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SISTEMA TEGUMENTAR, ANEXOS E • Córnea: células mortas formadas

principalmente por queratina na


SISTEMAS INTEGRADOS superfície
A pele é o maior órgão do nosso corpo –
Papilas dérmicas: se encontram entre a
constitui 16% do peso corporal – revestindo e
epiderme e derme. Apresenta tecido ondulado
assegurando grande parte das relações entre o
meio interno e o externo. • Função: aumentar a adesão entre a
epiderme e a derme e nutrição das
Sistema células da epiderme pela derme.
Nervoso

Sistema
Outros
Vascular
Sistema
Tegumentar

Sistema Sistema
Endócrino Linfático

FUNÇÕES DA PELE
Melanócitos: produzem melanina.
▪ Protege o organismo contra perda de
água por evaporação • Função: definem a cor da pele e
▪ Permeabilidade seletiva protegem o DNA dos efeitos nocivos da
▪ Proteção mecânica e biológica radiação solar.
▪ Comunicação constante com o meio Células de Merkel: células neuroendócrinas da
ambiente → terminações nervosas pele.
▪ Participa da termorregulação → vasos,
• Função: características de células
glândulas e tecido adiposo
nervosas e produtoras de hormônios.
▪ Excreção de substâncias tóxicas →
Próximas das terminações nervosas da
glândulas sudoríparas
pele. Ajudam a sentir o toque leve.
▪ Coloração e proteção UV
▪ Formação de vitamina D Células de Langerhans: células dendríticas.
▪ Respostas imunitárias → células • Função: Células apresentadores de
apresentadoras de antígenos + linfócitos antígenos encontradas em tecidos
linfoides e não linfoides – especializadas
HISTOLOGIA DA PELE
na defesa e processamento de
EPIDERME antígenos estranhos.
Epitélio de revestimento: tecido estratificado, DERME
pavimentoso e queratinizado.
Tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a
• Células queratinócitos → queratina epiderme. Tem espessura variável.
Não possui vasos e nem nervos Camada papilar: tecido conjuntivo frouxo.
Tem espessura variada → depende da região Apoia e nutre as células epiteliais, suprimento
corporal sanguíneo rico, rico em glicosaminoglicanos
(armazena água e eletrólitos + fibras elásticas)
Possui dermossomos → que unem as células
e tecido delicado, flexível e pouco resistente a
Camadas: trações.
• Basal: constituídas principalmente por Camada reticular: tecido conjuntivo denso.
queratinócitos → se movem para Grande quantidade de fibras colágenas, TCD
superfície e perdem núcleo – 1 a 3 irregular – derme – e TCD regular (tendões
meses) musculares).
TECIDO CONJUNTIVO Queloide: relacionada a linha de Langer, no
mesmo sentido → prevenção.
Fibroblastos
•Células comuns no TC.
PÊLOS
• Sintetiza colágeno, mucopolissacarídeos e Delgadas estruturas queratinizadas que se
fibras elásticas desenvolvem a partir de uma invaginação da
Fibras Colágenas epiderme → folículo piloso
Estruturas:
•Arcabouço extracelular.
•Fornece resistência e integridade estrutural • Folículo piloso
a tecidos e órgãos. Força tênsil dos • Bulbo piloso
ferimentos na fase de cicatrização • Papila dérmica
Fibras Elásticas • Raíz do pelo
• Eixo do pelo
•Componente principal: elastina • Músculo eretor do pelo
•Função: elasticidade
Substância Fundamental Amorfa - SFA
•Gel fluido (proteoglicanos) e gel semi-
sólido.
•Ação de proteoglicanos aumenta a
pressão osmótica ocasionando mudança
no estado e composição química do
tecido
TECIDO SUBCUTÂNEO – HIPODERME
Tecido conjuntivo frouxo.
É responsável pelo deslizamento da pele
Panículo adiposo → isolante térmico.
Funções: armazenamento de gordura – reserva
energética –, isolante térmico, modela Os pelos crescem pela proliferação de células
superfície corporal e proteção mecânica da raiz, que apresentam ciclos de multiplicação
contra choque e repouso.
ELASTICIDADE UNHAS
São formadas por placas córneas → queratina
Função: proteção

GLÂNDULAS SEBÁCEAS
Situam-se na derme e desembocam nos
Elasticidade da pele
folículos pilosos.
Secreção sebácea:
Varia com direção geral de lipídeos que contem
fibras colágenas e elásticas
triglicerídeos, ácidos
graxos livres,
Orientação das linhas de
fenda (Langer) colesterol e seus
ésteres.
A maior elasticidade da pele acontece
perpendicular as linhas de Langer.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS • Apresentam filamentos fixadores/de
ancoragem
Excretora de suor.
O suor auxilia no
abaixamento da
temperatura corporal e
elimina alguns
metabólitos.

VASOS DA PELE PRÉ-COLETORES LINFÁTICOS


Vasos arteriais → dois plexos
• Intermediários entre capilares e
Vasos venosos → três plexos coletores;
A camada papilar da derme é usada para • Presença de válvulas;
nutrir a epiderme. • Sede de contração;
• Menos conexões abertas que os
SISTEMA LINFÁTICO capilares linfáticos.
Complexa rede de vasos linfático, presente em COLETORES LINFÁTICOS
vários tecidos e órgãos linfáticos, que tem a
função de auxiliar na circulação venosa. • Continuação dos pré-coletores;
• Recebe linfa para levá-la até os
É composto pelos órgãos linfoides. linfonodos → coletores aferentes e
FUNÇÕES eferentes;
• Ajuda a manter o equilíbrio hídrico tissular • Condução da linfa em sentido
• Transporta liquido intersticial, proteínas – centrípeto;
edema rígido –, microorganismos e • Presença de válvulas (evita refluxo) e
gorduras – linfa. linfângion;
• Participa da defesa do organismo → • Maior calibre.
sistema imunológico
• Intimamente relacionado com o sistema
Eferente
venoso → drena o excesso de liquido
intersticial – 15% que não retorna pelos
capilares venosos.

Aferente

COLETORES LINFÁTICOS PRINCIPAIS – DUCTOS


• Continuação dos coletores eferentes –
deixam os linfonodos.
• Vasos de maior calibre e pouca
ESTRUTURA reabsorção
CAPILARES LINFÁTICOS
• Ausência de válvulas
• Organização em forma de escamas
• Paredes permeáveis
Ducto linfático direito → tronco das vv. Jugular
Capilar interna direita e subclávia direita
Ducto torácico esquerdo → tronco da v. jugular
Pré-coletor
interna esquerda e subclávia esquerda

Coletor É contraindicado a drenagem para


hipertensos, pois aumenta o débito cardíaco e
assim, a pressão.
Tronco
CISTERNA DO QUILO: encontro dos 3 ductos
•Troncos subclávio D linfáticos.
•Troncos jugular D
VÁLVULA LINFÁTICA
•Trroncos broncomediastinal D
•Troncos intestinais • Bicúspides
• Auxilia retorno da linfa
•Troncos lombares D e E
• Impede refluxo
•Troncos intercostais descendente • Orienta a progressão da linfa
•Tronco linfático subclávio E • Presença a partir dos pré-coletores
•Tronco jugular
Ducto
•Ducto linfático direito
•Ducto torácico esquerdo

LINFÂNGION
• Unidade funcional do sistema linfático
• Segmento do vaso linfático que está
entre 2 válvulas
• É o mm. liso do vaso linfático que se
contrai para impulsionar a linfa →
Peristaltismo sequencial

LINFONODOS
São unidades estruturais do tecido linfático.
Podem ser chamados de gânglios linfáticos.
Células:
• Linfóides:
memória
imunológica
• Reticulares:
defesa →
fagocitose e
pinocitose
Coletores aferentes
e eferentes.
+ importantes: poplíteos, inguinais, cervicais, o 15% é feita pelos vasos linfáticos.
axilares, cisterna do quilo
ANASTOMOSES LINFO-LINFÁTICAS
Entre as principais cadeias de linfonodos, tem
vasos que unem esses vasos.
Em condições normais, não são muito
funcionais, mas quando há lesão – como um
câncer – elas começam a ser mais usadas.
São elas:
• Interaxilares
• Axilo-inguinais
• Inguino-inguinais

PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Permite que o liquido vá para fora do vaso
porque a pressão do vaso é maior que do
liquido.
Quando ele sai, a pressão do espaço intersticial
começa a aumentar até que se torna maior do
que dentro do vaso, e o liquido começa a
entrar.
FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO

PRESSÃO ONCÓTICA
O liquido sempre é direcionado para onde se
tem maior concentração proteica. Para ter
saída de liquido, a concentração de proteína
tem que ser maior no liquido intersticial.

Não se pode esquecer da importância do


sistema linfático na absorção de proteínas –
macromoléculas.
MECANISMO DE STARLING
É baseado na pressão hidrostática – do liquido
– e pressão oncótica – pressão da proteína. Ele FATORES QUE INFLUENCIAM O
equilibra o liquido por meio da: SISTEMA LINFÁTICO
• Filtração: liquido deixa o vaso • Fibras contráteis dos vasos (linfangion)
• Absorção: liquido volta para dentro do • Válvulas linfáticas
vaso. Feita pelas veias e sistema linfático. • Vasos linfáticos acessórios
• Respiração
• Músculos esqueléticos
• Peristaltismo intestinal
• Pressão hidrostática e oncótica
Fatores Extrínsecos:
• Compressão externa
• Elevação do membro
• Drenagem linfática
• Exercícios físicos
EDEMA E LINFEDEMA
EDEMA LINFEDEMA
• Processo inflamatório • Comprometimento linfático
• Aumento de 30% do volume do fluido • Liquido intersticial rico em proteína
intersticial • Característica de cronicidade
• Acúmulo de liquido intersticial rico em
água, sem muita proteína.
FORMAÇÃO E FATORES EDEMATOSOS Acontece de forma congênita. Não há
formação adequada do sistema linfático.
EDEMAS
• 34% de todos os linfedemas
Localizado em tecido conjuntivo
Está associado à alguns fatores que não são
Causas:
bem explicados.
1. Filtração elevada
Ocorre:
2. Fluxo linfático reduzido
• Hipoplasia dos vasos linfáticos
• Linfangiectasias: o sist. linfático em algum
região tem uma atelectasia e não passa
o liquido
• Fibrose primária dos linfonodos
DISTÚRBIOS SECUNDÁRIOS
Indivíduo adquire a lesão de sistema linfático.
Linfadenectomias: +
LINFEDEMA comum. Quando há
“Patologia crônica, complexa, que se retirada dos linfonodos.
manifesta pelo aumento de volume de uma
determinada região do corpo, causada por
distúrbios na circulação linfática.”
Radioterapia
(radiodermites): são
lesões da radioterapia
que lesam também
capilares linfáticos

Ferimentos/ traumas/ queimaduras

Infecções/
inflamações

Doenças
parasitárias

Lesões orgânicas e funcionais → ocorrem


combinadas
LINFOSTASE: para do sistema linfático. É o
edema rico em proteína → fibrose proteica.
Tumores: causa uma
DISTÚRBIOS PRIMÁRIO obstrução do sistema
linfático.
Obesidade: aumento no • Dor;
número e no tamanho das • ↑ do risco de infecções;
células adiposas, que • ↓ da ADM;
comprime os vasos • Alterações sensoriais;
linfáticos. • Problemas com a imagem corporal;
• Aceitabilidade social.
COMPLICAÇÕES DO LINFEDEMA
ERISIPELA
Sobrecarga do sistema Infecção cutânea causada pelo estreptococos
venoso: como a insuficiência beta hemolíticos do grupo A.
venosa crônica.
Causa linfangites e linfandenites.
Caracterizado por:
• Manchas vermelhas
• Febre alta
Bomba muscular • Aumento da temperatura local
debilitada ou inexistente: • Edema progressivo
presente em paciente • Dores
neurológicos, • Limitação da função
normalmente, de forma • Abscessos
que não há Tratamento: antibioticoterapia (benzetacil)
movimentação do fluxo.
Há uma imunopatia linfostática local: o corpo
CLASSIFICAÇÃO DOS LINFEDEMAS – não consegue combater por causa da lesão do
CLASSIFICAÇÃO FOLDI sist. linfático.
ESTÁGIO CLASSIFICAÇÃO
Espontaneamente reversível,
1 regride facilmente com estímulo
da circulação linfática.
Espontaneamente irreversível,
para reverter são necessárias
atitudes terapêuticas mais
2 intensivas. Caracteriza-se por
possuir fibrose
em certos pontos com aumento
da consistência da pele.
+ grave, grande volume e grau
elevado de fibrose. Pele
ressecada, friável, coloração
3
escura, aspecto de “peau d
́orange” (casca de
laranja).
Inclui elefantíase linfostática e
4 alterações cutâneas, como
fístulas linfáticas e linfocistos.

OUTROS TIPOS DE COMPLICAÇÃO


• Fibroses
• Linfocistos
• Fístulas linfáticas: a pele começa a se
abrir e vaza linfa pela pele.
• Eczemas: pele fica vermelha e com
descamação de um processo
SINAIS E SINTOMAS DOS LINFEDEMAS inflamatório.
• Desconfortos
• Úlcera linfogênicas: caso + grave que LIPEDEMA
abrem feridas com características de
Doença vascular crônica de origem hormonal.
eczema ao redor.
Acomete principalmente as mulheres, com
DIAGNÓSTICO
depósito de gordura e edema.
• Anamnese
Fica localizado
• Exame físico
normalmente nas pernas e
• Inspeção → diagnóstico visual
braços, com exclusão de
• Palpação
mãos e pés. Há presença
• Perimetria:
de dores nas áreas
o Usar a linha poplítea de MMII.
afetadas.
o Pé: medida em 8
o Usar a linha cubital para MMSS. Há aumento do número e
tamanho das células
SINAL DE STEMMER
adiposas.
Presente em 94% de todos linfedemas primários
A resposta ao tto. é muito boa, sendo vista uma
Espessamento da pele dos dedos do pé por melhora rapidamente.
fibrose proteica.
Deve estimular com exercícios para bomba
É realizada a preensão da muscular.
pele da base do 2º artelho
do membro acometido. INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA –
+: não é possível realizar a IVC
preensão da pele → sugere Anormalidade do funcionamento do sistema
linfedema. venoso causada por incompetência valvular,
associada ou não à obstrução do fluxo venoso.
SINAL DE CACIFO – GODET Afeta principalmente sistema venoso
superficial, profundo, perfurantes ou ambos.
Avalia a presença de tecido fibrótico na região
acometida. Pode ser um distúrbio congênito ou adquirido.
É realizada uma pressão SISTEMA VENOSO
digital – digitopressão – Composto por veias.
sobre a pele, por pelo Retorno venoso → diferença de pressão e área
menos 3 seg. central (átrio direito)
+: quando a depressão –
É dependente da bomba venosa/muscular
cacifo – formado não se
desfizer imediatamente Sistema valvular → importante, pois tem função
após a descompressão. de direcionar o fluxo do sangue e evitar o
refluxo venoso.
Graduação:
MECANISMO DE IVC
• 1+: até 2mm
• 4+: até 4mm
• 3+: até 6mm Incompetência
• 4+: até 8mm valvular
Hipertensão
DIAGNÓSTICO LINFOLÓGICO 1
Venosa
É injetado substância cutânea cerca de 0,3ml Obstrução
venosa
de líquido radioativo (tecnécio) ligado a
albumina humana no interstício.
Mecanismo Musculatura da
2
dinâmico panturrilha

FORMAS CLÍNICAS
• Telangiectasias → pequenos vazinhos
roxos que se encontram nas pernas
• Varizes primárias ou essenciais
• Síndrome pós-trombótica
• Úlceras venosas Eczema: vem de processo inflamatório, pela
TELANGIECTASIA saída do liquido e inflama o tecido, com
aparência de pele ressecada com placas de
São os vasinhos, que ocorre uma estase dos
tecido avermelhada.
vasos superficiais que estão na derme, ficando
ingurgitado, sendo visualizado pela pele. Lipodermatoesclerose: canela bem fina e
panturrilha larga, por uma alteração tecidual, a
SÍNDROME PÓS-TROMBOSE pele fica enrijecida e dura na panturrilha, com
Obstrução venosa: trombose venosa profunda alteração da perna.
– dilatação na veia abaixo do trombo, Dermatite ocre: extravasamento de hemácias,
represando o sangue e evoluindo bem que vão se transformar em hemossiderina no
parecido com o mecanismo da incompetência espaço intersticial. Essa molécula é
valvular. Esses trombos podem se deslocar e pigmentada e dá aspecto amarronzado/roxo
chegar aos pulmões e coração. ao local. Essa coloração não desaparece.
A síndrome pode acontecer até 2 anos pós-
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
trombose. Edema com sinal de cacifo e
inflamação recorrente. • US Doppler
• Doppler vascular
A veia pós-trombose fica com um mau
funcionamento, com mais estase, TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
apresentando dor, edema, etc. FISIOTERAPIA COMPLEXA DESCONGESTIVA
Esses pacientes só podem ser tratados com • Aumenta retorno venoso profundo
encaminhamento médico. • Diminui refluxo patológico → varizes. Ele
CONSEQUÊNCIAS DA IVC diminui a consequência que o refluxo
patológico causa
Acúmulo • Aumenta pressão tissular → o liquido que
Edema e
excessivo de fica fora do vaso e, com o aumento ele
Linfedema
líquido volta para dentro do vaso.
• Diminui filtragem de líquidos e
macromoléculas
Compromete Padrão ouro para insuficiência venosa crônica,
Úlceras
a oxigenação linfedema e lipedema.
venosas
tecidual
1ª ETAPA - 2ª ETAPA -
INTENSIVA MANUTENÇÃO
•Diminuição •Manter os
máxima do resultados obtidos
volume, regressão na 1ª etapa
das alterações •Conscientização
fibroescleróticas, quanto à
estética e função cronicidade e
•Duração depende controles
do caso •Diminui o nº de
•Tto. diário, para sessão diárias
que tenha um •Substituir o
bom resultado enfaixamento
•Usa enfaixamento compressivo pela
compressivo meia de
compressão
elástica

É formada por:
• Drenagem linfática manual
• Terapia compressiva
• Exercícios miolinfocinéticos
• Cuidados com a pele: lesões podem
piorar o quadro o paciente
CONTRAINDICAÇÕES AO TRATAMENTO
• Lesões cutâneas → sem causa bem
estabelecida, exceto úlcera venosa
crônica
• Erisipela/celulite
• Infecções
• Estado febril
• Inflamação aguda local
• Tromboflebites → evitar deslocamento
do trombo
• Tumores maligno
• Hipertensão arterial → descontrolada
• Cardiopatias descompensadas
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL – DLM
Ela ajuda a manter o equilíbrio liquido.
É a 1ª técnica aplicada na terapia complexa
descongestiva.
Objetivos:
• Drenar excesso de liquido intersticial
• Aumentar a absorção, o transporte e o
fluxo linfático superficial, deslocando a
linfa + rapidamente
• Dissolver fibroses pela compressão → é
liberado a enzima metaloproteinase,
que quebra a fibrose
• Estimula vias existentes e inativas →
acelera a condução linfática
FUNDAMENTOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
É possível deslocar o edema de espaço CONTRAINDICAÇÃO DAS MANOBRAS
intersticial, por meio de pressões feitas com as • Trombose aguda na região edemaciada
mãos, envolvendo a região edematosa. • Infecções bacterianas ou virais na região
DLM → aumento da formação de linfa (liquido edemaciada
tissular é impulsionado com maior intensidade • Eczema agudo na região edemaciada
para vasos linfáticos iniciais → aumento do • Recidiva de tumor maligno local ou
débito linfático. locorregional
• insuficiência cardíaca descompensada
DLM → aumenta a motricidade do linfângion → • hipertireoidismo → região do pescoço
aumenta a linfa. • síndrome do seio carotídeo
MODALIDADES DE EXECUÇÃO DAS MANOBRAS
TERAPIAS DE COMPRESSÃO
Manobra de Evacuação Ela diminui a filtração e aumenta a reabsorção,
•Libera as vias linfáticas das regiões do liquido para dentro do vaso.
adjascentes à zona edemaciada • Mantém e melhora a absorção e o fluxo
•Realizada em região não edemaciada linfático
•Realizada de proximal para distal • Estimular linfângion → vasomotricidade
• Reduzir fibroses linfáticas
Manobra de Captação • Deve ser funcional → compressão que
•Drena e absorver liquido intersticial permite a mobilidade do paciente
•Realizada em região edemaciada • Pressão maior na região distal
• Mantém resultados obtidos com a DLM
Paciente com edema distal o enfaixamento
sempre 1 cm abaixo da linha poplítea.
Deve manter pelo menos 24h.
FISIOTERAPIA COMPLEXA DESCONGESTIVA
Visa a qualidade de vida e satisfação do tto.
que apresenta melhores resultados em
pacientes com linfedema de extremidade
inferior.
O volume, estágio do linfedema, amplitude de
movimento, escores de dor, peso e tensão
foram signitivamente melhorados.
Mostra que a TCD é eficaz e útil na melhora do
TIPOS DE COMPRESSÃO
linfedema crônico
Bandagem de compressão:
CUIDADOS COM A PELE
• Fase de redução
• Proteção ao sol
• Órteses para fibrose:
• Hidratação
EVA, placas de silicone.
• Ferimentos
Coloca em cima da fibrose
• Higiene
→ aumenta a compressão
da região
Cuidados com a pele
• Faixas inelásticas
Meia/luva de compressão:
Associar à Terapia Complexa
• Fase de Cinesioterapia respiratória
manutenção: Descongestiva
enfaixamento
elástica → Elevação dos membros
elastocompressão
• Distribuição mais
continua da Resfriamento da pele
pressão em todo o
membro Esclarecimento e atendimento
Aparelho de compressão pneumática: ao paciente
• Leva a formação de canais como vias
de evacuação do fluido do edema. Autodrenagem

MEDIDAS TERAPÊUTICAS
COMPLEMENTARES
Podem ser utilizados também:
• Ultrassom
• Alta-voltagem
• Laser
• kinesiotaping
EXERCÍCIOS MIOLINFOCINÉTICOS
ULTRASSOM TERAPÊUTICO
Contração muscular + contrapressão do
enfaixamento → aumento na atividade dos Efeitos térmicos e não térmicos, com ação
linfângion tixotrópica.

Alterações nos capilares → linfangiogênese e Efeito no linfedema:


recrutamento de vasos linfáticos inativos. • Aumento da permeabilidade das
São realizados movimentos lentos, rítmicos, sem membranas → aumenta a circulação
dor e ativo livre na máxima amplitude. • Aumenta a extensibilidade do tecido →
redução da fibrose.
Deve iniciar em decúbito dorsal com membro
elevado → eliminar efeito da gravidade Apresenta benefícios no alivio de dor e
maleabilidade do tecido.
Realizar os exercícios resistidos de baixa
intensidade, associando com exercícios
respiratórios.
ALTA VOLTAGEM
Altera a permeabilidade vascular para
proteínas plasmáticas.
Causa ativação muscular e auxilia na atividade
do linfângion.
Parâmetros:
• Modo de estimulação: sincronizado
monopolar (negativa)
• Frequência: 50 Hz
• On/off: 3:6 seg
• Rise/decay: 2:15 seg KINESIOTAPING
• Amplitude → contração muscular + A aplicação mostrou melhora significativa de
conforto do paciente sintomas relacionados ao linfedema,
LASER apresentando vantagens como:
Redução do fluido intersticial pela estimulação • Menor desconforto
da motricidade linfática, linfangiogênese e • Menos dificuldade
atividade de macrófagos. • Maior conveniência com o uso
Debloqueia o sistema linfático e restaura o fluxo Ela pode reduzir os sintomas venosos, dor e sua
linfático. gravidade e aumentar a atividade do mm.
Os protocolos sem padronização e resultados Gastrocnêmio, mas seus efeitos na qualidade
inconclusivos. de vida e do edema são incertos.
Redução do volume + maleabilidade do tecido Ela pode ter também um efeito placebo na dor
+ melhora da dor e maleabilidade venosa.
HISTOLOGIA BÁSICA CUTÂNEA
Impacto social
Proteção das
estruturas internas
Redução da
Impacto econômico qualidade de
vida
PELE

Ausência das atividades


Percepção do Manutenção da laborais
meio externo homeostase
ÚLCERA CRÔNICA – VENOSA
É 75% das causas das úlceras.
Causa um impacto socioeconômico
importante.
Etiopatogenia: insuficiência venosa crônica.
Ingurgitamento dos tecidos até gerar um
processo inflamatório importante que gera uma
úlcera.
Custo anual:
• EUA → 1,90 – 2,5 bilhões de dólares
ÚLCERAS CRÔNICAS • Reino Unido → 1,3% da verba destinada
Perda circunscrita ou irregular do tegumento – à saúde
derme ou epiderme – podendo atingir tecido
subcutâneo e adjascentes.
Tem grande impacto social e socioeconômico:
• Ausência das atividades laborais
• Redução da qualidade de vida
O diagnóstico correto é necessário para se ter
uma abordagem terapêutica correta.

Como ocorre:
Quando a válvula não funciona corretamente,
causa uma estase venosa.
A pressão hidrostática do vaso aumenta, e
saída de liquido da veia, ficando acumulado
no tecido intersticial.
O liquido é cheio de substratos do metabolismo
– estruturas inflamatórias – e o tecido em volta
começa a ter lesões, e a pele fica com
características inflamatórias.
Quando as estruturas inflamatórias lesam muito
o tecido e o tecido se abre, causando a úlcera.
Manifestação Clínica • O tabagista crônico tem formação de
ateroma em braço, ocasionando essas
•Desenvolvimento lento - proc. úlceras nos dedos.
inflamatório
•Localizada no terço distal da perna Manifestações Clínicas
•Associada a edemas e linfedemas e •Claudicação intermitente
dermatite ocre
•Dor com elevação de MMII
•Presença de dor → melhora com
elevação do membro - ajuda o retorno •Locais: artelhos, calcâneos,
venoso proeminências ósseas dos pés
•Forma irregular e superficial •É profunda, borda demarcada, ausência
de tecido de granulação, cianótica e
•Exsudato variável/amarelado - tecido necrótica - falta da chegada de sangue
desvitalizado, porém úmido
•Membro frio → palidez quando elevado/
Abordagem Terapêutica rubor quando pendente
•Terapia complexa descongestiva •Pulsos periféricos diminuídos ou ausentes
•Tratamento local da úlcera •Teste do tempo de preenchimento
•Medicamentos sistêmicos vascular → > 3 a 4 seg (lento)
•Tratamento cirúrgico da anormalidade Tratamento
venosa •Reestabelecer fluxo sanguíneo adequado
O laser é padrão ouro pelo seu estímulo celular. •Manutenção do meio úmido
ÚLCERA CRÔNICA – ARTERIAL •Controle da dor
•Membro aquecido
10 – 25% dos casos
É o tipo de úlcera que tem mais amputação e
cirurgias para que diminua as placas de
ateroma e possa voltar a região.
Idade >45 anos
Tabagismo Tecido necrótico – tem bordas pretas e não há
Diabetes Mellitus mais circulação no local.
HAS ÚLCERA CRÔNICA – NEUROPÁTICA
Hipercolesterolemia
Há perda sensorial e alterações tróficas pela
História familiar
desnervação. Há lesão em nervo periférico.
Sedentarismo
Comum em:
Etiopatogenia: aterosclerose sistêmica → DAOP
• Diabetes mellitus
O paciente desenvolve a placa de • Hanseníase
aterosclerose que impede o fluxo de sangue • Espinha bífida
para extremidade, chegando em um ponto • Medicamentos: quimioterapia
onde fecha a passagem, não tendo a • Lesões de medula espinhal
passagem de sangue para a parte distal.
Etiopatogenia: alteração sensorial, motora e
Ocorre uma anóxia tecidual – fica sem oxigênio autonômica periférica.
– e o tecido morre, virando uma ferida no local.
• ↓ sensibilidade → pressão → lesão
cutânea
• Alteração motora → atrofia nos mm.
Intrínsecos do pé → deformidades
• Disfunção autonômica → alteração de
microcirculação → pele seca, eczemas,
infecções
A inervação periférica é responsável por
manter a hidratação.
É mais comum em MMII, porém alguns A neuropatia periférica vai causar uma
pacientes tabagistas crônicos podem alteração sensorial, motora e autonômica.
desenvolvendo em MS.
elevada, déficit nutricional, extremos de
idade (idoso tem uma desidratação
fisiológica)
Paciente do déficit proteico não tem colágeno
suficiente para fechar a ferida.

Manifestações Clínicas
•Mal perfurante plantar: característica de
muita pressão do pé, formando um furinho
•Úlcera indolor, pronfunda, com bordas
calosas
•Teste do Monofilamento de Semmes-
Weinstein: é positivo, porque o paciente Manifestações Clínicas
não tem sensibilidade •Dor → presente ou não - depende do tipo
Tratamento do paciente
•Local → proeminências ósseas, por conta
•Medidas preventivas da pressão
•Infecção → antibioticoterapia •Tamanho e forma → variado com
•Manter leito úmido + desbridamento → acometimento da epiderme e tecidos +
hidrocolóides e hidrogel profundos
•Intervenções conservadoras
ÚLCERA CRÔNICA – PRESSÃO
“Áreas de necrose tissular, que tendem a se
desenvolver quando o tecido mole é
comprimido, entre uma proeminência óssea e
uma superfície externa, por um longo período
de tempo”.
Paciente se mantem muito tempo na mesma
posição, pressionando a pele fora do seu local.
A compressão não deixa ter oxigenação do
tecido, pela pressão, impedindo a sua
passagem, de forma que ele entra em anóxia.
Normalmente são bem profundas, pois tem
uma lesão desde o osso até a pele.

Locais + acometidos: ísquio e cóccix. Crianças


com PC é comum em joelho. Em pacientes de
hospital em orelha e occipital
Etiopatogenia:
• Fatores extrínsecos: cisalhamento,
fricção, umidade (excesso de umidade)
• Fatores intrínsecos: hipotensão, estresse,
tabagismo, temperatura corporal
Ela pode ser dividida por estágios: • Hábitos de vida → tabagista, uso de
álcool, uso de medicamentos, exercícios
físicos
• Fatores de risco
• Aspectos clínicos → cada úlcera tem
uma manifestação clínica diferente
• Escala de Braden
• Escala de Waterlow
• PUSH
ASPECTOS CLÍNICOS
A úlcera é avaliada pela maior largura e
Estágio 1: só epiderme comprimento. Pode ser medida a profundidade
Estágio 2: epiderme e derme também. É feita com um paquímetro.
Estágio 3: epiderme, derme e
tecido subcutâneo
Estágio 4: epiderme, derme,
tecido subcutâneo, músculo
e osso

Medidas de alívio –
prevenção:
• Posicionar adequadamente o paciente
– evitar o cisalhamento
• Implementar uso adequado de
dispositivos e superfícies redutores de
pressão
• Realizar mudança de decúbito de 2 em
2 horas com intuito de reduzir a duração
e magnitude da pressão exercida sobre ESCALA DE BRADEN
áreas vulneráveis do corpo É usada na UTI para avaliar o risco do paciente
• Promover controle da umidade da pele, de desenvolver uma úlcera de pressão.
hidratação e impermeabilização
Avalia:
utilizando protetores tipo barreira na
incontinência fecal ou urinária • Percepção sensorial
• A avaliação da pele deve incluir • Umidade
temperatura, cor, rubor, umidade e • Atividade
integridade • Nutrição
• Manter a pele limpa e seca, porém, • Fricção e cisalhamento
evitando o ressecamento e a
descamação
• A limpeza de pele deve ser feita com
agentes de limpeza suaves que
minimizam irritações
• Evitar a utilização de água quente nos
banhos ou outras higienizações,
optando pela morna

INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DE


ÚLCERAS
• Anamnese
Necrótico: comum de úlcera arterial. É preciso
tirar com desbridamento para conseguir
recuperar o tecido.
COMPLICAÇÕES QUE ATRASAM A
CICATRIZAÇÃO
BIOFILME
Colônias de bactérias que se formam em cima
da ferida, como um filme plástico.
ESCALA PUSH Células bacterianas encapsuladas em uma
Escala feita para úlcera de pressão – mas pode matriz de substância polimérica extracelular
ser usada para todas. autoproduzida, constituída de uma ou mais
espécies de microrganismos aderidos a uma
Avaliar a evolução da úlcera.
superfície viva.
Avalia:
Há resposta inflamatória persistente e de baixo
• Comprimento x altura – olha o tamanho grau, que prejudica a epitelização e a
da altura e sua pontuação formação do tecido de granulação, impedindo
• Quantidade de exsudato – observa a a cicatrização.
gaze
Importante a utilização de agentes
• Tipo de tecido – se o tecido está
antimicrobianos de largo espectro como: prata,
melhorando
iodo, mel e polihexanida (PHMB) que existem
em diversas formulações. É necessário limpar
com uma gaze com soro para limpeza,
utilizando a sulfadiazina de prata.
BORDAS MACERADAS
• Borda esbranquiçada e enrolada
Ocorre devido ao excesso
de umidade na ferida pelo
aumento da exsudação.
A escala trás um gráfico para ser possível ver a
evolução. EPÍBOLE
TIPOS DE TECIDO • Borda enrolada
Está presente em feridas
profundas, nas quais as
bordas se unem antes da
cicatrização completa

REPARO TECIDUAL
É preciso entender o reparo tecidual que é
composto por:
Epitelial: tecido bem fechado • Inflamação: vasodilatação para trazer
Granulação: bem avermelhado, tecido para mediador químico pra região e
fechamento de ferida, ele está vivo e com macrófagos pra limpar a região
nutrição. • Proliferação: fibroblastos que sintetizam
colágeno, para ter a formação do
Desvitalizado: amarelado, está morto, porém
tecido, mas é um tecido imaturo
tem muita umidade que fica amarelado. É
• Remodelamento: substituição do
chamado de esfacelo.
colágeno imaturo (III) pelo maduro (I).
FATORES QUE INTERFEREM NA Completo
desbridamento do
CICATRIZAÇÃO
leito da ferida até
• Pressão contínua – edema um tecido viável e
• Infecção saudável. Pode
• Agentes tópicos inadequados/ CIRÚRGICO
resultar em uma
medicamentos ferida maior, já que
• Técnicas de curativos alguns tecidos
• Idade podem ser
• Aporte nutricional sacrificados.
• Tabagismo Envolve o uso de
• Alcoolismo água pressurizada
• Diabetes mellitus ou solução salina
como uma
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DAS HIDROCIRURGIA
ferramenta de corte
ÚLCERAS através de um
DESBRIDAMENTO aparelho
Tecido desvitalizado – infecção, isquemia, descartável.
hipóxia e desidratação → não viável → não
permite que ocorra a cura. Placa de hidrogel: tipo
O desbridamento é o processo de remover o de desbridamento
tecido aderente, morto ou contaminado da autolítico que pode ser
ferida. usado.

Curativos que
otimizam o
ambiente úmido da ENXERTOS
ferida, adicionando
É uma técnica antiga, redescoberta durante a
umidade ou
1ª e 2ª G.M. como principal tratamento para o
removendo e
AUTOLÍTICO fechamento de feridas
excesso de líquido,
auxiliam no processo Emprego de enxertos de pele parcial laminados
de autólise, onde as → substituir e regenerar a pele;
enzimas do corpo É um dos procedimentos + comuns na área de
quebram o tecido feridas que não cicatrizam.
não viável.
Padrão ouro: enxerto cutâneo autólogo de
As larvas liquefazem espessura parcial.
e digerem o tecido
neurótico, matam e • Segurança e eficácia para úlceras
consomem crônicas de perna
LARVAL bactérias e estimular Maior taxa de sucesso em úlceras venosas
a cicatrização de crônicas
feridas promovendo
FISIOTERAPIA COMPLEXA DESCONGESTIVA
o crescimento de
fibroblastos Drenagem Exercícios
Terapia
Remoção mecânica Linfática Miolinfocinéti
Compressiva
do tecido Manual cos
desvitalizado. Pode
ser feito por meio de → Cuidados com a pele ←
gaze úmida
MECÂNICO
aplicada sobre a
LASER – TERAPIA DE FOTOMODULAÇÃO
ferida e retida após
secar → “Debrisoft Laser de baixa intensidade:
da Activia • Espectro de luz vermelho ou
Healthcare” infravermelho
• Não apresentam efeitos térmicos
• Efeito fotobioestimulador Agente antimicrobiano → lise na membrana
dos agentes
Efeitos fisiológicos:
• Efeito térmico → vasodilatação
periférica local
• Bactericida e antisséptico
Técnicas de aplicação: eletrodos de vidro – ar
rarefeito ou fás neon no interior.

(traduzir)
O comprimento de onda pode ser:
• 658 nm
• 830 nm
• 904 nm
O + utilizado é o 658nm.
APLICAÇÃO DO LASER – ÚLCERA
658 nm/830nm/904 nm
3–6J
Pontual
Borda e centro da lesão – com 1 cm de
distância p/ não encostar na lesão OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA
Tto destinado a aumentar o suprimento de
TERAPIA COM OZÔNIO oxigênio a feridas que não está respondendo a
O ozônio é um gás composto por 3 moléculas outros tratamentos.
de oxigênio – O3. Envolve a respiração de oxigênio puro (100%)
Forma de administração: óleos ozonizados, em uma câmara de compressão
mistura de oxigênio e ozônio aplicada especialmente projetada.
diretamente na ferida, insuflação retal – é Ttos envolvem pressurização por períodos entre
soprado na porção final do intestino através do 60 e 120 min, 1-2x/ dia, por 15-30 sessões.
ânus.
É utilizado no aparelho de Alta Frequência.

O3
•Importante agente antimicrobiano
•Modulador da resposta inflamatória
•Melhor transporte de 02 para os tecidos
•Ativação do processo aeróbico CORRENTES ELÉTRICAS
•Aumenta a secreção de fatores de
Epiderme → potencial elétrico estável
crescimento
•Secreção de vasodilatador - NO Lesão → perda da bioeletricidade
•Induz a síntese de interleucinas e citocinas Ela é indicada para reparo tecidual por que
•Reação com componente celular e promove:
extracelular 1. Melhorar o processo inflamatório
•Potente ação antioxidante 2. Reiniciar o processo reparador
•Estimulação do sistema imunológico 3. Aumentar a perfusão tecidual →
aumento do fluxo sanguíneo
Alta Frequência 4. Reduzir ou eliminar edema
Corrente alternada de alta frequência que 5. Desbridamento de áreas de necrose
provoca formação de Ozônio a superfície da 6. Controlar a infecção
pele; 7. Controlar a dor
8. Melhorar a formação de cicatrizes APLICAÇÃO DE ALTA VOLTAGEM – ÚLCERA
Microcorrente Modo contínuo
Monopolar (-)
Efeito em nível celular → melhora o transporte Frequência – 100 Hz
pela membrana plasmática, aumenta a Intensidade – limiar do paciente/ 100V
bioeletricidade) → melhora o transporte pela
membrana plasmática, aumenta a síntese de
adenosina trifosfato e o transporte de
aminoácidos, acelera a síntese de proteínas, ULTRASSOM TERAPÊUTICO
estimula o crescimento do tecido conjuntivo e Para reparação tecidual:
aumenta a mobilização de proteínas para o
• Até 15 dias pós-lesão: fase inflamatória e
sistema linfático (ENNIS et al., 2012)
início da fase proliferativa
É feita uma aplicação subsensorial – indolor. • 3 Mhz e pulsado – 20%
Amplitude: 10-900 microamperes. Acelera o reparo tecidual e facilita o aumento
Freq: 0,5 e 900 Hz da síntese de colágeno pelos fibroblastos,
Duração de pulso: 0,5 seg. aumentando a resistência à tração da ferida.
ALTA VOLTAGEM APLICAÇÃO DO ULTRASSOM – ÚLCERA
Corrente pulsada monofásica, com pequena 3 MHz
Modo pulsado 16Hz (20%)
duração de pulso – 5 a 20 µs – e amplitude de
corrente de pico muito alta – 2000 a 2500 mA. Dosimetria baixa – 0,1 a 0,2 W/cm2

Geram acúmulo de cargas elétricas no tecido.

EFEITOS DA CORRENTE
•Interrupção da integridade da pele →
potencial elétrico positivo no local da
lesão relativo a pele intacta →AV com
pólo positivo → diferença de potencial
pode ser reestabelecida
•AV → aumenta a microcirculação e ꞵ-
endorfinas em alta concentração →
peptídios que contribuem para a cura de
lesões
•Eletrodos carregados negativamente
possuem efeito bacteriostático → limpa o
tecido da infecção
•Acelera drenagem linfática e promove
melhora do metabolismo
Resultado inevitável da lesão – intencional ou É marcada pela migração e proliferação de
acidental – da pele. A cicatriz final, secundária fibroblastos, produção de colágeno e outras
a um processo de reparação, é variável e proteínas que contribuem para a formação do
nunca completamente previsível. tecido de granulação.
PROCESSO DE REPARO TECIDUAL Ocorre um processo de angiogênese →
formação de vasos sanguíneos a partir de vasos
Início imadiatamento após a pré-existentes.
lesão cutânea
Fator de crescimento fibroblástico (FGF) →
Formar nova estrutura e preservar responsável pelo estímulo dos fibroblastos em
a função do tecido normal torno da ferida e migração para a área de
regeneração.

Eventos dinâmicos e interativos

Três fases distintas

Fase inflamatória

FASE DE REMODELAMENTO
Fibroplasia/ Proliferativa → Inicia do 21ª e pode durar meses.
Biossíntese de colágeno
Depende de variáveis:
• Idade
Fase de contração/ • Estado nutricional
remodelamento • Local da ferida
FASE INFLAMATÓRIA • Tipo de lesão
• Duração do processo inflamatório e
Fase inicial do processo de cicatrização → até
proliferativo
4 dias pós-lesão
Ocorre uma substituição do colágeno imaturo –
Agregação plaquetária, ativação da cascata
tipo III – por colágeno maduro – tipo I – além da
de coagulação e formação da rede de fibrina.
diminuição de células inflamatórias.
Cinicas e citocinas → modulam os eventos do
processo inflamatório como: CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
• Aumento da permeabilidade vascular CICATRIZAÇÃO
• Migração celular PRIMEIRA INTENÇÃO:
• Estímulo e inibição de produção celular quando não se tem perda
• Dor tecidual. Geralmente o
• Hiperalgesia e calor fechamento dessa lesão
Há liberação de fatores de crescimento. ocorre por fechamento de
uma sutura ou
aproximação das bordas da lesão.
SEGUNDA INTENÇÃO:
ocorre perda tecidual e
para o processo de
fechamento não se faz
por aproximação das
bordas da lesão. Ele
acontece de forma espontânea – da borda
para o centro e de baixo para cima.
FASE PROLIFERATIVA
Ocorre entre 5 – 20 dias.
CICATRIZES
Período de maturação: 6 meses → a exposição
solar desencadeia aumento da sensibilidade
dos melanócitos.
Fases iniciais do reparo: cicatrizes
rosadas/avermelhadas → evoluem para
colocação próxima da pele.
6 meses – 1 ano: cicatriz “madura” → há um
processo de inatividade cicatricial CICATRIZES HIPERPROLIFERATIVAS
A cicatriz normal é hipopigmentada e espessa, QUELÓIDES
com 70% da força original da pele.
Cicatrização excessiva → tem influências
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE traumáticas e genéticas.
REPARO TECIDUAL – TIPO DE Fator hormonal: incidente em jovens
CICATRIZES Maior incidência em raça negra e parda e em
Tipos de cicatrizes: mulheres.
ISOPROLIFERATIVAS/NORMAL: onde os eventos Hipótese neuro-inflamatória – arco reflexo a
ocorrem como esperado, sem alterações, nível medular: lesão de nervos sensoriais não
variam de acordo com a gravidade da lesão e mielinizados → liberação de neuropeptídeos →
com o metabolismo de cada indivíduo. prolongam a produção de fatores de
crescimento e citocinas
HIPERPROLIFERATIVAS/EXAGERADO: onde os
eventos acontecem de forma excessiva e Saliência em platô, rósea e lisa. É uma situação
seguem com fibroses intensas, aderências, definitiva, com uma lesão fibrosa além dos
dores, retrações, edemas persistentes, cicatrizes limites da lesão.
hipertróficas e/ou quelóides. Há sensação de prurido, queimação e
HIPOPROLIFERATIVAS/DEFICIENTE: ocorre ferroada.
quando existe alguma dificuldade de o CICATRIZES HIPERTRÓFICAS x QUELÓIDES
organismo cicatrizar por si só, neste caso é
HIPERTRÓFICAS QUELÓIDES
importante estimular o processo.
Exagerado processo Exagerado processo
Hiperproliferativas: de regeneração de de regeneração de
tecido conjuntivo tecido conjuntivo
Saliência elevada
Saliência elevada de
em platô,
regeneração de
consistente, rósea e
tecido conjuntivo
lisa
Não ultrapassa o Ultrapassa o limite
limite da lesão da lesão
Hipoproliferativas: Reversão em um ano Situação definitiva
Recidiva após
Sem recidivas
extirpação

Isoproliferativas:
FATORES ETIOLÓGICOS – HIPERTRÓFICAS E
QUELÓIDES
• Linhas de sutura com direção contrária
às linhas de Langer
• Infecção
• Hematomas Também pode ser utilizado a terapia
• Queimaduras compressiva, com malha ou veste de
• Predisposição genética → desordem dos compressão.
genes de expressão do protocolagénio e • Exerce compressão contínua sobre áreas
fibronectina cicatrizadas e enxertadas → inatividade
• Fototipos altos cicatricial
• Indivíduos jovens • Manter o tecido cicatricial elástico e de
• Regiões corporal → ex: região forma homogênea
paraesternal para deltoideana • Previne hipertrofia cicatricial – evita a
• Cicatrização por 2ª intenção formação excessiva de colágeno na
INFLUÊNCIA DAS LINHAS DE LANGER cicatriz diminuindo o fluxo de oxigênio
• Usados durante 24 horas até a
NO TIPO DE CICATRIZ maturação completa das cicatrizes → 6
Lesões perpendiculares a linha de Langer meses a 1 ano
podem causar cicatriz hipertrófica ou
Cuidados:
queloidiana.
• Sudorese excessiva
• Higiene do local
• Tamanho
• Instruções de uso
Outra opção é a terapia medicamentosa, com
uso de corticoide.
• O corticoide diminui a síntese de
colágeno

TRATAMENTO
É muito complicado o tto. clínico de queloide e
cicatriz hipertrófico.
CORRENTE GALVÂNICA/IONIZAÇÃO
Iontoforese – hialuronidase:
1. Diminui a consistência do queloide
2. Produz diminuição da consistência do
Há algumas zonas perigosas para formação de
queloide
cicatrizes hipertóficas e quelóides:
3. Diminuição de seu tamanho
Região médio- 4. Resultado de uma desagregação dos
TRONCO
esternal/ deltoidiana componentes da substância fundamental
Linha mamária até amorfa
MAMA prolongamento com
aréola A hialuronidase vai desfazendo a substancia
ABDOME Incisões longitudinais amorfa e ela fica mais fluida.
Região privilegiada CICATRIZES ATRÓFICAS
para formação
FACE/ORELHA São depressões dérmicas provocadas por
cicatricial
destruição do colágeno durante doenças
hiperproliferativa
cutâneas de caráter inflamatório.
No momento de reparação tecidual não forma
PREVENÇÃO tanto tecido colágeno.
A prevenção é a utilização de placas de Exemplos:
silicone.
• Acne nódulo-cística – cicatrizes acneicas
• Ela pressiona a cicatriz e faz com que ela • Traumas
entre em um processo de inatividade • Queimaduras
precoce – ela diminui o oxigênio da • Cirurgias
cicatriz para que ela não prolifere tanto
É de difícil tratamento e geralmente são Ocorre a deposição excessiva dos
abordadas cirurgicamente → preenchimento componentes da matriz extracelular (fibras
de colágeno. colágenas) e um aumento da angiogênese e
da quantidade de células (fibroblastos),
levando a formação de uma quantidade
anormal de tecido cicatricial desorganizado,
rígido, doloroso, antiestético e anti-funcional.
TRATAMENTO DE CICATRIZES
ADERIDAS/FIBROSES
Terapia Forças
PELE
manual mecânicas

TRATAMENTO DE CICATRIZES ATRÓFICAS


• Peelings químicos Estrutura
• Dermoabrasão tridimensional
• Laser fracionado ablativo de Érbium
1550nm → causa lesão tecidual Tecidos cicatriciais – especialmente recentes –
• Ácido hialurônico → não causa lesão não deve afastar as bordas da lesão.
tecidual, mas causa uma maior • Pode causar deiscências (abertura da
quantidade de líquido e disfarça as cicatriz), seromas e cicatrizes
cicatrizes. hipertróficas
• Microagulhamento
Forças mecânicas aplicadas:
É necessário realizar mecanismos de lesão 1. Compressão: estimula a liberação de
tecidual para entrar no processo inflamatório enzimas que degradam o tecido excessivo –
proliferativo e remodelamento, para que tenha metaloproteinases
proliferação do colágeno. 2. Tensão: ocorre um rearranjo das fibras
ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE colágenas com diminuição de TGFβ1 –
responsável pelo estímulo da produção de
As cicatrizes podem apresentar alterações de
colágeno.
sensibilidade por causar lesão nervosa,
• Deve ser realizada tensões + suaves e
dependendo da profundidade da lesão.
breves.
Pode haver até mesmo uma neuropatia, com
alteração de profundidade. É possível conseguir reverter áreas de fibroses
em cicatrizes + antigas.
ESTÍMULOS SENSITIVOS – CICATRIZ
ENDODERMOTERAPIA – VACUOTERAPIA
Pode causar áreas de:
É o tto. baseado na aplicação de pressão
• Hiposensibilidade → estimulo de negativa (sucção), colocado sobre a pele, que
diferentes texturas, progredindo as exerce uma mobilização tecidual.
texturas
• Hipersensibilidade
São realizados estímulos térmicos e táteis para
auxiliar nos estímulos sensitivos.
CICATRIZES COM ADERÊNCIAS E FIBROSES
ADERÊNCIA CICATRICIAL: quando o local da São usadas ventosas de vidro de vários
cicatriz que foi formada está presa ao tecido tamanhos, sugando a pele, fazendo uma
subjacente. Quando vai movimentar a cicatriz tração realizando um rompimento do excesso
e o tecido anda em bloco. de fibra.
FIBROSES: quando se tem placas + duras abaixo A diferença para a ventosa é que a
ou ao redor da cicatriz que ocorre por excesso vacuoterapia é possível graduar a pressão com
de formação de colágeno. oaparelho.
São respostas do processo de cicatrização Efeitos Fisiológicos:
depende da extensão da lesão.
• Favorece as trocas gasosas → ginástica Função de aumento da temperatura cutânea
circulatória (até aproximadamente 42°) e promove
• Melhora da troficidade dos vasos → contração do colágeno modificando sua
aumento da mobilidade dos líquidos estrutura (melhora o aspecto denso do tecido
corporais colágeno).
• Aumento da circulação → melhor Reestrutura todo o colágeno do organismo.
oxigenação e nutrição
Melhora o aspecto denso do tecido colágeno
Objetivos da técnica: em áreas de fibrose.
• Atenuar cicatrizes OUTROS RECURSOS PARA ADERÊNCIAS
• Melhorar aspecto de fibroedemageloide CICATRICIAIS
– celulite
• Ventosas
• Acelerar reabsorção de líquidos
• Crochetagem
corporais
• Miofibrólise
• Reorganizar o tecido adiposo
subcutâneo. CINESIOTERAPIA/ MOBILIZAÇÃO TECIDUAL
US TERAPÊUTICO Técnicas de cinesioterapia para mobilizar o
tecido por meio do exercício, colaborando
O US é uma modalidade de penetração
com as forças de tensão do local.
profunda, capaz de produzir alterações nos
tecidos por mecanismos térmicos e não CICATRIZES E POSTURA
térmicos.
Formação
Efeitos fisiológicos: de fibroses Retração Desvios
• Aumento da permeabilidade da e da pele posturais
membrana – fonoforese aderências
• Vasodilatação + aumento do fluxo
sanguíneo • Tratamento postural
• Estimulação da angiogênese • RPG
• Ação tixotrópica → destruição de • Pilates
massas solidificadas (fibróticas) – • Iso Stretching
viscosidade tecidual
RADIOFREQUÊNCIA
Lesão dos tecidos orgânicos em decorrência • Profunda: a base da
de um trauma de origem térmica. bolha é branca, seca,
Pode causar pequenas lesões – bolhas – como indolor e menos dolorosa
respostas sistêmicas. • A restauração das lesões
ocorre entre 7 e 21 dias
Elas podem ter alguma gravidade. O que
Ex.: contato com líquidos
determina sua gravidade é:
Superaquecidos
• Região afetada Profunda e grave: epiderme,
• Agente causador toda a derme (+ tecs.
• Idade – extremos são + complicados Subcutâneo, Muscular e
• Tipo da lesão Ósseo)
• Profundidade da lesão – determina o Quadro clínico: lesões profundas
grau (placa esbranquiçada ou
• % superfície lesada – quantidade da TERCEIRO
enegrecida), textura coriácea,
superíficie corporal GRAU
indolor, alterações sistêmicas
Paciente com mais de 75% de área queimada • Difícil cicatrização +
é um paciente grave. sequelas
• É feito enxertia de pele
Deve olhar também se houve algum trauma em
Ex.: incêndios graves, lesões
conjunto.
térmicas e elétricas
DETERMINAÇÃO DA ÁREA QUEIMADA Envolvem pele, músculo e osso.
É a porcentagem da área da superfície Causam uma carbonização.
cutânea lesionada – regra dos 9. Ocorrem, geralmente, com
queimaduras elétricas e
O número do local é o QUARTO
podem ser mais graves do que
quanto em % que foi GRAU
aparentam
lesionado. Podem causar complicações
Em criança é diferente graves e devem ser tratadas
pela proporção por um médico imediatamente
corporal.
A incidência de
queimaduras em
crianças.

DETERMINAÇÃO DA PROFUNDIDADE
DA QUEIMADURA
Determina o grau da queimadura.
Superficial: epiderme
Quadro clínico: hiperemia
PRIMEIRO local, ausência de bolhas, dor
GRAU elevada e descama em 4 a 6
dias
Ex.: eritema solar
Intermediário: epiderme e parte
da derme
Quadro clínico: presença de
SEGUNDO
bolhas
GRAU
• Superficial: a base da
bolha é
• rósea, úmida e dolorosa
ETIOLOGIA DAS QUEIMADURAS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
SISTÊMICAS
Térmicos Há uma repercussão em todos os sistemas
orgânicos

Aumento da permeabilidade capilar →


filtrado plasmático
ESTÍMULOS

Elétricos Químicos

Diminuição do volume sanguíneo


AGENTES CAUSADORES DE QUEIMADURAS circulante → elevação do hematócrito +
SIMPLES OU TÉRMICAS aumento da viscosidade sanguínea +
• Liquidos e vapores aquecidos aumento da resistência vascular periférica
• Líquidos densos e sólidos aquecidos + aumento da adesividade das plaquetas
• Substâncias inflamáveis
• Contato direto com a chama
Sistema Cardiovascular
• Radiação não-ionizante
• Frio
AGENTES CAUSADORES DE QUEIMADURAS
Choque hipovolêmica seguido
COMPLEXAS de atividade hiperdinâmica
• Fricção mecânica
• Eletricidade
Sistema Pulmonar
• Radiação ionizante
• Produtos químicos

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS LOCAIS Hiperventilação + aumento do


consumo de O2 → edema pulmonar,
Perda da 1ª linha de defesa pneumonia, embolia

Altera equilíbrio da microbiota cutânea → Função Renal Prejudicada


crescimento de bactérias patogênicas →
meio de cultura para bactérias e fungos
Choque, diminuição da taxa de
Supressão da função imune proporcional a filtração glomerular - hemólise
área da queimadura
Aumento do Metabolismo
SEPSE → 75% dos óbitos em queimados

Persistente até o fechamento da lesão


Resposta à lesão térmica
MECANISMO DE REPARAÇÃO DA LESÃO E
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Liberados agentes vasoativos → aumenta
a osmolaridade intersticial → edema + FASES DA REPARAÇÃO TECIDUAL
trombose → aumenta a profundidade da Inflamatória: eliminação dos tecidos
lesão desvitalizados
Proliferativa: regeneração do tecido vascular e
Dificuldade em controlar a temperatura conjuntivo
corporal
Remodelamento: retração e maturação VISÃO INTEGRAL E MULTIDISCIPLINAR
Nas queimaduras de 3º grau ocorre uma DO PACIENTE
cicatrização por segunda intenção/ enxerto.
Deve ser feita uma avaliação individualizada.
ENXERTIA
Deve ficar atento aos diagnósticos
Em alguns casos é extremamente necessário. fisioterapêuticos do paciente:
Auto-enxerto: enxerto autógeno, com retirada
de pele não queimada do próprio paciente → Disfunções Disfunções
epiderme + derme + anexos cutâneos. pulmonares cardiovasculares
• Técnica de preferência
Aloenxerto/ homoenxerto: utilizado de bancos
de pele – cadáver. É usado quando não tem
Edemas e Trombose
possibilidade de auto-enxerto. linfedemas venosa
Xenoenxerto: usado pele de outra espécie
animal.
Enxerto temporário: usado pele artificial, Disfunções
quando há grandes extensão de lesões, Feridas não
neurológicas e
visando a sobrevivência. cicatrizadas
neuropatias
PROCESSO DE LESÃO –
ACIDENTE/QUEIMADURA Cicatrizes -
aderidas,
Enxertias hipertróficas,
Complicações queloides,
locais: feridas, atróficas
Determinação da gravidade → profundidade e extensão das lesões

procedimentos
ciúrgicos →
Fisioterapia
Áreas de fibrose Discromias
UTI Complicações
sistêmicas:
respiratórias,
cardiovasculare
s, metabólicas, Redução de
Redução da
renais, outras → amplitude de
força muscular
Fisioterapia movimento

Paciente
estável:
processo de Alterações Processos
fechamento de posturais dolorosos
ENFERMARIA lesões →
recuperação
respiratória/
cardiovascular
→ Fisioterapia Outros

Recuperação
da
AÇÕES PREVENTIVAS – FISIOTERAPIA
funcionalidade
ALTA • Evitar terapia manual de deslizamento
e tratamento de
HOSPITALAR
sequelas: enquanto houver lesões abertas ou
ambulatorial → enxertia recente
Fisioterapia • Projetar órtese e planejar
posicionamento dos segmentos
comprometidos para prevenir
contraturas secundárias
• Alterar posicionamento constantemente
do paciente para prevenir úlceras
• Propor cinesioterapia passiva ou ativa,
conforme avaliação individualizada do Enxertias
paciente, para prevenir TVPs,
pneumonias, contraturas, redução de •Recursos eletrotermofototerapêuticos:
laser, US, alta voltagem, alta frequência,
força muscular
microcorrentes
• Vestes ou malhas compressivas
•Cinesioterapia → exercícios ativos e
metabólicos
Vestes/ Malhas Compressivas
•Cuidados com curativo e higiene
•Exerce compressão contínua sobre áreas •Caso tenha rejeição → cicatrização por
cicatrizadas e enxertadas 2ª intenção + cuidados farmacológicos
•Manter o tecido cicatricial elástico e de
forma homogênea Fibroses
•Previne Hipertrofia Cicatricial →
inatividade precoce •Terapia manual: compressão e tensão
•Usados durante 24h até maturação •Malhas de compressão
completa das cicatrizes → 6m - 1 ano •US/ Laser/ Hialuronidase
•Cuidados: sudorese excessiva, higiene, •Endermoterapia
tamanho, instruções de uso
Cicatrizes - Aderidas/ hipertróficas/
RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS quelóides/ atróficas
•Terapia manual: compressão e tensão
Disfunções Respiratórias •Malhas de compressão
•Cinesioterapia •US/Laser/Hialuronidase
•Manobras → terapia pulmonar •Endermoterapia
•Posicionamento/ higiene brônquica
•Exercícios de Expansibilidade Torácica Discromias

Disfunções Cardiovasculares •Prevenção → Luz solar, ultra violeta


•Exercícios Cardiovasculares •Peelings químicos, diamante, cristal
•Exercícios Metabólicos
Processos Dolorosos
Disfunções Neurológicas e Neuropatias
•TENS/ Cinesioterapia/ Terapias Manuais
•Recursos neurológicos específicos
•Identificar e excluir as causas de dor
Edema e Linfedema
Redução de Amplitude do Movimento
•Terapia complexa descongestiva
•Ultrassom/ Laser/ Alta voltagem •Cinesioterapia/ Terapias Manuais
•Órteses
Trombose Venosa Profunda
•Ativa → cuidados médicos e Redução da Força Manual
farmacológicos
•Cinesioterapia
Redução da Sensibilidade
•Diferentes estímulos → tato, pressão, Alterações Posturais
temperatura, vibração, outros
Feridas Não Cicatrizadas •Cinesioterapia/ Exercícios posturais
•RPG → Isostretching → Pilates
•Recursos eletromorfoterapêuticos: laser,
US, alta voltagem, alta frequÊncia, 10 PERGUNTAS PARA CONDUTA COM
microcorrentes
•Cinesioterapia → exercícios ativos e
PACIENTE QUEIMADO
metabólicos Onde meu paciente está? UTI,
1
•Cuidados com curativo e higiene enfermaria, ambulatório?
Quando e como foi a queimadura?
2
Qual a etiologia?
Qual a gravidade de sua queimadura – Qual a sua situação feral? Se alimenta?
8
3 profundidade e extensão da superfície Realiza AVD’s?
cutânea? 9 Está tendo suporte emocionalmente?
Onde foi a queimadura? Região Qual o diagnóstico, objetivo e conduta
4
corporal? 10 fisioterapêutica? O que devo orientar
Está com complicações sistêmicas? meu paciente?
5
Complicações locais?
Quais os tratamentos oferecidos a ele?
6 Cirúrgicos, farmacológicos e não
farmacológicos?
Qual a fase do processo de reparação
7
tecidual que o paciente está?
BRASIL FATORES QUE AUMENTAM O RISCO
Neoplasia + incidente – exceto pelo câncer DE DESENVOLVIMENTO DE CA DE
de pele não melanoma
MAMA
Câncer com maior mortalidade em mulheres.
1. Tabagismo
Acomete homens – menor incidência, 1% do 2. Consumo de álcool
total de casos da doença. 3. Inatividade física
DEFINIÇÃO 4. Sobrepeso/ obesidade
5. Não ter nenhuma gestação
Resultado da incapacidade da regulação 6. Gravidez tardia
normal das funções celulares de proliferação 7. Não amamentar
e diferenciação, decorrente de várias 8. Uso de estrogênio
alterações genéticas, culminando em 9. Terapia de reposição hormonal
transformação maligna. 10. Não consumo de frutas/legumes
Os tumores malignos não tem bordas bem
definidas e são infiltrativos. SINAIS DE CÂNCER DE MAMA
1. Alteração Genética:
Formação hereditária: 10 – 20% → alteração
genética da inativação de genes supressores
do tumor.
É o câncer + precoce.
Genes: BRCA 1 e BRCA 2
O câncer de mama esporádico refere-se às
alterações genéticas adquiridas ao longo da
vida – 70% dos casos. Não há nenhum caso
de doença em duas gerações completas de
1º e 2º grau.
É um defeito genético decorre da ativação de
um ou + proto-oncogêneses, presentes em Os nódulos são endurecidos, indolores, pouco
células sadias. móvel e irregular – adenomegalia axilar.
2. Fatores Hormonais do Câncer de EXAME CLÍNICO
Mama: Atualmente → Diagnóstico em forma
Estímulo estroprogestativo cíclico – ovulatório – subclínica da doença.
continuado, sem pausa, mantendo o lóbulo 1 Autoexame das mamas
mamário em constante proliferação. 2 Exame mamário clínico
Normalmente apresenta: 3 Mamografia → método padrão
• Menarca precoce 4 Ultrassom
• Menopausa tardia 5 Tomografia computadorizada
• Nuliparidade 6 Ressonância magnética
• Primeira gestação tardia 7 Punção aspirativa com agulha
• Não amamentação 8 Biópsia convencional a céu aberto
3. Metástase 9 PET-Scan → diagnóstico de metástases
CLASSIFICAÇÃO E TIPOS
HISTOLÓGICOS
CARCINOMA DUCTAL IN SITU – DCIS
Não invasivo pré-invasivo.
CÂNCER DE MAMA INVASIVO tecido normal da
Se disseminou pelo tecido mamário mama
adjascente – são + comuns. GRAU II – Pontuação 6 ou 7
Moderadamente Têm características
• Carcinoma ductal invasivo → 70 – 80%
diferenciado entre os tipos 1 e 3
dos CA de mama
Pontuação 8 ou 9
• Carcinoma lobular invasivo
As células não tem
TIPOS ESCPECIAIS DE CA DE MAMA INVASIVO GRAU III – Pouco características normais
Menos comuns, mas podem ser + graves do diferenciado e tendem a crescer e
que outros tipos de câncer de mama. se disseminar de forma
+ agressiva.
• CA de mama triplo negativo: tipo
É a classificação BIRADS.
agressivo invasivo, representa cerca de
15% dos cânceres de mama → Difícil de METÁSTASES E ESTEDIAMENTO
ser tratado. METÁSTASES
• CA de mama inflamatório: tipo raro de
câncer de mama invasivo, que É quando o câncer se dissemina além do seu
representa 1 – 5% dos cânceres de sítio primário para outras partes do corpo.
mama. Pode ocorrer quando as células cancerosas
através da corrente sanguínea ou dos vasos
CA MENOS COMUNS E QUE PRECISAM DE
linfáticos para outras áreas do corpo.
DIFERENTES TIPOS DE TRATAMENTO
+ comuns no câncer de mama: ósseas,
Doença da Paget: começa nos ductos
pleuropulmonares e hepáticas.
mamários e se dissemina para a pele do
mamilo e aréola.
• Raro → 1 – 3% dos casos de CA de
mama
Angiossarcoma: raros, representam < 1% dos
CA de mama. Começa nas células que
revestem os vasos sanguíneos ou linfáticos.
• Pode envolver o tecido mamários ou a
pele da mama
• Pode estar relacionado ao tto.
radioterápico prévio da região.
Tumor Filoide: tumor de mama muito raro, que
desenvolve no tecido conjuntivo – estroma. A
maioria é benigna, mas podem ser malignos ESTADIAMENTO
(câncer). É importante para definição da estratégia
• Os carcinomas se desenvolvem nos terapêutica e definição do prognóstico.
ductos ou lóbulos, diferente dos O estadiamento clínico é classificado pela
estromas. classificação TNM:
• T → Tamanho do tumor
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA
• N → Comprometimento de linfonodos
É atribuída uma nota, baseada na amostra de • M → Metástases a distância
biópsia, levando em consideração a rapidez
da divisão das células cancerígenas e sua O estadiamento histopatológico é classificado
aparência – se é parecido com o tecido em:
normal. • ER → O tumor é receptor de estrogênio
O grau prevê um prognóstico para o • PR → O tumor é receptor de
paciente. progesterona
• HER2 → O tumor tem a proteína HER2 –
Pontuação 3,4 ou 5 agressividade tumoral
As células estão • G → O grau do câncer indica o quanto
GRAU I – Bem
crescendo + as células cancerígenas se parecem
diferenciado
lentamente e se com células normais
parecem com o
CLASSIFICAÇÃO TNM – DETALHADA Exemplo: Se o tamanho do tumor tem entre 2
TUMOR PRIMÁRIO – T e 5 cm – T2 – mas não se disseminou para os
TX. O tumor primário não pode ser linfonodos – N0 – ou outros órgãos – M0 – e é:
avaliado. • Grau 3, HER2-. ER+. RP+.
T0. Sem evidências de tumor primário. • O estágio do câncer de mama é IB.
Tis. Carcinoma in situ ESTADIAMENTO E SOBREVIDA GLOBAL EM 5
T1. O tumor tem até 2 cm de diâmetro. ANOS
▪ T1mic. Carcinoma cicroinvasor
▪ T1a. Tumor entre 0,1 e 0,5 cm ESTADIAMENTO SOBREVIDA
▪ T1b. Tumor entre 0,5 e 1,0 cm 0 93%
▪ T1c. Tumor entre 1,0 e 2,0 cm I 88%
T2. O tumor tem entre 2 cm e 5 cm de IIA 81%
diâmetro. IIB 74%
T3. O tumor tem mais de 5 cm de diâmetro. IIIA 67%
T4. O tumor tem qualquer tamanho e IIIB 41%
extensão para: IIIC 49%
▪ T4a. Parede torácica IV 15%
▪ T4b. Edema ou ulceração da pele ANATOMIA MAMÁRIA
▪ T4c. 4a + 4b
▪ T4d. Carcinoma inflamatório
LINFONODOS REGIONAIS – N
NX. Os linfonodos regionais não podem ser
avaliados
N0. Os linfonodos próximos estão livres
N1. O tumor se disseminou → linfonodos
axilares ipsilaterais móveis
N2.
▪ N2a. Metástase para linfonodos
axilares aderidos as estruturas
adjascentes
▪ N2b. Metástase para linfonodos
mamários internos, sem metástase LINFONODOS
axilar Os linfonodos relacionados a drenagem
N3. mamária são os linfonodos axilares:
▪ N3a. Metástase infraclavicular • Peitorais ou anteriores → 3 a 5
▪ N3b. Metástase para linfonodos • Subclaviculares ou apicais
mamários internos e axilar • Centrais → 3 a 4
▪ N3c. Metástase para linfonodos • Umerais ou laterais → 4 a 6
supraclaviculares • Subescapulares ou posteriores → 6 a 7
METÁSTASE À DISTÂNCIA – M • Interpeitorais → 1 a 4
MX. Metástase a distância não pode ser • Deltapeitorais ou infraclaviculares → 1 a
avaliada 2
M0. Ausência de metástase à distância
M1. Metástase à distância
MÚSCULOS CINTURA ESCAPULARES LINFONODO SENTINELA
É realizada com isótopo radioativa ou azul
patente. Consiste em avaliar o 1º linfonodo a
receber a drenagem tumoral.
Retira linfonodos com presença de células
neoplásicas. Ausência de metástase – demais
linfonodos da doença.
LINFONODECTOMIA
Retirada total dos linfonodos axilares.
Aumenta a morbidade cirúrgica sem
benefícios na sobrevida.

FÁSCIAS E MAMAS
As fáscias são comprometidas nas cirurgias de
câncer de mama e na radioterapia.
Podem acarretar na alteração na
estabilidade do corpo:
• Mobilidade articular + postura corporal

TRATAMENTO CIRÚRGICO DO
CÂNCER DE MAMA
Indicação:
• Carcinoma ductal in situ
• Neoplasias em estágios iniciais RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA
Doença localmente avançada e tumores de 1. Deslocamento de volume:
maior agressividade → terapias sistêmicas remodelamento local dos tecidos –
neoadjuvantes. mastopexia ou mamoplastia redutora.
2. Substituição de volume: retalhos
TIPOS DE CIRURGIA
miocutâneos locais ou a distância –
MASTECTOMIA grande dorsal ou abdominal; próteses
de silicone.
•Remoção do parênquima mamário
•Preservação do m. peitoral maior (Patey) Indicações individualizadas que
ou de ambos peitorais (Madden)
dependem da localização primária e
•Incisão elíptica abrangendo complexo tamanho do tumor + características
areolopapillar com ressecção do
clínicas da paciente + desejo do
parênquima mamário e tecido axilar de
linfonoedctomia (linfonodo sentinela) paciente.

CIRURGIA CONSERVADORA
•Quadrantectomia
•Ressecção segmentar da mama
•Linfonodectomia (linfonodo sentinela)
•Benefício estético
•Importância da radioterapia adjuvante
ABORDAGEM AXILAR
•Comprometimento metastático do
linfonodo - fator prognóstico
•Metástase linfonodal - quimioterapia e
radioterapia (+4 linfonodos)
•LINFONODO SENTINELA
TRATAMENTO

RADIOTERAPIA
Disfagia,

orofaríngea
Radiações ionizantes como forma de tto. odinofagia,

Mucosa
Efeito da radioatividade sobre os tecidos, Mucosite secreções
permitindo transformações bioquímicas dos espessas, halitose
organismos vivos em condições normais. com superinfecção
OBJETIVO: alcançar índice terapêutico
favorável, levando as células malignas a
Esôfago

perderem sua clonogenicidade e, preservando Disfagia,


Esofagite
tecidos normais → morte das células odinofagia
neoplásicas.
QUANDO É USADA?
Pulmão

• Tumor muito grande – sem condições Tosse, dor torácica


Pneumonite
cirúrgicas pleurítica, dispneia
• Neoadjuvante
• Paliativa
Intestino

COMO É USADA? Náusea, vômitos,


Gastroenterite
cólica, diarreia
Teleterapia: irradiação à distância.
Braquiterapia: aplicação de implantes e
sementes locais.
Bexiga

Poliúria, disúria,
Isotopoterapia: administração por via Cistite
urgência miccional
intravenosa ou oral, de isótopos radioativos que
serão seletivamente absorvidos por células
neoplásicas.
Reto

EFEITOS Proctite Tenesmo


Tecido normal

Fadiga,
Medula
irradiado

óssea

Efeito agudo Sintomas e sinais Citopenia sangramento,


neutropenia febril

QUIMIOTERAPIA
Eritema,
descamação Aumento da Emprego de substâncias químicas, isoladas ou
em combinação, com o objetivo de tratar
Pele

seca e úmida, temperatura local,


epilação – prurido, dor neoplasias malignas.
RADIODERMITE
INDICAÇÃO: doenças do sistema HORMONIOTERAPIA
hematopoético e para tumores sólidos, com ou Tratamento de algumas neoplasias malignas
sem metástase. hormoniossensíveis.
LESÃO DE CÉLULAS MALIGNAS E BENINGNAS Ação: supressão ou aumento do nível de
Interfere nas funções bioquímicas em tecidos hormônios circulantes.
de proliferação rápida: atuam interferindo na Efeitos citotóxicos sistêmicos – células tumorais e
síntese ou na transcrição do DNA, agredindo células normais.
principalmente células em divisão → efeito
sistêmico. SINTOMAS
Tamoxifeno: observáveis na menopausa –
ANTINEOPLÁSICOS
sangramento vaginal, retenção hídrica e
Agem nas diversas fases do ciclo celular → fenômenos tromboembolíticos.
poliquimioterapia
Corticoides: apoptose.
Medicações: paclitaxel, docetaxel,
carboplatina, ciclofosfamida → BRANCA FISIOTERAPIA PRÉ-OPERATÓRIA
Medicação: antraciclinas → VERMELHA Em tratamento neoadjuvante: período pré-
operatório mais prolongado.
Aplicados via oral, intramuscular ou
subcutânea. • Complicações e efeitos colaterais de
quimioterapia e/ou radioterapia.
- Náuseas
- Vômitos Sem tratamento neoadjuvante: período pré-
- Mal estar operatório breve.
Precoces – 0 - Adinamia • Cirurgia: 1ª opção de tto.
a 3 dias - Artralgias
- Agitação Ambas:
- Exantemas 1. Avaliação
- Flebites a. Hábitos de vida (ativ. Física,
- Mielossupressão tabagismo, etilismo, drogas, sono,
granulocitopenia doenças associadas, ativ.
Imediatos – 7 - Cistite hemorrágica devido Laborais);
a 21 dias à ciclofosfamida b. ADM;
- Imonussupressão c. FM;
- Fadiga d. Alterações articulares;
- Miocardiopatia devido aos e. Presença de edemas/ alterações
antracíclicos e outros circulatórias;
- Hiperpigmentação e f. Queixas de dor;
esclerodermia causada pela g. Alterações de sensibilidade;
biomicina h. Alterações posturais;
- Alopecia i. Efeitos de tto. Neoadjuvantes.
Tardio – - Pneumonite devido à 2. Orientação sobre procedimentos
Meses biomicina cirúrgicos
- Imunossupressão 3. Complicações e cuidados no P.O.
- Neurotoxidase causada imediato (movimentos de MMSS, dor,
pela vincristina, pela postura)
vimblastina – NEUROPATIAS 4. Padrão respiratório
- Nefrotoxidase devido à 5. Prevenção de trombose venosa
cisplatina profunda
- Infertilidade 6. Condicionamento cardiorrespiratório
- Carcinogênese 7. Atuar nos diagnósticos fisioterapêuticos,
- Mutagênese nas queixas apresentadas e nas
Ultra-tardios – disfunções
- Distúrbio do crescimento em
Meses ou
crianças
Anos
- Sequelas do SNC
FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA
- Fibrose/ cirrose hepática PRECOCE
devida ao metotrexato Até retirada de pontos e drenos (retirado entre
5 e 15 dias).
Orientar o posicionamento no leito. 2. Paciente deve ser encorajada a retomar
Estimular a retomada das atividades de vida suas AVDs de forma independente
diária o mais próximo do normal e o mais rápido 3. Tratamento adjuvantes (quimio e radio) –
possível. planejar e orientar cuidados com efeitos
colaterais e complicações
Orientar e educar a paciente sobre todas as 4. Reduzir a sintomatologia de dor e
fases do seu tratamento. desconfortos osteomioarticulares
P.O. IMEDIATO 5. Prevenir ou tratar linfedema
6. Melhorar aspecto e função de
1. Prevenir edema, seroma e conduzir
aderências cicatriciais
reparação cicatricial – uso de
7. Manter ou melhorar força muscular e
compressão (sutiã compressivo sem ou
amplitude de movimento (ombro e
com prótese ou bandagens elásticas);
cintura escapular)
2. Orientar posturas – evitar deitar em
8. Manter ou melhorar sensibilidade
decúbito ventral ou lateral do lado
9. Melhorar padrão postural
operado, não utilizar MS do lado
10. Melhorar a consciência corporal
operado para apoios, apoiar o MS sobre
11. Condicionar sistema cardiovascular e
travesseiro;
pulmonar
3. Disfunções comumente presentes –
12. Orientar sobre uso de próteses, cuidados
redução da ADM de MS, dor, edema,
com a pele e lado operado
alteração de sensibilidade, redução da
FM → reduz qualidade de vida e FISIOTERAPIA NAS COMPLICAÇÕES
aumenta dependência em AVDs;
• Seroma/ linfocele
AVALIAR: • Síndrome da rede axilar
1. Desconfortos e processos álgicos • Fibroses e aderências
a. TENS • Lesões nervosas periféricas
b. Posicionamentos • Fadiga relacionada ao câncer
c. Mudanças de posição • Náuseas e vômitos
d. Intervir em complicações • Fisioterapia na radioterapia
imediatas como seromas, • Alterações posturais no câncer de
deiscências cicatriciais ou outros, mama
se houver • Linfedema
2. Limitações de movimento
a. Exercícios em todas as direções
SEROMA/LINFOCELE
da coluna cervical SEROMA: coleção de fluido que pode se
b. Ombro → cuidado com desenvolver no espaço entre a parede
amplitude – 90° durante 15 dias? – torácica, a axila e os retalhos da pele após
forças mecânicas tensionais sobre cirurgia.
incisão LINFOCELE: coleção de linfa em uma
c. Preconizar movimentos de punho neocavidade, conexão com aparecimento de
e cotovelo linfedema.
3. Redução da força, resistência e trofismo
QUADRO CLÍNICO: flutuação à palpação,
muscular – foco maior no P.O. tardio
edema.
4. Manutenção de postura adequada
5. Edemas e linfedemas • Se não tratada causa: retardo da
a. DLM e automassagens cicatrização, dor, necrose e infecção.
6. Cuidados com MS PREVENÇÃO:
7. Estimular atividades de vida diária
• Dreno cirúrgico
gradualmente
• Curativo compressivo local →
8. Medo e disfunções emocionais
bandagens
FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA • Evitar movimentação excessiva do
ombro de forma precoce,
TARDIA principalmente acima de 90°
AVALIAR:
TRATAMENTO
1. Após retirada de pontos e drenos
• Limitar o movimento de ombro a 90º
• Evitar a DLM → linforreia TRATAMENTO
• Terapia compressiva → kinesio tapping/ • Forças mecânicas → compressão e
sutiã compressivo. tensão
• Mobilizações e movimentos articulares
• Tto. cicatrizes

SÍNDROME DA REDE AXILAR


É uma trombose linfática superficial. Rede de
cordões tensos e não eritematosos, palpáveis e
visíveis sob a pele.
Acredita-se ser um vaso linfático fibrosado,
LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS
depósito de tecido gorduroso ou de DEFINIÇÃO: decorrentes das cirurgias,
granulação ou provenientes de vasos radioterapias ou quimioterapias. Pode ser
sanguíneos. causada também por doença ativa, aumento
dos linfonodos ou compressão pelo
QUADRO CLÍNICO
crescimento tumoral.
• Presença de dor à palpação e no
QUADRO CLÍNICO:
movimento;
• Limitação no movimento • Alterações de sensibilidade (parestesia,
• Há de 1 a 5 cordões que se iniciam nas disestesia, hipoestesia ou hiperestesia);
axilas e percorrem a face medial do • Alterações motoras (paresias e plegias);
braço, até a fossa cubital – cotovelo –
podendo atingir a base do polegar. • Alterações de reflexos;

TRATAMENTO • Dor neuropática;


Posicionamento do ombro em abdução e • Impacto negativo nas AVDs, sociais e
rotação externa no limite da amplitude + laborais.
mobilização suave no sentido longitudinal do AVALIAÇÃO:
cordão, ganhando amplitude
simultaneamente. • Anamnese
• Inspeção e palpação
• Força muscular de MMSS e MMII
• Sensibilidade de MMSS e MMII
• Reflexos de MMSS e MMII
TRATAMENTO:
• Órteses
FIBROSES E ADERÊNCIAS • Estimuladores sensoriais
FIBROSE: deposição excessiva de componentes • Dispositivos com vibração
da matriz extracelular, principalmente
• Treino de equilíbrio
colágeno.
ADERÊNCIAS: falta de mobilidade entre tecidos, • Estratégias para reduzir disfunções
com ou sem presença de fibrose. autonômicas

QUADRO CLÍNICO: altera mobilidade e • Treino de marcha


flexibilidade do tecido conjuntivo + rigidez → • Fortalecimento
prejuízos no metabolismo normal – déficits
funcionais, aspecto estético desagradável e • Aeróbicos para condicionamento
alterações nociceptivas. cardiovascular
• Analgesias (TENS)
• Eletroestimulação funcional (FES) comprometimento funcional e alterações no
equilíbrio.
Lesão do n. Lesão do n.
intercostobraquial torácico longo PRINCIPAIS ALTERAÇÕES:
• Hipercifose torácica;
Nervo sensitivo Nervo motor • Rotação ou elevação dos ombros;
• Escápula alada ou em posição
Hipoestesia ou Responsável pela assimétrica;
distesia da axila e inervação do
face media do serrátil anterior. • Inclinação lateral do tronco;
braço, em alguns Lesão causa
casos - dor! • Rotação pélvica;
"escápula alada".
• Destacar – tensão excessiva em
Avaliação com
estesiômetro Avaliação pelo músculos cervicais e trapézio.
teste de
Hoppenfeld TRATAMENTO:
• AVALIAÇÃO é imprescindível
FADIGA RELACIONADA AO CÂNCER
• Técnicas de terapia manual
DEFINIÇÃO: sintomas persistente e
desconfortável, que gera cansaço ou exaustão • Cinesioterapia global
física, emocional e cognitiva subjetivos, • Reeducação postural global
desproporcional as atividades realizadas
• Pilates
recentemente. Interfere nas AVDs e qualidade
de vida. • Liberação miofascial
CAUSA: LINFEDEMA
• Alterações hormonais, musculares, no
CAUSA: decorrente da linfonodectomia ou
sistema imune, sistema nervoso;
radioterapia. Associado a fatores individuais
• Alterações no sono e no ciclo (ex. obesidade).
circadiano; PREVENÇÃO:
• Quimioterapia/ radioterapia. • Exercícios moderados – cuidado com
TRATAMENTO: carga excessiva
• Avaliação – individualizado • Seguir recomendações de cuidados
com o MS
• Tratar causas reversíveis (anemia,
desnutrição, insônia etc.) AVALIAÇÃO:
• Exercícios específicos – rica evidência • Perimetria
científica (aeróbicos, de resistência, • Volumetria
realidade virtual, ioga, pilates etc.)
• Goniometria
ALTERAÇÕES POSTURAIS NO CA DE • FM
MAMA
• Sinal de cacifo
CAUSAS:
• Considerar AVDs
• Cirurgias alteram relações anatômicas
(músculos, fáscias, tecido conjuntivo) + TRATAMENTO: terapia complexa descongestiva
intercorrências cirúrgicas (lesão nervosa, (drenagem linfática manual reversa – caso
linfedemas, fibroses e aderências, linfonodectomia total).
redução de força e ADM etc.)
• Adoção de posturas antálgicas. Posturas
compensatórias – falta de mama;
• Posturas protetoras – esconder
(vergonha) a falta da mama.
CONSEQUÊNCIAS: dores articulares, dor de
cabeça e na coluna, fadiga,
CONSIDERAR

Abordagem Aspectos Contexto


multidisciplinar emocionais familiar

Conhecimento
Queixa
Medo sobre a
principal
doença

Humanização Doenças
Aspectos físicos
do cuidado associadas

Experiências Evidências
Apoio
prévias científicas

Respeitar
Buscar o lado
limites do Empatia
positivo
corpo

CÂNCER
Anal Bexiga Boca
É o nome dado a um conjunto de +100 doenças
que têm em comum o crescimento
desordenado – maligno – de células que
Colo do Corpo do
invadem os tecidos e órgãos, podendo Esôfago
útero útero
espalhar-se (metástase) para outras regiões do
corpo.
É o principal problema de saúde pública no Infantojuve
Estômago Fígado
nil
mundo.
Está entre as 4 principais causas de morte
prematura – antes dos 70 anos de idade – na Intestino Laringe Leucemia
maioria dos países.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – Linfoma
Linfoma de
INCA não Mama
Hodgkin
Hodgkin

Pele
Ovário Pâncreas
melanoma

Pele não
Pênis Próstata
melanoma

Sistema
Pulmão Nervoso Testículo
Central

Tireoide
TIPOS DE CÂNCER MAIS COMUM
PLANO FISIOTERAPÊUTICO
A conduta fisioterapêutica depende e deve ser
embasada na AVALIAÇÃO individual e integral
do PACIENTE.

AVALIAÇÃO
•Diagnóstico
fisioterapêutico

COMPLICAÇÕES
São decorrentes de:
• Tratamentos cirúrgicos INTERVENÇÃO RESULTADO
• Quimioterapia •Individualizada •Positiva ou
• Radioterapia e humanizada negativa?
• Imunoterapia
• Hormonioterapia
• Própria doença

•Cicatrizes aderidas
•Áreas de fibrose tecidual
•Edemas e linfedemas
•Seromas
•Síndrome da rede axilar
•Fibroses em vasos linfáticos e
sanguíneos
•Lesões nervosas periféricas
COMPLICAÇÕES
Específicas da •Alterações de sensibilidade
dermatofuncional cutâneas
•Radiodermites
•Mucosites
•Discromias

•Redução da força muscular


•Diminuição de ADM
•Alterações posturais
•Alteração de equilíbrio
•Processos álgicos
•Fadiga e cansaço
•Distúrbios do sono
•Náusea, vômito, constipação,
COMPLICAÇÕES perda de apetite
Associadas à •Comprometimento da
dermatofuncional consciência e imagem corporal
•Depressão e ansiedade
•Diminuição da qualidade de
vida
•Complicações específicas de
cada tipo de câncer

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