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Introdução:

O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo e


existem cerca de 200 tipos de HPVs identificados. Apenas de 13 a 15 subtipos são considerados
oncogênicos (FRAGA, DOS SANTOS & QUINTANILHA). As doenças relacionadas ao HPV afetam
as regiões anogenitais e orofaríngeas, comprometendo fortemente o âmbito psicossexual de
mulheres e homens (MARIANI, ET AL). Mais ainda, a infecção pelo vírus HPV na região genital é
a IST mais comum nos EUA, atualmente, o câncer de orofaringe associado ao HPV tem
aumentado e se tornou mais comum do que o câncer cervical (HANSEN ET AL).

Por isso, o presente trabalho traz uma análise sobre os potenciais benefícios da vacina
nonavalente contra o vírus HPV. A 9v é uma evolução da 4v - e ela inclui 5 novas VLPS - vírus-
like particles, além do dobro de adjuvantes (MARIANI ET AL). Ainda é válido ressaltar que a
HPV9 oferece cobertura para os genotipos de HPV6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 (HANSEN ET
AL).

A Vacina Nonavalente contra o Vírus do HPV foi aprovada pelo FDA (Food and Drug
Administration) em dezembro de 2014 nos Estados Unidos das Américas, e protege contra
nove tipos do Papilomavírus Humano. Mas, só recentemente no dia 4 de março de 2023,
chegou à rede privada no Brasil. Segundo o FDA, essa vacina tem um potencial de proteger em
até 90% o Câncer de Colo de Útero, ainda prevenindo diversas outras infecções cervicais,
vulvares, vaginais, anais e até orofaríngeas.

Objetivo: Falar sobre a eficácia e o sucesso da Vacina Nonavalente contra o HPV e a


importância de sua implementação no Brasil.

Material e Métodos: Este trabalho fez um revisão integrativa da literatura disponível nas
seguintes bases de dados: PubMed, Google Acadêmico, BVS e Cielo. Os descritores usados para
tal pesquisa foram “Vacina Nonavalete”, “HPV” e “Eficácia”. Foram selecionados artigos com
até 15 anos e nos idiomas português, inglês e espanhol. A amostra final foi de 12 artigos
analisados.

Resultados: Diante dos 15 estudos selecionados e analisados, alguns dados chamaram atenção
das autoras deste trabalho. O primeiro foi a comprovação em diversos estudos da proteção
extra que a vacina nonavalente traz, que é contra 5 novos sorotipos - HPV31, 33, 45, 52 e 58
(MARIANI ET AL). Um estudo da Universidade de Palermo de MARIANI et AL, com mulheres de
todo o mundo, mostrou que a formulação de vacina nonavalente expande substancialmente,
em 75% ou mais,o potencial de prevenir lesões genitais pré-neoplásicas de alto grau em
comparação com 4v. Outro ponto de suam importância foi quanto a soroconversão para os
subtipos adicionais que foi acima de 99% (PETROSKY ET AL). Por fim, foi observado que a
nonavalente tem um potencial de previnir cerca de 90% dos cânceres de cérvix, vulvar, vaginal
e anal (NARANJO ET AL).

Conclusão:

Com base nos estudos coletados, conclui-se que a vacina nonvalente venho para acrescentar
maior eficácia aos programas de vacinação ao redor do mundo. A sua proteção extra contra 5
novos sorotipos traz enormes benefícios para população mundial. No Brasil, essa vacina só está
disponível no âmbito privado, mas uma análise deve ser feita para sua possível implementação
no SUS. Apesar disso, deve ser dito que a vacina 4V tem sim uma importante eficácia, porém a
9V consegue proteger homens e mulheres contra novos tipos, que só beneficiam.

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