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CELACC - ECA/USP

Metodologia de pesquisa
de bens simbólicos
Prof. Dr. Dennis de Oliveira (organizador)
CELACC - ECA - USP

CELACC
Centro de Estudos

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


Latino-Americanos
sobre Cultura
e Comunicação

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


1
Prof. Dr. Dennis de Oliveira (organizador)

Março de 2016
2
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos
CELACC - ECA - USP
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Sumário

1. O que é pesquisar?................................................................................. 4

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


Mitos que precisam ser rompidos....................................................... 5

A escolha do tema: um percurso teórico............................................ 6

A importância do trabalho de campo................................................. 8

2. Formalidades........................................................................................... 11

3. Diretrizes para a apresentação de trabalhos............................................. 14

3
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1. O que é pesquisar?
A pesquisa consiste não apenas na principal atividade de produção do conheci-
mento, mas também em uma ruptura com uma tradição reprodutivista do ensi-
no formal. Normalmente, nas aulas expositivas, o aluno recebe informações do
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professor, lê textos indicados e, depois, no processo avaliativo, deve demonstrar


ter assimilado os conhecimentos produzidos por outro.

Esta postura de ser um depositário de informações e conhecimentos produzidos


por outrem é criticado, parcialmente, por Paulo Freire que o chama de educação
bancária – uma educação em que o educador meramente deposita informações
na cabeça do educando. A postura é pouco interativa. É um modelo tradicional
que justifica o termo aluno, que vem do latim am-luno, sem luz própria – e por-
tanto, submetido a luz de quem professa, o professor.

Freire criticava este modelo por considerar que a ausência de interatividade igno-
ra o conhecimento existente no aluno, como se ele fosse uma pessoa desprovida
de qualquer sabedoria. Segundo ele, a educação deve ser construída com base
no diálogo entre educador e educando e deste processo interativo é que os
conhecimentos são construídos.

Entendemos que estas preocupações do grande educador Paulo Freire são im-
portantes. Porém, não queremos aqui descartar a importância do ensino tradi-
4 cional, da transmissão de conhecimentos produzidos por outrem, pois a ciência é
acumulativa e, para participar deste universo, é necessário vivenciá-la e conhecer
o que ela tem de acumulado. Assim, o contato e a compreensão dos conheci-
mentos produzidos por outrem é fundamental. Mas não se esgota. Em um nível
de ensino voltado para a formação de pesquisadores e de pessoas que buscam
ter uma postura intelectual-crítica é preciso ir além. O além é a pesquisa.

Surge daí o primeiro drama: como pesquisar? Como definir um tema para uma
monografia? Como produzir um artigo científico? Qual é a relação entre o que
conheci, li e o que eu vou escrever?

A crise que aparece nestes momentos – comum tanto em cursos de graduação


como de pós-graduação – decorre desta ruptura: o aluno deixa de ser um repro-
dutor de conhecimento para ser um produtor.

No mito do Jardim do Éden, o pecado original de Adão e Eva consistiu em deixar


de serem criaturas – submetidas a vontade de um Ser maior – para serem cria­
dores (o pecado original consistiu na descoberta do prazer corporal, do orgas-
mo). Adão e Eva foram expulsos do Paraíso e ganharam o mundo. Ser criador é
trabalhar com a incerteza, sair do conforto da condição de criatura (a segurança
da não liberdade, como diria Freud em O mal estar da civilização) para a incerte-
za da liberdade de criar.
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Mitos que precisam ser rompidos


Ingressar no mundo da pesquisa é inserir-se no universo da ciência. E diante
disto, é preciso romper alguns mitos que turvam o olhar sobre o que é ciência.

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Primeiro dos mitos: a neutralidade da ciência. A ciência não é neutra, é uma
cons­trução humana e, portanto, está determinada pelas condições sócio-histó-
ricas da sua produção. Ela sintetiza o estágio da humanidade no momento em
que ela está sendo produzida e responde a dilemas e demandas construídas so-
cialmente pelo ser humano naquele dado momento histórico. O olhar científico
sobre a realidade é construído pelo ser humano e, conscientemente ou não, ele
reflete valores consolidados socialmente neste olhar.

Mas a ciência pode também ter um papel visionário e transformador, a medida


que, partindo das demandas e dilemas da atualidade pode apontar para neces-
sidades de mudanças em pontos de vistas consolidados.

Apesar da ciência não ser neutra e, portanto, suas verdades poderem ser contes-
tadas, o debate científico não é totalmente aberto – não é qualquer opinião ou
ponto de vista que pode ser considerado como científico. Debate científico não
se assemelha a uma discussão cotidiana. Este é o segundo mito que precisa ser
desmascarado: o fato da ciência não ser neutra não significa um absoluto
relativismo das suas verdades.

No livro Alternativas metodológicas para a produção científica (2006, p. 27), a 5


profª Maria Nazareth Ferreira define a ciência como “a investigação metódica,
organizada, da realidade para descobrir a essência dos seres e dos fenômenos e
as leis que os regem, com o fim de aproveitar as propriedades das coisas e dos
processos naturais em benefício do homem”.

Em outras palavras, para ser considerado científico, um discurso deve conter


alguns elementos rigorosos, deve ser produto de uma investigação metódica
e organizada da realidade. O método é, portanto, o elemento de validade do
discurso científico.

E o que é o método? É justamente o formato que o pesquisador utiliza para


organizar o seu raciocínio, para articular as várias informações percebidas da rea­
lidade a ponto de elevá-las a uma condição de abstração. O método é o como
pensar, como organizar o pensamento. E não há formas únicas, daí que exis­
tem vários métodos e, portanto, a ciência é plural e não neutra.

A forma de organizar o raciocínio e de olhar a realidade é produto de concep-


ções de mundo – daí que a ciência sintetiza pontos de vista. Por isto, o méto­do
não pode ser visto meramente como uma ferramenta para se chegar a uma ver-
dade científica, mas sim como produto de um ponto de vista filosófico que gera
determinadas teorias científicas.
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Por isto, ao lado do método como condição do discurso científico, há a teoria
como uma abstração sistematizada de um conjunto de fenômenos e que serve
como mediação entre o fenômeno percebido empiricamente e a abstração te-
órica deste mesmo fenômeno. Uma postura constantemente crítica e vigilante
sobre teorias e métodos empregados é, também, condição fundamental para se
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chegar ao discurso científico, tendo em mente a sua incompletude.

Chegamos, assim, a conclusão-síntese do desmascaramento destes dois mitos:


a ciência é histórica, tem um sentido evolutivo não linear, mas contraditório, e
cada pesquisa é um pedaço que se interpõe em um continuum histórico. Todo
trabalho científico é, na sua essência, incompleto, tanto pelo fato dele ser pro-
duto de uma escolha teórica e metódica como também pelo fato da escolha do
tema ser um recorte construído pelo olhar do pesquisador.

A escolha do tema: um percurso teórico


A escolha do tema de uma pesquisa é uma reflexão teórica. Isto porque os fe-
nômenos a serem estudados são construções a partir de recortes feitos pelo pes-
quisador: é ele que determina as fronteiras do seu tema, do assunto e também
estabelece as relações com o todo social que o tema possui.

Vamos pegar o essencial desta passagem: o todo é a síntese de múltiplas deter-


minações. Em outras palavras, não existe um fenômeno isolado do todo social,
6 ele sempre é parte dele. Na verdade, os recortes fenomênicos são produto do
nosso olhar. A realidade é uma só, indivisível, a sua fragmentação é produto de
um olhar humano.

Assim, ao escolher um tema, o pesquisador necessariamente está definindo fron-


teiras de um fenômeno escolhido e mapeando outros que formam esta síntese,
isto é, está definindo a teia de relações que o tema escolhido abarca. Ao definir
isto, o pesquisador está inserindo em um contexto sócio-histórico o seu tema
e já indicando as suas trajetórias possíveis. Captar tudo isto exige tanto o conhe-
cimento do assunto como estar preparado teoricamente para inserir o tema em
um contexto de relações.

Esta postura metodológica relaciona-se à lógica do método marxista que


pode ser observado na seguinte passagem da Contribuição à crítica da
economia política:

O concreto é concreto porque é a síntese de múltiplas determinações e,


por isso, é a unidade do diverso. Aparece no pensamento como pro-
cesso de síntese, como resultado e não como ponto de partida, embora
seja o verdadeiro ponto de partida e, portanto, também o ponto de par-
tida da intuição e da representação. No primeiro caso, a representação
plena é volatilizada numa determinação abstrata; no segundo caso, as
determinações abstratas conduzem à reprodução do concreto pela via do
pensamento” (MARX, 1987, p. 201).
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Assim, determinar o fenômeno significa elencar suas múltiplas determinações,
isto é, os demais fenômenos que sintetizam o objeto estudado.

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Fenômeno 1
Problematização e hipóteses
Fenômeno 2

Fenômeno 3
FENÔMENO
Referências teóricas
A SER
Fenômeno 4 ANALISADO

Fenômeno n
Estratégias metodológicas
(trabalho de campo)
Fenômeno t

7
Assim, a definição do tema já pressupõe uma postura teórica e de contextuali-
zação, razão pela qual o início do trabalho científico necessita de um repertório
teórico mínimo (daí a importância da transmissão de informações, o método de
ensino mais tradicional). As escolhas teóricas e das estratégias metodológicas
irão depender da forma que o fenômeno a ser analisado será contextualizado.
É evidente que o número de fenômenos determinantes é infinito, o que indica a
necessidade de escolher quais vetores determinantes serão levados em conta na
contextualização – é isto que particulariza a pesquisa e também que estabelece o
campo de estudos em que a pesquisa se insere. Por exemplo, é possível analisar
um fenômeno da cultura popular contextualizando-o às determinantes históricas
e sociais, ou econômicas, ou aos processos midiáticos, ou aos fatores psicológi-
cos, entre outros. Esta escolha é feita pelo pesquisador e, no nível da iniciação
científica, deve ser acompanhada pelo orientador.

É com base nestas escolhas que se define a problematização do fenômeno,


isto é, quais aspectos serão discutidos. Tendo em vista que o método marxista
sempre trabalha em perspectiva, o fenômeno é visto dentro de uma dinâmica
de processo, isto é, não é apenas diagnosticado o seu “estado da arte”, mas
também são apontadas as perspectivas de possíveis trajetórias, com base nas
teorias escolhidas.
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A importância do trabalho de campo


Não é possível realizar uma pesquisa científica dentro desta lógica sem o trabalho
de campo. E o trabalho de campo engloba três perspectivas distintas, descritas
a seguir.
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Em primeiro lugar, há a perspectiva empirista, em que os dados dizem por


si próprios. Nesta perspectiva, o pesquisador é meramente um ser passivo que
recolhe dados, há uma cobrança de um certo rigor na captação desses dados – e
é esse rigor metódico o aspecto valorativo da pesquisa – e a simples compilação
de dados já é o suficiente para se tirar as conclusões. No funcionalismo há uma
clara apartação entre o pesquisador e o objeto pesquisado, com clara ênfase no
objeto pesquisado.

Em segundo, há a perspectiva idealista/racionalista, em que a importância


reside no sujeito pesquisador, isto é, na sua articulação teórica que constrói o
conhecimento. Assim, o trabalho de campo tem um papel meramente de refe-
rendar ou de possibilitar algumas inferências construídas a priori teoricamente.
Novamente, há uma apartação entre sujeito pesquisador e objeto pesquisado,
com a única diferença de que a ênfase está no sujeito pesquisador.

A terceira perspectiva relativa ao método marxista é a dialética, que con-


siste em uma relação mediada entre sujeito pesquisador e objeto pesquisado.
Esta interação é dada tanto pela competência teórica, como também pela pre-
8 ocupação constante em confrontar os conceitos teóricos com a realidade per-
cebida em uma postura que chamamos de filosofia da práxis. Teoria e prática
se complementam, se confrontam e sintetizam novos conhecimentos, de forma
que em determinados momentos da pesquisa, o objeto vira sujeito – pois ele é
quem interpela o sujeito pesquisador com novos dados que confrontam com as
teorias – e o sujeito vira objeto.

As estratégias metodológicas mais utilizadas dentro da perspectiva do método


dialético é a observação participante e as entrevistas semiestruturadas e
livres. Entretanto, nenhuma estratégia metodológica é descartável, pois o que
importa é a interpretação dos dados, mesmo que eles sejam quantitativos e
apontem para uma perspectiva empirista. As entrevistas fechadas, por exem-
plo, são importantes para a obtenção de informações formalizadas que não
são eventualmente encontradas em textos publicados. Os dados estatísticos de
institutos de pesquisa, como Ibope, Vox Populi, IBGE, entre outros, podem dar
uma visão do “estado da arte” do tema. Entretanto, em razão das condições de
trabalho da pesquisa em curso, não se recomenda realizar pesquisas de opinião
pública que, dada a sua complexidade operacional, necessitam de uma equipe
grande e especializada para a sua realização.

A observação participante é o método em que o sujeito pesquisador interage co-


tidianamente com o fenômeno, com o objetivo de observar todo o desenrolar do
processo em que culmina o evento. É uma técnica onde é possível levar a termo
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a preocupação do método dialético, sintetizado na citação acima de Marx, em
desvendar as múltiplas determinações do concreto. Ao mesmo tempo, a técnica
da observação participante tem um componente próximo a um dos princípios da
fenomenologia que é a relação do sujeito pesquisador com o objeto pesquisado
– ao pressupor um nível de participação do pesquisador, a observação participan-

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te tem na concepção de fenômeno (produto desta relação pesquisador/ objeto)
o seu ponto de partida.

O instrumento importante para a realização da observação participante é o “di-


ário de campo”. O modelo que recomendamos para a montagem do diário de
campo é dividir a folha do caderno em três colunas verticais. Na primeira, colo-
ca-se a data, na segunda, descreve-se as percepções do pesquisador na atividade
de campo em questão e, a terceira é reservada para fazer destaques e comen-
tários que podem ser utilizados na análise. Assim, enquanto na segunda coluna
o texto tende a ser mais descritivo, na terceira coluna, ele será mais narrativo e
dissertativo.

Exemplo de diário de campo:

Dia Evento Pequena reflexão


06/05 Estive na São Remo à procura da pessoa A não formalidade de um
responsável pela festa junina e tive dificul- instrumento – no caso, a
dades para encontrar – a numeração das numeração – confere um
casas não é sequencial. Tive que perguntar certo poder aos mora-
para vários moradores onde era a casa da dores, uma dose de au- 9
dona Fatinha. Quando a encontrei, aprovei- tonomia perante a outros
tei a oportunidade para perguntar por que poderes formalizados.
os moradores não pedem para regularizar a
numeração, já que isto facilitaria o recebi-
mento de cartas etc. Ela me disse que eles
já estavam acostumados com isto e do jei-
to que estava, os moradores controlavam
quem de fora podia achar quem.

É importante, na aplicação da técnica da observação participante, lembrar dos


“dez mandamentos” propostos pelo cientista social William Foote Whyte1:
1. A observação participante, implica, necessariamente, um processo lon-
go. Muitas vezes o pesquisador passa inúmeros meses para “negociar”
sua entrada na área. Uma fase exploratória é, assim, essencial para o de-
senrolar ulterior da pesquisa. O tempo é também um pré-requisito para os
estudos que envolvem o comportamento e a ação de grupos: para se com-
preender a evolução do comportamento de pessoas e de grupos é necessá-
rio observá-los por um longo período e não num único momento (p. 320).

1
Cf. Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
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2. O pesquisador não sabe de antemão onde está “aterrissando”, caindo
geralmente de “pára-quedas” no território a ser pesquisado. Não é espe-
rado pelo grupo, desconhecendo muitas vezes as teias de relações que
marcam a hierarquia de poder e a estrutura social local. Equivoca-se ao
pressupor que dispõe do controle da situação.
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3. A observação participante supõe a interação pesquisador/pesquisado.


As informações que obtém, as respostas que são dadas às suas indaga-
ções, dependerão, ao final das contas, do seu comportamento e das re-
lações que desenvolve com o grupo estudado. Uma autoanálise faz-se,
portanto, necessária e convém ser inserida na própria história da pesquisa.
A presença do pesquisador tem que ser justificada (p. 301) e sua transfor-
mação em “nativo” não se verificará, ou seja, por mais que se pense inse-
rido, sobre ele paira sempre a “curiosidade” quando não a desconfiança.
4. Por isso mesmo o pesquisador deve mostrar-se diferente do grupo pes-
quisado. Seu papel de pessoa de fora terá que ser afirmado e reafir­mado.
Não deve enganar os outros, nem a si próprio. “Aprendi que as pessoas
não esperavam que eu fosse igual a elas. Na realidade estavam interes-
sadas em mim e satisfeitas comigo porque viam que eu era diferente.
Abandonei, portanto, meus esforços de imersão total” (p. 304).
5. Uma observação participante não se faz sem um “Doc”, intermediário
que “abre as portas” e dissipa as dúvidas junto às pessoas da localidade.
Com o tempo, de informante-chave, passa a colaborador da pesquisa: é
com ele que o pesquisador esclarece algumas das incertezas que perma-
necerão ao longo da investigação. Pode mesmo chegar a influir nas inter-
10 pretações do pesquisador, desempenhando, além de mediador, a função
de “assistente informal”.
6. O pesquisador quase sempre desconhece sua própria imagem junto
ao grupo pesquisado. Seus passos durante o trabalho de campo são co-
nhecidos e muitas vezes controlados por membros da população local.
O pesquisador é um observador que está sendo todo o tempo observado.
7. A observação participante implica saber ouvir, escutar, ver, fazer uso
de todos os sentidos. É preciso aprender quando perguntar e quando
não perguntar, assim como que perguntas fazer na hora certa (p. 303).
As entrevistas formais são muitas vezes desnecessárias (p. 304), devendo a
coleta de informações não se restringir a isso. Com o tempo os dados po-
dem vir ao pesquisador sem que ele faça qualquer esforço para obtê-los.
8. Desenvolver uma rotina de trabalho é fundamental. O pesquisador não
deve recuar em face de um cotidiano que muitas vezes se mostra repeti-
tivo e de dedicação intensa. Mediante notas e manutenção do diário de
campo (field notes), o pesquisador se autodisciplina a observar e anotar
sistematicamente. Sua presença constante contribui, por sua vez, para
gerar confiança na população estudada.
9. O pesquisador aprende com os erros que comete durante o trabalho de
campo e deve tirar proveito deles, na medida em que os passos em falso
fazem parte do aprendizado da pesquisa. Deve, assim, refletir sobre o por-
quê de uma recusa, o porquê de um desacerto, o porquê de um silêncio.
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10. O pesquisador é, em geral, “cobrado”, sendo esperada uma
“devolução” dos resultados do seu trabalho. “Para que serve esta pesqui-
sa?”, “Que benefícios ela trará para o grupo ou para mim?”. Mas só
uns poucos consultam e se servem do resultado final da observação. O
que fica são as relações de amizade pessoal desenvolvidas ao longo do
trabalho de campo.” (VALADARES, Lícia. Os dez mandamentos da obser-

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vação participante. Disponível em: < www.scielo.br/scielo.php? pid=S010
2-69092007000100012&script=sci_arttext>. Acesso em: 14 mar. 2016).

Já as entrevistas semiestruturadas compõem-se de tópicos em que o entrevista-


dor se baseará para conduzir uma conversa com entrevistados previamente sele-
cionados. O objetivo da entrevista semiestruturada não é apenas obter informa-
ções, mas também perceber como o entrevistado constrói suas argumentações,
opiniões e pontos de vista. O importante nessas entrevistas é que o entrevistador
saiba gerenciar tanto o seu interesse em manter a conversa dentro dos temas es-
tabelecidos previamente como também não se “feche” para outras possibilida-
des que o entrevistado pode apontar no decorrer de suas falas. As intervenções
e interpelações do entrevistador devem ser realizadas dentro do bom senso e da
perspectiva mediadora de interesses. Por isto, é fundamental saber ouvir, estar
atento à fala do entrevistado, tanto por respeito ao mesmo como também para
saber tirar o máximo de informações e dados daquele momento.

As entrevistas “livres” são aquelas cujo objetivo central é pegar “depoimentos”.


Podem demorar mais de um dia e normalmente são utilizadas para reconstruir
histórias de vida e articulá-las com fenômenos estudados. Neste tipo de entre- 11
vista, é fundamental o entrevistador “sensibilizar” o entrevistado a soltar o fio.

Todo este material, depois de transcrito, deve ser interpretado, utilizando para
isto os conceitos teóricos selecionados para a análise do fenômeno. Boa parte
dele não será reproduzida no texto final, porém servirá como um instrumento
para reflexão do fenômeno. É neste momento que o pesquisador exercitará seu
raciocínio para construir inferências articulando conceitos teóricos e informações
obtidas no trabalho de campo. Estas inferências serão as bases para a conclusão
do trabalho.

2. Formalidades
O texto deve sempre ser escrito na terceira pessoa do singular (impessoal). Even-
tuais observações de caráter pessoal que se julgar necessárias devem ser redigi-
das em primeira pessoa (como transcrições de anotações do diário de campo,
por exemplo) e inseridas em nota de rodapé. O texto científico é formal, portan-
to, não utilize gírias ou termos coloquiais, a não ser quando se tratar de transcri-
ções de falas de terceiros – neste caso, colocar entre aspas.
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O artigo científico deve ter, no mínimo, 30 mil caracteres e, no máximo, 54 mil
caracteres, digitados em Times News Roman, corpo 12, contendo resumo (em
português), abstract (em inglês) e resúmen (em espanhol), cada um com 650 ca-
racteres, até cinco palavras-chave em inglês, português e espanhol; bibliografia
ao final.
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O título do artigo deve ter até 70 caracteres; seguido do nome do(a) autor(a) no
qual deverá colocar-se a primeira nota de rodapé contendo um breve currículo
do(a) autor(a) com até 5 linhas e também o nome do(a) orientador(a).

Nas citações, seguir as normas da ABNT descritas na próxima seção.

O artigo deve ter a seguinte estrutura:

• Título;

• Autor;

• Resumo, abstract e resumén (todos com palavras-chave nos idiomas


respectivos);

• Introdução (apresentação do artigo, informando o tema, os conceitos utiliza-


dos, qual é a hipótese e as estratégias metodológicas);
12 • Primeiro tópico – apresentação do problema: descrição detalhada do fenôme­
no a ser analisado e apontar os problemas que serão objeto da investigação;

• Segundo tópico – marcos teóricos e conceituais: apresentação e discussão


dos conceitos teóricos a serem utilizados na pesquisa e justificativa da es-
colha dos mesmos. Importante aqui fazer a interface da particularidade do
objeto escolhido com a universalidade dos conceitos teóricos;

• Terceiro tópico – metodologia, procedimentos e estratégias metodológicas:


apresentação das estratégias metodológicas utilizadas, justificativa e objetivo
das mesmas e como se articulam dentro da perspectiva metodológica maior
do Celacc, que é a filosofia da práxis;

• Quarto tópico – apresentação e interpretação dos dados coletados e obtidos:


é aqui que o pesquisador começa a construir as inferências a partir da inter-
pretação dos dados;

• Quinto tópico – considerações finais: a partir das inferências construídas no


tópico anterior, apresentar as conclusões;

• Sexto tópico – referências bibliográficas.


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Estrutura do relatório a ser apresentado à banca

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Siga o modelo do frame disponível no site do Celacc para a preparação
de seu artigo: <www.usp.br/celacc>.

Bibliografia

BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org). Repensando a pesquisa participante. São


Paulo: Brasiliense, 1991.

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 2003.

FERREIRA, Maria Nazareth. Alternativas metodológicas para a produção


científica. São Paulo: CELACC, 2006.

KOWARICK, Lúcio. Escritos urbanos. São Paulo: Editora 34, 2000. 13


MANZINI-COVRE, Mairlou. No caminho de Hermes e Sherazade. Taubaté:
Vogal Editora, 1996.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins


Fontes, 2011.

SEMERARO, Giovanni. Gramsci e os novos embates da filosofia da práxis.


Aparecida: Ideias e Letras, 2006.

VALLADARES, Lícia. Os dez mandamentos da observação participante.


Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 22, n° 63, 2007.

ZALUAR, Alba. A máquina e a revolta. 2ª edição. São Paulo: Editora Brasiliense,


1994.
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3. Diretrizes para a apresentação de trabalhos


ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
Versão simplificada extraída do Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi/USP)
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ELEMENTOS TEXTUAIS

Área do trabalho em que é exposta a matéria, constituída de três partes funda-


mentais: introdução, desenvolvimento e conclusão.

INTRODUÇÃO

Parte inicial do texto, que contém a delimitação do assunto tratado, objetivos


da pesquisa e outros elementos necessários para apresentar o tema do trabalho.

14
DESENVOLVIMENTO

Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do


assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem
do tema e do método.

CONCLUSÃO

Parte final do texto, onde o conteúdo corresponde aos objetivos ou hipóteses


propostos para o desenvolvimento do trabalho.
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ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Elementos que complementam o trabalho, conforme apresentados a seguir.

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REFERÊNCIAS

Elemento obrigatório, que consiste na relação das obras consultadas e citadas


no texto, de maneira que permita a identificação individual de cada uma delas.

As referências devem ser organizadas em ordem alfabética, seguindo o sistema


autor-data.

APÊNDICE(S)

Elemento opcional, que consiste em texto ou documento elaborado pelo autor,


a fim de complementar sua argumentação, conforme a ABNT NBR 14724 (Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas, 2005).

Os apêndices devem ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, 15


seguidas de hífen e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se le-
tras maiúsculas dobradas na identificação dos apêndices, quando esgotadas as
26 letras do alfabeto. A paginação deve ser contínua, dando seguimento ao
texto principal.

Exemplos:

APÊNDICE A – Exemplos de referências para dissertações e teses

APÊNDICE B – Laudos e pareceres em 1992

ANEXO(S)

Elemento opcional, que consiste em um texto ou documento não elaborado


pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração, conforme a
ABNT NBR 14724 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005).
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Os anexos devem ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas
de hífen e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente, utilizam-se letras maiús-
culas dobradas na identificação dos anexos, quando esgotadas as 26 letras do
alfabeto. A paginação deve ser contínua, dando seguimento ao texto principal.
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Exemplos:

ANEXO A – Modelo de questionário utilizado pela prefeitura

ANEXO B – Mapeamento dos pontos culturais no bairro, desenvolvido


por coletivos de arte da região

NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DAS SEÇÕES

Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a nu-


meração progressiva para as seções do texto. As seções e subseções de uma
dissertação ou tese são numeradas com algarismos arábicos, em uma sequência
lógica. São destacadas gradativamente e de maneira uniforme ao longo do tex-
to, utilizando-se os recursos de negrito ou itálico ou sublinhado.
16
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda,
separado por um espaço.

SIGLA(S)

Sigla é a reunião das letras iniciais dos vocábulos fundamentais de uma denomi-
nação ou título. Quando aparecer pela primeira vez no texto, deve ser colocada
entre parênteses, precedida pela forma completa.

Exemplo:

Universidade de São Paulo (USP)


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TABELA(S)

Tabela é o conjunto de dados estatísticos, dispostos em determinada ordem de


classificação, que expressam as variações qualitativas de um fenômeno. Sua fina-
lidade básica é resumir ou sintetizar dados.

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A construção de tabelas deve levar em consideração os critérios abaixo, estabele-
cidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1993):

• toda tabela deve ter significado próprio, dispensando consultas ao texto e


estar o mais próximo possível do trecho a que se refere;

• o título deve ser precedido pela palavra Tabela (apenas com a inicial T maiús-
cula), seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos
e um hífen;

• as tabelas devem ser numeradas consecutivamente;

• a tabela deve ser colocada preferencialmente em posição vertical, facilitando


a leitura dos dados. Caso não haja espaço suficiente, deve ser colocada em
posição horizontal com o título voltado para a margem esquerda da folha;

• quando houver necessidade, a tabela pode continuar na folha seguinte. Nes-


se caso, o final da primeira folha não será delimitado por traço horizontal na
parte inferior e o cabeçalho será repetido na folha seguinte. As folhas terão
as seguintes indicações: “continua”, na primeira folha; “continuação”, nas 17
demais folhas e “conclusão”, na última folha;

• as fontes consultadas para a construção da tabela e outras notas devem ser


colocadas após o traço inferior.

ILUSTRAÇÃO(ÕES)

As ilustrações compreendem desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,


gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros. Sua identifi-
cação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu
número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo
título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao
texto e à fonte.

A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere,
conforme o projeto gráfico.
CELACC - ECA - USP

Exemplo:
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

Figura 1 – Pipas (Gravura). Autor: Mauricio Nascimento, sem data.

18
APRESENTAÇÃO GRÁFICA

Recomenda-se que os textos sejam apresentados em papel branco, formato A4


(21 cm x 29,7 cm), digitados na cor preta. Outras cores são permitidas para as
ilustrações. Não se esqueça de ajustar o tamanho da folha (A4) em seu arquivo
quando preparar o seu artigo.

Recomenda-se a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e tamanho menor


para citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das
ilustrações e tabelas. No caso de citações de mais de três linhas, deve-se observar
o recuo de 4 cm da margem esquerda.

As folhas devem apresentar margens esquerda e superior de 3 cm; direita e


inferior de 2 cm.
CELACC - ECA - USP
ESPACEJAMENTO

Todo o texto deve ser digitado em espaço 1,5 cm, exceto: as citações de mais
de três linhas, as notas de rodapé, as referências, as legendas das ilustrações e
das tabelas, a ficha catalográfica, a natureza do trabalho, o grau pretendido, o

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


nome da instituição a que é submetido e a área de concentração, que devem
ser digitados em espaço simples. As referências, ao final do trabalho, devem ser
separadas entre si por dois espaços simples.

A natureza do trabalho, o grau pretendido, o nome da instituição a que é sub-


metido e a área de concentração devem ser alinhados a partir do meio da parte
impressa da página para a margem direita, tanto na folha de rosto como na folha
de avaliação.

PAGINAÇÃO

Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas se-
quencialmente. As folhas pré-textuais, embora contadas, não são numeradas.

A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual (Introdução).

Havendo apêndice(s) e anexo(s), as folhas dos mesmos devem ser numeradas de


maneira contínua e a paginação deve dar seguimento à do texto principal. 19

CITAÇÕES

Citação é a menção no texto de informações extraídas de uma fonte documental


que tem o propósito de esclarecer ou fundamentar as ideias do autor. A fonte de
onde foi extraída a informação deve ser citada obrigatoriamente, respeitando-se
os direitos autorais.

As citações mencionadas no texto devem, obrigatoriamente, seguir a mesma


forma de entrada utilizada nas Referências, no final do trabalho.

Todos os documentos relacionados nas Referências devem ser citados no texto,


assim como todas as citações do texto devem constar nas Referências.
CELACC - ECA - USP
Citação direta

É a transcrição (reprodução integral) de parte da obra consultada, conservando-


-se a grafia, pontuação, idioma etc.
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

A reprodução de um texto de até três linhas deve ser incorporada ao parágrafo


entre aspas duplas, mesmo que compreenda mais de um parágrafo. As aspas
simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação.

As transcrições com mais de três linhas devem figurar abaixo do texto, com recuo
de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem
aspas.

Exemplo:

Segundo Costa (1981, p. 123):


Se o novo século surgiu com seus dos dez velhos grupos tradicionais de mídia ainda sob
comando das respectivas famílias (Abravanel, Civita, Frias, Marinho, Saad e Sirotsky), três
entre esses sobreviventes passaram a dividir parte de seu capital com empresas estrangei-
ras. O grupo Abril vendeu 13,8% de suas ações a fundos norte- americanos de investi-
mento administrados pela Capital Internacional Inc. O Grupo Globo virou sócio minoritário
de Rupert Murdock na Sky Brasil e vendeu 36,5% do capital votante da NET (distribuição

20 de TV paga) para a Telmex, grupo mexicano de telecomunicações. O Grupo Folha cedeu


20% de todo o seu capital para a Portugal Telecom, a PT, que era sua sócia, anteriormente,
apenas na operação de internet, o UOL.

Citação indireta

É o texto criado com base na obra de autor consultado, em que se reproduz o


conteúdo e ideias do documento original; dispensa o uso de aspas duplas.

Exemplo:

A hipertermia em bovinos Jersey foi constatada quando a temperatura


ambiente alcançava 2,5° (RIECK; LEE, 1948).
CELACC - ECA - USP
Citação de citação

É a citação direta ou indireta de um texto que se refere ao documento original,


que não se teve acesso.

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


Indicar, no texto, o sobrenome do(s) autor(es) do documento não consultado,
seguido da data, da expressão latina apud (citado por) e do sobrenome do(s)
autor(es) do documento consultado, data e página.

Incluir a citação da obra consultada nas Referências.

Mencionar, em nota de rodapé, a referência do trabalho não consultado.

Exemplo no texto:

Atanasiu et al.1 (1951 apud REIS; NÓBREGA, 1956, p. 55) chegaram às


mesmas conclusões [...].

1
ATANASIU, P. et al. Action des pressions très élevées sur de virus de Newcastle. I.
Dissociation du pouvoir infectieux et de l’hémogglutination. Annales de L’Institut
Pasteur, Paris, v. 81, p. 340, 1951.

Exemplo nas referências:


21
REIS, J.; NÓBREGA, P. Tratado das doenças das aves. São Paulo: Me-
lhoramentos, 1956. p. 30-82.

Citação de fontes informais

Informação verbal

Quando obtidas através de comunicações pessoais, anotações de aulas, traba-


lhos de eventos não publicados (conferências, palestras, seminários, congressos,
simpósios etc.), indicar entre parênteses a expressão (informação verbal), men-
cionando-se os dados disponíveis somente em nota de rodapé.
CELACC - ECA - USP

Exemplo no texto:

Silva (1983) afirma que o calor se constitui em fator de estresse [...] (in-
formação verbal)1.
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

Fukushima e Hagiwara (1979) realizaram o estudo do proteinograma


[...] (informação verbal)2.

Exemplo em Nota de rodapé:


1
Informação fornecida por Silva em Belo Horizonte, em 1983.
2
Informação fornecida por Fukushima e Hagiwara na Conferência Anual
da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, em 1979.

INFORMAÇÃO PESSOAL

Indicar, entre parênteses, a expressão (informação pessoal) para dados obtidos


de comunicações pessoais, correspondências pessoais (postal ou e-mail), men-
22 cionando-se os dados disponíveis em nota de rodapé.

Exemplo no texto:

Bruckman citou a utilização [...] (informação pessoal)1.

Exemplo em nota de rodapé:

1
Bruckman A. S. Moose crossing proposal. Mensagem recebida por mediamoo@
media.mit.edu, em 10 fev. 2002.
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DESTAQUES E SUPRESSÕES NO TEXTO

Usar grifo ou negrito ou itálico para ênfases ou destaques. Na citação, indicar


(grifo nosso) entre parênteses, logo após a data.

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


Exemplo:

“Se existe alguém de quem não aceitamos um ‘não’, é porque, na verda-


de, entregamos o controle de nossa vida a essa pessoa.” (CLOUD, 1999,
p. 129, grifo nosso)

Usar a expressão “grifo do autor” caso o destaque seja do autor consultado.

Exemplo:

“Havendo notas explicativas e de referências na mesma página, transcre-


vem-se primeiro as explicativas, em seguida as de referências, usando-
-se números elevados independentemente da sua localização no texto.” 23
(CURTY; CRUZ, 2001, p. 57, grifo do autor)

Indicar as supressões por reticências dentro de colchetes, estejam elas no início,


no meio ou no fim do parágrafo e/ou frase.

Exemplo:

Segundo Bottomore (1987, p. 72) assinala “[...] a Sociologia, embora


não pretenda ser mais a ciência capaz de incluir toda a sociedade [...]
pretende ser sinóptica”.
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Indicar as interpolações, comentários próprios, acréscimos e explicações dentro
de colchetes, estejam elas no início ou no fim do parágrafo e/ou frase.
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

Exemplo:

“A igreja luterana de Domingos Martins [o mais antigo templo protes-


tante do Brasil, com torre] foi fundada no ano de 1866.” (ANDRADE,
1998, p. 28)

Tradução feita pelo autor

Quando a citação incluir um texto traduzido pelo autor, acrescentar a chamada


da citação seguida da expressão “tradução nossa”, tudo entre parênteses.

Exemplo:

“A epilepsia pode ocorrer em muitas doenças infecciosas, como as cau-


sadas por vírus, bactérias e parasitas.” (BRITO; JORGE, 2003, p. 102,
tradução nossa)
24

NOTAS DE RODAPÉ

As notas de rodapé são observações ou esclarecimentos, cujas inclusões no texto


são feitas pelo autor do trabalho. Inclui dados obtidos por fontes informais tais
como: informação verbal, pessoal, trabalhos em fase de elaboração ou não con-
sultados diretamente.

Classificam-se em:

• notas explicativas: constituem-se em comentários, complementações ou


traduções que interromperiam a sequência lógica se colocadas no texto
(SOARES, 2002);

• notas de referência: indicam documentos consultados ou remetem a ou-


tras partes do texto onde o assunto em questão foi abordado.

Devem ser digitadas em fontes menores, dentro das margens, ficando separadas
do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de aproximadamente
3 cm, a partir da margem esquerda.
CELACC - ECA - USP
As notas de rodapé podem ser indicadas por numeração consecutiva, com nú-
meros sobrescritos dentro do capítulo ou da parte (não se inicia a numeração a
cada folha).

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


EXPRESSÕES LATINAS

As expressões latinas podem ser usadas para evitar repetições constantes de


fontes citadas anteriormente. A primeira citação de uma obra deve apresentar
sua referência completa e as subsequentes podem aparecer sob forma abreviada
(Quadro 1).

Não usar destaque tipográfico quando utilizar expressões latinas.

As expressões latinas não devem ser usadas no texto, apenas em nota de rodapé,
exceto apud.

A presença da referência em nota de rodapé não dispensa sua inclusão nas Re-
ferências, no final do trabalho.

As expressões idem, ibidem, opus citatum, passim, loco citato, cf. e et


seq. só podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que
se referem. 25

Para não prejudicar a leitura é recomendado evitar o emprego de expressões


latinas.

Abreviatura Utilização
Apud (citado por, Única expressão latina que pode ser usada tanto
conforme, segundo) no texto como em notas de rodapé.
Usada em substituição ao nome do autor,
Idem ou Id. (do mesmo
quando se tratar de citação de diferentes obras
autor)
de um mesmo autor.
Ibidem ou Ibid. (na mesma Usada em substituição aos dados da citação
obra) anterior, pois o único dado que varia e a página.
Opus citatum ou op. cit. Usada no caso de obra citada anteriormente, na
(opere citado, obra citada) mesma página, quando houver outras notas.
Passim (aqui e ali, em Usada em informação retirada de diversas
diversas passagens) páginas do documento referenciado.
Usada para designar a mesma página de
Loco citato ou loc. cit. (no
uma obra já citada anteriormente, mas com
lugar citado)
intercalação de notas.
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Abreviatura Utilização
Usada como abreviatura para recomendar
Confira ou Cf. (confronte)
consulta a um trabalho ou notas.
Usada em informação seguinte ou que se segue.
Sequentia ou et seq.
Usada quando não se quer citar todas as páginas
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

(seguinte ou que se segue)


da obra referenciada.

APRESENTAÇÃO DE AUTORES NO TEXTO

As citações devem ser indicadas no texto pelo sistema autor-data. Para a citação,
consideram-se como elementos identificadores: autoria (pessoal, institucional ou
entrada pela primeira palavra do título em caso de autoria desconhecida) e ano
da publicação referida. Para a citação direta é obrigatório incluir o(s) número(s)
da(s) página(s).

Nas citações as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável


ou pelo título incluído na sentença devem estar em letras maiúsculas e minúscu-
las e, quando estiverem entre parênteses, em letras maiúsculas.

SISTEMA AUTOR-DATA
26
Nesse sistema, a indicação da fonte é feita da seguinte forma:

• no caso de citação direta, para obras com indicação de autoria ou responsa-


bilidade. Pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome da entidade respon-
sável, até o primeiro sinal de pontuação, seguido(s) da data de publicação
do documento e da(s) página(s) de citação, separados por vírgula e entre
parênteses;

• no caso de citação direta, para obras sem indicação de autoria ou responsa-


bilidade. Pela primeira palavra do título, seguida de reticências, da data de
publicação do documento e da(s) página(s) da citação direta, separados por
vírgula e entre parênteses;

• se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, este


deve ser incluído na indicação da fonte.
CELACC - ECA - USP

Exemplos:

[...] (DUDLEY, 1984), pesquisando [...]

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


ou

Dudley (1984), pesquisando, [...]

Dois autores

Os sobrenomes dos autores entre parênteses devem ser separados por ponto e
vírgula (;). Quando citados fora de parênteses devem ser separados pela letra “e”.

Exemplos:

[...] (JOSSUA; METZ, 1976), assinalam que [...]

ou

Jossua e Metz (1976), assinalam que [...] 27

Três autores

Os sobrenomes dos autores citados entre parênteses devem ser separados por
ponto e vírgula (;). Quando citados fora de parênteses, os autores devem ser
separados por vírgula (,) sendo o último separado pela letra “e”.

Exemplos:

[...] (RIBEIRO; CARMO; CASTELO BRANCO, 2000) afirmam que [...]

ou

Ribeiro, Carmo e Castelo Branco (2000), afirmam que [...]


CELACC - ECA - USP
Quatro ou mais autores

Indicar o sobrenome do primeiro autor seguido da expressão latina et al.,


sem itálico.
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

Exemplos:

[...] (DELANAY et al., 1985) afirmam que [...]

ou

Delanay et al. (1985), afirmam que [...]

Documentos do mesmo autor publicados no mesmo ano

Acrescentar letras minúsculas após o ano, sem espaço.

Exemplos:

28 [...] (SHEN, 1972a) [...] (SHEN, 1972b)

ou

Shen (1972a) [...] Shen (1972b) [...]

Coincidência de sobrenome e ano

Acrescentar as iniciais dos prenomes para estabelecer diferenças.

Exemplos:

[...] (BARBOSA, C., 1956) [...] (BARBOSA, M., 1956)

ou

Barbosa, C. (1956) [...] Barbosa, M. (1956) [...]


CELACC - ECA - USP
Autoria desconhecida

Citar pela primeira palavra do título, seguida de reticências e do ano de publi-


cação.

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


Exemplos:

[...] (CONTROLE [...], 1982).

ou

De acordo com a publicação Controle [...] (1982), estima-se em [...]

Entidades coletivas

Citar pela forma em que aparece na referência.

29
Exemplos:

[...] (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, 2000).

ou

Universidade Federal do Paraná (2000) [...]

Exemplos:

[...] (REUNIÃO ANUAL DA ABCP, 1985).

ou

Os trabalhos apresentados na Reunião Anual da ABCP (1985) [...]


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MODELOS DE REFERÊNCIAS

Monografias
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

Livros, folhetos, guias, catálogos, fôlderes, dicionários e trabalhos acadêmicos.

Elementos essenciais: autoria, título, edição, local de publicação, editora e ano


de publicação.

Elementos complementares: responsabilidade (tradutor, revisor, ilustrador,


entre outros), paginação, série, notas e ISBN.

O prenome pode estar abreviado ou por extenso, porém deve estar padronizado
em toda a listagem.

Monografia no todo

SOBRENOME, Prenome(s) do(s) autor(es). Título da obra: subtítulo. Edição. Local:


Editora, data de publicação. Paginação. Série. Notas. ISBN.

30
Um autor

Exemplos:

ESPÍRITO SANTO, A. Essências de metodologia científica: aplicada


à educação. Londrina: Universidade Estadual, 1987.

MACHADO JÚNIOR, E. F. M. Introdução à isostática. São Carlos: EES-


C-USP, 1999. 246 p.

PICCINI, A. Cortiços na cidade: conceito e preconceito na reestrutura-


ção do centro urbano de São Paulo. São Paulo: Annablume, 1999. 166 p.

STAHL, S. M. Essential psychopharmacology. Cambridge: Cambridge


University Press, 2000. 601 p.
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Dois autores

Exemplos:

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


GOMES, C. B.; KEIL, K. Brazilian stone meteorites. Albuquerque: Uni-
versity of New Mexico, 1980.

NOVAK, E. R.; WOODRUFF, J. D. Novak’s ginecologic and obstetric


pathology. Philadelphia: Saunders, 1967.

Três autores

Exemplos:

GIANNINI, S. D.; FORTI, N.; DIAMENT, J. Cardiologia preventiva:


prevenção primária e secundária. São Paulo: Atheneu, 2000.

GLASSCOCK III, M. E.; JACKSON, C. G.; JOSEY, A. F. Abr handbook:


auditory brainstem response. 2nd ed. New York: Tieme Medical, 1987.
31

Quatro ou mais autores

Exemplos:

BAST Jr., R. C. et al. (Ed.). Cancer medicine e.5. Hamilton: BC Decker;


New York: American Cancer Society, 2000.

PASQUARELLI, Maria Luiza Rigo et al. Avaliação do uso de periódicos.


São Paulo: SIBi-USP, 1987. 14 p.

Nota: é facultada a indicação de todos os autores para casos específicos, tais


como: projetos de pesquisa científica e indicação de produção científica em rela-
tórios para órgãos de financiamento.
CELACC - ECA - USP

Exemplos:

PASQUARELLI, M. L. R.; KRZYZANOWSKI, R. F.; IMPERATRIZ, I. M. M.;


NORONHA, D. P.; ANDRADE, E.; ZAPPAROLI, M. C. M.; BONESIO, M.
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

C. M.; LOBO, M. P.; ALMEIDA, M. S.; ARRUDA, R. M. A.; PLAZA, R. T. T.


Avaliação do uso de periódicos. São Paulo: SIBi-USP, 1987.

WENDEL, S. et al. Chagas disease (American tripanosomiasis): its im-


pact on transfusion and clinical medicine. São Paulo: SBH, 1992.

Em suporte eletrônico

SOBRENOME, Prenome(s) do(s) autor(es). Título: subtítulo. Local: Editora, ano,


designação específica e escala. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso
em: dia mês abreviado. Ano.

Exemplos:
32
ATLAS ambiental da Bacia do Rio Corumbataí. Rio Claro: CEAPLA, IGCE,
UNESP, 2001. Disponível em: <www.rc.unesp.br/igce/ceapla/atlas>.
Acesso em: 8 abr. 2002.

COMPANHIA DE PESQUISAS E RECURSOS MINERAIS. Bacias sedimen-


tares fanerozóicas do Brasil. [S.l.], [2002?]. 1 mapa, color. Escala
1:2.500.000. Disponível em: <www.cprm.gov.br/gis/tect_fanerozoicas.
htm>. Acesso em: 29 abr. 2002.

INSTITUTO GEOGRÁFICO NACIONAL (Espanha). Valle de Escombreras


en Cartagena, Murcia (Espanha): foto aérea. Madrid, 1986. 1 fotogra-
fia aérea. Escala 1:18.000. Disponível em: <http://corcho.cyberfenix.net/
misc/aerea/Aerea72w.jpg>. Acesso em: 24 jul. 2004.
CELACC - ECA - USP
Artigo de revista

Exemplos:

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


BOYD, A. L.; SAMID, D. Molecular biology of transgenic animals. Journal
of Animal Science, Albany, v. 71, n. 3, p. 1-9, 1993.

KRAUSS, J. K. et al. Flow void of cerebrospinal fluid in idiopathic normal


pressure hydrocephalus of the elderly: can it predict outcome after shunting?
Neurosurgery, Baltimore, v. 40, n. 1, p. 67-73, 1997. Discussion 73-74.

RIVITTI, E. A. Departamento de Dermatologia: histórico, seus professores


e suas contribuições científicas. Revista de Medicina, São Paulo, v. 81,
p. 7-13, nov. 2002. Número especial.

Publicações periódicas em suporte eletrônico

SOBRENOME, Prenome(s) do(s) autor(es). Título do artigo: subtítulo. Título da


publicação, Local de publicação (cidade), volume, fascículo, paginação inicial e
final do artigo e mês abreviado de publicação. Disponível em: <endereço eletrô-
nico>. Acesso em: dia mês abreviado ano. 33

Exemplos:

PALAGACHEV, D. K.; RECKE, L.; SOFTOVA, L. G. Applications of the


differential calculus to nonlinear elliptic operators with discontinuous
coefficients. Mathematische Annalen, Berlin, v. 336, n 3 p 617-637, Nov.
2006. Disponível em: <www.springerlink.com.w10077.dotlib.com.br/
content/y767134777841722/fulltext.pdf>. Acesso em: 17 Nov. 2006.

PUECH-LEÃO, P. et al. Prevalence of abdominal aortic aneurysms: a scree-


ning program in São Paulo, Brazil. São Paulo Medical Journal, São Paulo, v.
122, n. 4, p. 158-160, 2 0 0 4 . D i s p o n í v e l e m: < w w w . s c i e l o . b r /
s c i e l o . p h p ? script=sci_arttext&pid=S1516-31802004000400005&lng
=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 out. 2006.

SILVA, R. C. da; GIOIELLI, L. A. Propriedades físicas de lipídeos estrutu-


rados obtidos a partir de banha e óleo de soja. Revista Brasileira de
Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 42, n. 2, p. 223-235, 2006. Dis-
ponível em: <www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1516
-93322006000200007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 out. 2006.
CELACC - ECA - USP

WU, H. et al. Parametric sensitivity in fixed-bed catalytic reactors with


reverse flow operation. Chemical Engineering Science, London, v. 54,
n. 20, 1999. Disponível em: <www.probe.br/sciencedirect.html>. Acesso
em: 8 Nov. 1999.
Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

Artigo e/ou matéria de jornal

Exemplo:

HOFLING, E. Livro descreve os 134 tipos de aves do campus da USP.


O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 out. 1993. Cidades, Caderno 7,
p. 15. Depoimento a Luiz Roberto de Souza Queiroz.

Artigo e/ou matéria de jornal em suporte eletrônico

34
Exemplo:

PORTER, E. This time, it´s not the economy. The New York Times,
New York, 24 Oct. 2006. Disponível em: <www.nytimes.com/2006/10/24/
business/24econ.html?_r=1&ref=business&oref=slogin>. Acesso em:
24 Oct. 2006.

LEGISLAÇÃO

Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais in-


traconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em
todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas de enti-
dades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço,
instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre
outros).
CELACC - ECA - USP

Exemplos:

BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices


por Juarez de Oliveira. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

Metodologia de pesquisa de bens simbólicos


BRASIL. Congresso. Senado. Resolução nº 17, de 1991. Autoriza o des-
bloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado do Rio Grande do
Sul, através de revogação do parágrafo 2º, do artigo 1º da resolução no
72, de 1990. Coleção de leis da República Federativa do Brasil, Bra-
sília, DF, v. 183, p. 1156-1157, maio/jun. 1991.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do


Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 9, de 9 de no-


vembro de 1995. Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal,
alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e marginalia,
São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995.

BRASIL. Decreto-lei nº 5452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolida-


ção das leis do trabalho. Lex: coletânea de legislação: edição fede­ral, São
Paulo, v. 7, 1943. Suplemento. BRASIL. Lei nº 7.000, de 20 de dezembro
de 1990. Dispõe sobre a proibição da pesca. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 21 jan. 1991. Seção 1, p. 51.
35
BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Es-
tabelece multa em operações de importação, e dá outras providências.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.

BRASIL. Ministério da Saúde. Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de


Alimentos. Portaria nº 1, de 04 de abril de 1986. In: ASSOCIAÇÃO BRA-
SILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO. Compêndio da legisla-
ção de alimentos. São Paulo: ABIA, 1987. v. 1A.

BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de Correios e


Telégrafos - ECT do sistema de arrecadação. Portaria nº 12, 21 de março
de 1996. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, p.
742-743, mar./abr., 2. Trim. 1996.

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Dis-


põe sobre a desativação de unidades administrativas de órgãos da admi-
nistração direta e das autarquias do Estado e dá providências correlatas.
Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p.
217-220, 1998.
CELACC - ECA - USP
Documentos sonoros

Discos, CD, fita cassete, fita magnética etc.

COMPOSITOR(ES) OU INTÉRPRETE(S). Título. Local: Gravadora, ano. Especifica-


Metodologia de pesquisa de bens simbólicos

ção do suporte.

Exemplos:

DENVER, John. Poems, prayers & promises. São Paulo: RCA Records,
1974. 1 disco (38 min): 33 1/3 rpm, microssulco, estéreo. 104.4049.

FAGNER, R. Revelação. Rio de Janeiro: CBS, 1988. 1 cassete sonoro (60


min), 3 ¾ pps, estéreo.

SIMONE. Face a face. [S.l.]: Emi-Odeon Brasil, 1977. 1 CD (ca. 40 min).


Remasterizado em digital.

ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS

Sistema alfabético

36 As referências devem ser listadas ao final do trabalho, em ordem alfabética, ado-


tando-se o sistema letra por letra.

A entrada se faz sistematicamente pelo sobrenome. Entretanto, não havendo o


autor (pessoa ou entidade), far-se-á pelo título.

Quando se tratar de listas de referências e ocorrer coincidência de entrada, isto


é, autor ou título de dois ou mais documentos na mesma página, as entradas
subsequentes podem ser substituídas por um traço sublinear (equivalente a seis
espaços) e ponto.

Exemplos:

FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasi-


leira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympio,
1943. 2 v.

______________ Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado


rural no Brasil. São Paulo: Nacional, 1936.

*Para casos não previstos neste Manual, consultar a versão completa do documento
(Sibi/USP).

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