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Elaborado Pelo:
Departamento de Estudos e Estatística
i
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
2. CEREAIS ............................................................................................................................... 2
3 LEGUMINOSAS ................................................................................................................ 13
ii
3.2.1 PRODUÇÃO DE FEIJÃO VULGAR NA ÁFRICA E NO MUNDO ................... 18
iii
4.2.5 COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DE GERGELIM EM
MOÇAMBIQUE ................................................................................................................. 35
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 43
iv
LISTA DE TABELAS
v
LISTA DE FIGURAS
vi
1. INTRODUÇÃO
Desta forma, o presente estudo tem como objectivo, descrever os principais produtos a
serem transacionados na BMM, com a finalidade de providenciar informação a constar
da página Web da BMM.
Para o efeito, neste estudo é realizada a descrição dos produtos a serem transacionados
na BMM, onde são considerados os seguintes aspectos: produção em África e no mundo,
produção em Moçambique, comercialização e evolução dos preços dos produtos no
mercado nacional, bem como as principais variedades (rendimento potencial e real e
adaptabilidade) para alguns produtos.
1
2. CEREAIS
2.1 MILHO
1
Ciclo da Cultura-Perído que vai desde a semenetira até a maturação
2
PH (Potencial Hidrogeniónico) é uma escala logarítmica (varia de 0 a 14) que mede o grau de acidez (de 0≤PH<7),
neutralidade (PH =7) ou alcalinidade (7 < 𝑃𝐻 ≤ 14). Quando o PH é igual a zero (0) refere-se que a acidez é máxima
e quando o PH é igual a 14, diz se que o a alcalinidade é máxima.
3
SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento- DERAL - Departamento de Economia Rural, Outubro
de 2012 Milho-Analise da Conjuntura Agropecuaria.
4
https://geobancodedados.wordpress.com/category/economia/agricultura/ acedido em 15-10-2015.
2
maiores produtores de milho em áfrica, a Nigéria, Etiópia, Egipto e Tanzânia, com
parcelas de 14,52%, 9,32%, 9,08%, e 7,48% respectivamente.
Dados do TIA indicam que as regiões centro e norte do país são aquelas que apresentam
maiores níveis de produção devido as boas condições agro-ecológicas para a produção
deste cereal comparativamente a região sul. No país, o milho é geralmente produzido em
condições de sequeiro e com maior incidência na época quente (Outubro à Março).
Estudo feito pela USAID (2011)5 aponta que o milho é a cultura mais produzida em
Moçambique, olhando para o número de pequenas explorações, área cultivada e
produção de energia para o trabalho. Dados do INE6 (2010) indicam que do total das
pequenas explorações agrícolas, 68% praticam a cultura de milho e do total da área das
culturas alimentares básicas, na mesma categoria de explorações agrícolas, o milho ocupa
cerca de 44,09% (1.360.937 hectares).
5
USAID, Fevereiro de 2011: Milho, uma Cultura de Boa nutrição e de Muita Energia.
6
Instituto Nacional de Estatística (dados do Censo Agro-pecuário)
3
2.1.3 PRINCIPAIS VARIEDADES DE MILHO PRODUZIDAS EM MOÇAMBIQUE
7
OPV- Sigla em inglês, que significa, Variedade de Polizização Aberta
8
Tese de licenciatura do Cesário Manuel Cambaza (FAEF-UEM)
4
2.1.4 COMERCIALIZAÇÃO DE MILHO EM MOÇAMBIQUE
70 000.00
Quantidades vendidas (toneladas)
60 000.00
50 000.00
40 000.00 2003
30 000.00 2005
20 000.00 2006
2007
10 000.00
2008
0.00
2012
5
produto) e preços altos entre Outubro e Fevereiro de cada ano agrícola (período de
escassez deste produto).
14.00
12.00
10.00
2003
8.00
2005
6.00 2006
2007
4.00
2008
2.00
2012
0.00
10.00
8.00
6.00
4.00 Preço
2.00
0.00
6
ANO
2.2 ARROZ
O arroz (Oryza sativa) é uma gramínea bastante produzida e alimenta mais de metade
da população mundial. Em Moçambique, é uma cultura produzida há cerca de 500 anos.
A temperatura ótima para o desenvolvimento do arroz situa-se entre 20 e 35ºC. O arroz
não é tolerante a temperaturas muito baixas, nem muito altas9. A zona sul do país
apresenta solos pobres em termos de nutrientes e capacidade de retenção da água e
baixos níveis de precipitação, o que torna a região menos adequada para a prática de
arroz em regime de sequeiro (FAO, 2014). O mesmo autor refere que as zonas centro e
norte, apresentam condições agro-ecológicas mais apropriadas para a produção deste
cereal (precipitação média anual que varia entre 1 000 mm e 1 900 mm) o que justifica a
tendência de um incremento considerável dos níveis de produção deste cereal no Centro
e Norte e redução na zona sul.
De acordo com Gazzola, Wander e Souza (s.a), o arroz é uma das culturas mais
consumidas pela população do mundo. Os mesmos autores reportam que os cinco
maiores produtores de arroz a nível mundial são a China (34,36%), Índia (20,72%),
Indonésia (8,04%), Bangladesh (5,44%) e Tailândia (4,21%). Em termos de exportação, a
Ásia é o principal continente exportador com um peso de 60.42%, seguido das Américas
(22,84 %) e da Europa (12,28%). No que diz respeito as importações, a Ásia é o principal
continente importador (47,12%), seguida da Europa (20,12 %) e da África (18,48%).
9
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoBrasil/cap02.htm#fatores
7
Ainda sobre a produção mundial de arroz, Freitas (2010) afirma no seu trabalho sobre a
produção e área colhida de arroz no nordeste do Brasil, que a produtividade mundial do
arroz passou de 1,87 ton/ha na década de 1960 para 4,15 ton/ha em 2007. Também
enfatiza que o arroz é um dos principais alimentos mais consumidos no mundo e,
principalmente no leste e sul asiáticos, onde também se concentram os maiores
produtores (China, Índia, Indonésia e Bangladesh, nessa ordem de importância).
A produção de arroz em África tem registado uma tendência crescente. WARDA10 (2007),
analisou a série de dados referentes a produção de arroz de 1970 à 2006 tendo constatado
que a produção cresceu de 5.49 em 1970 para 14.20 milhões de toneladas em 2006. O Sul
de África, apresenta níveis mais baixo de produção contribuindo com cerca de 1.41% da
produção do continente e o Oeste da África é que contribui com 65,53% e a áfrica oriental
com 32,39%.
No que diz respeito ao consumo, a África tornou-se num grande importador de arroz no
mercado internacional. Segundo dados de “OVERVIEW: RICE IN AFRICA”11, em 2006 o
nível de importações deste cereal atingiu cerca de 32% das importações mundiais de
arroz, o equivalente a cerca de 9 milhões de toneladas. São apontados como factores
determinantes para este aumento significativo, o crescimento populacional aliado ao
aumento da renda e mudança de preferência dos consumidores, em particular nas zonas
urbanas.
10
Africa Rice Center, disponível em http://www.africarice.org/publications/Rice%20Trend%2023-10-07.pdf
11
Disponível em http://www.africarice.org/publications/nerica-comp/module%201_Low.pdf
8
cultivada localiza-se nas Províncias da Zambézia e Sofala, onde esta cultura é praticada
nas zonas baixas. As Províncias de Nampula e Cabo Delgado ocupam uma área total de
7% e os restantes 3% pertencem à zona Sul do País, com destaque para a Província de
Gaza (Distrito Chókwè). MINAG (2012) refere que a produção de arroz a nível nacional
tem estado a crescer nos últimos anos. Este crescimento segundo o mesmo autor tem
como factores o aumento das áreas de produção, distribuição de sementes e utensílios de
trabalho e condições climáticas. O Arroz é produzido por cerca de 20% de explorações12
com maior destaque para as províncias de Zambézia, Sofala, Cabo Delgado e Nampula.
Ele representa 11% da produção total dos cereais.
12
Exploração trata-se de uma unidade agrícola e é uma terminologia usada nas estatísticas oficiais como é o caso do
CAP (Censo Agropecuário) e TIA (trabalho de Inquérito Agrícola).
9
Tabela-2. Quantidade de arroz produzido em Moçambique (2003-2012)
Quantidade Produzida/Província/ANO (Toneladas)
Província
2003 2005 2006 2007 2008 2012
Niassa 3.810,69 1.547,32 2.692,28 3.018,35 4.355,90 4.458,72
Cabo Delgado 22.327,31 10.765,17 14.148,36 11.545,45 6.676,89 6.836,24
Nampula 12.972,84 6.271,00 9.508,36 9.984,55 12.188,39 13.733,3
Zambézia 59.017,64 29.528,05 54.339,84 61.832,04 41.623,66 59.370,55
Tete 581,03 234,90 1.123,14 292,83 427,86 15,88
Manica 532,91 741,73 1.869,89 1.505,57 837,50 136,61
Sofala 12.206,37 3.509,15 9.781,46 10.727,36 18.690,91 12.162,53
Inhambane 1.211,69 1.560,24 2.371,71 1.906,69 926,60 606,51
Gaza 4.713,98 9.843,99 1.304,12 2.098,70 2.406,63 4.173,51
Maputo 116,20 633,48 471,75 95,19 42,48 54,61
TOTAL-ANO
117.490,66 64.635,03 97.610,92 103.006,73 88.176,80 101.548,29
(Toneladas)
Fonte: Compilação dos autores (dados do TIA, 2003-2012)
Apesar de o arroz ser uma cultura com níveis de produção baixos, parte da produção é
colocada no mercado. Dados do TIA apontam que a Província da Zambézia é a que coloca
maiores quantidades deste cereal no mercado, com um peso relativo de 47,92%, seguido
das províncias de Nampula e Cabo Delgado com 16,16% e 13,89% respectivamente. Na
Zona sul, Gaza é que apresentou os maiores níveis de quantidades de arroz
comercializado. A tabela abaixo, apresenta de forma sumária as quantidades vendidas
por ano e por província no período de 2003 a 2012.
10
Tabela-3. Quantidades comercializadas de Arroz em Moçambique, TIA 2003-2012
Quantidade Vendida/ Província /ANO (Toneladas)
Província
2003 2005 2006 2007 2008 2012
Niassa 585,79 319,92 192,99 591,19 420,95 1.591,19
Cabo Delgado 2.843,14 1.335,11 2.293,74 1.221,54 465,54 635,54
Nampula 1.151,13 842.86 2.069,44 1.025,75 2.307,95 2.834,55
Zambézia 7.514,28 2.340,47 5.879,77 5.126,03 4.778,84 4.694,17
Tete 90,34 4,32 110,06 20,53 128,07 SI
Manica 6,46 52,97 191,97 SI 154,24 1,34
Sofala 664,50 713,70 272,15 171,18 150,10 89,37
Inhambane SI 6,15 57,64 36,62 SI 23,74
Gaza 2.128,60 4.225,39 16,73 25,44 26,96 620,01
Maputo 23,24 192,99 SI SI 37,08 SI
TOTAL-ANO
15.007,50 10.033,88 11.084,50 8.218,27 8.469,74 10.489,92
(Toneladas)
Fonte: Compilação dos autores (dados do TIA, 2003-2012). SI= Sem Informação
11
Figura- 4. Evolução dos Preços de Arroz no Mercado Nacional (SIMA-2003-2012)
35.00
30.00
Preços Nominais (Mts/kg)
25.00
20.00 2003
2005
15.00
2006
10.00
2007
5.00
2008
0.00
2012
Meses
12
3 LEGUMINOSAS
Victorino e Sintra (2014) referem que o feijão nhemba de nome científico, Vigna
unguiculata (L.Walp) é uma leguminosa que constitui a base da alimentação em muitos
países subdesenvolvidos e particularmente Moçambique. Dumet D., Adeleke R., e Faloye
B. (sd), afirmam que é cultivado em todo o mundo, principalmente como legume de grão
seco mas também como vegetal (ambas folhas e grãos verdes), cultura de cobertura e
forragem. Tem vários nomes locais, incluindo feijão-frade (Portugal), feijão macassa
(Brasil) e feijão macundi (Angola).
É uma cultura que se desenvolve bem em zonas de baixa altitude, com uma precipitação
média anual que varie de 1 000 à 1 200 mm e temperaturas que variem entre 22 graus
centígrados a 30 graus centígrados. Não suporta condições excessivas de humidade, frio
ou geadas. Geralmente é produzida na época chuvosa (quente) para o caso concreto de
Moçambique, mas também pode ser praticada na época fresca (seca) devendo se garantir
a rega.
Souza, C.L.C (2005), refere que no mundo, o feijão nhemba ocupa uma área de 12,5
milhões de hectares, produzindo cerca de 3 milhões de toneladas/ano.
Aproximadamente 64% da área ocupada mundial (8 milhões de hectares) está localizada
na parte oeste e central da África. O restante é representado pela América do Sul, América
Central e Ásia, com pequenas áreas espalhadas pelo sudoeste da Europa, sudoeste dos
Estados Unidos e Oceânia. Os principais produtores mundiais são: Nigéria, Níger, Brasil,
Mali e Tanzânia. Esta leguminosa movimenta um valor global de negócios estimado em
US$ 249.142.582,00/ano (Francisco, R.F.F,2009).
13
Existe uma grande variedade dentro do continente africano, e há subespécies selvagens
desta espécie. A África Subsariana (SSA), produz 95% do consumo mundial de feijão
nhemba em 90% do total da área global de plantação.
Em Moçambique, esta cultura constitui uma das leguminosas de grão muito importantes,
sendo cultivadas principalmente pelo sector familiar em todo país.
Dados do INE13 (2010) indicam que a cultura de feijão nhemba é a segunda maior
praticada pelo sector familiar, com um peso de 43,49% do total das pequenas explorações.
Em termos da área cultivada, nas pequenas explorações é a terceira cultura ocupando
cerca de 11,10% da área total cultivada neste nível de explorações, mantendo esta
tendência para médias e grandes explorações (10,57% e 14,71% respectivamente). Estes
dados revelam o nível de importância que esta leguminosa tem no sector agrário
nacional. Carvalho, J.L (2012) indica que apesar de ser uma cultura de grande relevância,
ainda é considerado pouco produtivo tendo seu potencial genético pouco explorado, com
rendimentos médios de produtividade de grãos secos na faixa de 300 à 400 kg/ha, onde
com melhoria de tecnologias de produção pode-se alcançar níveis de rendimento
aproximado a 2.5 toneladas por hectare.
A partir dos dados dos TIA’s (Tabela-1, abaixo), observa-se que, a zona norte é a maior
produtora do Feijão Nhemba, com maior destaque para as províncias de Nampula e Cabo
Delgado com uma produção acumulada de cerca de 104.386,96 e 61.488,48 toneladas
respectivamente. A seguir vem a zona centro, onde no período em análise destacam-se
as províncias da Zambézia e Tete cuja produção acumulada nos seis anos é de 55.779,82
13
Censo Agro-Pecuário, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística em coordenação com o Ministério da
Agricultura.
14
e 37.469,16 toneladas respectivamente. A província de Inhambane na Zona Sul é
referência na produção desta leguminosa, tendo alcançado neste período cerca de
41.974,73 toneladas.
15
3.1.4 COMERCIALIZAÇÃO DO FEIJÃO NHEMBA EM MOÇAMBIQUE
O Gráfico abaixo mostra que a zona norte colocou maiores quantidades do excedente no
mercado. Durante os seis anos em análise, a zona norte vendeu cerca de 32.738,18
toneladas o correspondente a 56,75% do total vendido no país. A zona centro do total das
vendas, contribuiu com cerca de 34,16 % (19.708,17 toneladas) e a zona sul contribuiu com
cerca de 9,08% (5.240,79 toneladas).
4500.00
4000.00
3500.00
Níveis de vendas (ton)
3000.00
2500.00 2003
2000.00 2005
2006
1500.00
2007
1000.00
2008
500.00
2012
0.00
Províncias
O comportamento dos preços nominais de feijão nhemba observa uma tendência idêntica
a dos outros produtos. A partir dos dados do Grafico-2 abaixo, pode se constatar que os
preços mais baixos são observados no período de Abril à Agosto. Isto pode estar ligado
16
à disponibilidade deste produto e os preços mais altos entre Novembro e Fevereiro do
ano agrícola.
40.00
35.00
30.00
25.00 2003
Axis Title
2005
20.00
2006
15.00 2007
10.00 2008
2012
5.00
0.00
4. FEIJÃO BÓER
O feijão manteiga (Phaseolus vulgaris L.) representa uma importante fonte proteica na
dieta humana dos países em desenvolvimento, das regiões tropicais e subtropicais,
particularmente nas Américas (47% da produção mundial) e no leste e sul da África (10%
da produção mundial). O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) é a espécie mais
cultivada entre as demais do gênero Phaseolus. Dentre os elementos climáticos que mais
influenciam na produção de feijão salientam-se a temperatura, a precipitação pluvial e a
radiação solar. Em relação ao fotoperíodo, a planta de feijão pode ser considerada foto
neutra. Esta leguminosa apresenta vantagens nutricionais que incluem o conteúdo
protéico, o teor elevado de lisina, a fibra alimentar, alto conteúdo de carbo-hidratos
17
complexos e a presença de vitaminas do complexo B. (fonte:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/CultivodoFeijoeir
o/cultivares.htm.)
Afonso, S.M.E (2010) refere na sua tese que a produção mundial de feijão aumentou 59,1%
no período compreendido entre 1961 e 2005. Os cinco principais países de maior
produção de feijão são o Brasil, a China, a Índia, a Birmânia e o México, representando
mais de 65% da produção mundial. O Burundi e o Ruanda são os países com maior
densidade de produção (7,91 e 7,58 t/km², respectivamente). Os principais países
exportadores são a China, os EUA, a Birmânia, o Canadá e a Argentina, sendo
responsáveis por 73,5% do total exportado e, a Índia, os EUA, Cuba, Japão e o Reino
Unido são os principais países importadores de feijão (Wander et al, 2007 citado por
Afonso). Mais de metade (54,4%) da produção mundial origina-se de apenas quatro
países. Brasil e Índia são os principais produtores mundiais de feijão. Em 2010 a Índia
ocupou a primeira posição, sendo que nesse país existe a maior área plantada com esta
leguminosa. Outros importantes produtores de feijão são: Myanmar, China, Estados
Unidos e México.
18
Em termos de níveis de produção do feijão manteiga, a Província do Niassa é uma
referência a nível nacional, tendo alcançado uma produção acumulada de cerca de
132.003,59 toneladas, correspondentes a 40,72% da produção nacional acumulada (TIA,
2003-2012). Para além da Província de Niassa, Tete e Zambézia são outras províncias de
destaque na produção desta leguminosa, com produções médias anuais superiores a 5
mil toneladas. Duma maneira geral, a produção nacional tem uma tendência crescente.
O Gráfico-1 abaixo, elucida o comportamento produtivo desta leguminosa no período em
análise.
19
3.2.3 PRINCIPAIS VARIEDADES DE FEIJÃO VULGAR PRODUZIDAS EM
MOÇAMBIQUE
Dados do IIAM apontam que o país dispõe de diferentes tipos de variedades de feijão
vulgar, nomeadamente: A222 (feijão preto), Sugar 131 (feijão catarina), AFR 703 (feijão
encarnado), NUA 45 (feijão calima).
18000
16000
Nível de vendas (ton)
14000
12000
2003
10000
8000 2005
6000 2006
4000
2007
2000
0 2008
2012
Província
20
3.2.5 COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DE FEIJÃO VULGAR EM
MOÇAMBIQUE
A partir do Gráfico-3 abaixo, pode-se afirmar que os preços mais baixos são observados
entre os meses de Maio e Julho (Período de maior disponibilidade do produto, pois
coincide com a época da colheita) e os mais altos verificam-se entre Novembro e Fevereiro
de cada ano agrícola.
60.00
50.00
40.00 2003
2005
30.00
2006
20.00 2007
2008
10.00
2012
0.00
Feijão Bóer cientificamente designado por Cajanus Cajan (l) Millsp, conhecido por “Pigeon
Pea” e “Cajan Pea”, entre países de língua inglesa, por “ambavade” e “pois de´Angole” entre
os de língua francesa. Também designado de “Feijão-congo” em Cabo Verde, Ervilha-de-
Congo de Angola e o mundru de São Tome e Príncipe.
14
Sistema de Informação de Mercados Agrícolas
21
Esta leguminosa cultiva-se nos países tropicais e subtropicais nas regiões semi-áridas.
Segundo a FAO (1996) indica existência de cerca de 2.9 mil hectares de Feijão Bóer no
mundo com a produção média de 700kg/ha.
A nível mundial a Índia e Myanmar, são os maiores produtores do feijão bóer e é uma
das culturas dinâmicas na África Subsaariana15. Dos países da África subsaariana
analisados o Malawi e Tanzânia se encontravam no topo de ranking mundial do ano 2012,
com uma produção total de 237.210 e 206.057 respectivamente, infelizmente Moçambique
passou despercebido na análise desta cultura neste ano, mas se o tivesse incluído
Moçambique estaria no quinto lugar neste ranking (Walker, T. at all, 2015, pág.24).
15
Pode constatar na tabela 7 de Volume da produção de Feijão Bóer (Toneladas) por província nos últimos Anos
em Moçambique, apresentada no presente relatório.
22
Tabela-6. Produção Global de Feijão Bóer em Tonelada Métrica por País 2012
Ano Rank País Produção
2012 1 India 2,650,000
2012 2 Myanmar 900,000
2012 3 Malawi 237,210
2012 4 Tanzânia 206,057
2012 5 Kenya 89,390
2012 6 Uganda 84,200
2012 7 República Dominicana 27,997
2012 8 Nepal 14,082
2012 9 Burundi 8,135
2012 10 DRC 6,800
Fonte: FAOSTAT 2012 (http://faostat.fao.org/site/339/default.aspx).
23
A região de maior produção é o Norte, sendo a província líder Zambézia que é a maior
produtora a nível nacional, cobrindo mais de 50 % da produção nacional, de acordo com
o site www.noticias.co.mz, acessado em (29/08/2014) e Tabela abaixo. Depois da
Província da Zambézia, seguem as províncias de Nampula e Niassa (Relatório sobre
Transações de Produtos Agrícolas pela BMM, 2015).
Tabela-7. Volume da Produção de Feijão Bóer (Ton) por Província 2001/02 a2011/1216
Província 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2011/12
Cabo Delgado 8.500 1.100 9.000 5.114 4.230 4.300 4.300 5.100
Niassa 2.500 2.700 900 1.698 1.580 1.800 7.500 5.836
Nampula 9.200 1.800 2.900 8.909 11.550 22.130 27.000 27.045
Zambézia 17.000 37.000 27.000 26.424 52.000 58.970 46.500 73.090
Tete SI SI SI 458 620 500 2.800 9.972
Manica SI SI SI 782 990 1.200 1.550 6.248
Sofala SI SI SI 1.309 1.300 1.230 1.110 3.600
Inhambane SI SI SI 191 1.132 1.302 577 351
Gaza SI SI SI 460 845 420 1.445 SI
TOTAL 37.200 42.600 39.800 45.345 45.411 73.881 92.782 131.242
Fonte: TIA – Trabalho de Inquérito Agrícola
SI=Sem Informação (MIC, 2014)
A variedade do feijão bóer desenvolvida actualmente é a 004, que foi introduzida pelo
IIAM, que pode ser cultivada na época seca e contribui para a melhoria da qualidade dos
solos e tem maiores rendimentos: cinco a seis toneladas por hectare, contra uma a duas
toneladas conseguidas com a variedade local que já estava degenerada.
16
Dados retirados no Estudo sobre Pigeonpea in Mozambique: An Emerging Success Story of Crop Expansion in
Smallholder Agriculture. Junho de 2015 elaborado por Tom
24
Segundo a Mapusse (FENAGRE) a introdução desta variedade no âmbito de um projecto
financiado pela Aliança para uma Revolução Verde em África (AGRA) em pouco mais
de um milhão de dólares norte-americanos, acabou sendo o principal incentivador do
crescimento dos rendimentos que se verifica actualmente. E comparativamente a
variedade antiga que não tinha um mercado amplo devido a problemas de qualidade
relacionados com o aspecto físico, a actual (0040) tem mais sabor, tem mercado na Ásia e
pode também ser comercializada localmente
A maior parte da produção do feijão bóer nos últimos anos tem sido para Exportação.
25
Segundo a Zauba (disponível no sítio https://www.zauba.com), o valor acumulado das
exportações de feijão bóer para a Índia no período 2012-2014 foi estimado em cerca de
146 mil toneladas o que corresponde a cerca de 86 milhões de dólares americanos. Pouco
mais de 1 milhão de famílias camponesas estão envolvidas na produção desta cultura,
que nos últimos anos tem sido considerada cultura de rendimento em franca expansão
no centro e norte do país, com um número de produtores, situado em 695.286 em 2002.
Estes dados revelam que o numero de praticantes quase que duplicou, o mesmo
acontecendo com a área cultivada, que de 68.814 hectares passou para 248.929 (Relatório
sobre transação de produtos Agrícolas pela BMM, 2015).
26
4 CULTURAS DE RENDIMENTO
4.1 SOJA
A soja faz parte do conjunto de produtos agrícolas com maior destaque no mercado
mundial. Observa-se que a soja tem sido o quarto grão mais consumido e produzido
globalmente, atrás de milho, trigo e arroz, além de ser a principal oleaginosa cultivada
anualmente no mundo. Adicionalmente, no período entre os anos agrícolas 2000/01 e
2013/14, a soja e o milho são as culturas que apresentaram os crescimentos absolutos
mais expressivos, tanto em consumo quanto produção (HIRAKURI e LAZZAROTTO,
2014).
17
Relatório Sobre Transacção de Produtos Agrícolas pela Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM). Maputo,
Julho de 2015.
18
http://faostat3.fao.org/
27
Ao nível da região Austral de África, a África do Sul, Malawi e Moçambique constituem
os maiores produtores com uma produção de 708.750 toneladas em 418.000 hectares,
79.600 toneladas em 82.000 hectares e 24.000 toneladas em 24.000 hectares
respectivamente.
28
Tabela-9. Volumes de Produção de Soja em Toneladas por Província nos últimos Anos
Província 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2011/12
Cabo Delgado SI SI SI SI 8.895
Niassa 21 2.780 SI SI 217
Nampula SI SI SI SI 125
Zambézia 101 5.900 4.200 942 1.212
Tete 3.099 3.465 5.416 6.196 2.954
Manica SI SI SI SI 504
Sofala SI SI SI SI
TOTAL 3.221 12.145 9.616 7.138 13.907
Fonte: FAOSTAT, 2012; MIC, 2014; Direcção Nacional de Economia do Ministério de Agricultura (TIA) 19.
19
Relatório Sobre Transacção de Produtos Agrícolas pela Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM). Maputo,
Julho de 2015.
29
4.1.3 PRINCIPAIS VARIEDADES DE SOJA PRODUZIDAS EM MOÇAMBIQUE
30
A comercialização da soja em Moçambique é feita tanto por contrato como por venda
directa ao intermediário isto é, a provisão de insumos para a produção é
maioritariamente garantida por ONG´s e grandes comerciantes que financiam a
produção directamente aos pequenos produtores sobre contrato (informal), com a
promessa de que a produção resultante será a estes vendida para exportação (Relatorio
sobre Transações de Produtos Agrícolas pela BMM, 2015).
4.2 GERGELIM
20
ARRIEL Nair H. C., VIEIRA Dirceu J. e FIRMINO Paulo de Tarso. Situação atual e perspectivas da cultura do gergelim
no Brasil. Recursos Genéticos e Melhoramento de Plantas para o Nordeste Brasileiro. S/D.
31
produção mundial, seguidos de Myanmar, Sudão, Uganda, Blangadesh, Venezuela e
Etiopia (Arriel, N. et all, s/d).
Segundo a Faostat 2012, o Gergelim é uma cultura de rendimento muito procurada a nível
mundial, os países da Africa Sub Saariana têm-se destacado na produção desta cultura,
no ranking da produção global de 2012 Moçambique foi o 8º país produtor de gergelim
com uma quantidade de 117,000 toneladas métricas (vide tabela abaixo).
21
Relatório Sobre Transacção de Produtos Agrícolas pela Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM). Maputo,
Julho de 2015.
32
4.2.2 PRODUÇÃO DE GERGELIM EM MOÇAMBIQUE
Segundos os dados dos TIA (2012), no que diz respeito ao volume de produção de
gergelim, Moçambique produziu cerca de 34.000 toneladas em 2012 (Tabela abaixo).
33
4.2.3 VARIEDADES DE GERGELIM PRODUZIDAS EM MOÇAMBIQUE
34
4.2.5 COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DE GERGELIM EM MOÇAMBIQUE
A tabela-13 acima, mostra que os preços nominais de gergelim ao longo do tempo tem
uma tendência crescente, tendo atingido um pico de 45,49 meticais em 2008.
35
km², para um rendimento médio de 916 kg/hectare. ( FAO, Direcção de Estatística -
Produção mundial de caju FAO - Produção mundial de cajú). A amêndoa contida no
interior da castanha, quando seca e torrada, é popularmente conhecida como castanha de
cajú. Tem, ainda, os nomes científicos de Anacardium microcarpum e Cassuvium
pomiverum.
Nos últimos anos, a produção mundial de castanha de cajú em bruto (ou seja, na casca)
cresceu de cerca de 3.951 mil toneladas em 2010 para 4.150 mil toneladas (em 2012). Em
2012, de acordo com a informação estatística da FAO (visitado em 2015), o maior produtor
de castanha de cajú a nível mundial é o Vietnam com uma produção de 1.190.900
toneladas (cerca de 29% da produção mundial), seguido da Nigéria e Índia com 837.500
e 680.000 toneladas (cerca de 20% e 16% da produção mundial), respectivamente. Os
maiores produtores de cajú, de acordo com a FAO , constam do quadro abaixo.
36
4.3.2 PRODUÇÃO COMERCIALIZADA DA CASTANHA DE CAJÚ EM
MOÇAMBIQUE
A produção de cajú é a principal fonte de renda para cerca de 1,4 milhões de produtores
rurais em Moçambique. Os pequenos produtores de cajú gerem tipicamente pequenas
propriedades com 10 a 20 cajueiros misturados com outras culturas. Durante a colheita,
que ocorre de Outubro a Fevereiro, o agricultor médio de cajú produz cerca de 100 kg de
castanhas vendendo às processadoras mais próximas das comunidades.
Até inícios dos anos 1970, o país comercializava cerca de 200 mil toneladas anuais,
ocupando cerca de 40% da quota de mercado. A capacidade instalada de processamento
atingia as 75 mil toneladas anuais, com a qual exportava 20 mil tons/ano de amêndoa.
(fonte: flash - Resultados das investigações do Projecto de Segurança Alimentar em
Moçambique MAP-Direcção de Economía: O Debate sobre o Cajú em Moçambique: Que
vias Alternativas?).
Importa referir que este capítulo referente a cultura da castanha de cajú irá considerar
apenas as estatísticas respeitantes a comercialização, sem abordar a produção, pois as
37
estatísticas oficiais privilegiam a castanha comercializada dado que parte da produção é
retida pelas famílias produtoras para o autoconsumo (substituto do amendoim),
comercialização informal, processamento artesanal (venda em forma de amêndoa).
Neste contexto, de acordo com os dados retirados da FAOSTAT e INCAJU (visitados em
2015), a produção média comercializada da castanha de cajú nos últimos cinco anos (2008-
2012) totalizou cerca de 91,3 mil toneladas, com destaque para o período de 2011, onde o
país atingiu 112.700 toneladas.
74 397.0
80 000
62 821 64 150.0 64 731
60 000
42 988
40 000
20 000
-
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
38
províncias de Inhambane, Cabo Delgado e Zambézia que contribuem com quotas médias
de 13%, 9% e 8% respectivamente.
Importa destacar a Provínica de Nampula onde, a parte comercializada é maior que nas
outras províncias, o que pode ser devido à proximidade do porto de Nacala, o mais
importante ponto de exportação de castanha de caju em bruto e processada, enquanto
que as outras províncias estão mais afastadas dos mercados de consumo. Pode ser que o
mercado informal jogue um papel importante nas províncias do Sul, e não está aqui
reprsentada. Na Província de Gaza, por exemplo, os produtores e/ou pequenos
comerciantes vendem uma parte significante da produção directamente à Maputo.
39
O estudo sobre Transacção de Produtos Agrícolas pela Bolsa de Mercadorias de
Moçambique (BMM) sobre Castanha de Cajú, Gergelim, Feijão Boer e Soja, realizado pela
Direcção de Estudos de Mercado e Estatística (DEME), Direcção de Desenvolvimento de
Negócios (DDNM) e Marketing e Direcção de Operações (DO) revela que os principais
destinos da castanha e amêndoa processada são: a Holanda, África do Sul, EUA, resto da
Europa e Médio Oriente, entre outros, sendo utilizados dois tipos de canais de venda: a
venda directa das indústrias de processamento a cadeias alimentares e de retalho, e a
venda por meio de brokers internacionais com relação especial com as cadeias de retalho
e os brand creators”.
50 000.0
42 000.0
40 000.0
30 000.0 27 922.9
24 739.7
20 000.0
11 720.0 11 700.0
8 592.9 9 945.0 8 265.6
10 000.0 5 594.7 7 187.5
4 888.5
-
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014*
Qtd comercializada Receita Bruta (Valor em USD 1,000)
40
4.3.3 PRINCIPAIS CLASSES DE CASTANHA DE CAJU PRODUZIDAS EM
MOÇAMBIQUE
41
Tabela-16. Evolução dos Preços da Castanha de Cajú
Comercialização Exportação
Quantidade Preco Real Quantidade Preço Médio Valor
Campanha Em tons Em Mt/Ton Em Tons Em USD/Ton Em 1000 USD
2000/01 52.088.4 MZM 3.950,0 27.845,96 $411,3 $11.452,9
2001/02 50.176,7 MZM 5.100,0 25.592,2 $373,9 $9.569,6
2002/03 63.818,0 MZM 5.300,0 36.288,5 $392,6 $14.248,0
2003/04 42.284,0 MZM 6.500,0 20.216,8 $456,5 $9.229,6
2004/05 104.337,0 MZM 8.000,0 63.346,3 $683,1 $43.272,2
2005/06 62.821,0 MZM 7.919 26.348,8 $555,6 $14.639,8
2006/07 74.397,0 MZM 6.380,0 24.175,8 $505,7 $12.225,9
2007/08 96.500,0 MZM 8,7 31.606,7 $734,9 $23.226,4
2008/09 64.150,0 MZM 8,7 11.720.0 $733,2 $8.592,9
2009/10 96.557,4 MZM 14,5 27.922,9 $886,0 $24.739,7
2010/11 112.700,0 MZM 19,0 42.000,0 $1.300,0 $54.600,0
2011/12 64.731,0 MZM 13,7 5.594,7 $873,8 $4.888,5
2012/13 83.140,9 MZM 12,5 11.700,0 $850,0 $9.945,0
2013/14 63.080,5 MZM 16,1 7.187,5 $1.150,0 $8.265,6
2014/15 81.239,95 MZM 18,5 6.493,0 $1.200,0 $7.791,6
42
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
43
de cada ano agrícola). O arroz é o único produto que sofre pequena influência da
sazonalidade (cerca de 60% das necessidades são cobertas por importações),
apesar de ser um dos cereais mais consumidos no país.
Para os produtos analisados, os preços mais altos são verificados nos anos mais
recentes (2012) e os mais baixos nos anos iniciais (2003) no período analisado. Isto
pode estar realicionado com o facto de se tratar de preços nominais. Para o milho
e arroz, o preço médio em 2003 foi de 3,6 Meticais e 8,52 Meticais por quilograma
respectivamente e em 2012 o milho registou 9,2 Meticais/kg e o arroz 27,9 Meticais
o que corresponde uma evolução de cerca de 156% para o milho e 227% para o
arroz. Em relação ao feijão nhemba, a evolução foi de 196% , resultantes da subida
de preço de 9,6 Meticais/kg em 2003 para 28,4 Meticais/kg em 2012.O feijão
manteiga registou uma subida global de cerca de 153%, correspondentes a
variação de preço de 17,2 Meticais/kg em 2003 para 43,5 Meticais/kg em 2012.
44
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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milho (Zea mays L.) na agricultura de sequeiro no Distrito de Chókwè. Projecto Final,
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1966 a 2007, EMBRAPA-SGE, Brasil.
45
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http://www.iita.org/c/document_library/get_file?uuid=8bc2f01d-abc2-4758-801f-
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boer-expande-se-notavelmente Acesso no dia 13.10.2015
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15-10-2015.
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future Scaling Agricultural Technology/ GLEE. 3-5, Addis Ababa.
46
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Vanito Viriato Marcelino; Frei Dimas Moraes; Peixinho Marluce Silva Sousa: A Produção
de Cajú e a Dinâmica Sócioespacial no Distrito de Angoche, Nampula, Moçambique;
47