Você está na página 1de 1

As influencias de Claude Levi-Strauss no Estruturalismo

Por Guilherme Güerci – 3B

Claude Levi-Strauss é um dos nomes mais importantes para entender a sociologia do século XX. Sua
influencia vai desde obras sobre os índios Brasileiros a reflexões sobre a domesticação do ser
humano e sua direta influencia em como nossa sociedade se molda, e para compreender a obra de
Strauss, é preciso entender sua origem e sua formação como cidadão.
Levi-Strauss era judeu e viveu até os 100 anos, filho de burgueses israelitas e militante
socialista, cursou direito e filosofia e sempre teve o desejo de mudar o mundo. A dificuldade de
mudar este mundo o fez desistir do seu próprio e se mudar para o Brasil em 1935, isto fez enxergar
as relações humanas a partir dos indígenas com relações existenciais e culturais, o que fizera junto
também de sua trajetória nos EUA durante a 2a Guerra mundial as bases da Antropologia cultural.
Esta teoria, que por sua vez foi uma das principais teorias que embasaram o pensamento
estruturalista, é pautada principalmente pela diferente interpretação do individuo e de sua
existência, com mais ênfase na sua cultura e em seus costumes, além da própria linguagem, o que
é notório em sua frase:

“Eu gostaria, nem que fosse uma vez na vida, de ter me comunicado plenamente com um animal, é
um objetivo inalcançável, é quase doloroso para mim, saber que jamais descobrir do que é
composto a matéria e a estrutura do universo.“
Claude Levi-Strauss em entrevista a F. Raddatz, retirado do livro “Levi Strauss”, de Emmanuele Loyer, 2018.

Levi-Strauss sempre levou em consideração a essência humana, suas experiências e sua


base de influencia social-cultural, dentro da interpretação da capacidade no sentido de que sentir,
agir e pensar são exteriores ao ser, como no caso de presentear alguém, onde há a duvida se
fazemos por si mesmos ou por algum tipo de pressão ou cobrança social, formando assim a
necessidade de uma estrutura humana, composta pelas mais diversas variações locais e culturais
de cada região e de cada individuo; entretanto, a linguagem não verbaliza ou expressa tudo que
sentimos ou pensamos. Tem uma incompletude. Um vazio. Um vazio que nos move, e essa é uma
determinante mudança de pensamento que possibilitou toda a nova geração de estruturalistas.
Em meio a corrente existencialista, Strauss se diferencia e se contrapõe a Jean Paul Sartre
pelo estudo do ser humano como sociedade e como um todo, e não como um ser solto e sem
pressões sociais fortes que influenciam seu caráter e seus sentimentos, fomentando assim, toda
uma base para o pensamento de filósofos estruturalistas posteriores a ele, como Michel Foucault
(pós-estruturalismo), Jacques Lacan (Estruturalismo na Psicologia) e inclusive na obra de Jean
Piaget (Psicologia infantil).

Fontes:
https://www.nexojornal.com.br/estante/trechos/2018/05/10/%E2%80%98L%C3%A9vi-Strauss
%E2%80%99-o-legado-da-antropologia-estrutural

https://issuu.com/edicoessescsp/docs/levi-strauss-trecho

http://www.revistaliberdades.org.br/site/outrasEdicoes/outrasEdicoesExibir.php?rcon_id=19

Papo Filosófico – O bicho Homem. Suze Piza, 2011

A Sombra Que me Vigiava - Froid & Extremo Oriental, 3:23, 2015

Esquiva da Esgrima – Criolo, 4:29, 2014

2019

Você também pode gostar