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QUESTÃO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL-

“A”, brasileira, estudante, maior de 18 anos, ao sair de uma escola, no dia 25.03.2020, por
volta das 23,00 h., dirigia-se a sua casa, a pé, quando foi agarrada por um indivíduo que a
levou para um matagal e, com uma faca, obrigou-a a ter com ele conjunção carnal. Logo após
ao fato, a vítima “A”, ainda bastante traumatizada, encaminhou-se a sua residência e lá
chegando, contou para os seus pais o que havia ocorrido de forma detalhada. Ato contínuo, os
mesmos entraram em contato com a polícia, onde uma viatura, de imediato, se dirigiu ao local
do fato efetuando diligências exaustivas para captura do suposto acusado. Após cerca de seis
horas de sua ocorrência e do início das diligências, os policiais encontraram uma pessoa, de
nome “XX”, brasileiro, maior, desempregado, residente na mesma cidade, que se assemelhava
as características descritas pela vítima e não portava qualquer tipo de faca. “XX” asseverou aos
policiais que no horário do fato apontado pela vítima, encontrava-se fazendo um “bico” em
uma empresa. Foi encaminhado perante a Autoridade Policial e, em sequência, determinada a
elaboração de auto de prisão em flagrante. A vítima ao ser ouvida, disse que a pessoa presa
era muito parecida com a que a atacou, mas, como era noite e o local era de pouca
luminosidade, não tinha certeza se o homem detido era o mesmo que a atacou. Afirmou ainda
que ela e seus pais não tinham a intenção de processar aquela pessoa, pois temiam que
pudesse ser novamente atacada e até mesmo em razão da dúvida que persistia quanto a sua
identificação. Foram ouvidos os policiais que confirmaram a prisão. “XX” preferiu o silêncio,
asseverando que somente prestaria declaração em Juízo. Não foram realizados exames que
comprovassem a materialidade do crime. Eventuais testemunhas que pudessem saber algo
sobre o fato não foram arroladas. Encaminhado o auto de prisão em flagrante e mantida a
prisão. Não houve a realização de audiência de custódia. O Ministério Público em 01 de abril
de 2020 ofereceu denúncia contra “XX” pela prática do crime de estupro. O Juiz recebeu a
denúncia e determinou o início da instrução processual.

“XX” CONTINUA PRESO

O advogado de defesa de “XX” impetrou ordem de Habeas Corpus perante


o competente Tribunal de Justiça. Após a tramitação legal, a Ordem de
Habeas Corpus não foi concedida.

Diante dessa decisão do TJ apresente o recurso Ordinário Constitucional,


observando todas as exigências na elaboração do mesmo

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