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ROSELY DE MORAES

SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS

Introdução
No dicionário, a palavra “evidência” está relacionada a algo ou alguém que
não deixa um certo assunto à margem de dúvidas.
A Saúde Baseada em Evidências é uma abordagem que utiliza as
ferramentas da Epidemiologia Clínica, da Estatística, da Metodologia Científica, da
Informática e dos Sistemas de Informação aplicadas à pesquisa.

Estudo de caso
Se Maria tivesse acesso às informações de prevenção à dengue, tais como,
que o mosquito possui hábitos diurnos, e que necessita de um local com água
parada e preferencialmente limpa para pôr os seus ovos, ela poderia ter tirado a
água dos pratos das plantas, ou colocado areia neles, impedindo assim, o acúmulo
de água, o que evitaria a proliferação dos mosquitos.
As pesquisas são de extrema importância, elas revelam informações acerca
do micro-organismo e quanto maiores forem as informações, maiores são as
chances de evitar a proliferação de vetores patológicos, bem como, a criação de
vacinas e medicamentos.
Os estudos clínicos da vacina contra a dengue mostraram que ela pode
proteger contra a doença em cerca de 65% a 95% das pessoas que já foram
infectadas anteriormente. No entanto, em pessoas que nunca foram infectadas
anteriormente, a vacina pode aumentar o risco de desenvolver dengue grave se
forem infectadas posteriormente com a doença. Isso ocorre porque a vacina pode
produzir uma resposta imunológica insuficiente contra os diferentes sorotipos do
vírus da dengue em indivíduos que nunca foram infectados anteriormente.
“Define-se Medicina Baseada em Evidências (MBE) como o emprego
consciencioso, explícito e judicioso da melhor evidência disponível na tomada de
decisões sobre os cuidados de saúde de um paciente. A MBE requer a integração
da melhor evidência com a competência clínica e os valores e as circunstâncias do
paciente. (Por Straus SE, Richardson WS, Glasziou P, Haynes RB, 2005)”.
No caso em questão, a MBE foi de suma importância, quando Maria, pede ao
médico que os filhos e netos sejam vacinados contra a dengue, pois de acordo com
as evidências científicas, as pessoas que nunca tiveram contato com o vírus não
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podem ser vacinadas, ou seja, a vacina contra a dengue tem efeitos benéficos


apenas em indivíduos que foram previamente infectados.
O médico pode afirmar que a vacina da dengue não é indicada para pessoas
que nunca foram infectadas com o vírus da dengue com base em evidências
científicas disponíveis. Como mencionado anteriormente, os estudos clínicos
mostraram que a vacina contra a dengue é eficaz na prevenção da doença em
pessoas que já foram previamente infectadas com um dos sorotipos do vírus da
dengue. No entanto, em pessoas sem histórico de infecção prévia, a vacina pode
aumentar o risco de desenvolver dengue grave ou dengue hemorrágica.
Portanto, as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das
autoridades de saúde locais indicam que a vacina contra a dengue deve ser
administrada apenas a pessoas com histórico de infecção prévia com o vírus. O
médico pode avaliar o histórico do paciente e, se não houver evidências de infecção
prévia, pode indicar que a vacina não é apropriada para essa pessoa.
Em resumo, as evidências científicas mostram que a vacina contra a dengue
é eficaz na prevenção da doença em pessoas previamente infectadas com o vírus,
mas não é recomendada para pessoas sem histórico de infecção prévia devido ao
risco aumentado de dengue grave. A decisão sobre a vacinação deve ser
individualizada e discutida com um profissional de saúde, levando em consideração
os riscos e benefícios para cada pessoa.
As informações originadas de evidências científicas, são utilizadas para
apoiar a prática clínica, a qualificação do cuidado e a tomada de decisão para a
gestão em saúde, evitando que sejam adotadas práticas de saúde ineficazes para o
paciente.
ROSELY DE MORAES
SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS

Bibliografia:
Material disponível na plataforma ULIFE.

Medicina baseada em evidências. Straus SE, Richardson WS, Glasziou P, Haynes


RB. Evidence-Base Medicine: How to Practice and Teach EBM. 3rd ed. Edinburgh:
Elsevier; 2005. 299 p.
Disponível em https://www.researchgate.net/publication/41001768_Evidence-
based_medicine

Como fazer identificação de micro-organismos?


Amann, R. I.; Ludwing, W.; Schleifer, K. H. Phylogenetic identification and in situ
detection os indivual microbial cells without cultivation. Microbiological Reviews, v.
59. 1995.
Palleroni, N. J. Microbial diversity and the importance of culturing. Culture Collections
to Improve the Quality of Life. Baarn, The Netherlands: Centraalbureai voor
Schimmelcultures. 1996.
Disponível em https://blog.neoprospecta.com/como-fazer-identificacao-de-micro-
organismos/#:~:text=A%20detec%C3%A7%C3%A3o%20e%20identifica
%C3%A7%C3%A3o%20de,qualidade%20microbiol%C3%B3gica%20em
%20ambientes%20hospitalares.

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