CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO III FRANCISCA MARIZA DE CARVALHO
Texto sobre o artigo “Formação da arquitetura moderna no brasil (1920 -
1940)” de William Bittar
Profª. Drª. Anna Cristina Andrade Ferreira
PAU DOS FERROS – RN 2020
Texto sobre o artigo “Formação da arquitetura moderna no brasil (1920 - 1940)” de William Bittar
O artigo “Formação da arquitetura moderno no brasil (1920 - 1940)” do
Profº. William Bittar, busca trazer uma abordagem sobre fatos que revelam importantes reflexões sobre a formação da arquitetura moderna no Brasil, os quais são excluídos da historiografia oficial. No período compreendido entre 1920 e 1940, o artigo destaca importantes embates, além da Semana de Arte Moderna de São Paulo e a Exposição do Centenário da Independência, no Rio de Janeiro, dando espaço também para importantes construções e concursos para edifícios ministeriais que marcaram o período.
Dos importantes fatos ocorridos em 1922 no Brasil, o autor evidencia a
Semana de Arte Moderna, em São Paulo, os 18 do Forte de Copacabana, na praia de Copacabana e a Exposição do Centenário, na Capital Federal, que tinham em comum o sentimento de brasilidade. Sobre a Semana de Arte Moderna, vale destacar que além das representações inovadoras em termos de pintura e escultura, e bem como, a linguagem nacional, a semana propôs uma arquitetura que oscilava entre um indefinido neocolonial e uma produção vinculada à arte pré-colombiana.
Eis que em 1927, é construída a primeira casa modernista, projetada
pelo arquiteto Gregori Warchavchik, na rua Santa Cruz em São Paulo, considerada como o ícone definitivo, apesar não receber influência corbusiana, uma vez que necessitou utilizar-se de soluções projetuais pertinentes às condições do lugar. A referida casa recebe influência, portanto, de experiências desenvolvidas por profissionais como Loos, em Viena (Casa Steiner, 1910) ou Rietvelt, em Utrech (Casa Schroeder, 1924), o que marca as primeiras obras modernas no país (Bittar, 2005).
É então realizado o concurso para construção do edifício do Ministério
da Educação e Saúde, e levando em consideração o contexto da época, em que a presidência era assumida por Vargas, e o Ministério da Educação é apossado por Gustavo Capanema, em que um dos focos seria, a implantação da Cidade Universitária e a reorganização do Ministério, que necessitaria de uma nova sede. O projeto vencedor, de autoria de Archimedes Memoria, não foi executado, por motivos de não satisfazer aos desejos do então ministro, Gustavo Capanema, e nem foi aberto concurso ou licitação para contratar a equipe que definiu o projeto final. Foi contratado o ex-diretor da Escola de Belas Artes, Lucio Costa para elaboração do projeto, que com o desejo de formar a arquitetura moderna brasileira, insiste na vinda de Le Corbusier para o país (Bittar, 2005).
Com isso, Le Corbusier vem ao Brasil, propõe mudança do terreno, que
não obteve êxito. E mediante vários esboços de croquis encaminhados, a equipe brasileira conseguiu desenvolver o projeto. O projeto edificado, torna-se o marco da arquitetura moderna brasileira, que por meio de significativas contribuições para a nova Arquitetura, abre portas para a arquitetura moderna brasileira.
REFERÊNCIA
BITTAR, William. Formação da arquitetura moderna no Brasil (1920-1940).