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“ Coletânea e construção da
informação necessária para a
aquisição das competências
exigidas”
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Programa Formativo: Educação e Formação (Despacho Conjunto 453/2004)
Nível de Educação e Formação e Qualificação – II
Índice
Introdução..........................................................................................................................................2
Competências a atingir.......................................................................................................................2
Estatística...........................................................................................................................................3
Estatística: O que é? Para que serve?............................................................................................3
Recolha, organização e apresentação de dados.............................................................................6
Exercícios:...................................................................................................................................17
Medidas de tendência central...........................................................................................................28
Média...........................................................................................................................................28
Moda............................................................................................................................................29
Mediana.......................................................................................................................................30
Cálculo das medidas de tendência central a partir de uma tabela de frequências.......................31
Experiências Aleatórias....................................................................................................................36
Conjuntos de resultados. Acontecimentos...................................................................................36
A escala de probabilidades. Acontecimentos elementares equiprováveis...................................38
Frequência relativa e probabilidade.............................................................................................45
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Introdução
Os textos de apoio são referentes ao Módulo 11 – Estatística e Probabilidades, onde se
pode encontrar fichas informativas e exercícios. Este material é para ajudar os formandos a melhor
consolidar a matéria leccionada na aula e servirão de apoio ao cumprimento da planificação anual.
Deste modo, podemos encontrar aqui exercícios que os formandos devem resolver para
ajudar a combater algumas das lacunas que possam existir e assim serem capazes de atingir os
objectivos predefinidos.
Competências a atingir
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Estatística
A Estatística, como sabes, está presente nas mais diversas actividades desenvolvidas pelo Homem.
É um ramo da Matemática que recolhe, organiza e interpreta informação.
Já reparaste na quantidade de informação estatística veiculada nos jornais, revistas, televisão,
livros,…
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Nos nossos dias, a Estatística é aplicada nos mais variados sectores de actividade: economia,
medicina, politica…
A finalidade dos estudos estatísticos é tirar conclusões a partir da análise dos dados e fazer
previsões.
Por exemplo:
o conhecimento de que há um aumento de acidentes de viação na época de férias permite
concluir que há necessidades de um maior policiamento nas estradas;
o facto de numa cidade a população estar a crescer faz prever que num futuro próximo
devem ser construídas mais escolas.
Quando se pretende fazer um estudo estatístico, começa-se por definir o conjunto de indivíduos
que vai ser observado. A esse conjunto chama-se população.
Se todos os elementos da população são observados, diz-se que se faz um recenseamento, censo
ou levantamentos exaustivos.
Periodicamente realizam-se levantamentos exaustivos a nível de um país, que são processos muito
demorados e dispendiosos.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
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Quando a população é muito numerosa, nem sempre é possível, cómodo ou económico, observar
toda a população.
Nestes casos, o estudo pode incidir sobre apenas parte da população, a que se dá o nome
amostra.
A partir da amostra podem tirar-se conclusões relativas a toda a população. Diz-se que se realizou
uma sondagem.
Exemplo 3:
Em síntese,
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Actividade
A turma da Ana
A Ana perguntou aos seus colegas de turma o número de irmãos de cada um e registou os
resultados pela ordem em que eles foram respondendo:
0, 4, 1, 4, 0, 0, 0, 1, 1, 1, 1, 1, 2, 1, 1, 2, 0, 2, 1, 1
Na actividade anterior não foi difícil responder às questões colocadas, mas no caso dos
dados recolhidos serem muitos é preciso organizá-los.
Tabelas de frequências
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Deves começar por fazer uma contagem dos dados recolhidos. Por exemplo, na actividade
anterior, deves contar quantos alunos têm 0 irmãos, quantos têm 1 irmão ,… e fazer o registo num
quadro de contagem:
Calculando a razão entre o número de alunos que têm 0 irmãos e o número total de alunos, obténs
a Frequência Relativa dos alunos que têm irmãos:
A frequência relativa de um
acontecimento também se pode
exprimir em percentagem.
Por exemplo:
Gráficos
Os resultados de um estudo estatístico podem ser representados por GRÀFICOS.
Gráfico de Barras
Como construir um gráfico de barras?
Vamos representar os dados relativos à distribuição do número de irmãos dos alunos da
turma da Ana (actividade) sob a forma de um gráfico de barras.
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Um gráfico de barras é constituído por barras todas com a mesma largura e com uma
altura igual à frequência absoluta.
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Gráfico de Barras
a) Os gráficos de barras devem ter um título.
b) Os rectângulos que os constituem variam apenas numa das dimensões de acordo com
a frequência absoluta ou relativa.
c) As barras devem estar separadas por espaços iguais.
Pitogramas
Os pitogramas são gráficos muito semelhantes aos gráficos de barras.
Nos pitogramas as barras são substituídas por sequências de símbolos alusivos ao fenómeno ou
acontecimento a que se refere o estudo estatístico.
Os pitogramas são gráficos muito semelhantes aos gráficos de barras. A principal diferença é que
as barras são substituídas por sequências de símbolos alusivos ao estudo estatístico.
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Com os dados recolhidos pela Ana vais aprender como se constrói um gráfico circular.
1 – Para construir um gráfico circular tens de determinar a amplitude dos ângulos correspondentes
a cada sector.
Para isso começa por calcular as frequências relativas em percentagem (%) e organizar os
resultados numa tabela como a seguinte:
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% Graus
100 360
15 x
Repara que:
ou seja, a amplitude do ângulo correspondente a cada setor também pode ser calculado
multiplicando a frequência a relativa por 360º.
2 – Desenha um círculo e, com um transferidor, marca os ângulos correspondentes a cada sector:
3 – Para concluir, pinta cada sector com uma cor diferente e assinala as percentagens
correspondentes. Deves ainda legendar e dar um título ao gráfico.
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A legenda pode ser dispensada desde que indiques junto a cada setor o que é que ele representa.
Da análise dos resultados dos inquéritos realizados, verificamos que a maioria dos alunos da turma
da Ana raramente frequentam a biblioteca.
Na atividade anterior os dados são muitos e muito variados, pelo que se torna difícil responder às
questões colocadas.
Nestes casos é conveniente agrupar os dados em classes.
Quadro de contagem
Com estes resultados podes construir uma tabela de frequências absolutas e um gráfico.
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Gráfico
Um gráfico como este, que representa uma distribuição em que os valores estão agrupados em
classes, chama-se HISTOGRAMA.
Os histogramas são gráficos apropriados para representar dados contínuos, isto é, que assumem
todos os valores compreendidos num dado intervalo, como, por exemplo, o peso, a altura, o
tempo, a distância, etc.
Histograma é um gráfico formado por um conjunto de rectângulos adjacentes, tendo por
base cada um deles um intervalo de classe e área proporcional à respectiva frequência.
Histogramas são gráficos de barras formados por um conjunto de retângulo adjacentes, tendo
Na construção
cada debase
um deles por um histograma deve
um intervalo ter-se em
de classe atenção
e por altura oa seguinte:
respectiva frequência.
a) o gráfico deve ter um título;
b) os dados devem ser agrupados em classes;
c) no eixo horizontal representam-se os intervalos das classes;
d) no eixo vertical representam-se as frequências absolutas ou relativas das classes; 18
e) as barras são desenhadas verticalmente e sem qualquer espaço entre elas.
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Exercícios:
1- Perguntou-se aos alunos de uma turma de 8º ano quantas vezes por mês vão com a família ao
restaurante.
As respostas foram:
0 1 0 3 2 3 2 3 1 3 2 0 1 1
4 2 0 4 0 1 4 1 2
1.1) Quantos alunos tem a turma?
1.2) Elabora uma tabela de frequências absolutas.
1.3) Constrói uma gráfico de barras.
1.4) Quantos alunos vão ao restaurante mais de 2 vezes por mês?
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5 – Alunos do 7ºA
Observa o gráfico.
a) Quantos alunos do 7º A não sabem nadar?
b) Qual a percentagem de alunos que são rapazes e sabem nadar?
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7 – O gráfico seguinte mostra o número de golos marcados por uma equipa de futebol ao longo de
um conjunto de 40 jogos:
7.1) Em quantos jogos a equipa marcou menos de 5 golos? E em quantos marcou 5 ou mais golos?
7.2)
a) A partir do gráfico, constrói uma tabela de frequências absolutas e relativas.
b) Qual a percentagem de jogos em que a equipa marcou menos de 3 golos?
b) maior ou igual a 4?
9 – O gráfico circular seguinte mostra os locais onde passaram as férias grandes os 600 alunos de
uma escola.
9.1) Identifica a população em estudo.
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14 – O número de bilhetes vendidos para os 28 jogos de futebol que se realizaram em 2000, num
estádio, foram:
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Usaram-se barras horizontais devido à necessidade de colocar palavras com muitas letras para
referenciar cada barra.
De acordo com o gráfico completa a tabela:
18 – Observa o gráfico:
18.1) Constrói uma tabela onde apareçam as
frequências absolutas e relativas.
18.2) Indica a percentagem de alunos que têm
menos do que 3 esferográficas no porta – lápis.
18.3) Indica a percentagem de alunos que têm um
Número maior ou igual a 4 esferográficas no porta – lápis.
19 – Numa plantação em estufa mediram-se as alturas das plantas 20 dias depois de meter a
semente na terra.
Os dados observados foram registados na seguinte tabela:
19.1) Quantas plantas foram observadas?
19.2) Constrói um gráfico de acordo com os dados da tabela.
20 – As idades dos condutores de carros envolvidos em acidentes graves, durante um mês, numa
certa região são:
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De acordo com os dados completa a tabela e faz um gráfico para ilustrar a situação representada.
22 – No gráfico circular ao lado está representada a distribuição das despesas mensais de uma
família que recebe 1050 euros de vencimentos líquidos.
23 – 7º Ano – Turma A
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25 – Observa as pontuações obtidas num teste de Código da Estrada, efectuado numa escola de
condução:
25.1) Utilizando as classes 60-70; 70-80; 80-90 e 90-100, constrói a tabela de frequências
absolutas e relativas.
A classe 60-70 inclui os testes cuja
25.2) Quantas pessoas fizeram este teste?
pontuação é maior ou igual a 60 mas
25.3) Quantas pessoas obtiveram resultados na classe 70 a 80?
menor que 70.
25.4) Quantas pessoas tiveram 90 ou mais pontos?
25.5) Quem teve menos de 80 pontos foi obrigado a repetir o teste. Que percentagem de alunos
desta turma repetiu o teste?
25.6) Constrói o gráfico de barras (histograma) relativo à tabela de frequências da alínea 25.1).
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27 – O gráfico seguinte mostra o número de CDs vendidos numa loja no primeiro semestre de
2002.
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.Vamos construir a tabela de frequências relativamente às alturas dos alunos da turma do 8ºA.
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No caso da variável altura no universo dos alunos da turma 8ºA e tendo em conta o
histograma da distribuição das alturas apresentado anteriormente, o polígono de frequências terá a
forma indicada, no gráfico seguinte, pela linha a cor vermelha.
Nota que a
linha
“toca” no
eixo
horizontal
no ponto
médio da
classe
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Média
A professora Luísa pediu a cinco alunos para dizerem quantos livros traziam na mochila.
Em seguida pediu ao Rui para ir ao quadro e calcular a média do número de livros por mochila.
O Rui escreveu:
“Significa que se os cinco alunos questionados tivessem trazido para a escola o mesmo
número de livros cada um trazia 3,8 livros.”
Moda
Consideremos de novo o conjunto de dados estatísticos referentes ao número de livros que os
cinco alunos traziam na mochila.
A professora perguntou:
“Ainda se lembram a que é que se chama moda de um conjunto de dados estatísticos?”
Chama-se moda de um conjunto de dados estatísticos ao dado que ocorre com maior
frequência.
A Inês comentou:
“Mas, neste caso, há dois dados, o 3 e o 4, que aparecem duas vezes cada um.”
“Pois é. Há conjuntos de dados que têm mais do que uma moda e outros não têm moda.”
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A moda tanto se pode determinar no caso de os dados serem numéricos (as notas dos 3
amigos), como não sendo numéricos (as frutas preferidas pelos alunos, cor dos olhos, o estado
civil, …).
Exemplo:
A cor dos olhos dos alunos são: Azul, Azul, Verde, Castanho, Azul
Moda: Azul
Mediana
Voltemos aos livros, mas agora vamos ordenar os dados, por exemplo, por ordem crescente.
= 4 livros.
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No caso de termos um número par de dados, há dois valores centrais. Neste caso a mediana é a
média dos dois valores centrais.
Mediana
Depois de escritos por ordem crescente ou decrescente e se o número de dados é:
ímpar, a mediana é igual ao valor central;
par, a mediana é igual à média dos dois valores centrais.
Determinar:
a) a moda.
b) a mediana.
c) a média.
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Resolução
a) A moda é o valor mais frequente.
A moda é 2 filhos.
b) Para determinar a mediana, começa-se por ordenar todos os dados (“nº de filhos”) por ordem
crescente:
0 0 0 1 1 1 1 2 ? 2 2 2 2 2 3 3 6
Mediana
Como o número total de dados é par, a mediana é a média aritmética dos dois valores centrais.
A mediana =
A mediana é 2 filhos.
c) A média =
Média =
Média =
Média = 1,75
Diz-se que:
A média é de 1,75 filhos por casal.
ou que
1 – Na operação “Dia Feliz” foi controlada a velocidade dos automóveis numa auto – estrada
durante uma hora.
O gráfico ao lado mostra como estão distribuídas as
velocidades registadas pela polícia.
1.1 – Quantos carros passaram no local X, na A1,
durante as 10 e as 11 horas?
1.2 - Quantos carros passaram excedendo o limite de velocidade?
1.3 - Quantos carros passaram a menos de 100 km?
1.4 – Constrói o polígono de frequências desta distribuição.
2 – 80 pessoas atiraram três vezes um dardo a um alvo. A pontuação obtida encontra-se na tabela
seguinte.
2.1 – Com os dados da tabela constrói um histograma e um polígono
de frequências.
2.2 – Quantas pessoas obtiveram uma pontuação superior ou igual
a 100 pontos?
2.3 – Quantas pessoas tiveram uma pontuação inferior a 80 pontos?
3 – Ao longo do último ano lectivo o Nuno obteve as seguintes classificações nos testes de
Matemática:
65%, 0%, 65%, 93%, 56%, 72%, 65%, 65%, 72%
Qual foi a média das suas classificações?
4 – Calcula a média das idades dos alunos da tua turma. Quantos alunos têm idade abaixo da
média? E quantos alunos têm idade acima da média?
a) Qual é a moda?
b) Achas que neste caso podes calcular a média? Justifica.
a) 2, 3, 5, 7, 8, 8, 9, 10
b) 60, 40, 50, 45, 40, 50, 55, 45, 40
c) A, B, C, D, B, A
d) 61, 67, 76, 90, 90, 90
e) 3, 3, 5, 5, 5, 7, 7
f) 25, 25, 26, 32, 40, 50, 62, 78
7 – Nos testes de matemática realizados ao longo do ano lectivo, um aluno obteve as seguintes
classificações (em %):
80 70 80 80 120 130 140
a) Calcula a média, a moda e a mediana destas classificações.
b) Qual das três medidas de tendência central te parece representar melhor este conjunto de dados?
9 - A tabela mostra o tamanho das botas que calçam os jogadores de uma equipa de râguebi:
Determina:
a) a moda.
b) a mediana.
c) a média.
10 – Numa escala de 0 a 20, a Marta obteve em três testes de Francês as seguintes classificações:
14 12 13
a) Calcula a média das notas dos testes.
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12 – A Joana contou o número de passageiros dos 50 automóveis que pararam durante uma manhã
no parque da sua escola. Os resultados foram os seguintes:
13 – Um grupo de estudantes foi à feira do livro. A tabela mostra o número de livros que
compraram:
Experiências Aleatórias
Consideremos as seguintes experiências:
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Alguns acontecimentos são certos, outros são impossíveis. É certo que o Natal é em Dezembro
mas é impossível que seja no dia 20 de Dezembro.
Há acontecimentos que são mais prováveis do que outros e outros que são igualmente prováveis,
ou seja, equiprováveis.
Por exemplo, na roda da sorte representada na figura ao lado:
é mais provável sair cor vermelha do que sair cor verde;
é igualmente provável sair número par ou sair número ímpar.
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Síntese
Experiência aleatória – experiência em que não sabemos, à partida, prever o resultado,
mesmo que a experiência se repita várias vezes e nas mesmas condições.
Conjunto de resultados – conjunto formado por todos os resultados possíveis de uma
experiência aleatória.
Acontecimento certo – aquele que ocorre sempre, é formado por todos os elementos do
conjunto de resultados.
Acontecimento impossível – aquele que nunca ocorre, não tem qualquer elemento do
conjunto de resultados.
Acontecimento elementar – é formado por um só elemento do conjunto de resultados.
Acontecimento composto – é formado por dois ou mais elementos do conjunto de
resultados.
A escala de probabilidades
Vai rodar-se o ponteiro da roda da sorte.
As seguintes frases estão correctas:
A probabilidade de sair vermelho é 2 em 4, ou seja, 2 em 2, ou,
ainda, 50%.
A probabilidade de sair azul é nula, ou seja, é zero, ou, ainda, é 0%.
A probabilidade de sair verde ou vermelho é 4 em 4, ou seja, 1, ou, ainda, 100%.
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Síntese
A probabilidade de um acontecimento é um número, que se pode representar por: uma
fracção, um numeral com vírgula, uma percentagem.
Lei de Laplace
Para acontecimentos elementares equiprováveis:
Probabilidade de um acontecimento A =
Exemplo 3:
Tirar, ao acaso e sem olhar, um bombom de uma caixa onde há três, sendo dois deles com recheio
e um sem recheio.
Resolução:
A - «sair um caramelo» P(A) = =0 P ( A ) = 0 significa que
não há casos favoráveis.
B - «sair um bombom com recheio» P( B) = Acontecimento certo.
P ( D ) = 1 significa que
C - «sair um bombom sem recheio» P( C) =
o número de casos
favoráveis é igual ao
numerador de casos
possíveis. 43
Acontecimento certo.
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Nota: P( D) = P (B) + P( C) = + =
Síntese
Em 1812, o matemático francês Laplace enunciou a chamada de Lei de Laplace:
P(A)=
Resolução de problemas
Processos organizados de contagem
Resolução:
Recorrendo a uma tabela de dupla entrada, é fácil saber todos os resultados possíveis:
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Destes casos possíveis, os favoráveis à ocorrência do acontecimento «sair soma seis» são cinco:
(1,5) (2,4) (3,3) (4,2) (5,1)
Logo,
Resolução:
Recorrendo a um esquema em árvore é fácil saber todos os resultados possíveis:
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Problema 3:
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Exercícios:
1 – Quais das seguintes experiências não são aleatórias?
1.1) «Sair o número 1549 como Joker no próximo sorteio do Totoloto.»
1.2) «Lançar um dado, com as faces numeradas de 1 a 6, e sair um número par.»
1.3) «Introduzir papel azul de tornesol num líquido ácido e observar a cor.»
1.4) «Extrair uma bola azul de um saco, contendo bolas azuis e amarelas.»
1.5) «Carregar no botão da campainha, havendo corrente eléctrica, e verificar que ela toca.»
1.6) «Comprar um bilhete da Lotaria e ganhar o primeiro prémio.»
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Mostra como cada um dos seguintes acontecimentos pode ser colocado na escala.
A primeira resposta já está assinalada.
A: Obtém uma bola vermelha quando tirar, sem olhar, uma bola deste saco.
10 – Considera a experiência de rodar uma vez esta roda da sorte e anotar o número que sai.
12 – Observa a roda da sorte. Roda-se a roda uma vez. Indica a probabilidade de sair:
12.1 – cereja;
12.2 – maçã;
12.3 – ananás;
12.4 – maçã ou ananás.
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e) um múltiplo de 10;
f) um número que não seja múltiplo de 3.
18 – A Maria tem 10 lápis de cor da mesma marca dentro da pasta, sendo: 3 azuis, 3 vermelhos e 4
verdes. Se tirar um lápis, ao acaso da pasta, qual a probabilidade de:
A: «sair azul»;
B: «sair vermelho ou verde»;
C: «sair preto».
19 – De uma caixa contendo 50 bolas iguais, numeradas de 1 a 50, extrai-se uma bola ao acaso.
Calcula a probabilidade de «sair uma bola com um número:
19.1 – divisível por 5»;
19.2 – múltiplo de 9»;
19.3 – ímpar e divisível por 3»;
19.4 – primo»;
19.5 – maior que 10»;
19.6 – menor que 40».
21 – A um baralho com 40 cartas retiraram-se em todos os naipes, as cartas com os valores oito,
nove e dez. Extrai-se, ao acaso, uma carta do baralho.
Calcular a probabilidade de:
21.1 - «sair uma carta vermelha»
21.2 - «não sair uma carta de ouros»
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25 – Verdadeiro ou falso?
A) A probabilidade de um acontecimento, numa experiência aleatória, é um número natural maior
que um.
B) A probabilidade de um acontecimento certo é 1.
C) A probabilidade de um acontecimento impossível é menor que zero
D) A probabilidade de obter «cara» no lançamento de uma moeda equilibrada é 50%.
28 – Determinar a probabilidade de «numa família, escolhida ao acaso, com dois filhos, serem
ambos do sexo feminino».
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31 – Numa academia de dança há 50 alunos e praticam-se duas modalidades: Ballet e Dança Jazz.
25 alunos praticam Ballet, 30 praticam Dança Jazz e 5 as duas modalidades.
Qual a probabilidade de escolhido um aluno, ao acaso, ele praticar:
31.1 - «só Ballet»?
31.2 - «só Dança Jazz»?
31.3 - «as duas modalidades»?
31.4 - «pelo menos uma das modalidades»?
31.5 - «Tango»?
32 – Numa sala estão 30 jovens, dos quais 16 praticam futebol, 12 praticam natação e 10 não
praticam nem futebol nem natação.
Qual a probabilidade d escolhendo um jovem, ao acaso, ele praticar futebol e natação?
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33 – A Mariana tirou, ao acaso, um botão de uma caixa que continha 2 botões verdes e 2 botões
castanhos.
Depois, a Filipa tirou um botão da caixa sem olhar.
Qual a probabilidade de «os 2 botões serem verdes» se a:
a) Mariana repôs o botão na caixa?
b) Mariana não repôs o botão na caixa?
34 – Sem repor, tiraram-se ao acaso, sucessivamente, três bolas de um saco, que continha 5 bolas
vermelhas e 2 azuis.
Calcula a probabilidade de:
34.1 - «as três bolas serem vermelhas»;
34.2 - «pelo menos duas bolas serem vermelhas».
35 – Uma caixa contém três bolas vermelhas e uma azul. Tiram-se simultaneamente duas bolas da
caixa, ao acaso.
35.1 – Qual a probabilidade de «as duas bolas serem vermelhas»?
35.2 – Qual a probabilidade de «serem de cor diferente»?
36 – Lançou-se um dado cem vezes e a face 1 ficou voltada para cima 18 vezes. Calcula a
frequência relativa deste acontecimento e compara-a com a probabilidade de «sair face 1», no
lançamento do dado.
37 – De um baralho com 40 cartas extraiu-se cem vezes uma carta, com reposição. Saiu figura 31
vezes. Calcula a frequência relativa do acontecimento «sair figura» e compara-o com a
probabilidade do acontecimento.
38 – Lançou-se uma moeda 200 vezes e estudou-se o acontecimento «sair cara», tendo-se obtido
os seguintes resultados.
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39.1 – Nesta manhã, quantos alunos chegaram atrasados à primeira aula na escola do Paulo?
39.2 – A escola do Paulo tem 500 alunos. Faça uma estimativa para a probabilidade de um aluno
escolhido ao acaso;
a) chegar atrasado à primeira aula;
b) chegar com atrasado inferior a 5 minutos.
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Bibliografia
Maduro, C., & Ester, P. (2º Edição 2004). Viva a Matemática, 5º Ano. Edições Asa.
Maduro, C., & Pinto, E. (2º Edição 2004). Viva a Matemática!,Caderno de Actividades, 5º ano.
Edições Asa.
Maduro, C., & Pinto, E. (2º Edição 2005). Viva a Matemática!, 6º ano. Edições Asa.
Neves, M. F., & Faria, M. M. (s.d.). Exercícios de Matemática, 7º ano, 2º Parte. Porto Editora.
Passos, I. C., & Correia, O. F. (1ª edição 2006). Matemática em Acção, 7º ano, 2ª Parte. Lisboa
Editora.
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