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ES Alcaides de Faria | Ano Letivo: 2019-20

RELATÓRIO DE AULA DE FILOSOFIA 11.ºano / Turma B

Data de realização da aula: 10 / 10 / 2019

Diogo Andrade Fernandes nº8

Na aula do dia 10/10/2019, abordamos principalmente a questão da possibilidade do conhecimento mais


especificamente sobre o ceticismo e as suas diferentes formas e também o fundacionalismo, ou seja, a
origem do conhecimento.

O ceticismo é uma corrente filosófica que defende que nenhuma fonte de justificação é satisfatória, ou seja,
é caracterizado pelo comportamento de duvidar de tudo. Este é importante no nosso desenvolvimento
intelectual. De uma forma mais simplificada, podemos dizer que o ceticismo defende que não há
conhecimento.

Dentro do ceticismo podemos distinguir duas formas deste: o ceticismo absoluto ou radical e o ceticismo
mitigado ou moderado. O ceticismo radical nega totalmente a possibilidade de conhecer. O ceticismo radical
desconfia de tudo, e não confia em nenhuma afirmação, tudo pode ser falso, e nada pode ser verdadeiro.

Já o ceticismo moderado nega apenas parcialmente a capacidade de conhecer e apenas estabelece a


impossibilidade de um saber rigoroso. O ceticismo moderado tem como base algumas afirmações que
considera que podem ser verdadeiras. Este defende que não podemos afirmar que um certo juízo é
verdadeiro ou não, apenas podemos indicar se é não provável ou verosímil (que aparenta ser
verdadeiro/provável).

Para além do ceticismo, estudamos também o fundacionalismo.

De uma forma superficial, o fundacionalismo é uma perspetiva que defende que o conhecimento é como
uma estrutura que se ergue e se desenvolve a partir de fundamentos certos, seguros e indubitáveis. Estes
fundamentos encontram-se no empirismo (experiência), no racionalismo (razão) ou em ambas. A tese
fundacionalista afirma que nem todas as crenças são suportadas por outras crenças. Apesar disso, há crenças
básicas que não precisam de outra crença que as suporte, ou seja, que se justificam a si mesmas.

Descartes (racionalista) e Hume (empirista) são ambos fundacionalistas, mas existe algumas diferenças entre
os dois. Para Descartes o conhecimento entendido como certeza absoluta não pode principiar com a
experiência porque os sentidos não são fiáveis. Descartes as crenças básicas podem ser encontradas na razão
(a posteriori). Já David Hume as crenças básicas podem ser encontradas na experiência (a priori).

Como conclusão, podemos então agora perceber que, filosoficamente, o conhecimento não é assim tão
simples como pensávamos e que este envolve muitas dúvidas e pensamentos. Podemo-nos questionar o que
o conhecimento realmente é, se este é possível, de onde vem, etc. Se tivesse de exprimir a minha opinião. Eu
diria que de certa forma aceito mais facilmente o ceticismo moderado e o racionalismo, devido à menor
quantidade dúvidas e questionamento que tenho destes. Mas opiniões são subjetivas, ou seja, não são
absolutamente certas e é assim mesmo de que a Filosofia se trata. A Filosofia é um sistema de dúvidas.

“O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo
tão complexo que ninguém entenda.”

Data de entrega: 14 / 10 / 2019

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