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LEGISLAÇÃO DO SUS

Saúde na Constituição – Lei nº 8.080/1990


Lei nº 8.142/1990 – Decreto nº 7.508/2011

Paula Batista - 85668788253


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FÁBIO SILVA

SEJA O MELHOR EM LEGISLAÇÃO DO


SUS
Saúde na Constituição – Lei nº 8.080/1990
Lei nº 8.142/1990 – Decreto nº 7.508/2011

Editora

Paula Batista - 85668788253


Seja o Melhor em Legislação do SUS
Saúde na Constituição – Lei nº8.080/1990 – Lei nº 8.142/1990
Decreto nº 7.508/2011
Fábio Silva

Coordenador Geral
Fábio Silva

Coordenador Editorial
Thayron Bezerra de Araújo

Diagramação e Revisão
Katia Cristina Fernandes

Diagramação de Capa
Rodrigo Locks

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

SILVA, Fábio
Seja o Melhor em Legislação do SUS. 2. Ed. – Manaus-AM. Publicação:
Editora Sou Concurseiro, 2022
ISBN 978-65-80714-00-1
1. Educação 2. Escolas e institutos de formação profissional. Titulo.
CDD 370 CDU 377

Reservados todos os direitos. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida por
fotocópia, microfilme, processo fotomecânico ou eletrônico sem permissão expressa do autor.

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Dedicado a uma princesinha chamada Valentina
que, com sua chegada em minha vida, me
inspirou a deixar esta contribuição para
todos aqueles que desejam vencer na vida
através dos seus próprios méritos. Maior
ensinamento que quero deixar para você.

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A todos os milhares de alunos que possuo nas redes sociais
(YouTube, Facebook e Instagram), totalizando quase 500 mil
seguidores/inscritos, pois cada mensagem de agradecimento
de vocês ajudou a tornar possível a realização deste livro.
Prometo que não vou decepcioná-los: estaremos juntos até a
posse.

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INTRODUÇÃO
Fala, pessoal! Aqui é o Professor Fábio Silva!
Bom, deixa eu contar uma pequena história para vocês: em
meados de 2012 gravei minha primeira aula de Legislação do
SUS e disponibilizei no canal do Sou Concurseiro e Vou
Passar, no YouTube. Resultado: foram milhões de
visualizações, com centenas de mensagens de aprovação nos
mais variados concursos públicos pelo país.
Desde então, minhas aulas de Legislação do SUS dominaram
o mundo dos concursos públicos, pois trata-se de uma área
totalmente carente de professores, justo por isso resolvi
compilar todo conhecimento adquirido no decorrer destes
anos em um livro com esquemas, mapas mentais e muitas
questões divididas por assunto para que você perceba como
eles são cobrados em provas.
Espero sinceramente que ajude cada um de vocês a
conquistar a tão sonhada aprovação no concurso público
desejado.

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NOTA – 2ª. EDIÇÃO

Esta segunda edição está totalmente atualizada com a


denominada Reforma da Previdência que aconteceu através
da Emenda Constitucional N. 103 de 2019 e demais pontos
do nosso conteúdo que foram alterados pela Emenda
Constitucional N. 106 de 2020.

Também tivemos em 2021, algumas alterações


significativas na Lei 8.080/90 que provavelmente vão ser
cobradas nos próximos concursos públicos da saúde.

Resolvemos também reformular todos os mapas mentais e


tabelas para uma melhor compreensão dos assuntos.

Outro ponto desta edição está nas questões, que foram


retiradas de dentro dos capítulos e agora estão no final do
livro de forma muito mais organizadas e com questões
extremamente atualizadas.

Temos agora códigos QR que direcionam o leitor para


questões comentadas na forma de vídeoaulas.

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................8
CAPÍTULO 1: HISTÓRIA DA SAÚDE NO BRASIL .......................11
BRASIL COLÔNIA: 1500 A 1822 ...................................................................................... 12
Santas Casas de Misericórdia........................................................................ 12
Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil ............................................. 13
“Teoria Miasmática”- Preocupação com odores ........................................... 14
BRASIL IMPÉRIO: 1822 A 1889....................................................................................... 14
Descoberta da Vacina Antirrábica ................................................................ 15
Descoberta da Vacina contra a Varíola ......................................................... 16
Teoria da Unicausalidade.............................................................................. 16
REPÚBLICA VELHA: 1889 A 1930 ................................................................................... 17
Surgimento de Medidas Jurídicas Impositivas............................................... 17
Oswaldo Gonçalves Cruz - 1901 .................................................................... 18
Carlos Chagas - 1920 .................................................................................... 20
Lei Eloy Chaves: O Início da Previdência Social no Brasil ............................... 20
ERA VARGAS: 1930 A 1945 ............................................................................................ 21
DEMOCRACIA: 1945 A 1964 .......................................................................................... 22
AUTORITARISMO: 1964 A 1985 ..................................................................................... 23
Fortalecimento do Ministério da Saúde ........................................................ 23
Criação do INPS ............................................................................................. 24
Criação do INAMPS ....................................................................................... 24
Conferência Internacional Alma-Ata ............................................................. 25
NOVA REPÚBLICA: 1985 A 1988 .................................................................................... 26
8ª Conferência Nacional de Saúde - 1986 ..................................................... 26
Criação do SUDS – Sistema Único Descentralizado de Saúde ........................ 29
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ................................................................................ 30
Edição das Leis Orgânicas da Saúde em 1990 ............................................... 32
CRONOLOGIA HISTÓRICA DA SAÚDE PÚBLICA .............................................................. 33

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CAPÍTULO 2: SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO .................................38
INTRODUÇÃO............................................................................................................... 38
SEGURIDADE SOCIAL .................................................................................................... 39
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ........................................................................................... 62
CAPÍTULO 3: LEI Nº 8.080/90 .................................................95
INTRODUÇÃO............................................................................................................... 95
DIREITO À SAÚDE ......................................................................................................... 98
NÍVEIS DE SAÚDE ........................................................................................................ 102
ÓGÃOS QUE CONSTITUEM O SUS ............................................................................... 106
OBJETIVOS DO SUS ..................................................................................................... 110
CAMPO DE ATUAÇÃO DO SUS..................................................................................... 115
PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS ........................................................ 133
ORGANIZAÇÃO DA DIREÇÃO E GESTÃO DO SUS .......................................................... 159
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICIPIOS EM RELAÇÃO
AO SUS ....................................................................................................................... 177
SUBSISTEMAS DE SAÚDE ............................................................................................ 195
ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE .......... 207
SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE .......................................................... 224
RECURSOS HUMANOS NA ÁREA DA SAÚDE ................................................................. 235
FINANCIAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE........................................................ 244
GESTÃO FINANCEIRA .................................................................................................. 251
PLANEJAMENTO E DO ORÇAMENTO ........................................................................... 259
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ......................................................................... 263
CAPÍTULO 4: LEI Nº 8.142/90 ...............................................269
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 269
CONFERÊNCIA DE SAÚDE............................................................................................ 270
CONSELHO DE SAÚDE ................................................................................................. 270
ALOCAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE ..................................... 280
REPASSE DO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE PARA ESTADOS E MUNICÍPIOS .................. 282
CAPÍTULO 5: DECRETO Nº 7.508/2011 .................................291
SOBRE O AUTOR ......................................................................342

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CAPÍTULO 1: HISTÓRIA DA SAÚDE NO
BRASIL
A história da saúde no Brasil é marcada pelo
acompanhamento dos períodos históricos que passamos
desde a época do descobrimento até os dias atuais.

Com o estudo de toda esta evolução, vamos entender como


ocorreu a chegada do nosso atual sistema de saúde, o
Sistema Único de Saúde.

Brasil Colônia -
1500 a 1822
Brasil Império -
1822 a 1889
República Velha -
PERÍODOS HISTÓRICOS

1889 a 1930
Era Vargas - 1930
a 1945
Democracia -
1946 a 1964
Autoritarismo -
1964 a 1985
Nova República -
1985 a 1988 (C.F.
de 1988)

Período Atual -
1988 a 2017/2019

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introdução
A Constituição Federal de 1988 trouxe uma nova saúde
pública aos brasileiros, onde antes apenas a UNIÃO,
era responsável por tal prestação de serviço, com a chegada
do SUS, passou a ser de responsabilidade também dos
Estados e Municípios.

Outro ponto fundamental está na denominada


UNIVERSALIDADE que de forma inovadora assegurou
saúde a todos e não apenas aos trabalhaores segurados
pela Previdência Social.

Nunca esqueça que o Sistema Único de Saúde só nasceu


com a chegada da Constituição Federal de 1988 e neste
capítulo vamos estudar toda esta evolução ao longo da
história.

BRASIL COLÔNIA: 1500 a 1822


Como todos sabem, os povos indígenas já habitavam
nosso território há centenas de anos, com todas as
doenças da região estabilizadas e bastante combatidas
através da sabedoria indígena.

Entretanto, com a chegada dos Portugueses ao Brasil,


foi introduzida uma série de doenças desconhecidas
pelos índios, ocasionando a imediata morte de grande parte
dos povos indígenas pela total falta de imunidade. Por sua

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vez, muitos portugueses também adquiriram doenças
tropicais.

Durante este período não se fala em saúde pública, pois


as doenças eram consideradas castigos ou provações divinas,
sendo combatidas por meio de:

• Curandeirismo
• Cirurgiões-Barbeiros
• Padres Jesuítas
Santa Casa de Misericórdia

Santas Casas de Misericórdia


Fundadas por religiosos, eram a única opção de acolhimento
e tratamento de saúde para quem não tinha condições
financeiras.
1543 - Primeira Santa Casa de Misericórdia – Santos
1549 - Segunda Santa Casa de Misericórdia – Salvador

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Chegada da Família Real Portuguesa ao
Brasil (1808)
A chegada da Família Real portuguesa trouxe um grande
salto na saúde brasileira, pois instalou-se a vontade de
desenvolver no Brasil a realidade vivida em Portugal. Para
isso, uma série de medidas foram adotadas, como a fundação
de cursos universitários de medicina, cirurgia e química,
sendo os primeiros a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro
e o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar de
Salvador, onde gradualmente os poucos médicos
estrangeiros foram substituídos por médicos brasileiros ou
formados no Brasil.

1808 - Chegada
da Família Real
So Brasil

Profilaxia:
Urbanização das
A Capital foi
cidades (aterro
transferida de
de pântano,
Salvador para o
rede de esgotos
e organização Um Rio de Janeiro
de cemitérios) começo
de Saúde

Controlar Limpeza de
epidemias doenças do RJ;
Início de
(Varíola e políticas
Febre interventivas
Amarela) voltadas à saúde

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“Teoria MiasMáTica”- Preocupação com
odores
Para esta teoria, as doenças resultavam de um conjunto de
odores fétidos provenientes de matéria orgânica em
putrefação nos solos e lençóis freáticos contaminados.

Com base nesta teoria, instalou-se um verdadeiro combate a


lugares como pântanos, charcos e lixões.

Nesta época, devemos saber como foi feita a utilização da


profilaxia, ou seja, a prevenção de doenças, sendo que o
maior foco nesta época foi a urbanização da cidade através
de aterros de pântanos, demarcação de ruas e lugares para
construção, rede de esgoto e água, bem como a organização
dos cemitérios.

BRASIL IMPÉRIO: 1822 a 1889


A superação da Teoria Miasmática ocorreu com
reconhecimento da teoria microbiana ou bacteriológica,
surgindo para a saúde brasileira um pequeno esboço da Era
Bacteriológica com combate a doenças transmissíveis.

O marco deste período para a saúde brasileira foi o


combate a doenças através do Poder de Polícia do Estado
(forma coercitiva, através da imposição), todos tinham que
ser submetidos a tratamentos de saúde.

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Descoberta da Vacina Antirrábica

Louis Pasteur: francês, cujas descobertas tiveram uma


importância incrível para a Química e a Medicina, pois através
delas conseguiu-se a prevenção de inúmeras doenças.

Dentre suas principais invenções está a descoberta da vacina


contra a raiva (vacina antirrábica). Outro grande feito foi a
descoberta de um método para impedir que o leite e o vinho
causassem doenças, processo que ficou conhecido como
pasteurização, em sua homenagem, confirmando a teoria de
que a causa de doenças seriam os microrganismos.

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Descoberta da Vacina contra a Varíola
O médico Edward Jenner identificou, em 1798
(reconhecimento oficial), uma das doenças mais mortais da
época: a varíola.

Através de experimentos com vacas e, posteriormente, com


pus de pústulas de doentes de varíola, Jenner desenvolveu
uma vacina que tornava o indivíduo imune a tal doença,
utilizando-a, inclusive, em seu próprio filho. Contudo, devido
ao método de formação da vacina, era acusado de infectar
pessoas. Por isso, muitos se recusavam a ser vacinados.

Teoria da Unicausalidade
Para esta teoria, reconhecida nesta época, o fator único
para o surgimento de doenças era um agente etiológico
(vírus, bactéria, protozoários etc.).

O contrário da teoria da unicausalidade, adotada nesta


época histórica, é a chamada teoria da multicausalidade,
a qual não excluía a presença de agentes etiológicos para o
surgimento de doenças, mas ia além: levava em consideração
o psicológico do paciente, além de fatores, econômicos,
sociais e culturais.

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REPÚBLICA VELHA: 1889 a 1930
Com a Proclamação da República, em 1889, nasceu no
Brasil a ideia de modernização e a necessidade de uma
melhor organização populacional devido ao mundo
capitalista.

As populações urbanas geraram nas cidades uma vida


caótica com predomínio de doenças transmissíveis e de
grandes epidemias.

As principais doenças deste período devido as grandes


aglomerações eram combatidas com a chamada Medicina
Higienista, que pregava um melhor planejamento urgano
nas cidades.

Medicina Higienista

Peste Febre Febre


Cólera Tuberculose Hanseníase
Bubônica Tifoide Amarela

As doenças acima estavam aumentando consideravelmente,


gerando milhares e milhares de mortes de forma
descontrolada por todo país.

Surgimento de Medidas Jurídicas


Impositivas
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Nesta época, surgiu uma série de medidas impositivas por lei
como forma de prevenir doenças, como:

• Notificação de Doenças: toda pessoa com


determinados sintomas era obrigada a comunicar aos
órgãos de vigilância sanitária, sob pena de punições;

• Vacinação Obrigatória: logo abaixo vamos falar deste tema;


• Vigilância Sanitária: órgãos responsáveis por verificar o
surgimento de doenças em pessoas e grupos.

Oswaldo Gonçalves Cruz - 1901


Brasileiro, médico e cientista, Oswaldo Cruz nesta época
se tornou um grande bacteriologista, sendo com isso
nomeado Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública
– DGSP –, com o desafio de empreender uma campanha
sanitária de combate às principais doenças da capital federal,
como a febre amarela.
Para combater a FEBRE-AMARELA, Oswaldo Cruz, montou
um verdadeiro exército com 1.500 homens, que passaram a
combater ao mosquito vetor da doença.

Acontece que seus métodos utilizados geraram e


arbitrariedades cometidas pelos guardas-sanitários
causaram uma revolta na população, apesar da diminuição
dos casos.

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Não esqueça:
Oswaldo Cruz não inventou a vacina contra a febre
amarela e nem contra a varíola, apenas implementou
medidas coercitivas de vacinação, como por exemplo, a
edição da Lei Federal nº 1.261/1904: determinação à
vacinação obrigatória contra a Varíola, gerando a Revolta da
Vacina.

Então, vamos lá: para fins de provas de concursos públicos,


Oswaldo Cruz foi nomeado para erradicar a febre amarela,
mas a Revolta da Vacina foi por causa da obrigatoriedade da
vacina contra a varíola.

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Carlos Chagas - 1920
Ainda neste período, temos a figura do médico sanitarista
Carlos Justiniano Ribeiro Chagas, que se destacou na
descoberta do protozoário Trypanosoma cruzi,
causador da doença de Chagas (homenagem ao seu
nome).

Criou órgãos
especializados
em hanseníase e
doenças
Priorizou ações venéreas
Expandiu as
de propaganda e
atividades de
educação
saneamento para
sanitária (acesso
outros Estados
à informação)

Carlos
Chagas,
nomeado

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Lei Eloy Chaves: O Início da Previdência
Social no Brasil
Neste período não havia nada de Previdência Social
disciplinada por lei em nosso país, ou seja, trabalhadores que
sofriam acidentes ou acometidos de doenças não tinham
nenhum amparo legal para requerer saúde para seus
empregadores.

Imagine você como trabalhador nesta época sem qualquer


direito trabalhalhista como: Férias, Pensão, Aposentadoria e
Jornada de Trabalho definida.

A situação começa a mudar com a chegada da Lei Eloy


Chaves, em 1923, criando as chamadas CAPs – Caixa de
Aposentadoria e Pensões –, as quais autorizavam empresas a
criar seus próprios modelos de previdência social através de
contribuições dos trabalhadores.

Existia uma política excludente: só possuíam previdência


social e saúde os trabalhadores formais das empresas.

Política
Apenas para
formais

Características das CAPs:


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• Criação por instituição ou empresa;
• Financiamento e Gestão Bipartite (Trabalhador e
Empregador). Cuidado Poder Pública não participava
das CAP´s.
• Aposentadoria;
• Pensão;
• Medicamentos por preço especial.
• Assistência em caso de acidente de trabalho.
• Assistência Médica para empregado e família.

Por favor NÃO ESQUEÇCA: Sempre que perguntarem qual o


Marco da Previdência Social no Brasil você deve responder
LEI ELÓI CHAVES em1923.

ERA VARGAS: 1930 a 1945


A crise do café e a crise política da República Velha
desencandeou um golpe de Estado conhecido como
Revolução de 1930, encabeçada por Getúlio Vargas.

O governo de Getúlio Vargas permanece por 15 anos de


forma contínua, sendo um dos seus primeiros governantes a
praticar atos importantes para a saúde brasileira, como por
exemplo a criação do MESP – Ministério de Educação e
Saúde.

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Outra medida foi a unificação dos CAP´s com a criação dos
IAPs – Institutos de Aposentadoria e Pensões –, em
1933, sendo criados de acordo com suas respectivas categorias,
como por exemplo, IAP dos Bancários, IAP dos Ferroviários e IAP
dos Marítimos. A principal diferença consistia no fato de os
Institutos de Previdência passarem para uma gestão por parte
do Governo e não mais pelas empresas.

Os IAPs possuem as seguintes características:

• Financiamento tripartite (Governo, Empregado e


Empregador). Aqui nos IAP´s, o Poder Público
participa da gestão.
• Gerência pelo Estado;
• Organização dos IAPs por categorias;
• Modelo Excludente e Contributivo.

IAPs
Empresas Poder Público

Categoria
Trabalhadores

Modelo Bipartite de Modelo Tripartite de


gestão gestão

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Os Institutos de Aposentadoria (IAP´s) tiveram uma
importância história para o país, pois pela primeira vez o
Poder Público participaria de assistência à saúde.

CAP´S IAP´S
Organização Por empresa Por categoria
profissional
Financiamento Bipartite Tripartite
- Empresa - Empresa
- Trabalhador - Trabalhador
- Governo

DEMOCRACIA: 1945 a 1964


Considerada a primeira eleição verdadeiramente direta de
nosso país, pois as anteriores não eram muito confiáveis.
Mesmo com a queda de Getúlio Vargas, a política de saúde
populista foi mantida. Os movimentos sociais exigiam que os

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governantes eleitos cumprissem as promessas de melhorar
as condições de vida, de saúde e de trabalho.

Como grande marco, temos a criação do Ministério da Saúde


em 1953 separada do Ministério da Educação, ou seja, mais
força para a saúde pública brasileira.

AUTORITARISMO: 1964 a 1985


Com o golpe militar de 1964, os rumos da saúde pública
foram totalmente alterados. Através do chamado “milagre
econômico”, surgiram as primeiras bases para a origem
do SUS –Sistema Único de Saúde.

Saúde Pública
Golpe Militar Modelo
limitada e de
(1964) excludente
baixa qualidade

Fortalecimento do Ministério da Saúde


O Governo Militar recebeu a saúde pública com qualidade
baixa e limitada. Por isso, em 1967, redefiniu as
competências do Ministério da Saúde com:

• Formulação da Política Nacional de

Saúde; Assistência Médica

Ambulatorial; Prevenção à Saúde;


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• Controle Sanitário;

Pesquisas na área da

saúde.

Criação do INPS
Antes, em 1966 e 1967, aconteceu a unificação dos Institutos
de Previdência em um único órgão, o INPS – Instituto
Nacional de Previdência Social, sendo um órgão central de
Previdência Social e de Assistência Médica.

INPS -
Instituto
Nacional de
Previdência
Social
Unificação dos
IAPs em um
único órgão
(1966)
1 - Órgão
central de
Previdência
Social
2 - Órgão de
Assistência
Médica

Então memorize, nesta época (1966), todos os Institutos de


Aposentadorias de Pensões (IAP´s) foram unificados em um
único órgão denominado INPS que passou a concentrar:

• Todas as contribuições previdenciárias;


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• Gerir aposentadorias e pensões;

• Promover assistência médica a todos os trabalhadores


formais (nesta época os trabalhadores rurais eram
excluídos, bem como os trabalhadores informais).

Criação do INAMPS
Em meados de 1977/1978 aconteceu a criação do INAMPS –
Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência
Social, responsável pela assistência médica dos segurados,
restando demais as atividades para o INPS e Ministério da
Saúde.

O Modelo médico privatista/curativo surgiu e se torna


hegemônico. Entenda, o foco era apenas doença e doente,
não atacando em nada as reais necessidades da população.

• 1977 – Criação do INAMPS – Instituto Nacional de


Assistência Médica e Previdência Social.

Ministério
INPS INAMPS
da Saúde
Assistência médica Saúde Pública
Aposentadorias e da Previdência com campanhas
Social para
pensões trabalhadores
de vacinação e
remunerados outros

Nesta época ficou marcada a criação de Grandes Hospitais


para o atendimento daqueles que contribuíam, fortalecendo
o sistema excludente de saúde.
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Conferência Internacional sobre atenção
primária à saúde em Alma-Ata
Em 1978 aconteceu a Conferência Internacional sobre
Cuidados Primários de Saúde, realizada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) na cidade de Alma-Ata, na república
do Cazaquistão.

O grande foco da conferência era formalizar com urgência


cuidados primários de saúde em todo o mundo,
particularmente em países em desenvolvimento, pois
governos não tinham a preocupação em promover saúde
para pobres, apenas para aqueles que contribuíam.

Foi nesta conferência que surgiu o conceito de saúde


entendido como: “completo bem-estar físico, mental e social
do ser humano e não apenas a ausência de doenças”.

1978 – Conferência Internacional de ALMA - ATA

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• Foi a primeira conferência internacional, que discutiu
cuidados primários com a Saúde;

• Afirmou que saúde é um dos direitos fundamentais do


homem;

• Responsabilizou governos pela falta de promoção da


saúde para populações pobres;

• Reconheceu que saúde deve ser tratada de forma


inter setorial, ou seja, outros ramos devem se
preocupar com questões de saúde;

• Medicina curativa não foi capaz de ajudar a


populaçãoem várias doenças;

A Conferência Internacional de Saúde em Alma-Ata trouxe


discussões que tomaram conta do debate mundial
relacionada à saúde pública, não sendo diferente no Brasil,
que passou a olhar diferente para a forma de ofertar ações e
serviços de saúde.

AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE (AIS)

Fruto dessas discussões fez nascer a AIS (Ações Integradas


de Saúde), sendo um projeto entre ministérios da
Previdência, da Saúde e da Educação.

Consistia em um novo modelo assistencial prestado pelo


Poder Público, onde através de ações educativas,

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preventidas e curativas de saúde, a Previdência passou a
comprar a pagar por serviços prestados por Estados e
Municípios, bem como a Hospitais Filantrópicos, Públicos e
Universitários.

Podemos dizer que a AIS foi o marco para a atenção básica


da saúde no país.

ATENÇÃO
PRIMÁRIA

MARCO
MARCO BRASIL
INTERNACIONAL

AÇÕES
CONFERÊNCIA
INTEGRADAS EM
ALMA-ATA
SAÚDE (AIS)

NOVA REPÚBLICA: 1985 a 1988


Em 1985 aconteceu o movimento das Diretas Já com a
eleição de Tancredo Neves que marcou o fim do regime
militar.

Todo este movimento culminou com o surgimento de


movimentos sociais e uma grande mobilização para a VII

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Conferência Nacional de Saúde, que mudaria
completamente a forma da saúde pública brasileira.

8ª Conferência Nacional de Saúde - 1986


Considerada o marco para as bases da criação do
Sistema Único de Saúde, sendo a primeira conferência com
a participação da comunidade.

Seu ponto crucial foram as discussões sobre não


combater apenas doenças, mas fatores determinantes e
condicionantes de saúde.

Pontos importantes sobre a VIII CNS:

Pela primeira vez


Marco para Discussão de um
houve a
Reforma Sanitária Sistema Único de
participação da
Brasileira Saúde
comunidade

Introdução de um Saúde como Dever


Base para criação
novo conceito de do Estado e Direito
do SUS.
saúde (OMS) do Cidadão

Cuidado com um ponto muito cobrado em provas de


concursos públicos da área da saúde: O SUS não foi criado
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na VII Conferência Nacional de Saúde, ele surgiu apenas
com a chegada da Constituição Federal em 1988.

• Discurssão de um
• Nasceu apenas em
VIII Sistema Único de
• Novas ideias de 1988 com a
Saúde Sistema
Conferência saúde primária Conferência chegada da
• Base para criação Único de Constituição
ALMA-ATA • Responsabilidade Nacional de do SUS, que não foi
dos Governos Saúde Federal
Saúde criado neste
• Art. 198
momento.

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Muito cobrado em provas de concursos públicos: a
autoridade que marcou a realização da 8ª Conferência
de Saúde foi o Professor Sérgio Arouca: presidente da
8ª CNS, realizada em março de 1986 e um dos líderes e
grandes entusiastas da Reforma Sanitária da década de
1980.

Criação do SUDS – Sistema Único


Descentralizado de Saúde
Criado em 1987 com iniciativa da 8ª. Conferência Nacional
de Saúde, o Programa de Desenvolvimento de
Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde
(SUDS) nos Estados através do Decreto nº 94.657/1987,
servindo de transição para o nosso atual SUS.

Para provas de concursos públicos o SUDS é chamado de


36
Estratégia-Ponte e nem todos os Estados aderiram.

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1987/1989 – Criação do SUDS (Sistema Único
Descentralizado de Saúde).

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


Muito se discute sobre a criação do SUS: se ocorreu com a
Constituição Federal ou com a Lei Nº 8.080/1990.
Prevalece que, com a Constituição Federal, conforme artigo
198:
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram
uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um
sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:

• Descentralização, com direção única em cada esfera de


governo;

• Atendimento integral, com prioridade para as


atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
• Participação da comunidade.

A institucionalização de um Sistema Único de Saúde


acarretou uma série de mudanças sobre como a saúde
pública era tratada em nosso país. Antes do SUS existia um
sistema excludente, onde apenas trabalhadores formais
detinham assistência médica. Com a chegada do SUS, tudo
mudou. Surgiu o direito de saúde para todos, não

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Paula Batista - 85668788253


importando qualquer outra característica. Todos teriam
direito a uma saúde digna e respeitável.

Sistema Sistema
Excludente Universal

CF/1988
SUS

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,


garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.

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Paula Batista - 85668788253


Principais características da chegada do SUS:

• Com o surgimento do SUS, o INAMPS é extinto;


• Adoção de princípios de Diretrizes do SUS;
• SAÚDE É UM DIREITO DE TODOS E DEVER DO
ESTADO;
• Enfrentamento de grupos corporativistas e empresários
CONTRÁRIOS ao SUS.

Edição das Leis Orgânicas da Saúde em 1990

A finalidade da instituição da Lei Nº 8.080/90 foi definir


objetivos, competências e atribuições; princípios e diretrizes;
organização, direção e gestão. Criou o Subsistema de

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Paula Batista - 85668788253


Atenção à Saúde Indígena; regulou a prestação de serviços
privados de assistência à saúde; definiu políticas de recursos
humanos; financiamento; gestão financeira; planejamento e
orçamento.

Contudo, trechos importantes de participação da comunidade


foram vetados pelo, então, presidente Fernando Collor de
Melo. Contudo, sofre forte pressão da comunidade

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Paula Batista - 85668788253


profissional sanitária, sendo no mesmo ano editada a Lei nº
8.142/1990, que disciplinou a Gestão Participativa no SUS:
forma de alocação dos recursos oriundos do Fundo Nacional
de Saúde.

LINHA DO TEMPO – Evolução História da Saúde no


Brasil, procure memorizar as datas e os conceitos
de cada etapa:

1923 - Lei Eloy 1933 - Unificação 1953 - Criação do


1966 - INPS
Chaves dos CAP´s em IAP´s. Ministério da Saúde

1986 - VIII
1978 - Conferência
Conferência 1983 - AIS 1977 - INAMPS
de Alma-Ata
Nacional de Saúde

1988 - Constituição 1990 - Lei 8.080/90 2011 - Decreto


1987 - SUD´s
Federal e 8.142/90 7.508/11

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SAÚDE NA
CAPÍTULO 2:

CONSTITUIÇÃO
1988 – CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

• Saúde como direito de todos e dever do Estado;


• Ampliação do conceito de saúde;
• Criação do SUS.

INTRODUÇÃO
A chegada da Constituição Federal de 1988 trouxe um
capítulo especial, denominado Seguridade Social,
abrangendo três pilares:

PREVIDÊNCIA
SOCIAL
ASSISTÊNCIA
SOCIAL

SAÚDE

SEGURIDADE SOCIAL

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• Saúde;
• Previdência Social;
• Assistência à Saúde.

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SEGURIDADE SOCIAL
A Seguridade Social veio pela primeira vez em nosso país com
a finalidade de efetivar os serviços públicos de Previdência
Social, Assistência Social e Saúde de forma integrada entre
os poderes públicos e a sociedade.

Art.194. A Seguridade Social compreende um conjunto


integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
sociedade, destinado a assegurar os diretos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social.

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Princípios / Objetivos da Seguridade Social

Tome cuidado como pode vir na sua prova, pois as bancas


cobram os dois conceitos: para alguns professores, o Art.
194, parágrafo único da Constituição Federal disciplina
princípios. Para outros, objetivos.

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Paula Batista - 85668788253


Outro ponto que merece destaque para você, concurseiro:
não confunda o Art. 194, Parágrafo Único da CF que traduz
Princípios da Seguridade social, com o Art. 7 da Lei nº
8.080/90 que traduz Princípios do Sistema Único de Saúde.

Art. 194. Parágrafo único. Compete ao poder público, nos


termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos
seguintes OBJETIVOS:

Princípios da Seguridade Social


I. Universalidade da cobertura e do atendimento;
Universalidade da

COBERTURA

ATENDIMENTO

II. Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços


às populações urbanas e rurais;
Uniformidade e Equivalência

Benefícios e Serviços

às Populações Urbanas e Rurais

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III. Seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços;
Seletividade e Distributividade
na prestação

Benefícios

Serviços

IV. Irredutibilidade do valor dos benefícios;


Irredutibilidade do valor

BENEFÍCIOS

V. Equidade na forma de participação no custeio;

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Paula Batista - 85668788253


Equidade na forma de
PARTICIPAÇÃO NO
CUSTEIO

VI. Diversidade da base de financiamento, identificando-


se, em rubricas contábeis específicas para cada área,
as receitas e as despesas vinculadas a ações de
saúde, previdência e assistência social, preservado o
caráter contributivo da previdência social; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Diversidade da Base de

Identificando-se em rubricas
contábeis específicas para cada
Financiamento

área.

Receitas e despesas vinculadas


a açãoes de Previdência,
Assistência e Saúde.

Preservado o caráter
contributivo da previdência
social.

VII. Caráter democrático e descentralizado da


administração, mediante gestão quadripartite, com

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Paula Batista - 85668788253


participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
Descentralizado da Administração

Governo
Caráter Democrático e

Aposentados
Gestão Quadripartite
Trabalhadores

Empregadores

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Fontes da Seguridade Social

Imagine quanto o governo gasta com a manutenção da


Previdência Social, Assistência Social e Saúde. É um valor
muito alto. Por isso, várias fontes vão custear a Seguridade
Social. Memorize cada uma delas.

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a


sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das
seguintes contribuições sociais:

Direta

1) Sociedade

Indireta

União
Seguridade Social será
financiada
Estados
2) Recursos
Dos orçamentos
provenientes
Distrito Federal

3) Contribuições Sociais abaixo

Municípios

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I. Do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
Folha de Salários e demais
rendimentos pagos ou
Mesmo sem vínculo
creditados a qualquer título, à
empregatício
pessoa física que lhe preste
serviços.

Contribuições Sociais:
Empregador, Empresa e Receita ou Faturamento
Entidade Equiparada

Lucro

II. do trabalhador e dos demais segurados da previdência


social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas
de acordo com o valor do salário de contribuição, não
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão
concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
Podem ser adotadas
alíquotas progressivas
de acordo com valor do
Contribuição Social: salário de contribuição
Trabalhador e Demais
Segurados da
Previdência Social Não incide
contribuição sobre
aposentadoria e
pensão do RGPS

III. Sobre a receita de concursos de prognósticos;

IV. Do importador de bens ou serviços do exterior ou de


quem a lei a ele equiparar.

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Parágrafos do Art. 195 da Constituição Federal

§ 1º. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da
União.

Destinadas à Seguridade
Social
As receitas dos Estados,
Constarão dos respectivos NÃO integrando o orçamento
Distrito Federal e dos
orçamentos da União
Municípios

§ 2º. A proposta de orçamento da seguridade social será


elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela
saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista
as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus
recursos.

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Paula Batista - 85668788253


Metas
será elaborada de forma
integrada pelo P.A.S. tendo
em vista Prioridades estabelecidadas
Proposta de Orçamento da
na Lei de Diretrizes
Seguridade Social
Orçamentárias

Assegurada em cada área a


gestão de seus recursos

§ 3º. A pessoa jurídica em débito com o sistema da


seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
contratar com o poder público nem dele receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios.

Não poderá contratar


com Poder Público
Pessoa Jurídica em
débito com a
Seguridade Social Não poderá receber
benefícios ou
incentivos fiscais ou
creditícios

§ 4º. A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir


a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido
o disposto no art. 154, I.

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Paula Batista - 85668788253


Manutenção
poderá
LEI Instituir outras fontes Expansão

da Seguridade Social
respeitado Art. 154,I

§ 5º. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social


poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total.

da Seguridade
Nenhum: Social poderá ser sem a
BENEFÍCIO ou •CRIADO correspondente
SERVIÇO •ESTENDIDO fonte de custeio.
•MAJORADO

§ 6º. As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver
instituído ou modificado, não lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.

90 dias da data da
publicação da lei.
Só poderão ser exigidas
Contribuições Sociais
após
Não se aplcia o art. 150,
III, B, podendo ser
cobrada no mesmo
exercício financeiro

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Paula Batista - 85668788253


§ 7º. São isentas de contribuição para a seguridade social as
entidades beneficentes de assistência social que atendam às
exigências estabelecidas em lei.

São isentas que atendam


Entidades de
de às exigências
Assistência
Contribuições estabelecidas
Social
Sociais em lei.

§ 8º. O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais


e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges,
que exerçam suas atividades em regime de economia
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre
o resultado da comercialização da produção e farão jus aos
benefícios nos termos da lei.

Produtor
Parceiro 1) Exerçam atividades em regime de
Contribuirão com alíquota sobre o
Meeiro economia familiar
Resultado da Comercialização da
Arrendatário Rural
Produção.
PEscador Artesanal 2) Sem empregados permanentes
Cônjuges

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§ 9º. As contribuições sociais previstas no inciso I do caput
deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da
atividade econômica, da utilização intensiva de mão de
obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do
mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de
bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas
"b" e "c" do inciso I do caput.

Porte da Empresa

poderão ter alíquotas


Atividade Econômica
diferenciadas
Contribuição dos
Empregadores
Condição Estrutural do
Mercado
Sendo autorizado a adoção de base de cálculo
diferenciadas para Receita ou Faturamento e Lucro.
Utilização Intensiva de
Mão de Obra

§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos


para o Sistema Único de Saúde e ações de assistência social
da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva
contrapartida de recursos.

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SUS dos Estados,
Distrito Federal e
Municípios.
UNIÃO para
ASSISTÊNCIA SOCIAL
dos Estados, Distrito
Lei definirá os critérios Federal e Municípios.
de transferência de
recursos para da
UNIÃO para o
SUS dos Municípios.

ESTADOS para

Asistência Social dos


Municípios.

Observada a respectiva contrapartida de recursos.

§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior


a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a remissão
e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do
inciso I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

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MORATÓRIA

São vedados em PARCELAMENTO em


relação às prazo superior a 60
Constribuições Sociais: meses
Empregador: Folha de
Salários

REMISSÃO e ANISTIA

Trabalhador

§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para


os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b
e IV do caput serão não-cumulativas.

Receita ou Faturamento
setores da atividade
LEI definirá econômica para os quais as NÃO CUMULATIVAS
contribuições serão Importador de bens ou
serviços do exterior ou de
quem a lei a ele equiparar.

§ 13. Revogado

§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de


contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a
competência cuja contribuição seja igual ou superior à
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contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,
assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019).

Competência suja
contribuição seja igual ou
superior à contribuição
mínuma mensal exigida para
Segurado somente terá categoria.
reconhecida TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO ao RGPS
Assegurado o agrupamento
de contribuições.

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


A inclusão destes quatro artigos (196 ao 200) foi uma total
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mudança de paradigma para a saúde brasileira, pois
deixamos de utilizar um sistema excludente, onde apenas
pessoas com trabalho formal tinham direito a assistência à
saúde, passando para um sistema de saúde universal.

Aqui vamos estudar como se deu a criação do Sistema Único


da Saúde (SUS), algo inacreditável para saúde pública
brasileira.

O QUE É O SUS

POLÍCIA PÚBLICA DE
SAÚDE COM
ABRANGÊNCIA TOTAL

ORGANIZADO DE
INSTITUÍDA PELA SISTEMA UNIVERSAL E
FORMA REGIONALIZADA
CF/1988 IGUALITÁRIO
E HIERARQUIZADA

Vamos esquematizar cada um dos artigos. Procure


memorizá-los, pois as bancas fazem jogo de palavras.

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Art. 196. A SAÚDE é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

Redução do risco de doença


e de outros agravos
é direito de todos e dever
do estado
Acesso universal e
SAÚDE
igualitário
garantido mediantes
polícias sociais e
econômicas Ações e serviços para sua
promoção, proteção e
recuperação.

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Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de
saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei,
sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros
e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Direta

Cabe ao Poder Público dispor, nos termos da lei:


- Regulamentação
- Fiscalização
- Controle

São de relevância pública, as ações e serviços de


Terceiros
saúde

Execução feita

Pessoa Física

Pessoa Jurídica de Direito Privado

Diretrizes da Saúde

Aqui temos um dos artigos mais importantes de toda esta


parte de saúde na Constituição, pois traduzem as Diretrizes
da Saúde ou Diretrizes do Sistema Único de Saúde.

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Memorize o macete: P. A. D.

Participação da Comunidade

Atendimento Integral

Descentralização
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram
uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um
sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:

I. Descentralização, com direção única em cada esfera de


governo;
II. Atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III. Participação da comunidade.

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Ações e Serviços de
Saúde

Rede Regionalizada e
Hierarquizada

PARTICIPAÇÃO DA ATENDIMENTO
DESCENTRALIZAÇÃO
COMUNIDADE INTEGRAL

Prioridade para
com direção única em
atividades preventivas,
cada esfera de
sem prejuízo dos
governo
serviços assistenciais.

Quando falamos que o SUS é uma rede, estamos dizendo


que todos os orgãos de saúde são articulados, ou seja,
ligados.

Sobre rede hierárquica em níveis de complexidade crescente


devemos entender que existem:
1) Atenção Primária: trata-se da atenção básica, geralmente
ações e serviços desempenhados por Equipes de Saúde
da Família, Equipes de Agentes Comunitários de Saúde,
Núcleos de Saúde da Família, dentre outros serviços mais
próximos da comunidade.
2) Atenção Secundária: aqui temos ações e serviços de
saúde executados por especialistas ou clínicas de

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Paula Batista - 85668788253


especialistas. Por ser mais complexo, geralmente não
estão tão próximos da comundiade como os profissionais
da Atenção Primária.
3) Atenção Terciária: Nível onde as ações são executadas
nos hospitais de grande porte e hospitais universitários.

Financiamento da Saúde

§ 1º. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos


do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social,
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes.

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a receita corrente líquida
do respectivo exercício
UNIÃO
financeiro, não podendo
ser inferior a 15%

12% da receita de
ESTADOS impostos de sua
competência
Recursos Mínimos na
Saúde
15% da receita de
MUNICÍPIOS impostos de sua
competência

12% da receita de
DISTRITO FEDERAL impostos de sua
competência

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Paula Batista - 85668788253


§ 2º. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de
saúde, recursos mínimos derivados da aplicação de
percentuais calculados sobre:

I. No caso da União, a receita corrente líquida do


respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior
a 15% (quinze por cento);

II. No caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da


arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e
dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso
I, alínea a e inciso II, deduzidas as parcelas que forem
transferidas aos respectivos Municípios;

III. No caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto


da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156
e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso
I, alínea b e § 3º.

Cuidado! Na prova, Lei Complementar é trocada por Lei


Ordinária.

Segundo a Constituição, deverá ser editada uma Lei


Complementar, que será reavaliada a cada 5 anos.

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§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a
cada cinco anos, estabelecerá:

I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à


saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos
Municípios, objetivando a progressiva redução das
disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 29, de 2000)

III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das


despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e
municipal;

Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate


de Endemias

Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de


Combate a Endemias (ACE) são trabalhadores importantes
dentro do Sistema Único de Saúde. Ambos trabalham com a
comunidade da área, do bairro, da cidade ou da região rural
para facilitar o acesso da população à saúde e prevenir
doenças.

O que a Constituição trouxe de importante foi a possibilidade


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Paula Batista - 85668788253


de contratação por meio de Processo Seletivo Público e não
Concurso Público e a instituição de Lei Federal para dispor
sobre:

- Regime Jurídico;

- Piso Salarial Profissional;

- Diretrizes para os Planos de Carreira;

- Regulamentação das Atividades.

Ainda ficou definido no texto constitucional que a União irá


prestar assistência financeira complementar aos Estados,
Distrito Federal e aos Municípios, para que sejam cumpridos
os pisos salariais.

§ 4º. Os gestores locais do Sistema Único de Saúde poderão


admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate
às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
com a natureza e complexidade de suas atribuições e
requisitos específicos para sua atuação.

§ 5º. Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso


salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de
Carreira e a regulamentação das atividades de agente
comunitário de saúde e agente de combate às endemias,
competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e

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Paula Batista - 85668788253


aos Municípios para o cumprimento do referido piso salarial.

§ 6º. Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no §


4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça
funções equivalentes à de agente comunitário de saúde ou de
agente de combate às endemias poderá perder o cargo em
caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados
em lei, para o seu exercício.

Podem ser admitidos por Gestores Locais do SUS.

De acordo com a natureza e complexidade do cargo

Processo Seletivo

Requisitos específicos para atuação.


AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE e
AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS

Regime Jurídico

Piso Salarial Nacional

Diretrizes para Plano de


Lei Federal disporá
Carreira

Regulamentação das
Atividades

Formas de perda de cargo

Compete prestar assistÊncia financeira aos Estados e Municípios para o cumprimento do Piso
União, nos termos da lei
Salarial.

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Paula Batista - 85668788253


Assistência à Saúde e a Iniciativa Privada

A Constituição Federal autorizou a participação da iniciativa


privada na Saúde Pública de forma complementar. Lógico, foi
garantida uma participação maior para entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º. As instituições privadas poderão participar de forma


complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes
deste, mediante contrato de direito público ou convênio,
tendo preferência as entidades filantrópicas e as entidades
sem fins lucrativos.

§ 2º. É vedada a destinação de recursos públicos para


auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins
lucrativos.

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Paula Batista - 85668788253


§ 3º. É vedada a participação direta ou indireta de empresas
ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo
nos casos previstos em lei.

Forma Complementar

Segundo diretrizes do SIS

INSTITUIÇÕES PRIVADAS poderão


Assistência à Saúde é livre à

participar do SUS
Contrato de Direito Público ou
Convênio
iniciativa privada

Preferência as entidades filantrópicas


e sem fins lucrativos

Vedação de destinação de recursos Às instituições privadas com fins


públicos para auxílios ou subvenções lucrativos

É vedada a participação direta ou


indireta de empresas ou capitais
salvo nos casos previstos em lei.
estrangeiros na assistência à saúde no
País

Remoção de Órgãos, Tecidos e Substâncias Humanas


A Constituição Federal trouxe a possibilidade de remoção de
órgãos, tecidos e substâncias humanas para que sejam
transplantados ou para utilização em pesquisa e tratamento.
§ 4º. A lei disporá sobre as condições e os requisitos que

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Paula Batista - 85668788253


facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias
humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento,

bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e


seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

Lei disporá sobre CONDIÇÕES e REQUISITOS que facilitem:

a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento

bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados

sendo vedado todo tipo de comercialização.

Campo de Atuação do Sistema Único de Saúde


conforme Constituição Federal

Um dos artigos mais importantes da nossa Constituição para


provas de concursos públicos. Minha dica é que procurem
memorizar cada uma das palavras.

Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de


outras atribuições, nos termos da lei:

I. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e


substâncias de interesse para a saúde e participar da

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Paula Batista - 85668788253


produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

Procedimento

Produtos

Compete ao SUS:
CONTROLAR e FISCALIZAR

Substâncias de interesse para a


saúde

Participar da produção de
medicamentos, equipamentos,
imunobiológico,
hemoderivaods e outros
insumos

II. Executar as ações de vigilância sanitária e


epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

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Paula Batista - 85668788253


Vigilância
sanitária

Compete ao Vigilância
SUS: EXECUTAR Epidemiológica

Saúde do
trabalhador

III. Ordenar a formação de recursos humanos na área de


saúde;

75

Paula Batista - 85668788253


Formação de
Compete ao SUS:
recursos Na área da Saúde
ORDENAR
humanos

IV. Participar da formulação da política e da execução das


ações de saneamento básico;

Formulação da
Compete ao SUS: Saneamento
Política e
PARTICIPAR Básico
Execução de

76

Paula Batista - 85668788253


V. Incrementar, em sua área de atuação, o
desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;

Científico

Compete ao SUS:
INCREMENTAR em Desenvolvimento Tecnológico
sua área de atuação

Inovação

VI. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o


controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e
águas para consumo humano;

77

Paula Batista - 85668788253


Alimentos,
compreendido o
teor nutricional
Compete ao
SUS: FISCALIZAR Bebidas
e INSPECIONAR
Águas para
consumo
humano

VII. Participar do controle e fiscalização da produção,


transporte, guarda e utilização de substâncias e
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

78

Paula Batista - 85668788253


Produção

Transporte
Compete ao SUS: Substâncias e produtos
Participar do CONTROLE psicoativos, tóxicos e
e FISCALIZAÇÃO radioativos
Guarda

Utilização

VIII. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele


compreendido o do trabalho.

79

Paula Batista - 85668788253


Meio Ambiente
Compete ao SUS:
COLABORAR na
proteção
Ambiente do
trabalho

80

Paula Batista - 85668788253


CAPÍTULO 3: LEI Nº 8.080/90
INTRODUÇÃO
Neste capítulo vamos estudar a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e
o funcionamento dos serviços correspondentes. Esta Lei
regula em todo o território nacional as ações e serviços de
saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter
permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de
direito público ou privado.

A Lei 8.080/1990 foi votada 1m 19 de setembro de 1990,


completou em 2020, 30 anos.

Por meio desta lei, as ações de saúde foram regulamentadas


em todo território nacional. Surgiu a participação da
iniciativa privada no SUS, em caráter complementar, bem
como a descentralização político-administrativa das
competências, com ênfase para os municípios.

81

Paula Batista - 85668788253


Principal lei do Sistema
Único de Saúde, pois
LEI Nº
disciplina toda a
8.080
organização e
funcionamento dos
serviços de saúde, bem
como fornece condições
para promoção, proteção
e recuperação da saúde.

82

Paula Batista - 85668788253


Preparei um esquema que abordará tudo o que vamos
estudar no decorrer deste capítulo: a Lei nº 8.080/1990.

83

Paula Batista - 85668788253


A Lei nº 8.080/1990 regulará todo o Sistema Único de Saúde
em todo o país, conforme o art. 1º, esquematizado abaixo:

Art. 1º. Esta lei regula, em todo o território nacional, as


ações e serviços de saúde, executados isolada ou
conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por
pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.

Ações de Saúde

Serviços de Saúde
Isolada
Executados
Território Nacional Conjuntamente
LEI 8.080/90 regula
Permanente
Caráter
Eventual

Naturais
Por Pessoas Direito Público
Jurídicas
Direito Privado

84

Paula Batista - 85668788253


DIREITO À SAÚDE
Segundo a Constituição Federal, a saúde é um Direito
Fundamental, englobando-se nos chamados Direitos Sociais,
ou seja, serviços que o Estado deve prestar, como educação,
moradia, segurança, trabalho e saúde.

Art. 2º. A saúde é um direito fundamental do ser humano,


devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu
pleno exercício.

A saúde é

Dever do Estado,
Direito Fundamental
deveneod este prover
do ser humano
condições

Considerado de 2a.
Geração, pelo dever INDISPENSÁVEIS para
do Estado em prestá- o seu pleno exercício.
lo.

§ 1º. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na


formulação e execução de políticas econômicas e sociais que
visem a redução de riscos de doenças e de outros agravos e
85

Paula Batista - 85668788253


no estabelecimento de condições que assegurem acesso
universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.

§ 2º. O dever do Estado não exclui o direito das pessoas, da


família, das empresas e da sociedade.
Fundamental do ser humano
SAÚDE é um Direito

Garantir a saúde consiste na formulação


e execução de políticas econômicas e
Dever 1:
sociais que visem a redução de riscos de
doenças e de outros agravos

Estabelecimento de condições que


assegurem acesso universal e igualitário
Dever 2:
às ações e aos serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.

Dever do Estado não exclui o direito das


Dever 3: pessoas, da família, das empresas e da
sociedade.

CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE


(NÍVEIS DE SAÚDE)
Uma das evoluções da chegada do SUS foi a listagem das
determinantes e condicionantes de saúde, que tanto foram
solicitadas durante a 8ª. Conferência Nacional de saúde, que
traduzem o conceito de saúde, não apenas a ausência de
doenças, mas uma série de situações que interferem
diretamente no bem-estar do ser humano.

86

Paula Batista - 85668788253


O Art. 3 da Lei 8.080/90 também é chamado em provas de
conceito social de saúde e conceito subjetivo de saúde.

Vejamos o que diz o art. 3º da Lei nº 8.080/1990:

Art. 3º. Os níveis de saúde expressam a organização social


e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso
aos bens e serviços essenciais.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações
que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a
garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar
físico, mental e social.

87

Paula Batista - 85668788253


Alimentação

Moradia

Saneamento
Básico

Acesso aos
bens e Meio
serviços
essenciais Níveis Ambiente

de
Saúde

Lazer Trabalho

Transporte Renda

Atividade
Educação
Física

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Paula Batista - 85668788253


ÓrGÃOS QUE CONSTITUEM O SUS
O SUS promoverá um conjunto de ações e serviços de saúde
por instituições públicas federais, estaduais e municipais da
Administração Direta e Indireta, bem como Fundações
Públicas do Poder Público.

A iniciativa privada poderá participar do SUS de forma


complementar.

Cuidado: em provas de concursos públicos esta palavra é


trocada por SUPLEMENTAR, tornando errada a questão.

Art. 4º. O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados


por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e

municipais, da Administração direta e Indireta e das


fundações mantidas pelo Poder Público constitui o Sistema
Único de Saúde (SUS).

§ 1º. Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições


públicas federais, estaduais e municipais de controle de
qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos,
inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos
para saúde.

§ 2º. A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único


de Saúde (SUS) em caráter complementar.

89

Paula Batista - 85668788253


Federais

Estaduais
SUS é conjunto de ações e
serviços de saúde

Municipais

prestados por órgãos e instituições


Administração Direta e Indireta
públicas

Fundações mantidas pelo Poder Público

Instituições de controle de qualidade, pesquisa e produção de


insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e
de equipamentos para saúde.

Iniciativa Privada de Forma Complementar

90

Paula Batista - 85668788253


OBJETIVOS DO SUS

O Art. 5º da Lei nº 8.080/1990 traduz uma série de objetivos


que devem ser conquistados por todos os órgãos que
promovem os serviços do SUS. Trata-se de um artigo
altamente cobrado em provas. Procure memorizá-los.

Art. 5º. São objetivos do Sistema Único de Saúde – SUS:


I. A identificação e divulgação dos fatores condicionantes
e determinantes da saúde;

II. A formulação de política de saúde destinada a


promover, nos campos econômico e social, a
observância do disposto no § 1º do art. 2º desta Lei;

III. A assistência às pessoas por intermédio de ações de


promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.

91

Paula Batista - 85668788253


1) A identificação e divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde

OBJETIVOS
DO SUS

3) A assistência às pessoas por intermédio de 2) A formulação de política de saúde destinada a


ações de promoção, proteção e recuperação da promover, nos campos econômico e social, a
saúde, com a realização integrada das ações observância do disposto no § 1º do art. 2º desta
assistenciais e das atividades preventivas. Lei

CAMPO DE ATUAÇÃO DO SUS


Impossível uma prova de Legislação do SUS sem alguma questão
de Campo de Atuação do SUS.
Vou digitar novamente: Impossível!!!
Então procure memorizar completamente este artigo e seus
parágrafos, pois são extremamente cobrados em provas.

Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único


de Saúde (SUS):

I - a execução de ações:

a) de vigilância sanitária;

b) de vigilância epidemiológica;
92

Paula Batista - 85668788253


c) de saúde do trabalhador; e

d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;


Campo de Atuação do SUS:

Vigilância Sanitária
EXECUÇÃO DE AÇÕES

Vigilância
epidemiológica

Saúde do
trabalhador

Assistência Inclusive a
terapêutica integral Famacêutica

II - a participação na formulação da política e na execução de ações


de saneamento básico;

93

Paula Batista - 85668788253


PARTICIPAÇÃO NA FORMULAÇÃO
Campo de Atuação do SUS:

Da política e na
Saneamento Básico
execução

III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de


saúde;
ORDENAÇÃO DA FORMULAÇÃO
Campo de Atuação do SUS:

De Recursos
Na Área da Saúde
Humanos

94

Paula Batista - 85668788253


IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;

Campo de Atuação do SUS:


VIGILÂNCIA
Nutricional

Orientação
Alimentar

V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido


o do trabalho;

95

Paula Batista - 85668788253


COLABORAÇÃO na proteção
Campo de Atuação do SUS:
Meio Ambiente

Ambiente de
Trabalho

VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos,


imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a
participação na sua produção;

96

Paula Batista - 85668788253


Medicamentos

Campo de Atuação do SUS:


FORMULAÇÃO da política
Equipamentos

Imunobiológicos

Outros insumos de
interesse para saúde

Participação na sua
produção

VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias


de interesse para a saúde;
CONTROLE e FISCALIZAÇÃO
Campo de Atuação do SUS:

Interesse para saúde

Serviços

Produtos

Substâncias

97

Paula Batista - 85668788253


VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para
consumo humano;

Campo de Atuação do SUS:


FISCALIZAÇÃO e INSPEÇÃO
Alimentos

Água

Bebidas para
consumo humano

IX - a participação no controle e na fiscalização da produção,


transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,
tóxicos e radioativos;

98

Paula Batista - 85668788253


PARTICIPAÇÃO no controle e fiscalização

Substâncias e produtos psicoativos,


Produção

Campo de Atuação do SUS:

tóxicos e radioativos.
Transporte

Guarda

Utilização

X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento


científico e tecnológico;

99

Paula Batista - 85668788253


INCREMENTO em sua área de atação
Campo de Atuação do SUS:
Desenvolvimento
Científico

Desenvolvimento
Tecnológico

XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.


FORMULAÇÃO e EXECUÇÃO
Campo de Atuação do SUS:

Política de Sangue

Política de Derivados
de Sangue

100

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Os parágrafos do Art. 6º da Lei nº 8.080/1990 trazem três
conceitos importantíssimos que jamais devem ser confundidos,
sendo eles: vigilância sanitária, vigilância epidemiológica e saúde do
trabalhador.

Vamos analisar cada um deles, com esquemas:

a) Vigilância Sanitária:

§ 1º. Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de


ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à
saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do
meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:

I. O controle de bens de consumo que, direta ou


indiretamente, se relacionem à saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo
e

II. O controle da prestação de serviços que se relacionam


direta ou indiretamente à saúde.

101

Paula Batista - 85668788253


ELIMINAR

Meio Ambiente
DIMINUIR
VIGILÂNCIA VERBOS NO Problemas Produção de
SANITÁRIA INFINITIVO Sanitários circulação de bens
PREVENIR
Prestação de
Serviços de
interesse da saúde
INTERVIR

102

Paula Batista - 85668788253


b) Vigilância Epidemiológica:

§ 2º. Entende-se por vigilância epidemiológica um


conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
de prevenção e controle das doenças ou agravos.
CONHECIMENTO

VIGILÂNCIA SUBSTANTIVOS
EPIDEMIOLÓGICA (NÃO VERBOS)
DETECÇÃO Finalidade de recomendar e
FATORES DETERMINANTES adotar medidas de
E CONDICIONANTES DE prevenção e controle de
SAÚDE doenças e agravos

PREVENÇÃO

c) Saúde do Trabalhador:

§ 3º. Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta


lei, um conjunto de atividades que se destina, através das

103

Paula Batista - 85668788253


ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim
como à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho.

Vigilância Sanitária

Saúde do Deve estar na questão Vigilância


Trabalhador os termos Epidemiológica

Recuperação e
Reabilitação da Saúde
dos trabalhadores

Abrange ainda as ações de Saúde do Trabalhador:

I. Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de


trabalho ou portador de doença profissional e do
trabalho;

II. Participação, no âmbito de competência do Sistema


Único de Saúde (SUS) em estudos, pesquisas,
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à
saúde existentes no processo de trabalho;

III. Participação, no âmbito de competência do Sistema


104

Paula Batista - 85668788253


Único de Saúde (SUS) da normatização, fiscalização e
controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio
de substâncias, de produtos, de máquinas e de
equipamentos que apresentam riscos à saúde do
trabalhador;

IV. Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à


saúde;

V. Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade


sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de
trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como
os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e
exames de saúde, de admissão, periódicos e de
demissão, respeitados os preceitos da ética
profissional;

VI. Participação na normatização, fiscalização e controle


dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e
empresas públicas e privadas;

VII. Revisão periódica da listagem oficial de doenças


originadas no processo de trabalho, tendo na sua
elaboração a colaboração das entidades sindicais;

VIII. A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer


ao órgão competente a interdição de máquina, de setor,
de serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando
houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde
105

Paula Batista - 85668788253


dos trabalhadores.

PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE


SAÚDE - SUS
Aqui vamos estudar um dos tópicos mais importantes deste
livro para provas com assunto de Legislação do SUS.

Primeiramente, vamos entender que princípios são regras


que dão fundamentos a todas as leis que respaldam um grupo
de direitos. Portanto, os princípios do SUS traduzem a base
de todo o sistema. Entenda que violar um princípio é muito
mais grave do que violar uma lei.

Ademais, a doutrina divide os princípios do SUS em dois


grupos: Princípios Doutrinários e Princípios Organizativos.

106

Paula Batista - 85668788253


PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS
DOUTRINÁRIOS ORGANIZATIVOS

Participação da
Universalidade
Comunidade

Equidade Hierarquização

Integralidade Regionalização

Descentralização

107

Paula Batista - 85668788253


1. Universalidade

2. Integralidade

3. Preservação da
Autonomia

4. Igualdade da
Assistência à Saúde

5. Direito à Informação

6. Divulgação de
Informações
PRINCÍPIOS DO SUS - ART.

7. Utilização da
Epidemiologia

8. Participação da
Comunidade
Ênfase aos Municípios
(Municipalização)
9. Descentralização
Regionalização e
Hierarquização

10. Integração

11. Conjugação dos


Recursos Financeiros

12. Capacidade
de Resolução

13. Organização dos


Serviços Públicos

14. Organização de
Atendimento Público
Específico e Especializado

108

Paula Batista - 85668788253


Vamos falar sobre cada um dos princípios acima através de
esquemas que devem ser memorizados.

Art. 7º. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços


privados contratados ou conveniados que integram o Sistema
Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo com as
diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal,
obedecendo ainda aos seguintes princípios:

UNIVERSALIDADE

I. Universalidade de acesso aos serviços de saúde em


todos os níveis de assistência;

UNIVERSALIDADE DE
NÍVEIS DE
ACESSO AOS em todos os
ASSISTÊNCIA
SERVIÇOS DE SAÚDE

A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe


ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações
e serviços deve ser garantido a todas as pessoas,
independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras
características sociais ou pessoais.

INTEGRALIDADE

II. Integralidade de assistência, entendida como


109

Paula Batista - 85668788253


conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema;

PREVENTIVOS

CURATIVOS
entendida como Exigidos em cada caso
INTEGRALIDADE DE conjunto articulado e em todos os NÍVEIS DE
ASSISTÊNCIA contínuo de AÇÕES E COMPLEXIDADE
SERVIÇOS
INDIVIDUAIS

COLETIVOS

Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo


a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a
integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a
prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.
Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a
articulação da saúde com outras políticas públicas, para
assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas
que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos
indivíduos.
Grave está expressão ligada à integralidade: SAÚDE POR
COMPLETO (Entenda: Hoje o SUS trata a pessoa por
110

Paula Batista - 85668788253


completo).

ATENÇÃO
TERCIÁRIA
ATENÇÃO
SECUNDÁRIA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
ou BÁSICA
Primeiro Nível (BASE): serviços e ações executadas pelas
equipes de saúde da família, estratégia de agentes
comunitários dentre outros.
Segundo Nível: serviços e ações executados por
especialistas. Aqui encontramos situações de emergência e
urgência.
Terceiro Nível: ações e serviços executadso pelos Hospitais
de Grande Porte e Universitários.

PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA

III. Preservação da autonomia das pessoas na defesa de

111

Paula Batista - 85668788253


sua integridade física e moral;

FÍSICA
PRESERVAÇÃO
Na defesa de sua
DA AUTONOMIA
integridade
DAS PESSOAS
MORAL

IGUALDADE E EQUIDADE

IV. Igualdade de assistência à saúde, sem preconceitos


ou privilégios de qualquer espécie;

IGUALDADE DE
Sem preconceitos DE QUALQUER
ASSISTÊNCIA À
ou privilégios ESPÉCIE
SAÚDE

112

Paula Batista - 85668788253


NÃO É SINÔNIMO DE IGUALDADE, APESAR DE
TODOS TEREM DIREITO DE ACESSO AOS
SERVIÇOS, INDEPENDENTEMENTE DE COR,
EQUIDADE RAÇA OU RELIGIÃO E SEM NENHUM
PRIVILÉGIO. AS PESSOAS NÃO SÃO IGUAIS
E, POR ISSO, TEM NECESSIDADES
DISTINTAS. DEVE O SUS TRATAR OS IGUAIS
DE FORMA IGUAL E OS DESIGUAIS DE FORMA
DESIGUAL.

113

Paula Batista - 85668788253


DIREITO À INFORMAÇÃO

V. Direito à informação às pessoas assistidas sobre sua


saúde;

às pessoas
assistidas
DIREITO À
SOBRE SUA SAÚDE
INFORMAÇÃO

VI. Divulgação de informações quanto ao potencial dos


serviços de saúde e sua utilização pelo usuário;

Primeiramente, é direito de todas as pessoas o total


conhecimento sobre a situação de sua saúde. Nada pode ser
omitido do paciente ou de sua família.

Outro ponto é o direito de informação sobre os serviços


disponibilizados pelo SUS ao usuário.

114

Paula Batista - 85668788253


Potencial dos
QUANTO
serviços de saúde
DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÕES
a sua utilização
pelo usuário

UTILIZAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA

VII. Utilização da epidemiologia para o estabelecimento


de prioridades, a alocação de recursos e a orientação
programática;

Para o
estabelecimento
de prioridades

UTILIZAÇÃO DA Alocação de
EPIDEMIOLOGIA recursos

Orientação
programática
115

Paula Batista - 85668788253


Sempre entenda que epidemiologia tem ligação com a
palavra conhecimento, ou seja, a utilização da epidemiologia
é estudar as doenças e, com isso, promover o
estabelecimento de prioridades, o lugar onde disponibilizar
recursos e a programação de gastos.

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

VIII. Participação da comunidade;

A sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para


isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de
Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a
execução da política de saúde.

Estudaremos com mais calma estes dois tópicos quando


adentramos o estudo da Lei nº 8.142/1990.

reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e
CONFERÊNCIA DE SAÚDE propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

PARTICIPAÇÃO DA
COMUNIDADE

em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
CONSELHO DE SAÚDE
instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe
do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

116

Paula Batista - 85668788253


DESCENTRALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÃO e
MUNICIPALIZAÇÃO

IX. Descentralização político-administrativa, com


direção única em cada esfera de governo:

com direção única


EM CADA ESFERA DE
DESCENTRALIZAÇÃO
GOVERNO

a) Ênfase na descentralização dos serviços para os


municípios;

EM CADA ESFERA DE
DESCENTRALIZAÇÃO
GOVERNO

b) Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde.

117

Paula Batista - 85668788253


REGIONALIZAÇÃO REDE DE SERVIÇOS
HIERARQUIZAÇÃO DE SAÚDE

A descentralização, além de um princípio, é uma diretriz que


procura organizar os três entes governamentais federados
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Para que
valha o princípio da descentralização, existe a concepção
constitucional do mando único, onde cada esfera de governo
é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades,
respeitando os princípios gerais e a participação da
sociedade.

Também ligada à descentralização, temos a chamada


Municipalização, que disciplina que a responsabilidade pela
saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja,
devem ser fornecidas ao município condições gerenciais,
técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta
função.

Sobre hierarquização, entenda que o SUS é hierarquizado em


três níveis: baixa (unidades básicas de saúde), média
(hospitais secundários e ambulatórios de especialidades) e
alta complexidade (hospitais terciários).

Por fim, temos a regionalização. Trata-se de um processo


técnico-político relacionado à definição de recortes espaciais
para fins de planejamento, organização e gestão de redes de

118

Paula Batista - 85668788253


ações e serviços de saúde, ou seja, as ações e serviços do
SUS serão distribuídos de forma diferente para cada região
de saúde do país, pois cada lugar tem as suas peculiaridades.

INTEGRAÇÃO

X. Integração em nível executivo das ações de saúde,


meio ambiente e saneamento básico;

AÇÕES DE SAÚDE
em nível executivo
INTEGRAÇÃO MEIO AMBIENTE

SANEAMENTO
BÁSICO

Aqui, devemos entender que os gestores do SUS dentro do


Poder Executivo (Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde
dos Estados e Secretarias de Saúde dos Municípios) devem
atuar em perfeita sintonia.
119

Paula Batista - 85668788253


CONJUGAÇÃO DOS RECURSOS

XI. Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos,


materiais e humanos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios na prestação de
serviços de assistência à saúde da população;

FINANCEIROS

TECNOLÓGICOS

CONJUGAÇÃO DOS UNIÃO, ESTADOS, Prestação de serviços


RECURSOS DISTRITO FEDERAL E de assistência à saúde
MUNICÍPIOS da população
MATERIAIS

HUMANOS

Ligado, ainda, ao princípio anterior, onde os gestores do SUS


devem atuar de forma integrada, principalmente no que diz
respeito aos recursos financeiros que serão disponibilizados
de forma combinada e integrada.

CAPACIDADE DE RESOLUÇÃO

XII. Capacidade de resolução dos serviços em todos os


120

Paula Batista - 85668788253


níveis de assistência;

em todos os
CAPACIDADE DE
NÍVEIS DE ASSITÊNCIA
RESOLUÇÃO DOS SERVIÇOS

O SUS deve procurar corrigir todos os problemas que vão


surgir em todos os níveis de assistência.

ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

121

Paula Batista - 85668788253


XIII. Organização dos serviços públicos de modo a evitar
duplicidade de meios para fins idênticos.

de modo a evitar
ORGANIZAÇÃO DOS DUPLICIDADE DE MEIOS
SERVIÇOS PÚBLIOCS PARA FINS IDÊNTICOS

Ligado à integração dos gestores do SUS e na conjugação de


recursos. Não podemos ter duplicidade de recursos públicos,
ou seja, já imaginou um determinado município de São Paulo
gastar recursos com uma campanha de combate à dengue e
o Estado de São Paulo também? Neste caso, recursos
estariam sendo gastos de forma equivocada.

ORGANIZAÇÃO DE ATENDIMENTO PÚBLICO

XIV. Organização de atendimento público específico e

122

Paula Batista - 85668788253


especializado para mulheres e vítimas de violência
doméstica em geral, que garanta, entre outros,
atendimento, acompanhamento psicológico e
cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade
com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de
2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017).

Acrescentado em 2017, mulheres e vítimas violência


doméstica terão um tratamento especial, inclusive com
acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas
reparadoras.

ATENDIMENTO

ORGANIZAÇÃO DE MULHERES VÍTIMAS E


ACOMPANHAMENTO
ATENDIMENTO PÚBLICO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
PSICOLÓGICO
ESPECIALIZADO EM GERAL

CIRURGIAS PLÁSTICAS
REPARADORAS

ORGANIZAÇÃO DA DIREÇÃO E GESTÃO


DO SUS
A partir deste momento, vamos estudar como o SUS será

123

Paula Batista - 85668788253


gerido (administrado), principalmente no que diz respeito à

integração entre os entes federativos (União, Estados,


Distrito Federal e Municípios).

Art. 8º. As ações e serviços de saúde, executados pelo


Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou
mediante participação complementar da iniciativa privada,
serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em
níveis de complexidade crescente.

Executados pelo SUS:


Organização:
- Diretamente
a) Regionalizada
- Participação Complementar da
b) Hierarquizada
Iniciativa Privada
AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

Níveis de Complexidade Crescente

Art. 9º. A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única,


de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal,
sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes
órgãos:

I. No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;

II. No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela

124

Paula Batista - 85668788253


respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente e

III. No âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de


Saúde ou órgão equivalente.

DIREÇÃO DO SUS

ÚNICA exercida
em cada esfera
de governo

ESTADOS e
UNIÃO DISTRITO MUNICÍPIOS
FEDERAL

SECRETARIAS SECRETARIAS
MINISTÉRIO DA
ESTADUAIS DE MUNICIPAIS DE
SAÚDE
SAÚDE SAÚDE

CONSÓRCIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE

O Consórcio Intermunicipal de Saúde é uma iniciativa


autônoma de municípios localizados em áreas geográficas
próximas que se associam para gerir e prover conjuntamente
serviços à população das cidades participantes.

Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para


desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que
lhes correspondam.

125

Paula Batista - 85668788253


§ 1º. Aplica-se aos consórcios administrativos
intermunicipais o princípio da direção única e os respectivos
atos constitutivos disporão sobre sua observância.

CONSÓSCIOS
INTERMUNICIÁIS DE SAÚDE

Para desenvolver em conjunto


poderão constituir as ações e os serviços de
saúde que lhes correspondam
OS MUNICÍPIOS

Direção Única

Respectivos atos constitutivos


disporão sobre sua
observância.

DISTRITOS DE SAÚDE

Distrito sanitário compreende uma área geográfica que


comporta uma população com características epidemiológicas
e sociais e suas necessidades e os recursos de saúde para
atendê-la.

A área geográfica é definida para cada realidade e pode ser


constituída por: vários bairros de um município; vários
municípios de uma região. No processo de definição do
126

Paula Batista - 85668788253


chamado território–distrito devem ser consideradas para a
sua composição as relações de fluxos existentes entre os
municípios ou bairros, as referências natural ou culturalmente
já estabelecidas entre eles em suas diversas atividades,
principalmente na área da saúde.

§ 2º. No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS),


poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e
articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a
cobertura total das ações de saúde.

O § 2º do art. 10 da Lei nº 8.080/90 dispõe que “no nível


municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá organizar-
se em distritos de forma a integrar e articular recursos,
técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações
de saúde”.

Distritos sanitários podem ser compreendidos como:

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Paula Batista - 85668788253


DISTRITOS DE SAÚDE
No nível municipal

Poderá ser criado distritos


para atuação na área da
saúde
Mais recursos entre os
municípios do distrito
Objetivo:
Melhorar técnicas e práticas
voltadas para cobertura total
das ações de saúde.

COMISSÕES INTERSETORIAIS

As comissões intersetoriais no âmbito nacional são integradas


pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades
representativas da sociedade civil e têm como finalidade a
articulação de políticas e programas de interesse para a
saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no
âmbito do SUS.

Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito


nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,
integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por
entidades representativas da sociedade civil.

128

Paula Batista - 85668788253


Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade
de articular políticas e programas de interesse para a saúde,
cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das


comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as
seguintes atividades:

I. alimentação e nutrição;

II. saneamento e meio ambiente;

III. vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;

IV. recursos humanos;

V. ciência e tecnologia; e

VI. saúde do trabalhador.

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Criadas em ÂMBITO NACIONAL

Subordinadas ao Conselho Nacional


de Saúde

COMISSÕES INTERSETORIAIS
Integradas pelos Ministérios e órgãos
competentes e por entidades
representativas da sociedade civil.

Articular políticas e programas de


Não compreendidas no âmbito do
interesse para a saúde, cuja execução
Sistema Único de Saúde (SUS)
envolva áreas.

Alimentação e Nutrição

Saneamento e meio ambiente

Vigilância sanitária e
farmacoepidemiologia
Articulação das Polícias e programas
abrengerá as atividades

Recursos humanos

Ciência e tecnologia

Saúde do Trabalhador

COMISSÕES PERMANENTES DE INTEGRAÇÃO

O SUS precisa se integrar com as instituições de ensino


superior para captação de recursos humanos (profissionais da
saúde), cada vez mais especializados.

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Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de
integração entre os serviços de saúde e as instituições de
ensino profissional e superior.

Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por


finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para a
formação e educação continuada dos recursos humanos do
Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente,
assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica
entre essas instituições.

a) Entre os serviços de
Deverão ser criadas ENTRE:
saúde
COMISSÕES PERMANENTES
DE INTEGRAÇÃO
b) Instituições de Ensino
Profissional e Superior

FINALIDADE: Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e
estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de
Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação
técnica entre essas instituições.

131

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COMISSÕES INTERGESTORES BIPARTITE E
TRIPARTITE

As Comissões de Intergestores TRIPARTITE são uma


instância de articulação e pactuação na esfera federal que
atua na direção nacional do SUS, integrada por gestores do
SUS das três esferas de governo - União, Estados, DF e
municípios. Nesse espaço, as decisões são tomadas por
consenso e não por votação. A CIT está vinculada à direção
nacional do SUS.

Já as Comissões de Intergestores BIPARTITE são espaços


estaduais de articulação e pactuação política que objetivam
orientar, regulamentar e avaliar os aspectos operacionais do
processo de descentralização das ações de saúde. São
constituídas, paritariamente, por representantes do governo
estadual indicados pelo Secretário de Estado da Saúde e dos
secretários municipais de Saúde.

Estudaremos melhor a CIT e CIB quando adentramos no


estudo do Decreto nº 7.508/2011.

Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite


são reconhecidas como foros de negociação e pactuação
entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema
Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores


Bipartite e Tripartite terá por objetivo:
132

Paula Batista - 85668788253


I. decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e
administrativos da gestão compartilhada do SUS, em
conformidade com a definição da política
consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos
conselhos de saúde;

II. definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e


intermunicipal, a respeito da organização das redes de
ações e serviços de saúde, principalmente no tocante
à sua governança institucional e à integração das
ações e serviços dos entes federados;
III. fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito
sanitário, integração de territórios, referência e
contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os
entes federados.

133

Paula Batista - 85668788253


Operacionais

Entre gestores quanto ao


aspecto OPERACIONAL do Decidir aspectos Financeiros
SUS

Administrivos de Gestão
Regiões de Saúde
Compartilhada

Distrito Sanitário

Fodo de Negociação e
Pactuação
COMISSÇOES INTERGESTORES
- BIPARTITE DECIDIR DIRETRIZES Integração de territórios
- TRIPARTITE

Referência e
Contrarreferência

Demais aspectos de
integração

DEFINIR DIRETRIZES NO Respeito da organização das


ÂMBITO NACIONAL, redes de ações e serviços de
REGIONAL E INTERMUNICIPAL saúde

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE


(CONASS) e CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE (CONASEMS)

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS é


uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que se

134

Paula Batista - 85668788253


pauta pelos princípios que regem o direito público e que
congrega os Secretários de Estado da Saúde e seus
substitutos legais, enquanto gestores oficiais das Secretarias
de Estado da Saúde (SES) dos Estados e Distrito Federal.

O Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde –


CONASEMS – nasceu a partir do movimento social em prol da
saúde pública e se legitimou como uma força política, que
assumiu a missão de agregar e de representar o conjunto de
todas as secretarias municipais de saúde do país.

Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde


(Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades
representativas dos entes estaduais e municipais para tratar
de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade
pública e de relevante função social, na forma do
regulamento.

§ 1º. O Conass e o Conasems receberão recursos do


orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de
Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas
institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a
União.

135

Paula Batista - 85668788253


Tratar de matérias
referentes à saúde
Entidades
representativas dos
Reconhecidos
entes Estaduais e
Municipais para Declarados de utilidade
pública e de relevante
função social.
CONASS e CONASEMS
Para auxliar no custeio
de suas despesas
Orçamento Geral da institucionais.
União por meio do
Receberão recursos do
Fundo Nacional de
Saúde
Poderão ainda celebrar
convênios com a União.

§ 2º. Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde


(Cosems) são reconhecidos como entidades que representam
os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de
matérias referentes à saúde, desde que vinculados
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem
seus estatutos.

136

Paula Batista - 85668788253


Entidades que
representam os
Municípios

COSEMS - Coselho de
Secretarias Âmbito Estadual
Municipais de Saúde

Desde que vinculados


Tratar de matérias
institucionalmente ao
referentes à saúde
Conasems

137

Paula Batista - 85668788253


COMPETÊNCIAS DA UNIÃO, ESTADOS,
DISTRITO FEDERAL E MUNICIPIOS EM
RELAÇÃO AO SUS
Neste capítulo vamos estudar as competências do SUS dentro
de cada um dos entes. Minha sugestão é procurar memorizar
cada um dos grupos de competências:

• Competências Comuns (Art. 15).


• Competências da União (Art. 16).
• Competências dos Estados (Art. 17).
• Competências dos Municípios (Art. 18).
• Competências do Distrito Federal (Art. 19).

Das Atribuições Comuns

O artigo abaixo trata de todas as competências do SUS voltadas para


os entes federativos: UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL e
MUNICÍPIOS.

Abaixo de cada inciso vou alertá-los sobre cuidados com confusões


que as bancas organizadoras procuram fazer em provas de concursos
públicos.

Fique atento, ok?

Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:

I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação


e de fiscalização das ações e serviços de saúde;

II - administração dos recursos orçamentários e financeiros


destinados, em cada ano, à saúde;
138

Paula Batista - 85668788253


III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde
da população e das condições ambientais;

IV - organização e coordenação do sistema de informação de


saúde;

V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões


de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a assistência
à saúde;

VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões


de qualidade para promoção da saúde do trabalhador;

O tema Saúde do Trabalhador é citado em competências de outros


entes federativos.

Competência da União – Art. 16, V - participar da definição de normas, critérios e


padrões para o controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar
a política de saúde do trabalhador;

Competência Estadual – Art. 17, IV, d - coordenar e, em caráter


complementar, executar ações e serviços: d) de saúde do trabalhador;

Competência Municipal – Art. 18, IV, e - IV - executar serviços: e) de saúde do


trabalhador;

VII - participação de formulação da política e da execução das ações


de saneamento básico e colaboração na proteção e recuperação do
meio ambiente;

O tema Saneamento Básico é citado nas competências abaixo:

Competência da União – Art. 16, II, b - participar na formulação e na


implementação das políticas: b) de saneamento básico

139

Paula Batista - 85668788253


Competência Estadual – Art. 17, VI - participar da formulação da política e
da execução de ações de saneamento básico;

Competência Municipal – Art. 18, IV, d - IV - executar serviços: d) de saneamento


básico.

VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;

IX - participação na formulação e na execução da política de


formação e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;

Este tema Recursos Humanos para saúde, também se encontrar na


competência da União:

Competência da União – Art. 16, IX - promover articulação com os órgãos


educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com
entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;

X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de


Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde;

XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços


privados de saúde, tendo em vista a sua relevância pública;

Este tema Serviços Privados de Saúde também é citado nas


competências dos Municípios

Competência Municipal – Art. 18, X - observado o disposto no art. 26


desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços
privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;

Competência Municipal – Art. 18, XI - controlar e fiscalizar os

140

Paula Batista - 85668788253


procedimentos dos serviços privados de saúde;

XII - realização de operações externas de natureza financeira de


interesse da saúde, autorizadas pelo Senado Federal;

XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e


transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de
calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade
competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar
bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes
assegurada justa indenização;

XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes


e Derivados;

Este tema Sistema Nacional de Sangue, Componentes e


Derivados, tabém é citado para os seguintes entes federativos:

Competência da União – Art. 16, XVI - normatizar e coordenar


nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;

XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos


internacionais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente;

XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção


e recuperação da saúde;

XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do


exercício profissional e outras entidades representativas da sociedade
civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e
serviços de saúde;

Este tema de Orgãos de Fiscalização do Exercício Profissional,


também é citado:

141

Paula Batista - 85668788253


Competência da União – Art. 16, IX - promover articulação com os órgãos
educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com
entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;

XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;

XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;

XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização


inerentes ao poder de polícia sanitária;

XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos


estratégicos e de atendimento emergencial.

Seção II

Da Competência

Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS)


compete:

I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;

Este tema Alimentação e Nutrição, também é citado nos seguintes


artigos:

Competência Estadual – Art. 17, IV - coordenar e, em caráter complementar,


executar ações e serviços: c) de alimentação e nutrição;

Competência Municipal – Art. 18, IV - executar serviços: c) de alimentação e


nutrição;

II - participar na formulação e na implementação das políticas:

a) de controle das agressões ao meio ambiente;

b) de saneamento básico;

142

Paula Batista - 85668788253


O tema Saneamento Básico é citado nas competências abaixo:

Competência da União – Art. 16, II, b - participar na formulação e na


implementação das políticas: b) de saneamento básico

Competência Estadual – Art. 17, VI - participar da formulação da política e


da execução de ações de saneamento básico;

Competência Municipal – Art. 18, IV, d - IV - executar serviços: d) de saneamento


básico.

c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;

III - definir e coordenar os sistemas:

a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;

Este tema Assistência de Alta Complexidade também é citado no


seguinte artigo:

Competência Estadual – Art. 17, IX - identificar estabelecimentos


hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta
complexidade, de referência estadual e regional;

b) de rede de laboratórios de saúde pública;

Este tema Laboratórios de Saúde Pública também é citado nos


seguintes artigos:

Competência Estadual – Art. 17, X - coordenar a rede estadual de


laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que
permaneçam em sua organização administrativa;

143

Paula Batista - 85668788253


Competência Municipal – Art. 18, VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e
hemocentros;

c) de vigilância epidemiológica; e

d) vigilância sanitária;

Estes dois temas Vigilância Sanitária e Epidemiológica também são


citados nos seguintes artigos:

Competência Estadual – Art. 17, IV - coordenar e, em caráter complementar,


executar ações e serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) de vigilância
sanitária;

Competência Municipal – Art. 18, IV - executar serviços: a) de vigilância


epidemiológica; b) vigilância sanitária;

IV - participar da definição de normas e mecanismos de


controle, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele
decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;

Este tema Saúde Humana, também é citado nos seguintes artigos:

Competência Estadual – Art. 17, V - participar, junto com os órgãos afins, do


controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde
humana;

Competência Municipal – Art. 18, VI - colaborar na fiscalização das agressões ao


meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto
aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

144

Paula Batista - 85668788253


V - participar da definição de normas, critérios e padrões para
o controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a
política de saúde do trabalhador;

VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância


epidemiológica;

VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de


portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser
complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

Este tema Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras,


também é citado nos seguintes artigos:

Competência Estadual – Art. 17, XIII - colaborar com a União na execução


da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

Competência Municipal – Art. 18, IX - colaborar com a União e os Estados na


execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da


qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de
consumo e uso humano;

IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de


fiscalização do exercício profissional, bem como com entidades
representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;

Este tema de Orgãos de Fiscalização do Exercício Profissional,


também é citado:

Competência Comum – Art. 15, XVII - promover articulação com os órgãos


de fiscalização do exercício profissional e outras entidades representativas da
sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa,
ações e serviços de saúde;
145

Paula Batista - 85668788253


X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da
política nacional e produção de insumos e equipamentos para a
saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;

XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência


nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à
saúde;

XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e


substâncias de interesse para a saúde;

XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao


Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua
atuação institucional;

XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema


Único de Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de
assistência à saúde;

Este tema Serviços Privados Contratados, também é citado:

Competência Comum – Art. 15, XI - elaboração de normas para regular as


atividades de serviços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância
pública;

Competência dos Municípios – Art. 18:

X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios


com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e
avaliar sua execução;

XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;

146

Paula Batista - 85668788253


XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas
e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente,
de abrangência estadual e municipal;

XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional


de Sangue, Componentes e Derivados;

XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços


de saúde, respeitadas as competências estaduais e municipais;

XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no


âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e
Distrito Federal;

XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a


avaliação técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em
cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal.

Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância


epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na
ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do
controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que
representem risco de disseminação nacional.

§ 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e


sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos
inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual
do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de
disseminação nacional. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
14.141, de 2021)

§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência


em saúde pública, poderá ser adotado procedimento simplificado para
a remessa de patrimônio genético ao exterior, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021)

§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto


acabado ou material reprodutivo oriundo de acesso ao patrimônio
genético de que trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos termos
147

Paula Batista - 85668788253


da Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015. (Incluído pela Lei nº
14.141, de 2021)

Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS)


compete:

I - promover a descentralização para os Municípios dos


serviços e das ações de saúde;.

II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do


Sistema Único de Saúde (SUS);

III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar


supletivamente ações e serviços de saúde;

IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e


serviços:

a) de vigilância epidemiológica;

b) de vigilância sanitária;

c) de alimentação e nutrição; e

d) de saúde do trabalhador;

V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do


meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana;

VI - participar da formulação da política e da execução de ações de


saneamento básico;

VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e


dos ambientes de trabalho;

VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e


avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde;

148

Paula Batista - 85668788253


IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir
sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e
regional;

X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e


hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização
administrativa;

Este tema Laboratórios Públicos e Hemocentros, também é citado no


artigo abaixo:

Competência Municipal – Art. 18, VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e


hemocentros;

XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle


e avaliação das ações e serviços de saúde;

XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter


suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos
e substâncias de consumo humano;

XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária


de portos, aeroportos e fronteiras;

XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores


de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.

Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços


de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;

II - participar do planejamento, programação e organização da rede


regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS),
em articulação com sua direção estadual;

III - participar da execução, controle e avaliação das ações


referentes às condições e aos ambientes de trabalho;

149

Paula Batista - 85668788253


IV - executar serviços:

a) de vigilância epidemiológica;

b) vigilância sanitária;

c) de alimentação e nutrição;

d) de saneamento básico; e

e) de saúde do trabalhador;

V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e


equipamentos para a saúde;

VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que


tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos
municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;

VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;

IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância


sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e


convênios com entidades prestadoras de serviços privados de
saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;

XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados


de saúde;

XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos


de saúde no seu âmbito de atuação.

Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas


aos Estados e aos Municípios.

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SUBSISTEMAS DE SAÚDE
A Lei nº 8.080/90 recebeu uma série de alterações para dar
uma atenção especial a determinados pontos ligados à saúde.

Subsistema de Atenção
à Saúde Indígena

SUBSISTEMAS
DO SUS
Subsistema de
Acompanhamento Subsistema de
durante o trabalho Atendimento e
de parto, parto e Internação Hospitalar
pós-parto imediato

SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA


O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena é um programa
do governo do Brasil que visa fornecer atendimento médico a
comunidades indígenas. Foi estabelecido pela Lei nº
9.836/1999, que alterou a Lei nº 8.080/90, criando-o no
Sistema Único de Saúde. É organizado em Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEI).

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Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o
atendimento das populações indígenas, em todo o território
nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta
Lei. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)

Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,


componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por
esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual
funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei nº 9.836, de
1999)

Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios,


financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído
pela Lei nº 9.836, de 1999)

Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído


por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do
País. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)

Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições


governamentais e não-governamentais poderão atuar
complementarmente no custeio e execução das ações. (Incluído pela
Lei nº 9.836, de 1999)

§ 1º A União instituirá mecanismo de financiamento específico para


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que houver
necessidade de atenção secundária e terciária fora dos territórios
indígenas. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)

§ 2º Em situações emergenciais e de calamidade


pública: (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)

I - a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não


previstos nos planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais
Indígenas (Dseis) ao Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena; (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)

II - deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos


emergenciais para atendimento dos pacientes graves das Secretarias
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Municipais e Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as referências
para o atendimento em tempo oportuno. (Incluído pela Lei nº
14.021, de 2020)

Todo território nacional

Recursos Próprios da UNIÃO


Coletiva ou Individualmente

União instituirá mecanismo de financiamento específico para


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que
houver necessidade de atenção secundária e terciária fora dos
Financiamento territórios indígenas.

Subsistema de Atenção à União assegurar aporte de


Saúde Indígena recursos não previstos aos
DSEI.
Situações Emergenciais e de
Calamidade Pública
Inclusão dos Povos
Indígenas nos planos
emergenciais

Estados

Poderão atuar de forma


complementar no custeio e Municípios
execução de ações

Outras instituições
governamentais e não-
governamentais

Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a


realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e o
modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve
pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os
aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação,
meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração
institucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)

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Saúde

Saneamento Básico

Subsistema de Atenção
Indígena deverá
Nutrição

Levar em consideração a realidade local


e as especificidades da cultura dos
povos indígenas

Habitação
Modelo a ser adotado para a atenção à
saúde indígena, que se deve pautar por
uma abordagem diferenciada e global,
contemplando os aspectos
Meio Ambiente

Demarcaçaõ de Terras

Educação Sanitária

Instegração Institucional

Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser,


como o SUS, descentralizado, hierarquizado e
regionalizado. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)

Subsistema de
Atenção à Saúde
Indígena deverá ser

DESCENTRALIZADO HIERARQUIZADO REGIONALIZADO

§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base


os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei nº
9.836, de 1999)

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§ 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro
e a notificação da declaração de raça ou cor, garantindo a
identificação de todos os indígenas atendidos nos sistemas públicos
de saúde.

§ 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da


rede do SUS com os dados do Subsistema de Atenção à Saúde
Indígena. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020)

§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema


de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações
na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as
populações indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento
necessário em todos os níveis, sem discriminações. (Incluído pela
Lei nº 9.836, de 1999)

§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao


SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo
com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária
e terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)

Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar


dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e
avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de
Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for
o caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999).

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SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO
DOMICILIAR

O Subsistema de Atendimento e Internação Domiciliar é uma


forma de atenção à saúde, oferecida na moradia do paciente
e caracterizada por um conjunto de ações de promoção à
saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação,
com garantia da continuidade do cuidado e integrada ao
Sistema Único de Saúde.

A Atenção Domiciliar proporciona ao paciente um cuidado


ligado diretamente aos aspectos referentes à estrutura
familiar, à infraestrutura do domicílio e à estrutura oferecida
pelos serviços para esse tipo de assistência. Dessa forma,
evita-se hospitalizações desnecessárias e diminui o risco de
infecções. Além disso, melhora a gestão dos leitos
hospitalares e o uso dos recursos, bem como diminui a
superlotação de serviços de urgência e emergência.

Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de


Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar.

§ 1º. Na modalidade de assistência de atendimento e


internação domiciliares incluem-se, principalmente, os
procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos,
psicológicos e de assistência social, entre outros necessários
ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.

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§ 2º. O atendimento e a internação domiciliares serão
realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos
níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora.

§ 3º. O atendimento e a internação domiciliares só poderão


ser realizados por indicação médica, com expressa
concordância do paciente e de sua família.
Medicina Preventiva
Realizado
atendimento
por Equipes Medicina Terapêutica
Multidisciplinar
es com
Medicina Reabilitadora

Requisitos Indicação Médica


Obrigatórios
Paciente
para este tipo
Subsistema de
de atendimento Expressa concordância simultânea
Atendimento e
Internação Hospitalar
Família

Procedimentos Médicos

Enfermagem

Fisioterapêuticos

Atividades

Psicológicos

Assistência Social

Outros necessários ao cuidado integral

SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O


TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO

Estudos científicos comprovam: a presença de uma


acompanhante por ocasião do parto traz diversos benefícios,
como diminuir as taxas de cesárea, diminuir a duração do
trabalho de parto, diminuir os pedidos de anestesia, além de
ajudar a evitar a depressão pós-parto e influenciar

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positivamente na formação dos laços afetivos familiares, caso
o pai ocupe esta posição de destaque.

Em vista disso, podemos concluir que a presença de um(a)


acompanhante no parto traz benefício para todos: para a
criança, para a gestante, de certa forma para toda a família
e também para a equipe médica que realiza o parto.

Com este objetivo em vista, foi sancionada a Lei nº


11.108/2005, a qual altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro
de 1990 (Lei do SUS), para garantir às parturientes o direito
à presença de acompanhante durante o trabalho de parto,
parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de
Saúde - SUS.

Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde


- SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a
permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um)
acompanhante durante todo o período de trabalho de parto,
parto e pós-parto imediato.

§ 1º. O acompanhante de que trata o caput deste artigo será


indicado pela parturiente.

§ 2º. As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos


direitos de que trata este artigo constarão do regulamento da
Lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder
Executivo.

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§ 3º. Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter,
em local visível de suas dependências, aviso informando
sobre o direito estabelecido no caput deste artigo.

Presença de junto à
parturiente de 1
Acompanhante, indicado
Subsistema de por ela
Acompanhamento durante Será na Rede Própria ou
Obrigatório
o trabalho de parto, parto Conveniada no SUS
e pós-parto imediato Hospitais de todo país
devem manter em local
visível o direito da
acompanhante

ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM


SAÚDE

Fazer escolhas sobre as melhores tecnologias em saúde para


uma população, aliando as necessidades e preferências dos
pacientes, é um desafio em qualquer sistema universal de
saúde. A incorporação de tecnologias no Sistema Único Saúde
(SUS) é um tema que mobiliza muitos interesses na
sociedade, às vezes antagônicos, no entanto, muitas vezes
os aspectos sociais são postergados em detrimento de outros.

O Art. 19-M disciplina como será feita a dispensação e oferta


de medicamentos e de produtos de interesse para a saúde
pelo SUS, que deve seguir exatamente um documento
denominado Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (Art.
19-N). Tal documento disciplinará como e quais
medicamentos devem ser ministrados ou fornecidos.
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Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere
a alínea d do inciso I do art. 6º consiste em:

I. dispensação de medicamentos e produtos de interesse


para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade
com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo
clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado
ou, na falta do protocolo, em conformidade com o
disposto no art. 19-P;

Prescrição esteja em conformidade com


as diretrizes terapêuticas definidas em
protocolo clínico para a doença ou o
agravo à saúde a ser tratado
Dispensação de medicamentos
Assistência Terapêutica e produtos de interesse para a
saúde

Na falta do protocolo, em conformidade


com o disposto no art. 19-P

Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada (Incluído pela Lei nº 12.401, de
2011):

I. com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as competências
estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite (Incluído pela
Lei nº 12.401, de 2011);

II. no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos
instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores
Bipartite (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011);

III. no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores
municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de Saúde (Incluído pela Lei nº
12.401, de 2011).

II. oferta de procedimentos terapêuticos, em regime


domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de
tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único
de Saúde - SUS, realizados no território nacional por
serviço próprio, conveniado ou contratado.

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Regime Domiciliar, Ambulatorial e Hospitalar
Oferta de Procedimentos Terapêuticos em
Constante de Tabelas
Gestor Federal do SUS
Elaboradas pelo

Próprio

Realizado no Território
Conveniado
Nacional por serviço

Contratado

CONCEITOS: PRODUTOS DE INTERESSE PARA A SAÚDE


E DE PROTOCOLO CLÍNICO OU DIRETRIZ TERAPÊUTICA

Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são


adotadas as seguintes definições:

I. produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses,


bolsas coletoras e equipamentos médicos;

II. protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que


estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do

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agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os
medicamentos e demais produtos apropriados, quando
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos
de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação
dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos
gestores do SUS (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011).

Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas


deverão estabelecer os medicamentos ou produtos
necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do
agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados
em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância
ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento,
produto ou procedimento de primeira escolha (Incluído pela
Lei nº 12.401, de 2011).

Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou


produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles
avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e
custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da
doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011).

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FALTA DE PROTOCOLO CLÍNICO OU DIRETRIZ
TERAPÊUTICA

Agora, caso não seja possível aplicar o Protocolo Clínico ou


Diretriz Terapêutica, deve ser aplicado o que disciplina o Art.
19-P:

Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz


terapêutica, a dispensação será realizada (Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011):

I. com base nas relações de medicamentos instituídas


pelo gestor federal do SUS, observadas as
competências estabelecidas nesta Lei, e a
responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na
Comissão Intergestores Tripartite (Incluído pela Lei nº
12.401, de 2011);

II. no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de


forma suplementar, com base nas relações de
medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do
SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será
pactuada na Comissão Intergestores Bipartite (Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011);

III. no âmbito de cada Município, de forma suplementar,


com base nas relações de medicamentos instituídas
pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade

163

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pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal
de Saúde (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011).

PROCEDIMENTO PARA INCORPORAÇÃO, EXCLUSÃO E


ALTERAÇÃO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS E

PROCEDIMENTOS NO SUS

Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração


pelo SUS de novos medicamentos, produtos e
procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de
protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições
do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.

§ 1º. A Comissão Nacional de Incorporação de


Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são
definidos em regulamento, contará com a participação de
1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional
de Saúde e de 1 (um) representante, especialista na
área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina.

1 Representante indicado
pelo CNS
Novos Medicamentos, Assessorado pela COMISSÃO
Produtos e Procedimentos: Atribuição do Ministério da NACIONAL DE
Incorporação, Exclusão, Saúde INCORPORAÇÃO DE
Alteração TECNOLOGIA - CONITEC 1 Representante Especialista
na área indicado pelo
Conselho Nacional de
Medicina

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§ 2º. O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS levará em consideração,
necessariamente:

I. as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a


efetividade e a segurança do medicamento, produto ou
procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão
competente para o registro ou a autorização de uso;

II. a avaliação econômica comparativa dos benefícios e


dos custos em relação às tecnologias já incorporadas,
inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar,
ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.

Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se


refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de
processo administrativo, a ser concluído em prazo não
superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da data em que
foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90
(noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011).

§ 1º. O processo de que trata o caput deste artigo observará,


no que couber, o disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro
de 1999, e as seguintes determinações especiais (Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011):

I. apresentação pelo interessado dos documentos e, se


cabível, das amostras de produtos, na forma do

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regulamento, com informações necessárias para o
atendimento do disposto no § 2º do art. 19-Q (Incluído
pela Lei nº 12.401, de 2011);

II. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011);

III. realização de consulta pública que inclua a divulgação


do parecer emitido pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS (Incluído pela Lei
nº 12.401, de 2011);realização de audiência pública,
antes da tomada de decisão, se a relevância da matéria
justificar o evento (Incluído pela Lei nº 12.401, de
2011).

VEDAÇÕES EM TODAS AS ESFERAS DE GESTÃO DO SUS

Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do


SUS:

I. o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de


medicamento, produto e procedimento clínico ou
cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;

II. a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o


reembolso de medicamento e produto, nacional ou
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Paula Batista - 85668788253


importado, sem registro na Anvisa.

Medicamento
Experimental ou
Não Autorizado pela
ANVISA
São vedados em Pagamento
todas as esferas de Ressarcimento Produto
Gestão do SUS Reembolso
Sem Registro na
ANVISA
Procedimento
Clínico ou
Cirúrgico

Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento


de medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou
procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada na
Comissão Intergestores Tripartite.

SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À


SAÚDE
Os artigos abaixo versam sobre os serviços privados de
assistência à saúde e a participação em caráter
complementar.

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Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se
pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais,
legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito
privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.
A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, podendo ela
participar do SUS em caráter complementar, quando for
comprovada a insuficiência de recursos na rede pública para
atendimento integral da população.

Na prestação de serviços privados de assistência à saúde,


serão observados os princípios éticos e as normas expedidas
pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS)
quanto às condições para seu funcionamento.

Os serviços da rede privada, independentemente de serem


contratados pelo SUS, serão fiscalizados em relação aos
princípios éticos e às normas de funcionamento. Um
exemplo: fiscalização da vigilância sanitária.

Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde


caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas
jurídicas de direito privado na promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

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Paula Batista - 85668788253


Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à
saúde, serão observados os princípios éticos e as normas
expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde
(SUS) quanto às condições para seu funcionamento.

Iniciativa Própria

Profissionais Legalmente
Liberais Habilitados
Serviços Privados
de Assistência à
Saúde
Pessoas Jurídicas Direito Privado

Atual mediante princípios Éticos e Normas


Expedidas pela Direção do SUS, quanto às
condições para funcionamento

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PARTICIPAÇÃO DE EMPRESAS OU CAPITAL
ESTRANGEIRO NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Primeiramente vamos entender o seguinte sobre este ponto,


sempre tomando muito cuidado como será cobrado no
enunciado de uma questão:

Constituição • A participação de
empresas estrangeiras na
Federal - Art. saúde é vedada (proibida)
199 • salvo nos termos da lei

• A participação de
Art. 23 da Lei empresas estrangeiras na
saúde é permitida nos
8.080/90 casos listados no artigo.

É permitida a participação direta ou indireta, inclusive


controle, de empresas ou de capital estrangeiro na
assistência à saúde conforme o artigo abaixo:

Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta,


inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na
assistência à saúde nos seguintes casos:

170

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I. doações de organismos internacionais vinculados à
Organização das Nações Unidas, de entidades de
cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.

II. pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar


ou explorar:

a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital


especializado, policlínica, clínica geral e clínica
especializada e

b) ações e pesquisas de planejamento familiar.

III. serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa,


por empresas, para atendimento de seus empregados
e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade
social e

IV. demais casos previstos em legislação específica.

171

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Só é permitida a participação direta e indireta,
inclusive controle, de EMPRESAS ou CAPITAL
ESTRANGEIRO na Assistência à Saúde:
I. Doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação
técnica e de financiamento e empréstimos.

II. pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar:


a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada
b) ações e pesquisas de planejamento familiar.

III. serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e
dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social

IV. demais casos previstos em legislação específica

PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR AOS SERVIÇOS


OFERTADOS PELA INICIATIVA PRIVADA

Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes


para garantir a cobertura assistencial à população de uma
determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá
recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.

172

Paula Batista - 85668788253


Quandos as disponibilidades
do SUS forem INSUFICIENTES
para garantir a cobertura da
população

O SUS poderá recorrer


aos serviços offertados
pela iniciativa privada

Parágrafo único. A participação complementar dos serviços


privados será formalizada mediante contrato ou convênio,
observadas, a respeito, as normas de direito público.

Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades


filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para
participar do Sistema Único de Saúde (SUS).

173

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Participação
Complementar •Terão
da iniciativa preferência:
privada no SUS

Entidades
Filantrópicas

Entidades sem
finslucrativos

Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de


serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão
estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de
Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.

§ 1°. Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e


de pagamento da remuneração aludida neste artigo, a
direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá
fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro
que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços
contratados.

174

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Quando as suas disponibilidades forem
Poderá recorrer aos Serviços ofertados insuficientes para garantir a cobertura
pela INICIATIVA PRIVADA assistencial à população de uma
determinada áres.

Será formalizada mediante contrato ou


Participação Complementar de
convênio, observadas, a respeito, as
SERVIÇOS PRIVADOS
normas de direito público.

SUS Entidades filantrópicas

Terão preferência

Entidades Sem Fins Lucrativos

Critérios e Valores para remuneração Serão estabelecidos pela Direção


dos serviços Nacional do SUS

175

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§ 2°. Os serviços contratados submeter-se-ão às normas
técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do
Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio
econômico e financeiro do contrato.

§ 3°. (Vetado).

§ 4°. Aos proprietários, administradores e dirigentes


de entidades ou serviços contratados é vedado
exercer cargo de chefia ou função de confiança no
Sistema Único de Saúde (SUS).

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RECURSOS HUMANOS NA ÁREA DA
SAÚDE
O conceito de “recursos humanos” é próprio da área de
administração e remete à racionalidade gerencial hegemônica
que reduz o trabalhador à condição de recurso, restringindo-
o a uma dimensão funcional. No entanto, na área da saúde,
a questão dos “recursos humanos” envolve tudo que se refere
aos trabalhadores da saúde em sua relação com o processo
histórico de construção do Sistema Único de Saúde.

Nesse sentido, esse é tanto um campo de estudo como de


intervenção. A área de “Recursos Humanos em Saúde” (RHS)
abarca múltiplas dimensões: composição e distribuição da
força de trabalho, formação, qualificação profissional,
mercado de trabalho, organização do trabalho, regulação do
exercício profissional, relações de trabalho, além da
tradicional administração de pessoal.

Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde


será formalizada e executada, articuladamente, pelas
diferentes esferas de governo, em cumprimento dos
seguintes objetivos:

I. organização de um sistema de formação de recursos


humanos em todos os níveis de ensino, inclusive de
pós-graduação, além da elaboração de programas de

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permanente aperfeiçoamento de pessoal;

II. (Vetado);

III. (Vetado);

IV. valorização da dedicação exclusiva aos serviços do


Sistema Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o


Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática
para ensino e pesquisa, mediante normas específicas,
elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.

organização de um sistema de formação


de recursos humanos em todos os níveis
de ensino, inclusive de pós-graduação,
além da elaboração de programas de
permanente aperfeiçoamento de pessoal
Executada e Formalizada
articulladamente pelas diferentes esferas
de governo com objetivos

valorização da dedicação exclusiva aos


serviços do Sistema Único de Saúde
(SUS).

Política de Recursos Humanos na Saúde


no SUS

Ensino e Pesquisa

Constituem CAMPO DE PRÁTICA

Mediante normas específicas, elaboradas


conjuntamente com Sistema Educacional

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Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e
assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo
integral.

§ 1°. Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou


empregos poderão exercer suas atividades em mais de um
estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

§ 2°. O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos


servidores em regime de tempo integral, com exceção dos
ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou
assessoramento.

Art. 29. (Vetado).

Art. 30. As especializações na forma de treinamento em


serviço sob supervisão serão regulamentadas por Comissão
Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei,
garantida a participação das entidades profissionais
correspondentes.

179

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Servidores e Empregados da

Ocupantes de Cargos e Funções de Só podem ser exercidas em Regime de


Chefia, Direção e Assessoramento Tempo Integral
Saúde no SUS

Servidores que acumulam dois cargos da


Podem exercer todos no SUS
saúde

As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão


regulamentadas por Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei,
garantida a participação das entidades profissionais correspondentes.

FINANCIAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE


SAÚDE
O art. 31 e ss., da Lei nº 8.080/90, define a forma de
financiamento do Sistema Único de Saúde, sendo que o
orçamento da Seguridade Social é destinado ao SUS, de
acordo com a receita estimada, os recursos necessários à
realização de suas finalidades, previstos em proposta
elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos
órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo
em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de
Diretrizes Orçamentárias. São consideradas outras fontes os
recursos provenientes de serviços prestados pelo SUS, sem o
prejuízo de sua assistência, das contribuições, donativos,

180

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doações, alienações patrimoniais e rendimentos de capital,
taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e rendas
eventuais, inclusive comerciais e industriais.

Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao


Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita
estimada, os recursos necessários à realização de suas
finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção
nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social
e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos


provenientes de:

I. (Vetado);

II. Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da


assistência à saúde;

III. Ajuda, contribuições, doações e donativos;

IV. Alienações patrimoniais e rendimentos de capital;


V. Taxas, multas, emolumentos e preços públicos
arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS) e

VI. Rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.

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§ 1°. Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da
receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
mensalmente, a qual será destinada à recuperação de
viciados.

§ 2°. As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de


Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder
onde forem arrecadadas.

§ 3º. As ações de saneamento que venham a ser executadas


supletivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão
financiadas por recursos tarifários específicos e outros da
União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular,
do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
§ 5º. As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico
e tecnológico em saúde serão cofinanciadas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento
fiscal, além de recursos de instituições de fomento e
financiamento ou de origem externa e receita própria das
instituições executoras.

GESTÃO FINANCEIRA
A gestão financeira do SUS é bastante complexa e carrega
uma série de regras que devem ser seguidas por cada um dos
entes da federação, que compõem o sistema único.

182

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Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde
(SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera
de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos
respectivos Conselhos de Saúde.

CONTA ESPECIAL em Movimentados sob


Recursos Financeiros Serão depositados
cada esfera de fiscalização dos
do SUS em
atuação Conselhos de Saúde

§ 1º. Na esfera federal, os recursos financeiros, originários


do Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos
da União, além de outras fontes, serão administrados pelo
Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.

Na ESFERA FEDERAL os
recursos financeiros
Serão administrados pelo Através do Fundo Nacional
originários da Seguridade
MINISTÉRIO DA SAÚDE de Saúde
Social, de orçamentos da
União e Outras Fontes

§ 4º. O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu


sistema de auditoria, a conformidade à programação
183

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aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e
Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não
aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar
as medidas previstas em lei.

A conformidade à
programação aprovada da
aplicação dos recursos
repassados a Estados e
Municípios.
Acompanhará através do seu
Ministério da Saúde
Sistema de Auditoria
Constatada a malversação,
desvio ou não aplicação dos
recursos, caberá ao
Ministério da Saúde aplicar
as medidas previstas em lei.

Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da


receita efetivamente arrecadada transferirão
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS),
observado o critério do parágrafo único deste artigo, os
recursos financeiros correspondentes às dotações
consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos
e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS).

184

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ao Fundo Nacional de
•As autoridades Saúde (FNS) •Os recursos financeiros
responsáveis correspondentes às
•Transferirão dotações consignadas no
automaticamente Orçamento da Seguridade
Social, a projetos e
atividades

pela distribuição da a serem executados


receita efetivamente no âmbito do Sistem
arrecadada Único de Saúde (SUS

Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da


Seguridade Social será observada a mesma proporção da
despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade
Social.

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Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a
Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação
dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e
projetos:

I. perfil demográfico da região;

II. perfil epidemiológico da população a ser


coberta;
III. características quantitativas e qualitativas da
rede de saúde na área;

IV. desempenho técnico, econômico e financeiro no


período anterior;
V. níveis de participação do setor saúde nos
orçamentos estaduais e municipais;

VI. previsão do plano quinquenal de investimentos


da rede;
VII. ressarcimento do atendimento a serviços
prestados para outras esferas de governo.

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§ 2º. Nos casos de
Estados e Municípios § 6º. O disposto no
sujeitos a notório parágrafo anterior não
processo de migração, os prejudica a atuação dos
critérios demográficos órgãos de controle interno e
mencionados nesta lei externo e nem a aplicação
serão ponderados por de penalidades previstas em
outros indicadores de lei, em caso de
crescimento populacional, irregularidades verificadas
em especial o número de na gestão dos recursos
eleitores registrados. transferidos.

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PLANEJAMENTO E DO ORÇAMENTO
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do
Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do nível local
até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos,
compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com
a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União.
Processo de Planejamento e

Será Ascendente
Orçamento do SUS

Do nível local até o federal

Ouvidos seus orgãos deliberativos

Compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a


disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos
Estados, do Distrito Federal e da União.

§ 1º. Os planos de § 2º. É vedada a


saúde serão a base das transferência de
atividades e recursos para o
programações de cada financiamento de
nível de direção do ações não previstas
Sistema Único de Saúde
nos planos de saúde,
(SUS) e seu
financiamento será exceto em situações
previsto na respectiva emergenciais ou de
proposta orçamentária. calamidade pública, na
área de saúde.

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Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de
saúde, em função das características epidemiológicas e da
organização dos serviços em cada jurisdição administrativa.

Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e


auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde com
finalidade lucrativa.

Os planos de saúde serão a base das


atividades e programações de cada Seu financiamento será previsto na
nível de direção do Sistema Único respectiva proposta orçamentária.
de Saúde (SUS) e

Saúde estabelecerá as diretrizes a


serem observadas na elaboração
dos planos de saúde, em função das
Conselho Nacional de Saúde
características epidemiológicas e da
organização dos serviços em cada
jurisdição administrativa.
Planos de Saúde

É vedada a transferência de
Exceto em situações emergenciais
recursos para o financiamento de
ou de calamidade pública, na área
ações não previstas nos planos de
de saúde.
saúde.

a destinação de subvenções e
auxílios a instituições prestadoras
Nâo será permitida
de serviços de saúde com finalidade
lucrativa.

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DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

§ 5º. A cessão de uso dos imóveis de


propriedade do INAMPS para órgãos
integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS)
será feita de modo a preservá-los como
patrimônio da Seguridade Social.

Art.
39. (Vetado). § 6º. Os imóveis de que trata o
parágrafo anterior serão inventariados com
§ 1º. (Vetado). todos os seus acessórios, equipamentos e
outros bens móveis e ficarão disponíveis para
§ 2º. (Vetado). utilização pelo órgão de direção municipal
do Sistema Único de Saúde - SUS ou,
eventualmente, pelo estadual, em cuja
§ 3º. (Vetado).
circunscrição administrativa se
encontrem, mediante simples termo de
§ 4º. (Vetado). recebimento.

§ 7º. (Vetado). § 8º. O acesso aos serviços de


informática e bases de dados, mantidos pelo
Ministério da Saúde e pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social, será
assegurado às Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde ou órgãos congêneres,
como suporte ao processo de gestão, de
forma a permitir a gerencia informatizada
das contas e a disseminação de estatísticas
sanitárias e epidemiológicas médico-
hospitalares.
Art. 40. (Vetado).

Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras


Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer, supervisionadas
pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS),
permanecerão como referencial de prestação de serviços,

190

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formação de recursos humanos e para transferência de
tecnologia.

Art. 42. (Vetado).

Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica


preservada nos serviços públicos contratados, ressalvando-
se as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos com
as entidades privadas.

Art. 44. (Vetado).

Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e


de ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS),
mediante convênio, preservada a sua autonomia
administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos
humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos
limites conferidos pelas instituições a que estejam vinculados.

Patrimônio

Recursos Humanos e Financeiros

INTEGRAM
SUS mediante convênio
Serviços de saúde dos Hospitais
Respeitada a sua autonomia Ensino
Universitários e de Ensino
administrativa das Universidades

Pesquisa

Extensão

191

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§ 1º. Os serviços de saúde de sistemas estaduais e
municipais de previdência social deverão integrar-se à
direção correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS),
conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer outros
órgãos e serviços de saúde.

§ 2º. Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os


serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se
ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em
convênio que, para esse fim, for firmado.

Poderão integrar em tempo


de paz e através de convênio
Serviços de Saúde das Forças
o SUS
Armadas

Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá


mecanismos de incentivos à participação do setor privado no
investimento em ciência e tecnologia e estimulará a
transferência de tecnologia das universidades e institutos de
pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal
e Municípios, e às empresas nacionais.

Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis


estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS),
organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de
192

Paula Batista - 85668788253


informações em saúde, integrado em todo o território
nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de
prestação de serviços.

Art. 48. (Vetado).

Art. 49. (Vetado).

Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os


Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas
Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à
proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).

Art. 51. (Vetado).


Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui
crime de emprego irregular de verbas ou rendas
públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de recursos
financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades
diversas das previstas nesta lei.

Utilização de Recursos
Sem prejuízo de outras sanções
Financeiros do SIS em finalidades
cabíveis
diversas previstas em Lei
Constitui Crime Previsto no Art. Crime de Emprego Irregular de
315, CP Verbas Públicas
Pena de Detenção: 1 a 3 meses
ou multa

Art. 53. (Vetado).

Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as


atividades de apoio à assistência à saúde são aquelas
desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana,

193

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produção e fornecimento de medicamentos e produtos para
saúde, laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica
e de diagnóstico por imagem e são livres à participação direta
ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros (Incluído
pela Lei nº 13.097, de 2015).

Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de


1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de 1975 e demais
disposições em contrário.

CAPÍTULO 4: LEI Nº 8.142/90


INTRODUÇÃO
Vamos falar de Controle Social? Tema constante em provas e
que também deve ser pauta de rodas de conversas entre
profissionais de saúde e usuários do SUS.

O controle social é um processo no qual a população participa,


por meio de representantes, na definição, execução e
acompanhamento de políticas públicas, as políticas de
governo.

O controle social pode ser entendido como a fiscalização


direta da sociedade civil nos processos de gestão da coisa
pública, a apropriação pela sociedade organizada, dos meios
e instrumentos de planejamento, fiscalização e análise das
ações e serviços de saúde.
194

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A Lei n º 8.142/90, resultado da luta pela democratização dos
serviços de saúde, representa uma vitória significativa. A
partir deste marco legal, foram criados os Conselhos e as
Conferências de Saúde como espaços vitais para o exercício
do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 1°. O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei


n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada
esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder
Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

CONFERÊNCIA DE SAÚDE
§ 1°. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos
com a representação dos vários segmentos sociais, para
avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes,
convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por
esta ou pelo Conselho de Saúde.
Reunião a cada 4 anos
CONFERÊNCIA DE SAÚDE

Representação de vários
segmentos sociais
Avaliar a situação de saúde

Finalidade

Propor diretrizes para a formulação de Política de Saúde

Ordinária Convocação Poder Executivo

Convocação
Própria Conferência

Extraordinária

Conselho de Saúde

195

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CONSELHO DE SAÚDE
§ 2°. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da
execução da política de saúde na instância correspondente,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas
decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.

Orgão Colegiado Governo

Permanente e
Prestadores de Serviço
Deliberativo

Representado Profissionais de Saúde


CONSELHO DE
SAÚDE
Usuários

Homologadas pelo Chefe do Poder Legalmente


Decisões
constituído em cada esfera de Governo.

§ 3°. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)


e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
(Conasems) terão representação no Conselho Nacional de
Saúde.

196

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Conselho Nacional
Conselho Nacional de Secretários
de Secretários de Municipais de
Saúde (CONASS) Saúde
(CONASEMS)

Terão
participação
no Conselho
Nacional de
Saúde

§ 4°. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde


e Conferências será PARITÁRIA em relação ao conjunto dos
demais segmentos.

Entenda o que significa esta expressão PARITÁRIA, para os


usuários:

197

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Outras
categorias
(Governo,
Profissionais USUÁRIOS
da Saúde, (50%)
Prestadores
de
Serviços).

§ 5°. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde


terão sua organização e normas de funcionamento
definidas em REGIMENTO próprio, aprovadas pelo
respectivo conselho.

ALOCAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO


NACIONAL DE SAÚDE
Art. 2°. Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão
alocados como:

198

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I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus
órgãos e entidades, da administração direta e indireta;

II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do


Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;

III - investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério


da Saúde;

IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem


implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.

Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste


artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à
cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais
ações de saúde.

REPASSE DO FUNDO NACIONAL DE


SAÚDE PARA ESTADOS E MUNICÍPIOS
Art. 3°. Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei
serão repassados de forma regular e automática para os
Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os
critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990.

§ 1°. Enquanto não for regulamentada a aplicação dos


critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de
recursos, exclusivamente, o critério estabelecido no § 1° do
mesmo artigo (Vide Lei nº 8.080, de 1990).

199

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§ 2°. Os recursos referidos neste artigo serão destinados,
pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o
restante aos Estados.

§ 3°. Os Municípios poderão estabeleer consórcio para execução


de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de
recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.

70% AOS MUNICÍPIOS


REPASSES DO
FUNDO NACIONAL Serão destinados
DE SAÚDE
30% AOS ESTADOS

200

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REQUISITOS PARA RECEBIMENTO DE REPASSES DO
FUNDO NACIONAL DE SAÚDE

Art. 4°. Para receberem os recursos de que trata o art. 3°


desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal
DEVERÃO contar com:

I - Fundo de Saúde;

II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo


com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;

III - plano de saúde;

IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata


o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;

V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo


orçamento;

VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e


Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua
implantação.

Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou


pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos
estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos
concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos
Estados ou pela União.

201

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Art. 5°. É o Ministério da Saúde, mediante portaria do
Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para
aplicação desta lei.

Art. 6°. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7°. Revogam-se as disposições em contrário.

202

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CAPÍTULO 5: DECRETO Nº 7.508/2011
REGULAMENTA A LEI Nº
8.080/90

ORGANIZAÇÃO DO SUS

PLANEJAMENTO DA SAÚDE
DECRETO Nº
7.508
ASSISTÊNCIA À SAÚDE

ARTICULAÇÃO
INTERFEDERATIVA

Art.1º. Este Decreto regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de


setembro de 1990, para dispor sobre a organização do
Sistema Único de Saúde – SUS –, o planejamento da saúde,
a assistência à saúde e a articulação interfederativa.

203

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Articulação
Interfederativa

Organização DECRETO Assistência à


do SUS 7.508/2011 Saúde

Planejamento
da Saúde

Art. 2º.Para efeito deste Decreto, considera-se:

I- Região de Saúde – espaço geográfico contínuo


constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes,
delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e
sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de ações e
serviços de saúde;

204

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Culturais

Econômicas e Sociais
Espaço geográfico contínuo com a finalidade
constituído por agrupamentos de integrar a
REGIÃO DE SAÚDE de Municípios limítrofes, organização, o
delimitado a partir de planejamento e a
identidades: execução de ações
e serviços de
Redes de Comunicação saúde;

Infraestrutura de transporte
compartilhado

II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde –


acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a
finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de
saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição
de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios
de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão
disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua
execução e demais elementos necessários à implementação
integrada das ações e serviços de saúde;

205

Paula Batista - 85668788253


Responsabilidades

Indicadores e metas de saúde

Acordo de colaboração
firmado entre entes Critérios de avaliação de desempenho
federativos com a
CONTRATO ORGANIZATIVO finalidade de organizar e
DA AÇÃO PÚBLICA DE integrar as ações e serviços
SAÚDE de saúde na rede
regionalizada e
hierarquizada, com Recursos Financeiros que serão disponibilizados
definição de

Forma de controle e fiscalização de sua execução

Demais elementos necessários à implementação integrada das ações e


serviços de saúde

III - Portas de Entrada – serviços de atendimento inicial à


saúde do usuário no SUS;

Serviço de
atendimento inicial
de Saúde do
Portas de Entrada
Usuário no SUS

206

Paula Batista - 85668788253


IV - Comissões Intergestores – instâncias de pactuação
consensual entre os entes federativos para definição das
regras da gestão compartilhada do SUS;

Instância de Pactuação para definição das


Comissões
consensual entre os regras da gestão
Intergestores
entes federativos compartilhada do SUS.

V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de


recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados
pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a
capacidade instalada existente, os investimentos e o
desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do
sistema;

207

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Descrição geográfica considerando-se a
da distribuição de capacidade instalada
recursos humanos existente, os
MAPA DA SAÚDE investimentos e o
Ações e serviõs de desempenho aferido a
saúde ofertados pelo partir dos indicadores
SUS e pela Iniciativa de saúde do sistema;
privada

Rede de Atenção à Saúde – conjunto de ações e serviços de saúde


articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de
garantir a integralidade da assistência à saúde;

208

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Conjunto de ações e com a
serviços de saúde finalidade de
garantir a
REDE DE ATENÇÃO À
integralidade
SAÚDE
da
Articulados em níveis de assistência à
complexidade cresente saúde

VI - Serviços Especiais de Acesso Aberto – serviços de


saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão
de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento
especial; e

em Razão do Agravo
serviços de saúde
SERVIÇOS ESPECIAS DE específicos para o NECESSITA DE
ACESSO ABERTO atendimento da ATENDIMENTO
pessoa que
Situação Laboral

209

Paula Batista - 85668788253


VII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica –
documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da
doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com
os medicamentos e demais produtos apropriados, quando
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de
controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos
resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do
SUS.

critérios para o diagnóstico da


doença ou do agravo à saúde

o tratamento preconizado,
com os medicamentos e
demais produtos apropriados,
quando couber

PROTOCOLO CLÍNICO E
Documento que estabelece as posologias recomendadas
DIRETRIZ TERAPÊUTICA

os mecanismos de controle
clínico

acompanhamento e a
verificação dos resultados
terapêuticos, a serem
seguidos pelos gestores do
SUS.

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DICA PARA MEMORIZAÇÃO:

REGIÃO DE ESPAÇO
SAÚDE GEOGRÁFICO

DESCRIÇÃO
MAPA DE SAÚDE GEOGRÁFICA

ACORDO DE
COAP COLABORAÇÃO

PORTA DE CONTATO
ENTRADA INICIAL

REDE DE NÍVEIS DE
ATENÇÃO COMPLEXIDADE

SERVIÇOS RELACIONADOS
ESPECIAIS DE AO
ACESSO ABERTO TRABALHADOR

Art. 3º. O SUS é constituído pela conjugação das ações e


serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde
executados pelos entes federativos, de forma direta ou
indireta, mediante a participação complementar da iniciativa
privada, sendo organizado de forma regionalizada e
hierarquizada.

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de forma direta ou
indireta

O SUS é constituído pela


conjugação das ações e
mediante a participação
serviços de promoção,
complementar da
proteção e recuperação
iniciativa privada
da saúde executados
pelos entes federativos

sendo organizado de
forma regionalizada e
hierarquizada

Art. 4º. As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado,


em articulação com os Municípios, respeitadas as diretrizes
gerais pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT
a que se refere o inciso I do art. 30.

§ 1º. Poderão ser instituídas Regiões de Saúde


interestaduais, compostas por Municípios limítrofes, por ato
conjunto dos respectivos Estados em articulação com os
Municípios.

§ 2º. A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de


fronteira com outros países deverá respeitar as normas que
regem as relações internacionais.

Art. 5º. Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter,


no mínimo, ações e serviços de:

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I. Atenção II. Urgência e III. Atenção
primária emergência psicossocial

IV. Atenção
ambulatorial V. Vigilância em
especializada e saúde
hospitalar

Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde


observará cronograma pactuado nas Comissões
Intergestores.
Art. 6º. As Regiões de Saúde serão referência para as
transferências de recursos entre os entes federativos.
Art. 7º. As Redes de Atenção à Saúde estarão
compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou
de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas
nas Comissões Intergestores.
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os
seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde:

I. Seus limites II. População usuária


geográficos das ações e serviços

IV. Respectivas
responsabilidades,
III. O rol de ações e
critérios de
serviços que serão
acessibilidade e
ofertados
escala para
conformação dos
serviços.

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Art. 8º. O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e
serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e
se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de
acordo com a complexidade do serviço.

Art. 9º. São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde


nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:

I. De atenção primária

II. De atenção de
urgência e emergência

III. De atenção
psicossocial

IV. Especiais de acesso


aberto

Parágrafo único.

Mediante justificativa técnica e de acordo com o


pactuado nas Comissões Intergestores, os entes
federativos poderão criar novas Portas de Entrada
às ações e serviços de saúde, considerando as
características da Região de Saúde.
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Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os
ambulatoriais especializados, entre outros de maior
complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados
pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9º.

Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos


serviços de saúde será ordenado pela atenção primária e
deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco
individual e coletivo e no critério cronológico, observadas as
especificidades previstas para pessoas com proteção
especial, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A população indígena contará com


regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com
suas especificidades e com a necessidade de assistência
integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério
da Saúde.

Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do


cuidado em saúde, em todas as suas modalidades, nos
serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da rede
de atenção da respectiva região.

Parágrafo único. As Comissões Intergestores


pactuarão as regras de continuidade do acesso às
ações e aos serviços de saúde na respectiva área de
atuação.

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Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal,
igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS,
caberá aos entes federativos, além de outras atribuições que
venham a ser pactuadas pelas Comissões Intergestores:

I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no


acesso às ações e aos serviços de saúde;

II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de


saúde;

III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde;

IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.

Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios,


diretrizes, procedimentos e demais medidas que auxiliem os
entes federativos no cumprimento das atribuições previstas
no art. 13.

DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE

Art. 15. O processo de planejamento da saúde será


ascendente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos
os respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as
necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de
recursos financeiros.

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PLANEJAMENTO
DA SAÚDE

NÍVEL FEDERAL

NÍVEL LOCAL

§ 1º. O planejamento da saúde é obrigatório para os entes


públicos e será indutor de políticas para a iniciativa privada.

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§ 2º. A compatibilização de que trata o caput será efetuada
no âmbito dos planos de saúde, os quais serão resultado do
planejamento integrado dos entes federativos, e deverão
conter metas de saúde.

§ 3º. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as


diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de
saúde, de acordo com as características epidemiológicas e da
organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões
de Saúde.

Devem ser Ascendente


considerados os e integrado
serviços e ações
prestados pela Do nível
iniciativa privada, de local até o
forma complementar federal
ou não ao SUS, os quais
deverão compor os
Mapas de Saúde
Regional, Estadual e
Nacional.
Ouvidos os
PROCESSO DE respectivos
Será efetuada no PLANEJAMENTO Conselhos
âmbitodos planos de DA SAÚDE de Saúde
saúde, os quais
serão do
planejamento
integrado dos entes Compatibilizando-
federativos, e se as necessidades
deverão conter Obrigatório com a
metas de saúde. para entes disponibilidade de
públicos e será recursos
indutor de financeiros
políticas para a
iniciativa
privada

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Art. 16. No planejamento devem ser considerados os
serviços e as ações prestados pela iniciativa privada, de
forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão
compor os Mapas da Saúde regional, estadual e
nacional.

Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na


identificação das necessidades de saúde e orientará o
planejamento integrado dos entes federativos,
contribuindo para o estabelecimento de metas de
saúde.

Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual


deve ser realizado de maneira regionalizada, a partir das
necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento
de metas de saúde.

O Planejamento da Saúde em âmbito estadual deve ser


realizado de maneira regionalizada, a partir das
necessidades dos Municípios, considerando o
estabelecimento de metas de saúde.

Art. 19. Compete à Comissão Intergestores


Bipartite - CIB – de que trata o inciso II do art. 30, pactuar
as etapas do processo e os prazos do planejamento municipal
em consonância com os planejamentos estadual e nacional.

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PLANEJAMENTO DE SAÚDE

Será
utilizado na
identificação
das

de saúde.

MAPA
DE
SAÚDE
Contribuirá para Orientará o
o planejamento
estabelecimento integrado dos
de metas de entes
saúde. federativos.

Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e


se completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante
referenciamento do usuário na rede regional e interestadual,
conforme pactuado nas Comissões Intergestores.

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Da Relação Nacional de Ações e Serviços de
Saúde - RENASES

Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de


Saúde - RENASES – compreende todas as ações e
serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento
da integralidade da assistência à saúde.

Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em


âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela
CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde
consolidará e publicará as atualizações da RENASES.

Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios pactuarão nas respectivas Comissões
Intergestores as suas responsabilidades em relação ao
rol de ações e serviços constantes da RENASES.

Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderão adotar relações específicas e complementares de
ações e serviços de saúde, em consonância com a
RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo
seu financiamento, de acordo com o pactuado nas
Comissões Intergestores.

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compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao
COMPREENDE usuário para atendimento da integralidade da assistência à

DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE


saúde.
RENASES - RELAÇÃO NACIONAL

disporá sobre a RENASES em âmbito nacional, observadas as


diretrizes pactuadas pela CIT.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e


publicará as atualizações da RENASES.

pactuarão nas respectivas Comissões Intergestores as suas


UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL e MUNICÍPIOS responsabilidades em relação ao rol de ações e serviços
constantes da RENASES.

poderão adotar relações específicas e complementares de


ações e serviços de saúde, em consonância com a RENASES,
ESTADOS, DISTRITO FEDERAL e MUNICÍPIOS respeitadas as responsabilidades dos entes pelo seu
financiamento, de acordo com o pactuado nas Comissões
Intergestores.

Da Relação Nacional de Medicamentos


Essenciais – RENAME

Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos


Essenciais - RENAME compreende a seleção e a
padronização de medicamentos indicados para
atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS.

Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do


Formulário Terapêutico Nacional – FTN – que subsidiará
a prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos.

Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para

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dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional, observadas
as diretrizes pactuadas pela CIT.

Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde


consolidará e publicará as atualizações da RENAME, do
respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas.

Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município


poderão adotar relações específicas e complementares
de medicamentos, em consonância com a RENAME,
respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de
medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões
Intergestores.

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a seleção e a padronização de medicamentos indicados
COMPREENDE para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do

DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS
RENAME - RELAÇÃO NACIONAL SUS.

será acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional –


ACOMPANHAMENTO FTN – que subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso
dos seus medicamentos.

é o órgão competente para dispor sobre a RENAME e os


Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito
nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e


publicará as atualizações da RENAME, do respectivo FTN e
dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.

poderão adotar relações específicas e complementares de


medicamentos, em consonância com a RENAME,
ESTADOS, DISTRITO FEDERAL e MUNICÍPIOS respeitadas as responsabilidades dos entes pelo
financiamento de medicamentos, de acordo com o
pactuado nas Comissões Intergestores.

Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência


farmacêutica pressupõe, cumulativamente:

I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde


do SUS;

II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de


saúde, no exercício regular de suas funções no SUS;

III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME


e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou
com a relação específica complementar estadual,
distrital ou municipal de medicamentos e

IV - ter a dispensação ocorrido em unidades


indicadas pela direção do SUS.

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§ 1º. Os entes federativos poderão ampliar o acesso do
usuário à assistência farmacêutica, desde que questões
de saúde pública o justifiquem.

§ 2º. O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras


diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
especializado.

Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar


estadual, distrital ou municipal de medicamentos somente
poderão conter produtos com registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - ANVISA.

Seção I

Das Comissões Intergestores

Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a


organização e o funcionamento das ações e serviços de saúde
integrados em redes de atenção à saúde, sendo:

I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério


da Saúde para efeitos administrativos e operacionais;

II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à


Secretaria Estadual de Saúde para efeitos
III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no
administrativos e operacionais;
âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual de
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Saúde para efeitos administrativos e operacionais,
devendo observar as diretrizes da CIB.
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CIT CIB CIR
Secretaria Secretaria
Ministério da
Estadual de Estadual de
Saúde
Saúde Saúde

Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores


públicos de saúde poderão ser representados pelo Conselho
Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, pelo Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS e
pelo Conselho Estadual de Secretarias Municipais de
Saúde - COSEMS.

Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:

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I - aspectos II - diretrizes gerais
operacionais, financeiros sobre Regiões de Saúde,
e administrativos da
integração de limites
gestão compartilhada do
SUS, de acordo com a
geográficos, referência e
definição da política de contrarreferência e
saúde dos entes demais aspectos
federativos, vinculados à integração
consubstanciada nos seus das ações e serviços de
planos de saúde, saúde entre os entes
aprovados pelos federativos;
respectivos conselhos de
saúde;

III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e


interestadual, a respeito da organização das redes de atenção
à saúde, principalmente no tocante à gestão institucional e à
integração das ações e serviços dos entes federativos;

IV - responsabilidades
dos entes federativos na V - referências das
Rede de Atenção à regiões intraestaduais e
Saúde, de acordo com o interestaduais de
seu porte demográfico e atenção à saúde para o
seu desenvolvimento atendimento da
econômico-financeiro, integralidade da
estabelecendo as assistência.
responsabilidades
individuais e as solidárias
e

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Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a
pactuação:

I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;

II - dos critérios para o planejamento integrado das


ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão do
compartilhamento da gestão; e

III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das


questões operacionais das Regiões de Saúde situadas em
fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os
casos, as normas que regem as relações internacionais.

Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde

Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes


federativos para a organização da rede interfederativa de
atenção à saúde será firmado por meio de Contrato
Organizativo da Ação Pública da Saúde.

Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação


Pública da Saúde é a organização e a integração das
ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos
entes federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade
de garantir a integralidade da assistência aos usuários.

Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública


da Saúde resultará da integração dos planos de saúde dos
entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como
fundamento as pactuações estabelecidas pela CIT.
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Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde definirá
as responsabilidades individuais e solidárias dos entes federativos com
relação às ações e serviços de saúde, os indicadores e as metas de
saúde, os critérios de avaliação de desempenho, os recursos financeiros
que serão disponibilizados, a forma de controle e fiscalização da sua
execução e demais elementos necessários à implementação integrada
das ações e serviços de saúde.

§ 1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de garantia


de acesso às ações e aos serviços de saúde no âmbito do SUS, a partir
de diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.

§ 2º O desempenho aferido a partir dos indicadores nacionais de


garantia de acesso servirá como parâmetro para avaliação do
desempenho da prestação das ações e dos serviços definidos no Contrato
Organizativo de Ação Pública de Saúde em todas as Regiões de Saúde,
considerando-se as especificidades municipais, regionais e estaduais.

Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde conterá


as seguintes disposições essenciais:

I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais;

II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção,


proteção e recuperação da saúde em âmbito regional e inter-regional;

III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a


população no processo de regionalização, as quais serão estabelecidas de
forma individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a
capacidade de prestação das ações e dos serviços de cada ente
federativo da Região de Saúde;

IV - indicadores e metas de saúde;

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V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;

VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento


permanente;

VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em


relação às atualizações realizadas na RENASES;

VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas


responsabilidades; e

IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos


partícipes para sua execução.

Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas de


incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das ações e
serviços de saúde.

Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de


Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para fins
de garantia da gestão participativa:

I. estabelecimento de estratégias que incorporem a


avaliação do usuário das ações e dos serviços, como
ferramenta de sua melhoria;

II. apuração permanente das necessidades e interesses do


usuário e

III. publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde


em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas
unidades privadas que dele participem de forma
complementar.

Art. 38. A humanização do atendimento do usuário


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Paula Batista - 85668788253


será fator determinante para o estabelecimento das metas de
saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública de
Saúde.

Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato


Organizativo de Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo
CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua
implementação.

Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação


do SUS, por meio de serviço especializado, fará o controle e
a fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública da
Saúde.

§ 1º. O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do


art. 4o da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990,
conterá seção específica relativa aos compromissos
assumidos no âmbito do Contrato Organizativo de Ação
Pública de Saúde.

§2º. O disposto neste artigo será implementado em


conformidade com as demais formas de controle e
fiscalização previstas em Lei.

Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a


execução do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde,
em relação ao cumprimento das metas estabelecidas, ao seu
desempenho e à aplicação dos recursos disponibilizados.

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Paula Batista - 85668788253


Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o
Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde no sistema
de informações em saúde organizado pelo Ministério da
Saúde e os encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde
para monitoramento.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o


Ministério da Saúde informará aos órgãos de controle interno
e externo:

I. o descumprimento injustificado de responsabilidades


na prestação de ações e serviços de saúde e de outras
obrigações previstas neste Decreto;

II. a não apresentação do Relatório de Gestão a que se


refere o inciso IV do art. 4º da Lei nº 8.142, de 1990;

III. a não aplicação, malversação ou desvio de recursos


financeiros e

IV. outros atos de natureza ilícita de que tiver


conhecimento.

Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas as


ações e serviços de saúde que na data da publicação deste
Decreto são ofertados pelo SUS à população, por meio dos
entes federados, de forma direta ou indireta.
Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
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diretrizes de que trata o § 3º do art. 15 no prazo de cento e
oitenta dias a partir da publicação deste Decreto.
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.

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SOBRE O AUTOR
Meu nome é Fábio Silva, marido de Anne Louise e pai da
Valentina Silva. Atualmente exerço a profissão de Delegado
de Polícia Civil no Estado do Amazonas. Entretanto, já logrei
aprovação em outros concursos públicos, como por exemplo,
para Analista do Tribunal de Justiça do Amazonas.
Ministro aulas para concursos públicos há mais de 10 anos
nas disciplinas Direito Administrativo e Constitucional, bem
como Legislações Especiais.
Minha maior missão como professor nesta vida de concursos
públicos é motivar meus alunos no sentido de que é possível
alcançar a aprovação, que existe um novo futuro após esta
tempestade na sua vida, chamada preparação para
concurso público.
Conto com milhares de concurseiros nas redes sociais, onde
ministro aulas e dicas gratuitamente.
Aguardo seu comentário sobre este livro nas redes sociais:
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Qualquer dúvida, vai ser um prazer enorme poder ajudar no
que for possível!
Mande um WhatsApp: (92) 98116-3075.

Grande abraço!!!
Professor Fábio Silva

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