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EXERCÍCIO: “O problema da natureza dos juízos morais.

Sujeito A: Objetivismo; Sujeito B: Relativismo; Sujeito C: Subjetivismo

S.B: MENINAS, MENINAS! Ouviram que a eutanásia foi aprovada pelo parlamento? 
S.C: A sério? Onde viste isso? 
S.B: Nas notícias, deu ontem à noite no jornal da CMTV. 
S.A: Eu também vi isso. Disseram que a eutanásia pode ser pedida por pessoas que residem em
Portugal, com mais de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de
sofrimento ou doença incurável. 
S.B: Eu concordo plenamente com esta decisão. Se a maioria da sociedade concorda com a
mesma, então esta está correta. 
S.C: Não! Eu acho que essa decisão não deveria ser feita por uma sociedade, mas sim por cada
sujeito de acordo com as suas preferências, ideias ou crenças. 
S.A: Eu não concordo com o que estás a dizer. Esta escolha não devia ser feita por influência de
um sujeito ou de uma sociedade.  
S.B: Então porque não? Não existe uma verdade moral objetiva, culturas diferentes têm
códigos morais diferentes, por isso, eu acho que a decisão devia ser feita consoante a
sociedade em que o sujeito está inserido. 
S.C: Mas esses sujeitos como estão inseridos dentro de uma sociedade no qual nasceram e
viveram grande parte, senão, toda a sua vida e é lógico que tomem partido da cultura que os
fora incutido. Além de que se a eutanásia envolver uma pessoa próxima ou até apenas
conhecida, esta pode levar a uma influência na decisão tomada pelo sujeito devido à ligação
entre estes. 
S.A: Exatamente, as suas opiniões no assunto não são parciais, pois estas irão beneficiar ou
tomar partido das preferências e sentimentos do seu defensor. 
S. B: Então como é que pretendes testar a imparcialidade de uma justificação? 
S.A: Utilizando o véu da ignorância. Este permite que os indivíduos esqueçam a sua identidade
e aquilo que os favorece, de modo que ao tomar uma decisão não sejam influenciados pela
sua situação atual ou pelos laços que têm com as pessoas envolvidas no assunto. Desta forma,
poderão chegar a um consenso e tomar a decisão mais justa e acertada. 
S.C: Mas não é possível chegar a um consenso em relação a questões morais como esta, em
que todos os indivíduos tenham a mesma posição, pela diversidade de pessoas que por aí
existe e consequentemente pela diversidade de opiniões e posições que possuem. Eu penso,
então, que devemos tomar partido das opiniões dos sujeitos em causa, pelo que não
conseguimos encontrar uma posição universal. 
S.A: Apesar de não ser possível encontrar nenhum critério universal para determinar o que
está correto ou não, é possível observar como por exemplo na declaração universal dos
Direitos Humanos que mesmo que nem todos concordem, existe sim um relativo consenso em
relação a determinados direitos e determinados valores que devem servir como guias
orientadores. 
S.B: No entanto, se pensares dessa maneira estás a ser intolerante com a cultura de outras
sociedades impondo as tuas ideias e valores como se essas fossem superiores. 
S.C: Mesmo que tomemos atenção à cultura de outras sociedades, esta não invalida o facto
que a quantidade de membros que aceita um certo código moral não é condição suficiente o
para legitimar.  Além de que quando a cultura de uma sociedade ultrapassa e invade os limites
pessoais de um sujeito este não pode ser considerado correto, pois cada pessoa deve tomar
uma decisão consoante a posição e vontade de cada. 

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