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FACULDADE SUPREMO REDENTOR-FACSUR

GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

ALUNOS

ANA PAULA OLIVEIRA SOUSA


FRANCISCA DAS CHAGAS BARBOSA COELHO
MARINALVA CARDOSO DA CONCEIÇÃO
ROSILENE DA SILVA SALES
RAIMUNDA FERREIRA DOS SANTOS
RAISSA PEREIRA ALVES
SILVIA SOUZA DE SOUZA

A RELAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE: OS CONSELHOS DE CLASSE

POLO CENTRO DO GUILHERME


2023
ANA PAULA OLIVEIRA SOUSA
FRANCISCA DAS CHAGAS BARBOSA COELHO
MARINALVA CARDOSO DA CONCEIÇÃO
ROSILENE DA SILVA SALES
RAIMUNDA FERREIRA DOS SANTOS
RAISSA PEREIRA ALVES
SILVIA SOUZA DE SOUZA

A RELAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE: OS CONSELHOS DE CLASSE

Artigo apresentado ao Curso de Graduação em


Pedagogia, da Faculdade Supremo Redentor, como
requisito para a obtenção de nota da Prática Pesquisa
Pedagógica
Orientador (a): ______________________

POLO CENTRO DO GUILHERME


2023
A RELAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE: OS CONSELHOS DE CLASSE

Ana Paula Oliveira Sousa


Francisca das Chagas Barbosa Coêlho
Marinalva Cardoso da conceição
Rosilene da Silva Sales
Raimunda Ferreira dos Santos
Raissa pereira Alves
Silvia Souza de Souza
RESUMO

Diante dos desafios que o espaço escolar precisa superar todos os dias, faz – se
necessário a criação de um conselho de classe, este procedimento faz parte do dia a dia das
escolas, sendo fundamental para fazer uma análise de todos os envolvidos no processo de gestão
escolar. Isso implica na importância e mostra que este instrumento se toma mais necessário,
nos momentos decisivos de situações críticas de alunos ou quando se definem as reprovações e
aprovações ou quando se fecham as notas; ele é o norteador no momento de refletir sobre o
processo de ensino e aprendizagem.
Em muitas situações, a falta de organização deste instrumento, e a pressa fazem com que o
conselho não seja usado para avaliar e repensar a estratégia educacional do ambiente escolar.
Contudo, ele faz parte do objetivo dessa reunião.
Mas afinal o que é um conselho de classe? O conselho de classe é uma reunião na qual
se reúnem ou participam a direção, a coordenação pedagógica, a orientação educacional e os
professores, normalmente, o conselho acontece de forma bimestral e tem a intenção de avaliar
e pensar estratégias para melhorar o rendimento dos estudantes. Além disso, na prática, essa
reunião deve discutir:
- Adequação dos alunos e das turmas com as metodologias e a grade curricular;
- Trabalho do corpo docente e os seus métodos de ensino;
- Currículo escolar e possíveis necessidades de alteração;
- Andamento da aprendizagem e progresso dos alunos.
O conselho tem como base o PPP, sendo responsável por analisar dados individuais dos alunos
e dados gerais das turmas para identificar o que está funcionando, dificuldades de alguns alunos,
se existem problemas em algumas turmas e quais estratégias podem ser tomadas para solucionar
os possíveis problemas identificados.
1 INTRODUÇÃO

Os Conselhos de Classes foram instituídos no Brasil a partir da lei 5692/71 – LDB


do Ensino de 1º e 2º graus. Essa lei veio com o intuito de dirigir o sistema escolar por meio de
um processo político democrático rompendo as grades do estipuladas pelo autoritarismo, que
funcionava sem a participação de setores representativos da nacionalidade. tornou-se necessário
para melhor compreender e avaliar o campo conceitual da avaliação educacional portanto,
necessitamos da sua intervenção nos contextos históricos e educacionais aos quais as escolas
estão associadas. Em resumo, o conselho de classe — também conhecido como conselho
escolar, ou conselho de turma — é uma das instâncias colegiadas de uma escola, que participa
de sua gestão e contribui com a melhoria e mecanismo para ajudar a entender melhor os
aspectos que visam aproveitamento de progressão para alunos que apresentam défice de
aprendizado e busca uma descrição detalhada do perfil do aluno.
De acordo com Richter (2008):
Os conceitos citados sobre o conselho de classe passa ser um momento onde
o educador tem oportunidade de discutir, refletir e auto avaliar as práticas
pedagógicas e avaliativas do processo ensino
e aprendizagem de forma situada e integrada, tornando-o como espaço
interdisciplinar de estudo e tomada de decisão do trabalho pedagógico da
instituição como um todo. (RICHTER,2008, p. 05)
Segundo Dalben (2004):
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da
escola, em que vários professores das diversas disciplinas, juntamente com
os coordenadores pedagógicos, ou mesmo os supervisores e orientadores
educacionais, reúnem-se para
refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas
turmas, séries ou ciclos. (DALBEN, 2004, p.31)

Recentemente a Lei 9394/96 amplia a ação do conselho de classe para proporcionar,


orientar e planejar a ação pedagógica da escola levando em consideração a comunidade escolar.
Das muitas funções atribuídas às escolas, cabe ao conselho desenvolver mecanismos de
inovação para uma melhor verificação do perfil de cada estudante. É preciso que tenhamos uma
atenção dobrada para as modificações atuais através de uma educação reflexiva e participativa,
em que a observação, reflexão, ação possam transformar a estruturação do Conselho de Classe
hoje apresentados às escolas. (Lorenzoni,2010 p.03).
A mudança para muitos professores pode se tornar uma barreira, acomodar-se com as mudanças
de critérios e seguir sua prática de acordo com as novas formas de avalição torna uma forma
mais confiável e principalmente segura com o conselho de classe par dar um suporte. O
professor terá que rever suas práticas e buscar maneiras de aplicar e fazer a transformação, para
muitos é inadmissível.
Uma educação voltada para uma ação na maneira evolutiva do processo educacional,
destacando o Conselho de Classe Participativo, como estratégia para uma maior qualidade no
processo educacional, abrindo-se espaços para que o diálogo em relação à aprendizagem
aconteça. (Lorenzoni, 2010, p.03).
Segundo Lorenzoni (2010) o Conselho de Classe objetiva permissão para uma compreensão e
uma análise crítica da prática pedagógica através de uma concepção participativa e
transformadora. Se atualmente revela rotina, repetição, ritualismo, fragmentação,
conservadorismo nas relações e práticas pedagógicas, de forma participativa revelará buscas,
questionamentos, atitudes e soluções que surgirão em forma de respostas aos desafios de uma
metodologia avaliativa.
Mercado (2015) relata que o tipo de avaliação diagnóstica, o aconselhamento, o prognóstico, o
levantamento de soluções e alternativas, a elaboração de programas de recuperação, apoio,
incentivo, a reformulação de objetivos e a preocupação, envolvimento e coleta de evidencias
de mudanças comportamentais dos alunos são os principais temas que devem ser refletidos e
discutidos nas reuniões de um Conselho de Classe. A preocupação na qualidade do currículo
para que se alcançasse mudança de comportamento nos alunos, fez uma diferença essencial na
forma de avaliação, segundo Tyler, averiguar até que ponto os objetivos educacionais traçados
estão sendo alcançados pelo currículo e pelas práticas pedagógicas. Sendo as pratica do
professore e o modelo de aluno avaliado como um todo. Aqui cabe destacar que avaliar a
aprendizagem dos alunos desperta a necessidade de interpretação de dados que serão
valorizados. Nesse caso, o conselho de classe como avaliador, deve construir uma habilidade
fundamental: a de saber julgar (VARJAL, 2007). “
CONSELHO ESCOLAR: INOVAÇÃO METODOLOGICA NO SISTEMA
AVALIATIVO
1.1. Conselho Escolar: origem e contextualização

A necessidade de organização na ação humana através de conselhos, remonta a


origem da forma de poder e atesta que, que o ser humano precisa de uma análise de algumas
situações no convívio em sociedade e passou a ser observado periodicamente seu
comportamento, atitudes e processos evolutivos, este sistema sempre foi regido por
organizações que estavam estruturadas por grupos de homens tidos dentro dela como
“sábios”, na maioria das vezes formados pelas pessoas mais velhas, consideradas experientes.
Essas organizações, os conselhos, deliberavam sobre os mais diversos assuntos relacionados
a vida das pessoas que compunham cada clã, os mesmos possuíam uma importância
fundamental para o bom funcionamento da estrutura social vigente.
Historicamente, os primeiros registros dos conselhos foram fatores determinantes
para a humanidade há cerca de três milênios, pois existiam formas populares de organização
e participação do povo nas tomadas de decisões:
Os registros históricos indicam que já existiam, há quase três milênios, no povo
hebreu, nos clãs visigodos e nas cidades-estados do mundo greco-romano,
conselhos como formas primitivas e originais de gestão dos grupos sociais. A Bíblia
registra que a prudência aconselhara Moisés a reunir 70 anciãos ou sábios. Para
ajudá-lo no governo de seu povo, dando origem ao Sinédrio, o Conselho de Anciãos
do povo hebreu. (BRASIL, 2004, p. 13).
As civilizações antigas viam os Conselhos com uma forma de concílios ou punições
para as pessoas que violassem regras de comportamento e cumprimento de dever,
compunham os Conselhos geralmenteeram pessoas que por sua experiência e seu notável
conhecimento, eram tidos como sábios e possuíam um elevado nível de respeito dentro da
sua sociedade. Por isso eram ouvidos e consultado sempre que se fazia necessário, o que
originou a organização de conselhos, que ganharam muito prestígio e constituíram-se em um
forte elo entre a administração pública e o povo.
Com o advento da modernização das sociedades o critério de escolha dos membros
dos conselhos passa por uma séria mudança. O critério agora, não é mais o da sabedoria, do
respeito e da virtude, mas sim o poder de influência que a pessoa possui em seu campo
de atuação, que fosse guardião, administrador ou religioso. Assim, um conselheiro
transformava-se em um cargo exclusivo de troca de favores, em que as elites acabavam
monopolizando o poder e tomada de decisão ao seu favor.
Na Itália, a partir do século X, instituíram-se “Os conselhos, como forma de
organização representativa do poder político na cidade-Estado” (BRASIL, 2004, p. 16).
Quando do seu surgimento era uma comuna feudal com teor aristocrático, pois participavam
dela apenas os burgueses e as pessoas influente de dinastias.
Estudos apontam que a maior expressão da organização e autogestão por meio de um
Conselho está representada na Comuna de Paris, de 1871:
A Comuna de Paris foi um Governo de trabalhadores por dois meses na França, em
1871. É considerada por alguns historiadores como a primeira experiência histórica
de autogestão operária por meio de conselhos populares. Na opinião de Eric
Hobsbawm (1982, p. 184), foi um Governo insurrecional de trabalhadores em uma
única cidade e "[...] foi importante não apenas por aquilo que realizou, como por
aquilo que anunciou; era mais formidável como símbolo do que como fato".
(ALVES, 2005, p. 18).
Estudos apontam que partir do século XX temos as inovações em experiências nos
modelos de organizações operárias, que se formaram com a chegada e evolução da indústria,
e fomentam estes tipos de organização de classes que buscam a melhoria das suas condições
de trabalho e de salário. Os conselhos de operários da fábrica, ou então os conselhos dos
delegados de operários, foram exemplo de representação comunitária no período. Porém, a
maior expressão deste tipo de organização reflete-se na luta dos sovietes durante a Revolução
Russa, na Rússia, no início do século XX:
Segundo Follis (1992), a revolução soviética configura a única situação de
institucionalização dos conselhos operários com a função de órgãos de
representação política e de Governo local. Volim (1980), em seu livro A revolução
desconhecida, relata o nascimento do primeiro Soviete, no qual ele mesmo estava
envolvido. A palavra soviete significa conselho em russo e é responsável pela
denominação que o regime adotaria a partir da Revolução de 1917. (Ibid, p. 18).
Esses conselhos de classe funcionavam como uma espécie de democracia direta entre
povo e poder e buscavam resolver as tensões que surgiam dentro do espeço de trabalho.
Assim, criavam conselhos populares de luta e de representação de classe e procuravam sanar
os conflitos intensos que existiam acentuadas pelas diferenças entre as elites e as classes mais
pobres, as quais serviam os interesses capitalistas.
No Brasil, a visão de conselhos esteve ligada a noção de “notório saber”, ou seja, foi
um mecanismo utilizado pelo Rei, que usava esses conselhos para exercer seu poder, ficando
o saber popular sem utilidade para sua gestão. Essa visão de conselho tem uma real
modificação somente a partir da década de 1980, através da luta do povo pelo processo
de redemocratização do pais.
No contexto da redemocratização do país, na década de 1980, os movimentos
associativos populares passaram a reclamar participação na gestão pública. O
desejo de participação comunitária se inseriu nos debates da Constituinte, que
geraram, posteriormente, a institucionalização dos conselhos gestores de políticas
públicas no Brasil. Esses conselhos têm um caráter nitidamente de ação política e
aliam o saber letrado com o saber popular, por meio da representação das
categorias sociais de base. São muitas as formas de organização e as funções
atribuídas a esses conselhos, mas sua origem radica sempre no desejo de
participação na formulação e na gestão das políticas públicas. (BRASIL, 2004,
p.19).
A ótica de Conselho de classe ou Conselho escolar no âmbito escolar está carregada
pela história de luta de povos em participar da administração e da tomada de decisões dos
chefes de poderes. Este mecanismo de gestão foi inserido no sistema educacional, como uma
forma de colegiado contando com a participação da sociedade na vida escolar. Está
respaldada na LDB da Educação Nacional (Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996) -
LDB/96 e na Constituição Federal de 1988 – CF/88 e constitui-se em um meio democrático
de participação da sociedade escolar na organização e funcionamento no sistema de avaliação
da educação.
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridadese conforme os
seguintes princípios: I) participação dos profissionais da educação na elaboração
do projeto pedagógico da escola; II) participação das comunidades escolar e local
em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996, p.4).
Diante desta realidade, pode-se afirmar que a formação de Conselhos semprefoi válida
dentro das sociedades e estes sempre representaram um meio entre o Estado e o povo.
1.2. Conselho Escolar e os sistemas de ensino

A educação brasileira está estruturada em diferentes instâncias sob responsabilidade


de vários entes que compõem a nação. Sendo um direito e um dever da população,
confirmada em lei, a educação brasileira obrigatoriamente deve ser oferecida em regime de
colaboração entre o Governo Federal, Estados, Distrito Federal e municípios. Este regime de
colaboração está definido na CF/88 e na LDB/96:
É preciso enfatizar que a Constituição não estabelece hierarquia entre as unidades
federadas, dotadas de autonomia. A relação entre os sistemas fundamenta-se no
princípio da colaboração, não no da subordinação. A Constituição e a LDB
estabelecem princípios e diretrizes necessários ao projeto nacional de educação,
atribuindo aos sistemas campos de atuação ecompetências prioritárias. A hierarquia
é estabelecida pela abrangência da lei, e o limite da autonomia são as competências
nela definidas. (BRASIL, 2004, p. 22).
Nestes termos os sistemas de ensino estão ligados, mas possuem autonomia e cada
segmento federado é responsável por uma fase de ensino ficando a União responsável pelo
Ensino Superior, os Estados pela disponibilidade do Ensino Médio e Fundamental e os
Municípios pelo Ensino Fundamental e pela Educação Infantil. Estas partes federadas
possuem atribuições que estão interligadas a gestão de seus sistemas de ensino, porém devem
articular-se em um regime de colaboração, em prol de uma educação voltada para o todo, que
requer articulação e planejamento integrado.
Para que a colaboração entre os sistemas e partes federadas realmente funcionem, é
necessário que a articulação destes se dê dentro do Plano Nacional de Educação. É neste
âmbito que deve estar definido as funções e os objetivos de cada sistema e as atribuições que
devem exercer para que a educação brasileira possa buscar a qualidade superior do ensino.
Sua organização depende de ampla harmonia e da participação da sociedade escolar para que
cada um tenha uma participação e seus direitos reconhecidos e seus deveres atribuídos:
A organização atual de fóruns dos sistemas (Consed, Undime, UNCME, Fórum dos
Conselhos Estaduais) constitui importante estratégia para o planejamento
integrado, a troca de experiências exitosas e a atuação em regime de colaboração.
(Ibid, 2004, p. 22-23).
Os Conselhos de Educação constituem-se em órgãos com determinados poderes, e,
portanto, já não podem deixar de existir. Sua função é a de garantir que as políticas
educacionais, discutidas, planejadas e aprovadas se efetivem, independente de governo ou
partido político, pois são a expressão da vontade do povo:
Para isso foram criados como fóruns da vontade plural da sociedade, para situar
estrategicamente a formulação de normas e políticas educacionais além da
transitoriedade dos mandados executivos, evitando os riscos de eventuais
intempéries em face da transitoriedade das vontades singulares dos governos. É
para cumprir essa função que a tradição instituiu fixar mandatos alternados para os
conselheiros, de forma que parte deles, ao menos, não seja coincidente com os de
um determinado governo. (Ibid, 2004, p. 24-25).

Os conselhos possuem diferentes funções, dentre as quais pode-se destacar: função


deliberativa - a lei atribui ao conselho função específica para decidir sobre determinadas
questões; consultiva - possui caráter de assessoria, exercido por meio de pareceres,
aprovados pelo colegiado e encaminhados ao governo ou a sociedade; fiscal - tem a função
de fiscalizar o cumprimento de normas e a legalidade ou legitimidade de ações, aprova-las
ou determinar providências de alterações; mobilizadora - ação efetiva de mediação entre o
governo e a sociedade,estimulando a participação e o comprometimento de todos para com a
educação.
Essas funções do Conselho de Educação lhe dão amplo poder de transformar a
educação do país e também o compromisso constante de buscar melhorias que visem atingir
uma qualidade no ensino brasileiro. Sendo assim, o que o Conselho faz é definir, através de
princípios pedagógicos, ações e normas para atingir os objetivos estabelecidos em lei:
Assim, o Conselho Nacional de Educação (que não se confunde com o Sistema
Federal), para a efetivação dos objetivos da LDB e das leis federais
complementares, define normas e processos pedagógicos gerais de âmbito
nacional, indispensáveis à preservação da unidade nacional. Os conselhos estaduais
e municipais definem normas e ações complementares no âmbito de sua esfera de
ação. (Ibid, 2004, p. 27).
Os conselhos, estão ligados aos sistemas de ensino e podem ser observados em âmbito
nacional, o Conselho Nacional de Educação, em âmbito estadual, o Conselhos Estaduais de
Educação, e também em âmbito municipal, os Conselhos Municipais de Educação. Em
relação aos Conselhos Municipais, estes começaram aser organizados a partir da CF/88, a
qual criou os sistemas municipais de ensino. Estes conselhos se assemelham mais a conselhos
populares, por envolverem um número menor de pessoas e que proporcionam uma maior
participação e exercício da cidadania.
A ligação entre os sistemas de ensino e os Conselhos demonstra a importância da
organização deste tipo de representação popular para o enriquecimento da democracia. O
Conselho Escolar insere-se neste cenário como um espaço, na escola, para o debate e a busca
de melhoria dos sistemas de ensino.É um espaço de debate popular, de busca de ações que
articuladas as ações do governo possam promover a cidadania e a participação popular na
gestão.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir este artigo, sinalizamos que a educação pública brasileira precisa melhorar os
indicadores de desempenho dos alunos com relação aos índices de reprovação e de evasão
escolar, pois o fato da necessidade da intervenção dos conselhos de classe é uma prova que
ocorreria um processo de exclusão dos alunos na escola no que diz respeito à sua regularização
conceitual. Os resultados dos desempenhos dos estudantes brasileiros que participaram do
IDEB mostram que o nosso sistema educacional precisa avançar em termo de qualidade da
educação, da eficácia e da equidade, argumento observado nos últimos desempenhos dos
estudantes. Daí carência, intervenção e importância do Conselho de Classe de forma colegiada,
como momento estratégico de se de repensar as especificidades e as subjetividades dos alunos
no processo educacional.
Um fator que mostra que não há equidade no que se refere à inclusão dos alunos é a falta de
atendimento às suas reais necessidades, especialmente no que diz respeito ao seu desempenho
no processo evolutivo de aprendizagem. Portanto, este fenômeno contribui para a exclusão dos
alunos na escola, não garantindo assim o acesso com sucesso a uma significativa parcela de
estudantes, no sentido da eficácia e da equidade. Diante do exposto acima, pergunta-se: somente
a universalização do acesso dos alunos na rede pública de ensino é suficiente para a garantia da
equidade? Que políticas, programas e estratégias se fazem necessárias para que profissionais
da educação façam o reconhecimento das diferenças individuais, e as atenda de forma
satisfatória, observado as capacidades cognitivas de aprendizagens dos alunos a partir das suas
necessidades, vivências e subjetividades, para garantia efetiva da equidade? Uma instituição
de educação que busca a qualidade de ensino, a eficácia e equidade, bem como a inclusão deve
avaliar e refletir sobre a sua função, a sua prática, o seu fazer pedagógico. Ademais, o Conselho
de classe poderá contribuir para a concretização da equidade e da eficácia, uma vez que é um
processo de reflexão coletiva acerca das práticas pedagógicas, quando pensa coletivamente
sobre as necessidades de aprendizagem dos alunos e estratégias são formuladas, coletivamente,
para a superação da exclusão e da seletividade dos alunos na escola e formas mais democráticas
e efetivas de construção do conhecimento são consolidadas na escola.
REFERENCIAS

https://blog.mettzer.com/normas-
abnt/#:~:text=As%20normas%20ABNT%20definem%20que,folha%20e%20em%20tinta%20
preta.acessado em 05/07/2023 as 11hs
https://educacional.com.br/artigos/conselho-de-classe/

https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/3128/Drescher_Carla_Hulda_Pfeifer.pdf
https://brasilescola.uol.com.br/politica/democracia-representativa.htm acessado em
05/07/2023 as 10hs

https://www.educamundo.com.br/blog/conselho-de-classe
http://escolaestadualtancredo.blogspot.com/2014/12/conselho-de-classe.html
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1774-6.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_classe
https://www.diretasconselhosquimica.com.br/origem-dos-conselhos-profissionais/
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e
documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2020.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: atlas, 2021. 270 p.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed., rev. e atual. São
Paulo: Cortez, 2017.

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