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CURSO: Pós-Graduação em Ciências Religiosas

DISCIPLINA: Eclesiologia de Vaticano II

DISCENTES: Alda Leopoldina Fortes Duarte


DOCENTE:Lluis Agusti Parrot

Ano Académico - 2022/2023 – 2º Semestre/3ºAno

Reflexão do 2° Cap. Exortação Querida Amazónia


Sonho Cultural
Aqui o Papa falou da diversidade das centenas de povos da Amazônia e pediu
maiores esforços para dialogar, entender e preservar essas culturas. No entanto,
destacou que tais esforços não devem ser vistos como a cristalização dessas
comunidades, mas como uma abertura para crescer juntos e evangelizar.

n.28 O segundo capítulo trata de um sonho que, segundo o Papa, é fruto desse primeiro:
o sonho cultural. Aqui o objetivo é “promover a Amazônia”, tirando dela aquilo que ela
própria tem de melhor, sem “colonizá-la culturalmente”. Assim será possível, segundo
Francisco, “cultivar sem desenraizar, fazer crescer sem enfraquecer a identidade,
promover sem invadir. Assim como há potencialidades na natureza que se poderiam
perder para sempre, o mesmo pode acontecer com culturas portadoras duma mensagem
ainda não escutada e que estão ameaçadas hoje mais do que nunca”

O poliedro amazónico

29 Documento leva-nos a constatar que na Amazónia há uma grande diversidade de


culturas que estão cheias de riquezas e diversidades que podem ser valorizadas para se
“evitar de os considerar como selvagens –não civilizados” simplesmente criaram
culturas diferentes e outras formas de civilização, que antigamente registraram um nível
notável de desenvolvimento.”
Cuidar das raízes

33 O Santo Padre exorta-se ainda aos mais jovens “beberem das fontes”, valorizarem a
tradição de seus antepassados, afim de “evitar esta dinâmica de empobrecimento
humano, é preciso amar as raízes e cuidar delas, porque são «um ponto de enraizamento
que nos permite crescer e responder aos novos desafios». [37] convido os jovens da
Amazônia, especialmente os indígenas, a «assumir as raízes, pois das raízes provém a
força que [os] fará crescer, florescer e frutificar»”. É importante «deixar que os idosos
contem longas histórias» e que os jovens se detenham a beber desta fonte. (cf n 40).

Encontro intercultural

Povos que desenvolveram tesouros culturais ligados à natureza e têm um forte senso
de comunidade percebem facilmente nossas sombras que não reconhecemos em nosso
chamado progresso. Portanto, é bom coletarmos suas experiências vividas. O Papa
observou que em qualquer projeto na região amazônica é essencial a perspectiva de
respeitar os direitos dos povos e culturas, demonstrando assim a compreensão de que
para o desenvolvimento dos grupos sociais é constante a necessidade de atores sociais
locais cujos protagonistas vêm de sua própria cultura. Desde as nossas raízes,
sentamo-nos à mesa comum, lugar de diálogo e de esperança partilhada. Assim a
diferença (que pode ser uma bandeira ou uma borda) torna-se uma ponte. Na
Amazônia, mesmo entre diferentes povos indígenas, é possível desenvolver “relações
interculturais onde a diversidade não significa ameaça”.

Culturas ameaçadas, povos em risco

“Diante das incursões coloniais em massa da mídia”, há a necessidade de promover


“uma comunicação alternativa para os povos indígenas com base em suas próprias
línguas e culturas”. Se a cultura ancestral dos aborígenes nasceu e se desenvolveu em
estreito contato com o ambiente natural circundante, é difícil para eles permanecerem
incólumes quando o ambiente se deteriora.

É que neste capítulo, Papa Francisco chama atenção para a fragmentação das famílias,
para o esvaziamento da juventude e pede que os jovens busquem nos mais velhos as
suas raízes. É exatamente o que o papa já havia escrito na Christus Vivit.

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