
tecnológicos para realizarem avaliações e incentivem a compreensão profunda e a
aplicação dos conhecimentos.
Este seria, assim, a resposta-sentido que nos permite ver o detalhe e a generalidade
em cada investigação particular no contexto aprendizagem obtendo diversas formas de
pensamentos, sem perder de vista a dimensão social presente. Em resumo, temos, de
um lado, a impossibilidade de renunciar a forma de conhecimento do outro, a
necessidade em debruçar na descrição desse texto é entender as reflexões filosóficas
acerca da aprendizagem, dogmatismo, ceticismo, ontologia, epistemologia entre outros
fundamentos seja um convite para retomarmos o prazer filosófico de olhar o todo sob o
abrigo da milenar da construção dos detalhes dos filósofos.

REFERÊNCIAS
CHISHOLM. R. O que é a teoría e o conhecimento? Rio de Janeiro. Zahar.
Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/FILOSOFIA/
Artigos/que_conhecimento.pdf.> Acesso em: 18-09-23.
DUVEEN. G. Social representations: explorations in social psychology. (ed.), Nova York,
Polity Press/Blackwell Publishers, 2000).
MOSCOVICI. S. A Representação social da psicanálise (Rio de Janeiro, Zahar,
1978)
WILLIAMS. M. J. O que é Epistemologia (Teoría do Conhecimento)? Youtube, 10-02-
16. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QIFR6hx1X0s&t=45s Acesso
em: 19-09-23.
Tzu. Sun. A arte da guerra. Español free e-books. Disponível em:
<https://www.sogipa.com.br/web/imgs/arquivos/a-arte-da-guerra5e8e0e84.pdf> Acesso
em 19-19-23.
ZENETEE. E. C. Ceticismo e o problema de critério em René Descartes. Revista:
clareira.com.br. vol. 2. Ago/Dez. 2015. Disponível em: <
https://issuu.com/edgard94/docs/artigo_edgard_clareira_ceticismo_de> Acesso em 19-
09-23

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