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Revisão de Literatura

Correção de linha média dentária através de tratamento ortodôntico com extrações


assimétricas de pré-molares

CORREÇÃO DE LINHA MÉDIA DENTÁRIA ATRAVÉS


DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO COM
EXTRAÇÕES ASSIMÉTRICAS DE PRÉ-MOLARES
Título em inglês
Edson Minoru YAMATE1, Fernando dos Santos ROCHA2, Bruna Lorena dos SANTOS3,
Maíra Silva Coimbra4
RESUMO
Atualmente pacientes se atentam cada vez mais para centralização da linha média
dentária que por si só não consiste no problema principal, mas, é um forte indício de que a
oclusão não está bilateralmente correta. O posicionamento da linha média é importante,
além de considerações estéticas, para determinar a posição dos dentes posteriores. O
tratamento visa estabelecer a simetria inter e intra arcos para que se tenha uma harmonia
dentária e uma intercuspidação adequada. Portanto, o objetivo principal deste trabalho foi
demonstrar através de uma revisão de literatura e relato de casos, a importância da
centralização da linha média dentária para uma melhor harmonia facial e a utilização de
exodontias assimétricas de pré-molares para tal correção, estabilidade do caso e redução
do tempo de tratamento.
Palavras-chave: Ortodontia. Estética Dentária. Extração Dentária. Circunferência Craniana.

ABSTRACT
Currently patients if they attack increasingly for centralisation of the dental midline which
in itself does not consist of the main problem, but it is a strong indication that the
occlusion is not bilaterally correct. The positioning of the middle line is important, in
addition to aesthetic considerations, to determine the position of the posterior teeth. The
treatment aims to establish the symmetry inter and intra-bows for it has a harmony dental
and a proper intercuspation. Therefore, the main objective of this study was to
demonstrate through a review of the literature and case report, the importance of the
centralization of the dental midline for a better harmony facial and the use of dental
extractions of asymmetric pre-molars for such correction, stability of the case and the
reduction in the time of treatment.
Key Words: Orthodontics. Esthetics Dental. Tooth Extraction. Cephalometry.

1 Mestre em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic; Coordenador e Professor dos cursos de especialização em
Ortodontia UNINGÁ TO, FAISA e Faculdade FAIPE.
2 Aluno do curso de especialização em Ortodontia pelo IPEODONTO- FQM-MT.
3 Especialista em Ortodontia pelo IPEODONTO - UNICEM-MT; Professor dos cursos de especialização em

Ortodontia FAISA-MT e Faculdade FAIPE.


4 Especialista em Ortodontia pelo IPEODONTO - UNICEM-MT; Professor dos cursos de especialização em

Ortodontia FAISA-MT e Faculdade FAIPE.


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Revisão de Literatura
Correção de linha média dentária através de tratamento ortodôntico com extrações
assimétricas de pré-molares

INTRODUÇÃO
A estética é, atualmente, a principal razão da procura do tratamento ortodôntico, e
os ortodontistas buscam identificar os vários fatores que comprometem a harmonia facial.
A linha média da face é um dos pontos importantes na análise morfológica do sorriso do
ponto de vista estético. Linhas médias dentárias coincidentes entre si e coincidentes com a
linha média facial são importantes componentes estéticos e funcionais da oclusão,
contribuindo para a harmonia do posicionamento dentário e para a harmonia da face.
Embora uma sutil assimetria das linhas médias esteja dentro dos limites aceitáveis,
discrepâncias significativas podem prejudicar a estética dentofacial.

O desvio da linha média dentária atinge o complexo dentoalveolar, e ocorre quando


existe um desequilíbrio entre os dentes e a base apical, entre os dentes do hemiarco
direito e os do hemiarco esquerdo ou entre os dentes superiores e os inferiores, este
desequilíbrio pode ocorrer em várias combinações em um mesmo paciente. Dentre os
fatores etiológicos envolvidos no desvio da linha média podemos citar: mordida cruzada,
giroversões, inclinações axiais, discrepância congênita do tamanho dos dentes, ausência de
dentes, perdas precoces, alterações de tamanho de coroas por restaurações, diastemas,
apinhamentos, deslizamentos oclusais, tamanho assimétrico do corpo da mandíbula, do
ramo da mandíbula, assimetrias dos ângulos gôniacos além de assimetrias ósseas.
Como um problema transversal, a linha média dentária, exige um diagnóstico
atento por parte do ortodontista para que se possa definir um planejamento adequado e
individualizado, objetivando estética facial e oclusão funcional, sempre associando a
probabilidade de exodontias, sejam elas unitárias, unilaterais, assimétricas e ou bi-laterais.
REVISÃO DE LITERATURA
LINHA MÉDIA
Para Cheney (1961 apud BALDO, 2010) quatro tipos de assimetrias dentofaciais
poderiam requerer especial consideração no tratamento das maloclusões. Em primeiro
lugar, os deslocamentos unilaterais ântero-posteriores, descritos como as diferenças
horizontais ântero-posteriores de tamanho, forma e/ou posição das estruturas, nos lados
direito e esquerdo da face. Em segundo lugar, os deslocamentos verticais, definidos como
diferenças em altura entre as estruturas dentofaciais dos dois lados da face. Em terceiro
lugar, deslocamentos laterais poderiam ocorrer em relação ao plano médio sagital, com
variações horizontais no tamanho, forma e/ou posição das partes dentofaciais dos dois
lados da face e, finalmente, os deslocamentos por rotação aparecem descritos como um
deslocamento de todo o corpo da maxila ou de variações em tamanho de todo o ramo.
Hulsey (1970) em seu estudo afirmou que devemos dar atenção à estética facial,
pois, consiste em um componente importante do planejamento ortodôntico e a simetria
consiste em um dos mais relevantes fatores na definição de um sorriso atraente, enquanto
a assimetria compromete a estética dentária.
Lewis (1976) em trabalho realizado sobre o desvio da linha média comentou a
escassez de publicações a respeito das possíveis causas destas discrepâncias e como elas
influenciam a má oclusão. Apresentou uma lista de fatores responsáveis pelo desvio da
linha média: 1) mordida cruzada posterior associada ao desvio mandibular; 2) inclinação
e/ou migração dos dentes anteriores superiores e/ou inferiores; 3) desvio lateral
mandibular, sem mordida cruzada (rotação mandibular resultante de interferências
oclusais); 4) arcos assimétricos; 5) discrepâncias de tamanho dentário e a combinação dos
quatro primeiros itens. Desta forma, a assimetria, as discrepâncias de linha mediana e os
desvios mandibulares jamais se auto-corrigem, devendo ser analisados cuidadosamente e
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tratados, para a obtenção da estética e estabilidade dos casos.


Miller, Bodden e Jamison (1979) realizaram um estudo para determinar a
prevalência, em uma dentição natural, de dois quesitos: se a linha média entre os incisivos
superiores em sua posição natural coincidia com uma linha traçada verticalmente
exatamente no centro da porção anterior do lábio; e se a linha média entre os incisivos
centrais da mandíbula coincidia com os da linha média entre os incisivos centrais da
maxila. Este estudo teve uma amostra de 500 pessoas, que foram avaliadas por
profissionais. Destas, 352 apresentaram a linha média maxilar coincidente com a linha
média facial, ou seja, 75% dos analisados apresentaram esta coincidência. Porém apenas
139 pessoas apresentaram as linhas médias dentárias maxilares e mandibulares
coincidentes, ou seja, apenas 32% da população analisada.
Arnett e Bergman (1993) em uma análise clínica facial onde discutem sobre as
alterações do tecido mole associadas ao tratamento ortodôntico e cirúrgico das más
oclusões, os autores afirmam que as linhas médias são determinadas com a posição mais
superior do côndilo e o primeiro contato dentário, não podendo ser determinada
confiavelmente à linha média se os movimentos oclusais alteram a posição articular. Os
desvios de linha média são encontrados em todos os tipos de casos, mas com maior
freqüência nos casos de Classe II.
Sugimo et al. (1996) descrevem que as linhas médias são determinadas em relação
cêntrica e o primeiro contato dentário. Se os deslizamentos oclusais alteram a posição da
articulação, não pode ser realizada uma determinação confiável da linha média, observam-
se as posições relativas aos pontos do tecido mole (ponte nasal, ponta do nariz, filtro,
ponta do mento) e aos pontos dentários (linha média do incisivo superior, linha média do
incisivo inferior). O filtro é uma estrutura da linha média confiável e pode ser utilizado, na
maioria das vezes, como a base para a determinação da linha média. É traçada uma linha
vertical através do ponto médio do filtro, a partir do qual determina outras estruturas da
linha média no tecido mole e duro. De acordo com os autores, os desvios da linha média
dentária são o resultado de múltiplos fatores dentários que incluem: espaços, rotações
dentárias, ausência de dentes, dentes posicionados para vestibular ou para lingual, coroas
ou restaurações que mudam o tamanho dentário, diferença congênita no tamanho dentário
de esquerda para a direita. Os desvios na linha média dentária são tratados
ortodonticamente e extrações assimétricas de pré-molares podem ser necessárias para
centralizar as linhas médias, dentária e esquelética. Já os desvios na linha média
esquelética não são corrigidos ortodonticamente e tem indicação de cirurgia. Falaram
ainda que, quando as linhas médias dentárias e esqueléticas se desviam juntas, o fator
etiológico geralmente é esquelético e a cirurgia é utilizada para corrigi-las. A estabilidade,
a saúde periodontal e o equilíbrio facial são melhorados quando os desvios dentários, como
resultado do desvio esquelético, são tratados cirurgicamente ao invés de movimento
dentário ortodôntico. Tentativa para se corrigir ortodonticamente, quando o fator
etiológico é esquelético, pode produzir perda óssea vestibular e recessão gengival.
Portanto, concluíram que para verificar as assimetrias faciais, deve-se realizar uma
criteriosa avaliação das características dentárias, esqueléticas e faciais do paciente, sendo
o exame facial de maior peso para a conclusão do diagnóstico.
Morley e Eubank (2001) relatam que para desenvolver os belos sorrisos, alguns
princípios devem ser observados, podendo estes princípios serem divididos em quatro
partes: a estética facial, estética da gengiva, macroestética e microestética, onde a
microestética envolve a real aparência dentária, levando em consideração a anatomia
natural e a localização daquele dente no arco dentário, já a macroestética correlaciona o
dente, os tecidos circunvizinhos e as características faciais do paciente. Através das
análises fotográficas podem ser determinadas como os lábios e os tecidos moles devem se
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comportar nas diferentes posições de fala, sorrisos e risadas e, no desenho do sorriso, o


ponto inicial desta arte é exatamente a linha média facial.
Cardash, Ormanier e Laufer (2003), descrevem que para determinar a linha média
dentária, é necessário que trace uma linha que começa de um ponto fixo entre as
sobrancelhas (glabela) e um ponto fixo no filtro labial, que se localiza no centro do lábio
superior, podendo ainda levar em consideração a ponta do nariz. Esta avaliação clínica
também pode ser feita utilizando-se um pedaço de fio dental, unindo os pontos glabela ou
násio, subnasal e pogônio. É com esta linha que a linha mediana entre os incisivos centrais
devem coincidir, e quando isto não ocorre, esta linha mediana dos incisivos deve ser no
mínimo paralela a linha média facial. Portanto, qualquer alteração visível no
posicionamento dessa linha pode acarretar em ruptura no equilíbrio ou simetria facial.
Normando, Azevedo e Paixão (2009) têm como base a estética, a linha média facial
é um dos pontos de grande importância na análise morfológica do sorriso, uma vez que
linhas médias dentárias e faciais coincidentes são extremamente relevantes na avaliação
estética e funcional da oclusão, contribuindo para harmonia da face e do posicionamento
dentário; e apesar de pequenas assimetrias das linhas médias sejam consideradas nos
limites aceitáveis, as grandes discrepâncias podem prejudicar a estética do sorriso.
EXTRAÇÕES ASSIMÉTRICAS
Salzmann (1965) diz que não há regras para a indicação de extrações, sendo que
padrões faciais pré-concebidos são para o mesmo irreais, podendo levar a resultados
insatisfatórios posteriormente. Em uma avaliação sobre a indicação de extrações em
Ortodontia, o autor relata que ortodontistas que começaram a indicar e a realizar
extrações em 80 a 90% dos casos, perceberam que em muitos destes casos, estas
indicações poderiam ser evitadas, e em outro extremo, aqueles que se recusavam a aceitar
extrações em quaisquer circunstâncias, passaram a perceber que, em casos
cuidadosamente selecionados, estas poderiam ser benéficas. Assim, o autor defende que
critérios individuais devem ser considerados para cada paciente, sendo que em pacientes
em crescimento, a necessidade de extrações não deveria ser baseada em julgamentos
subjetivos ou em adesões incondicionais a uma filosofia ou a um aparelho específico. Ainda
em relação à pacientes em crescimento, considera que a decisão sobre extrações não
deveria ser baseada apenas no apinhamento ou protrusão dentária presentes, mas também
em outros fatores como o ângulo goníaco, posição dos incisivos em relação à linha Na-Pog,
espessura e distribuição do perfil mole, além da idade e do crescimento maxilo-mandibular.
Quanto à extração de um incisivo inferior para a correção de apinhamento ântero-inferior,
em tom crítico considera que este procedimento leva a um desequilíbrio de toda a oclusão,
com um aumento considerável da sobremordida. Concluindo que a decisão sobre extrações
não deve ser baseada isoladamente em modelos de estudo, análises cefalométricas ou
mesmo em uma técnica específica, defendendo que todos os fatores de crescimento e
desenvolvimento craniofacial devem ser considerados.
Weintraub et al. (1989) descrevem que o diagnóstico ortodôntico e o respectivo
plano de tratamento envolvem muitas decisões delicadas. Se o tratamento é julgado
necessário, o Ortodontista deve entre inúmeras variáveis, decidir se o sucesso da terapia
ortodôntica passa ou não pela necessidade de extrações dentárias. Por muitos anos a
questão das extrações provocou muita discussão e inúmeras controvérsias, sendo muitas
vezes vinculada a preferências pessoais mais que a critérios estáveis ou convicções
científicas. Estudos que se referem retrospectivamente à freqüência de extrações
executadas nos tratamentos ortodônticos são bastante escassos, e utilizam normalmente
medidas estatísticas descritivas do número de pacientes submetidos a extrações. Estes
relatos descritivos deveriam ser mais comuns, para que bases mais sólidas pudessem ser
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definidas, evitando que impressões subjetivas continuem guiando os ortodontistas em suas


decisões.
Andrews (1989) acreditando ser aceitável o término do tratamento com os molares
em uma relação de maloclusão de classe II, quanto for possível preservar as exodontias no
arco inferior e realizar somente exodontias no arco superior, mas tratando o restante da
dentição para uma relação de Classe I. Sendo que a estabilidade para a oclusão é
conseguida com uma leve inclinação dos molares inferiores (5 graus da coroa) no arco em
Classe I e um molar verticalizado em relação ao plano oclusal no arco em Classe II.
Janson et al. (1995) em seu artigo sobre assimetria dentária e suas implicações no
tratamento ortodôntico, frisou bem que a atenção na coordenação da linha média e
obtenção da simetria facial podem auxiliar o ortodontista a conseguir os objetivos do
tratamento, tais como a máxima intercuspidação dentária, a estabilidade do resultado
final, uma melhor estética dentária anterior e facial e a diminuição dão potencial de
disfunção de ATM, concluindo que o desvio da linha média causado pelas assimetrias
dentárias constitui um dos problemas mais comuns e persistentes no tratamento
ortodôntico. Podendo ser encontrado em todas más oclusões, mas é mais freqüente na
Classe II. O caso clínico apresentado foi diagnosticado pela inspeção clínica e por um
método simples, tendo sido corrigido com extrações assimétricas.
Burstone e Marcotte (2003) verificaram a indicação de exodontias assimétricas
superiores e inferiores, mas que dependiam do correto diagnóstico do desvio. O
estabelecimento de uma linha mediana facial tinha sua utilidade, porém freqüentemente
não coincidiam com a linha mediana esquelética, seja por assimetrias ou por
posicionamento dos maxilares em relação ao crânio. Inclinações dentárias pela perda
precoce dos dentes decíduos ou permanentes necessitam de uma correta identificação,
pois a maioria dos desvios produzidos nesses casos são corrigido durante o alinhamento e
se não forem poderiam ser tentados desgastes inter-proximais, extrações unilaterais e a
translação lateral de incisivos dentro de certos limites.
Com base no estudo concluíram que o tratamento ortodôntico objetiva estabelecer
a simetria inter e intra arcos e o posicionamento da linha média são importantes, além de
considerações estéticas também para determinar a posição dos dentes posteriores.
Grehs (2004) em sua tese relata que os trabalhos clínicos sobre a Classe II
subdivisão na literatura trazem considerações sobre os resultados de avaliações obtidos em
indivíduos adultos ou em pacientes na sua maioria com crescimento facial concluído e
afirma a existência de complexidade no tratamento ortodôntico desses casos apontando a
mandíbula como o principal problema envolvido. No entanto, na prática todas as atitudes
adotadas nos tratamentos são geralmente efetuadas com dispositivos de ação maxilar.
Com isso, Grehs (2004) concluiu que o diagnóstico da assimetria mandibular é de
fundamental importância na planificação do tratamento ortodôntico, para que, se possam
evitar atitudes de intervenção não adequadas no tratamento, é indispensável o empenho
em agregar maiores conhecimentos sobre a importância de intervenções precoces, e a
utilização de meios adequados para minimizar problemas de assimetrias dentárias ou
esqueléticas que possam resultar em assimetrias faciais mais severas posteriormente.
Bishara (2004) demonstra o tratamento da Classe II divisão 1 com e sem exodontia
sendo que, se a classe II unilateral não estiver associada ao desvio de linha média dentária
e facial então pode ser indicado a exodontia de um pré-molar do lado afetado, mas se
existir um desvio na direção do lado afetado o tratamento pode exigir a exodontia de um
pré-molar do lado oposto para a centralização da linha media.
Vassoler (2011) avaliou as más oclusões, por serem distintas, necessitam ser
classificadas para facilitar o diagnóstico e a elaboração de um adequado plano de
tratamento. Existem várias maneiras de classificação das más oclusões, porém a mais
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difundida e utilizada pelos Ortodontistas até os dias atuais é a proposta por Angle, quando
publicou em 1899, o método científico precursor para a classificação e o diagnóstico das
más oclusões, fundamentado basicamente nas posições estáticas dentoclusais. Em sua
classificação, determinou que a posição do primeiro molar superior em relação ao primeiro
molar inferior era imutável e, a partir daí, determinou os três tipos de más oclusões no
sentido anteroposterior: Classe I, II ou III. Entretanto, apesar de simples e objetiva, esta
classificação, não leva em consideração as discrepâncias nos sentidos, vertical e
transversal, e nem as relaciona com as estruturas esqueléticas adjacentes. A correta
identificação das anormalidades dentofaciais combinada ao amplo conhecimento sobre
crescimento e desenvolvimento craniofacial propicia um adequado planejamento do
tratamento e escolha da melhor terapia a ser instituída para cada paciente.
CASO CLÍNICO 1
A paciente S. C. G., do gênero feminino, leucoderma, brasileira, com 23 anos de
idade, apresentava no exame extrabucal, harmonia dos terços da face, simetria facial,
perfil facial convexo, selamento labial em repouso, ângulo nasolabial fechado (Figura 1).
No exame intrabucal, verificou-se classe II subdivisão esquerda, linha média superior
desviada para esquerda e inferior desviada para direita, sobresaliência de 5 mm, mordida
aberta de 2 mm, dente 12 com linguoversão, dente 13 com vestibuloversão, dente 11 com
infraversão (Figuras 2, 3 e 4).
Na Radiografia panorâmica observou-se ausência do elemento dentário 46 (Figura 5).
Através da analise cefalométrica da teleradiografia (Figura 8) evidenciou maxila protruída
em relação à mandíbula (N-A.Pog) 13,02º, incisivos superiores lingualizados (1/.NA) 20.18º,
incisivos inferiores vestibularizados (1/.NB) 33,04º.
Optou-se por extração do dente 14, uso de barra transpalatina (BTP), miniparafuso
para retração do dente 13 e uso de elásticos de Classe II para ajuste relação de caninos e
centralização da linha média.

Figura 1 - Fotos extrabucais iniciais - caso clínico 1


Fonte: IPEODONTO

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Figura 2 – Foto Intrabucal frontal - caso clínico 1


Fonte: IPEODONTO

Figura 3 – Foto Intrabucal direita - caso clínico 1


Fonte: IPEODONTO

Figura 4 – Foto Intrabucal esquerda - caso clínico 1


Fonte: IPEODONTO

Figura 5 – Radiografia panorâmica - caso clinico 1


Fonte: IPEODONTO

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Figura 6 – Teleradiografia - caso clínico 1


Fonte: IPEODONTO

Após as mecânicas ortodônticas de fechamento de espaço, alinhamento e


nivelamento dentário perceberam-se uma melhora no perfil da paciente (Figura 7) e a
centralização da linha média (Figura 8). Constatando assim, neste caso, a eficiência da
utilização de extrações assimétricas para melhora do perfil estético facial da paciente e
principalmente para a centralização da linha média dentária.

Figura 7 – Fotos extrabucais após alinhamento, nivelamento e centralização da linha média


dentária-caso clínico 1
Fonte: IPEODONTO

Figura 8 – Intrabucal frontal após alinhamento, nivelamento e centralização da linha média


dentária-caso clínico 1
Fonte: Gentilmente cedida pelo curso de ortodontia do IPEODONTO

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CASO CLINICO 2
O paciente A. H. M. A., do gênero masculino, leucoderma, brasileiro, com 12 anos
de idade, apresentava no exame extrabucal, harmonia dos terços da face, simetria facial,
perfil facial convexo, selamento labial passivo, ângulo nasolabial normal (Figura 9). No
exame intrabucal, verificou-se classe II subdivisão direita, linha média superior desviada
para direita e inferior desviada para esquerda, sobresaliência de 2 mm, sobremordida de 5
mm, dente 11 com supralinguoversão, dente 12 com supraversão, 13 com
infravestibuloversão, dente 21 com vestibuloversão, 22 com linguoversão, 23
infravestibuloversão, incisivos inferiores com giroversão e falta de espaço em ambas
arcadas (Figura 10, 11 e 12).
Na Radiografia panorâmica observou-se presença de todos os elementos dentários,
(Figura 13). Através da análise cefalométrica da teleradiografia (Figura 14) evidenciou
maxila protruída em relação à mandíbula (N-A.Pog) 4,94º, maxila levemente retruída em
relação em relação à base do crânio (SNA) 79,90º, mandíbula levemente retruída em
relação à base do crânio (SNB) 76,19º, incisivos superiores e inferiores vestibularizados
(1/.NA) 26,26º e (1/.NB) 30.55º respectivamente.
O planejamento objetivou conseguir espaço para uma melhor harmonia dos dentes
na base óssea utilizando para isso exodontia dos dentes 14, 24 e 44, uso de barra
transpalatina (BTP), barra lingual (BL) e uso de elásticos para ajuste relação de caninos e
centralização da linha média.

Figura 9 – Fotos intrabucais iniciais – caso clínico 2


Fonte: O autor

Figura 10 – Foto intrabucal frontal inicial - caso clínico 2


Fonte: O autor

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Figura 11 – Foto intrabucal lateral direita inicial - caso clínico 2


Fonte: O autor

Figura 22 – Foto intrabucal lateral esquerda inicial - caso clínico 2


Fonte: O autor

Figura 33 – Radiografia Panorâmica


Fonte: O autor

Figura 44 – Teleradiografia – caso clínico 2


Fonte: O autor

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Figura 55 – Foto intrabucal frontal após exodontias, alinhamento e ajuste da linha média dentária -
caso clínico 2
Fonte: O autor

Figura 66 – Foto intrabucal direita após exodontias, alinhamento e ajuste relação canino - caso
clínico 2
Fonte: O autor

Figura 17 – Foto intrabucal esquerda após exodontias, alinhamento e ajuste relação canino - caso
clínico 2
Fonte: O autor

Após as mecânicas ortodônticas de fechamento de espaço, alinhamento e


nivelamento dentário perceberam-se uma melhora estética dentária e o início da
centralização da linha média (Figura 15). A relação canino Classe I foi conseguida
rapidamente com o fechamento dos espaços das extrações (Figuras 16 e 17). O caso está
em andamento, mas podemos constatar que após fechamento total dos espaços e as dadas
devidas angulações dos dentes a centralização da linha média dentária é certa, concluindo-
se que o uso de extrações assimétricas centraliza a linha média dentária, reduz o tempo de
tratamento e melhora a estética do sorriso do paciente.
DISCUSSÃO
A linha média é de suma importância no tratamento ortodôntico, pois, representa
uma harmonia oclusal (GIANELLY; PAUL, 1970; HULSEY, 1970; JERROLD; LOWENSTEIN, 1990;

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BEYER; LINDAUER, 1998; VANZIN, 2002; CARDASH, 2003; PALHOÇA, 2005; CONCEIÇÃO, 2007;
NORMANDO, 2009).
O desvio da linha média está associado a um desequilíbrio oclusal (FISHER, 1954;
HULSEY, 1970). Dentre os fatores associados ao desvio da linha média podemos citar:
mordida cruzada posterior (LEWIS, 1976; PALHOÇA, 2005), inclinação ou migração de
dentes (LEWIS, 1976; SUGIMO, 1996), discrepâncias de tamanhos de dentes (FISHER, 1954;
LEWIS, 1976; SUGIMO, 1996; PALHOÇA, 2005), coroas ou restaurações que alteram o
tamanho dos dentes (SUGIMO, 1996; PALHOÇA, 2005), espaços, perdas precoce, diastemas,
desvio mandibular (FISHER, 1954; LEWIS, 1976; BISHARA, 1994; PALHOÇA, 2005).
Em estudos, Miller (1979), Jerrold e Lowenstein (1990), Beyer e Lindauer (1996),
concluíram que o desvio da linha média tanto superior quanto inferior ocorre naturalmente
por diversos fatores, porém, Miller (1979) em sua amostragem estabeleceu que 75% da
população apresentam coincidência da linha média maxilar com a linha média facial e 32%
com coincidência da linha média maxilar e mandibular com a linha média facial.
De acordo com Arnet e Bergmann (1993), Sugimo (1996), Beyer e Lindauer (1998),
Medeiros (1999) e Conceição (2007), a analise facial é muito importante no planejamento
ortodôntico uma vez que visa estabelecer uma melhor estética facial e do sorriso.
A utilização de radiografias é um método auxiliar barato que auxilia o ortodontista
na visualização diferenciada da face e uma ótima avaliação da harmonia entre as
estruturas externas e internas, determinando como os lábios e os tecidos moles se
comportam nas diferentes posições da fala, sorrisos e risadas, tendo como ponto inicial a
linha média facial (FERRARIO, 1993; MORLEY; EUBANK, 2001; AZEVEDO, 2004; FREITAS,
2007).
Para se encontrar uma harmonia entre a linha média facial e a linha média dentária,
Burstone (2003) e Cardash (2003), sugeriram o uso de um pedaço de fio dental passando
pelos pontos glabela, subnasal e pogônio ou radiograficamente através de uma radiografia
P.A., Cardash (2003) propôs ainda o uso da glabela e um ponto fixo no filtro labial (centro
do lábio superior) podendo levar ainda em consideração a ponta do nariz e esta linha
imaginária coincidente com a linha média dentaria superior e inferior. Já Câmara (2006)
apresentou um diagrama para facilitar o planejamento e a observação do melhor
posicionamento estético dos dentes anteriores para uma melhor harmonia do sorriso.
Freitas (1991), Janson (1995), Harfin (1999), Burstone e Marcotte (2003) e Bishara
(2004), comprovaram em seus estudos que a possibilidade de um tratamento ortodôntico
com o objetivo de uma melhor harmonia facial e centralização da linha média dentária
superior e inferior entre si e com a linha média facial é válida com a utilização de
extrações assimétricas de pré-molares.
Extrações dentárias é um tema polêmico na ortodontia e necessita de uma
criteriosa análise de cada paciente, sendo esta análise facial, dentária e radiográfica para
tal decisão (SALZMANN, 1965; WATSON, 1980; JANSON, 1995; CELNIK, 2000; JANSON, 2002;
BURSTONE, 2003; CARLINI, 2005).
Tulley (1965), Watson (1980), Freitas (1991), Harfin (1999), Janson (2002), Lima
(2005), relatam que um dos principais motivos para se indicar exodontia é a existência de
apinhamentos, que, quanto mais severo, mais indicativo de um plano de tratamento com
extrações de um ou mais elementos dentários.
Não há regras para indicação de extrações, a decisão é mutifatorial e deve ser
analisada com muita cautela (SALZMANN, 1965; WATSON, 1989; WEINTRAUB, 1989;
BISHARA, 1994; CELNIK, 2000; JANSON, 2002; BUSTONE, 2003; GREHS, 2004; CARLINI, 2005).
Em pacientes adultos onde existe pouco ou nenhum crescimento necessita-se de um
tratamento atípico para corrigir especificas maloclusões, tendo necessidade muitas vezes
de extrações assiméticas para obter os resultados desejados (VANARSDALL, 1996; TAYER,
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Revisão de Literatura
Correção de linha média dentária através de tratamento ortodôntico com extrações
assimétricas de pré-molares

1992; GREHS, 2004).


CONCLUSÃO
Baseando-se no estudo acima, conclui-se que a centralização da linha média é um
item importante na hora de se planejar um caso ortodôntico uma vez que ela proporciona
uma atratividade do sorriso e uma melhor estética facial que por si só, denota um
equilíbrio e uma estabilidade oclusal, no entanto, a decisão entre extrair ou não extrair
dentes, dentro da terapêutica ortodôntica, é uma decisão pessoal, individual, baseada em
critérios subjetivos, associado aos elementos de diagnóstico, num processo de análise,
tendo em vista os objetivos do tratamento ortodôntico, que o profissional visualiza para
aquele paciente em particular. As exodontias utilizadas de maneira adequada aceleram o
tratamento e reduz o índice de recidiva.
Outra questão decorrente é a definição dos objetivos do tratamento ortodôntico.
Por isso, deve-se planejar e tratar individualmente cada paciente embasado por análises
cefalométricas e análise facial, tendo o bom senso para melhorar tanto o perfil do
paciente quanto a harmonia dentária e um pouco de intuição para fazer a diferença e
obter um resultado satisfatório tanto para o paciente quanto para o próprio ortodontista.
De acordo com os casos relatados pode-se constatar a efetividade da correção da
linha média dentária através de tratamento ortodôntico com extrações assimétricas de
pré-molares.

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