Você está na página 1de 6

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa

Curso de PLE

Unidade 1 – Turismo – Ficha 2

1. Observe a seguinte imagem.

A B

C D

E F

G H

1.1. Em grupo, comente esta imagem, tendo em conta as seguintes orientações:

- semelhanças e diferenças entre o turista e o viajante.


- a mensagem que pretende transmitir.
- opinião pessoal sobre o tópico.

Notas....

1
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa
Curso de PLE

2. Responda às perguntas, utilizando as seguintes expressões.

– Gosta de viajar?
– Como é que geralmente escolhe o seu destino de férias? Prefere falar com amigos,
pesquisar informações na internet, ir a uma agência de viagens...?
– Quando viaja, planeia com antecedência o que quer visitar e as atividades que pode fazer?
– Costuma consultar um guia de viagem sobre o destino? Acha que é útil fazê-lo? Porquê?

EXPRESSAR A OPINIÃO1

EXPRESSAR GOSTOS E INTERESSES


Estruturas Exemplos

Gosto de Gosto do clima do Algarve.

Interessa-me conhecer melhor o Porto.


Interessa-me / Não me interessa
Não me interessa falar sobre turismo religioso.
Entusiasma-me / Fascina-me / Adoro ver o mar.
Apaixona-me / Agrada-me / Adoro Fascina-me o rio Tejo.
O que mais gosto é O que mais gosto é das praias maravilhosas!

Não me desagrada Não me desagrada visitar Oslo.

Tenho interesse em Tenho interesse em ir a África.

EXPRESSAR AVERSÃO
Estruturas Exemplos

Odeio / Detesto Odeio viajar sozinho. / Detesto acampar.

Não suporto tripas à moda do Porto! /


Não suporto / Incomoda-me / Horroriza-me
Horroriza-me ver praias poluídas.

O que mais odeio / detesto (+ verbo ser) O que mais odeio são as estradas.

EXPRESSAR INDIFERENÇA OU AUSÊNCIA DE PREFERÊNCIA


Estruturas Exemplos

Não me importa. Preferes a praia ou a montanha?


Tanto me faz.
É-me indiferente. / Não me importa. / Tanto me faz /
Para mim, é igual. É-me indiferente. / Para mim, é igual.

EXPRESSAR PREFERÊNCIA
Estruturas Exemplos

Prefiro Prefiro comer em pequenas tascas.

O que mais / menos gosto O que mais gosto é do interior de Portugal.


O que mais / menos me interessa O que menos me interessa são as montanhas.

Gosto mais Gosto mais de viajar pelas regiões costeiras.

Interessa-me mais Interessa-me mais conhecer a arquitetura atual.

1 Fonte: Dias, A. P. e Militão, P. (2009). Falas português? Nível B2. Porto: Porto Editora, p. 63.

2
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa
Curso de PLE

3. Ouça os textos B, C, D, E e F e faça a correspondência entre os textos (B, C, D, E e F) e o tipo de


turismo a que corresponde cada um.

Texto Tipos de turismo Palavras-Chave


a. desporto 2
B 1. turismo de sol e praia
b. várias faixas etárias 5
C 2. turismo de desporto c. recriação 2
d. admirar 4
D 3. turismo cultural e. descanso 1
f. eventos 3
E 4. turismo de natureza g. estâncias termais 5
h. natureza 4
i. lazer 1
j. património 3
k. desfrutar 4
F 5. turismo de termas l. ar livre 1
m. competição 2
n. bem-estar 5
o. nível económico elevado 3

Respostas
Texto
Tipos de Turismo
Palavras-chave

4.2. Qual é o tipo de turismo que mais se pratica no seu país?

5. Apresente aos seus colegas um pouco sobre o seu país.

Sugestão de tópicos de que pode falar:


• Que línguas se falam no seu país?
• Quantos habitantes tem o seu país e como descreveria os seus conterrâneos?
• Quais as datas tradicionais mais importantes para o seu país?
• Quais são as comidas típicas do seu país?
• Como é o clima no seu país?
• Que conselhos dava a um turista no seu país?
• Há algum facto interessante sobre o seu país? [Exemplo: Portugal é o país da Europa com as
fronteiras mais antigas.]
• O turismo é essencial para a economia do seu país?

3
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa
Curso de PLE

6. Leia o texto que se segue e complete-o com os passos (a-k) em falta 2. Atenção: há quatro
possibilidades a mais.
TURISMO DE MASSA E TURISMO ALTERNATIVO

O turismo é uma das --- 1 ---. Em todo o mundo, pessoas viajam para vários lugares em busca de
cultura, lazer e diversão. Porém, --- 2 ---: o já tradicional turismo de massa em que o turista visita os pontos
turísticos de um país; e o turismo alternativo em que o viajante vai em busca de lugares menos populares.
Tradicionalmente, --- 3 ---. Este tipo de turismo é caracterizado por pessoas que viajam com o objetivo
de conhecer lugares tradicionais e populares com custos acessíveis, mas sem largar mão do conforto e
comodidade durante a viagem. Geralmente este tipo de turista recorre a --- 4 --- passagem aérea,
alojamento e guia local.
O turismo alternativo privilegia sobretudo --- 5 ---, sem destruir ou modificar o destino turístico.
Trata-se de uma --- 6 --- natural e cultural do destino de viagem. O turismo alternativo pode ser vivenciado
através do Turismo Cultural, do Ecoturismo, do Turismo de Aventura ou do Turismo de Sol e Praia.
Para alguns autores, --- 7 ---, porque muitas vezes algo que era desconhecido e foi descoberto acaba
por se tornar foco de grandes cadeias hoteleiras e, com o tempo, apelativo para o turismo de massa.

a. sectores económicos mais importantes.


b. modalidade de turismo que respeita o património
c. um conjunto de serviços, como
d. atividades mais exercidas pela população mundial
e. o turismo alternativo abre caminho para o turismo de massa
f. o turismo de massa é o mais realizado
g. há uma grande diversidade de destinos para conhecer.
h. existem diferentes formas de conhecer e visitar um lugar
i. a preservação do meio ambiente e do meio social
j. não existem diferenças importantes entre os dois tipos de turismo
k. uma agência de viagem e compra um pacote que inclui

Respostas
1 2 3 4 5 6 7

2 Exercício elaborado pelas professoras Marta Gamito e Sara Lopes.

4
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa
Curso de PLE

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA – ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS


Artigos definidos: têm a função de caracterizar o ser ou o objeto específico.
Artigos indefinidos: têm a função de apresentar um elemento sem particularizar.

ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS


O UM
OS UNS
A UMA
AS UMAS

Uso dos artigos definidos antes de:


➢ Nomes de pessoas: o João, o António, a Maria, etc. [O artigo omite-se, quando se trata de pessoas
famosas: Camões, D. Carlos, Vasco da Gama, etc.]
➢ Continentes e grandes regiões: a África, a América, a Sibéria, etc.
➢ Países: a Alemanha, o Japão, a Bélgica. [Excetuam-se Portugal e as ex-províncias ultramarinas: Timor,
Angola, Moçambique, etc.]
➢ Províncias e distritos: o Minho, o Algarve, a Gasconha, etc. Excetua-se Trás-os-Montes
➢ Ilhas: os Açores, as Berlengas, etc.
➢ Montes, rios e mares: os Alpes, o Marão, o Mondego, o Sena, o Mediterrâneo, o Índico, etc.
➢ Nomes de localidades, nos quais ainda está presente a origem: o Porto, a Figueira da Foz, o Rio de
Janeiro, a Horta, etc.
➢ Os nomes geográficos levam artigo definido, quando precedidos de qualificativo ou seguidos de uma
determinação: a vizinha Castela, o Portugal de hoje e o de há séculos, etc.

1. Complete com o artigo definido ou indefinido.


Estava ______ manhã cheia de sol e não havia ______ nuvem no céu. _____ crianças decidiram passar ____
tarde na piscina municipal. _____ água estava uma maravilha, mesmo quentinha. ____ António estava a
brincar com ______ bola de futebol, enquanto ______ Ana dava _____ mergulho. ____ avô das crianças
aproveitou para dormir _____ sesta debaixo do guarda-sol. Às cinco horas ____ crianças foram lanchar ____
gelado. ___ dia passou tão rapidamente que ____ crianças nem deram conta do tempo a passar.

2. Qual é a diferença entre:

a) A enfermeira saiu do hospital às três da manhã. b) Uma enfermeira saiu do hospital às três da manhã.

Ao usar o artigo definido na frase a), o falante tem em mente uma enfermeira particular e assume que o
ouvinte está em condições de a identificar; ou seja, ambos conhecem a enfermeira e sabem qual é o seu
horário. Também existe a ideia de que a enfermeira é única neste contexto, ou, pelo menos, a única para os
interlocutores.

5
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa
Curso de PLE

Já na frase b), existem três interpretações possíveis: 1. o falante considera que o ouvinte não consegue
identificar a enfermeira que saiu às três da manhã; 2. podem sair várias enfermeiras a essa hora; e 3. o próprio
falante não sabe quem foi a enfermeira, mas alguém lhe disse que ela saiu às três da manhã.

c) Traz-me o livro de capa azul. d) Traz-me um livro de capa azul.

Ao proferir a frase c), o falante considera que existe apenas um livro de capa azul que o ouvinte consegue
identificar dentro de um espaço de busca limitado. Isto não significa que existe apenas um livro de capa azul
no mundo, mas que, pelo contexto, tanto o falante como o ouvinte conseguem identificar o objeto.
Pelo contrário, na frase d), existem vários livros azuis e o falante quer qualquer um, não escolhe nenhum
especificamente.

e) Traz-me livros de capa azul. f) Traz-me os livros de capa azul.

Com a frase no plural, quando o falante profere a frase e), está a pedir ao ouvinte para lhe trazer vários livros
de capa azul, mas não todos.
Por outro lado, ao proferir a frase f) o falante pede ao ouvinte para lhe trazer todos os livros de capa azul que
existem no espaço de busca limitado. Assim, quando os nomes estão no plural, o artigo definido adquire uma
ideia de totalidade, significando o mesmo que todos.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA – TIPOS DE SUJEITO

SUJEITO SUBENTENDIDO
O sujeito subentendido não é expresso (é nulo), porque se subentende o sujeito que aparece expresso em
frase anterior ou posterior à frase em causa.
Exemplos:
a) Os alunos foram viajar no fim de semana. No sábado, __ visitaram Óbidos.
A primeira frase explicita o sujeito. Por isso, na segunda frase, é desnecessário explicitá-lo novamente por ser
o mesmo. Passa, assim, a estar subentendido através da forma verbal que corresponde à mesma pessoa
gramatical (3ª pessoa do plural).
b) Quando ___ fui ao Porto, ___ visitei a Torre dos Clérigos.
No caso de o sujeito corresponder às formas pronominais da 1.ª ou 2.ª pessoa, o sujeito é
predominantemente subentendido, mesmo sem aparecer expresso anterior ou posteriormente à frase em
causa.

SUJEITO INDETERMINADO
O sujeito indeterminado distingue-se do sujeito subentendido, porque não vem expresso anterior ou
posteriormente à frase em causa. Normalmente, refere-se a ações que são comuns a todas as pessoas [a)] ou
quando não se quer identificar, deliberadamente, o sujeito [b)].
Exemplos:
a) Faz-se muita coisa interessante no Porto.

b) Diz-se / Dizem que o António é mau para a Mariana.

Você também pode gostar