Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
O carvão como rocha:
Petrologia e Métodos analíticos
Resumo: Este capítulo trata da caracterização do carvão como rocha, o qual é descrito com base
nos seguintes atributos: (i) composição petrográfica, (ii) grau de incarbonização e (iii) categoria.
Estas características, quando consideradas em conjunto, permitem definir a qualidade de um
carvão.
A composição petrográfica é apresentada com base no Sistema de Nomenclatura de Stopes-
Heerlen adoptado pelo International Committee for Coal and Organic Petrology – ICCP: Descrevem-
se, em pormenor, Macerais, Microlitótipos (conjuntamente com carbominerites e minerite) e
Litótipos. Consideram-se, ainda, aspectos petrográficos particulares, tais como: efeitos da tectónica,
oxidação natural, efeitos térmicos, coque e char naturais. Apresentam-se doze estampas
ilustrativas dos aspectos mais relevantes dos carvões quando observados ao microscópio.
O grau de incarbonização é apresentado com base em parâmetros de grau físicos e químicos e sua
correlação. Apresentam-se, ainda, as diferentes fases da evolução do grau (diagénese, metagénese
e catagénes) e as suas relações com o Anquimetamorfismo. Em complemento, os autores,
comparam as escalas de grau disponíveis para o carvão e para as outras rochas correspondentes a
fácies orgânicas em relação com a pesquisa de hidrocarbonetos líquidos e gasosos.
A categoria é descrita tendo em conta as inclusões minerais contidas na massa do carvão. Refere-se,
ainda, a incidência dos elementos vestigiais) (em traço) no uso industrial do carvão e na saúde
humana.
Em cada caso, listam-se os métodos normalizados para a determinação da composição
petrográfica, do grau de incarbonização e da categoria.
O capítulo finaliza com uma apresentação pormenorizada sobre o conceito de “fácies do carvão”
em relação com os ambientes deposicionais destes combustíveis fósseis. Apresentam-se os
diferentes métodos utilizados para este tipo de estudo baseados quer em microlitótipos, quer em
macerais.
42 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Abstract: In this chapter coal is presented as a rock characterized by the following three main
attributes: (i) petrographic composition, (ii) rank, and (iii) grade, which jointly permit to define
coal quality.
Petrographic composition is described by the Stopes-Heerlen international nomenclature, adopted
by the International Committee for Coal and Organic Petrology – ICCP. Macerals, Microlithotypes
(together with carbominerites and minerite) and Lithotypes are described in detail. Special
petrographic aspects such as the effect of tectonics, natural oxidation, thermal effects, as well as,
natural coke and char formation are also considered. A set of twelve plates illustrate the most
relevant aspects of coals when observed under the microscope.
Rank is presented in terms of physical and chemical rank parameters and their correlation. The
different phases of rank evolution (diagenesis, metagenesis, catagenesis) and their relationships
with anchimetamorphism are also considered. Additionally, the authors compare the different
rank scales available for for organic facies from coal to other sedimentary rocks related with oil and
natural gas exploration studies.
Grade is described in terms of mineral inorganic inclusions present in the coal matrix. Trace
elements and their impact on human health, resulting from the industrial use of coal, are also
addressed.
Standardized methods of analyses for petrographic composition, rank and grade are listed.
The chapter ends with a comprehensive presentation on the concept of “coal facies” in relation
with coal depositional environments. For such, diverse methods based on the use of both
microlithotypes and maceral are presented.
Palavras-chave: Anquimetamorfismo, Carbominerite, Carbonificação, Carvão, Carvão húmico,
Carvão sapropélico, Categoria, Char natural, Catagénese, Composição petrográfica, Coque
natural, Desprendimento instantâneo, Diagénese, Elementos vestigiais (em traço), Fácies do
carvão, Grau de incarbonização, Humificação, Incarbonização, Inclusão mineral, Litótipo,
Maceral, Metagénese, Microlitótipo, Minerite, Oxidação natural, Parâmetro de grau,
Poder reflector, Qualidade do carvão, Sistema de diáclases, Turbificação.
Key words: Anchimetamorphism, Carbominerite, Carbonification, Catagenesis, Cleat system, Coal,
Coal outburst, Coal quality, Coalification, Diagenesis, Facies of coal, Grade, Human coal,
Humification, Lithotype, Maceral, Metagenesis, Microlithotype, Mineral inclusions, Minerite,
Natural char, Natural coke, Natural oxidation, Peatification, Petrographic composition, Rank,
Rank parameter, Reflectivity, Sapropelic coal, Trace elements.
O Carvão na Actualidade 43
1.1. Introdução
O que se deixa dito permite, pois, compreender que, hoje em dia, a Qualidade
do um carvão se estabeleça a partir da definição conjunta da sua composição
petrográfica do seu grau e da sua categoria.
1
Muitos autores designam a composição petrográfica do carvão por tipo. Embora isto não constitua propriamente
um erro, a verdade é que se deve evitar a sinonímia referida, uma vez que a designação de “tipo” é, igualmente,
utilizada em Petrologia orgânica em outras acepções muito diferentes podendo, pois, a sua utilização levar a sérios
equívocos (Lemos de Sousa 1999).
2
Com excepção das lignites, os carvões húmicos apresentam-se, do ponto de vista macroscópico, usualmente
bandados, isto é, patenteando leitos ou bandas brilhantes, semibrilhantes, baços e fibrosos. Os leitos brilhantes
mostram-se, geralmente, mais ou menos fissurados.
3
Macroscopicamente e ao contrário do que se passa na generalidade dos carvões húmicos, os carvões sapropélicos não
se mostram bandados nem fissurados. Patenteiam superfície mate com aspecto gorduroso e fractura conchoidal.
44 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
4
A designação de Sistema Stopes-Heerlen deriva do facto de se considerar que as suas bases foram lançadas por Marie
Carmichael Stopes (1880-1958) (Stopes 1919, 1935) sendo adoptadas pelo ICCP na reunião de Heerlen, organizada,
em 1958, conjuntamente com o First International Congress on Coal Petrology (veja-se Proceedings of the International
Committee for Coal Petrology, Nr 3, 1960) e o 4ème Congrès pour l’avancement des études de Stratigraphie et de Géologie
du Carbonifère. Para compreender o desenvolvimento histórico do assunto faz-se notar que Stopes apenas tratou os
caso dos litótipos (Stopes 1919) e dos macerais (Stopes 1935), embora o termo litótipo só tenha sido adoptado pelo
ICCP muito mais tarde, com base numa proposta, por carta de 1954, de Clarence Arthur Seyler (1866-1959) à então
Comissão de Nomenclatura (veja-se ficha “Lithotype” ICCP 1963). O conceito de microlitótipo foi, por sua vez, adoptado
pelo ICCP, igualmente sob proposta baseada na já referida carta de 1954 de Seyler (veja-se ficha “Microlithotype” ICCP
1971).
O Carvão na Actualidade 45
1.2.1. Macerais
5
Este manual de base teve uma 1ª edição, muito incipiente, em 1957 (ICCP 1957) cujo texto foi, pouco depois,
incorporado na 2ª edição (ICCP 1963) (veja-se Capítulo 1).
46 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Por outro lado, há que notar que muito embora a composição petrográfica,
traduzida nos macerais presentes num dado carvão, dependa,
fundamentalmente, do material vegetal que lhe deu origem, essa mesma
composição petrográfica é susceptível de evoluir, por modificações verificadas
em alguns constituintes elementares, no decurso da incarbonização crescente.
Estabeleceram-se, assim, por razões práticas, nomenclaturas diferentes para os
macerais dos carvões de grau inferior e para os carvões de grau médio e de
grau superior6. No entanto, os macerais podem, em ambos os casos, reunir-se
nos seguintes três grandes agrupamentos (Quadro 2.1):
6
Para a terminologia da classificação dos carvões veja-se Capítulo 3.
O Carvão na Actualidade 47
Quadro 2.1 - Sistema de Nomenclatura Internacional de Stopes-Heerlen (SH) – Macerais e seus agrupamentos. Síntese
de terminologia segundo ICCP (1963, 1971, 1976, 1993) e revisões correspondentes ao chamado “Sistema ICCP 1994”
(ICCP 1998, 2001, Sýkorová et al. 2005).
48 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
O Carvão na Actualidade 49
Quadro 2.2 - Sistema de Nomenclatura Internacional de Stopes-Heerlen (SH) – Macerais e seus agrupamentos e
correspondência entre o grupo da huminite (Sýkorová et al. 2005) e o grupo da vitrinite (ICCP 1998). Em ambos os
casos, as terminologias são as do chamado “Sistema ICCP 1994”, actualmente em vigor.
Grupo da Vitrinite
Grupo da Huminite (carvões de grau inferior)
(carvões de grau médio e de grau superior)
Variedade Tipo de Maceral Maceral Subgrupo Subgrupo Maceral
A (escura)
Textinite Telinite
B (clara)
Telo-huminite Telovitrinite
A (escura)
Ulminite Colotelinite
B (clara)
Flobafinite
Pseudoflobafinite
Gelinite Gelinite
Levigelinite Gelo-huminite Gelovitrinite
Porigelinite
Corpo-huminite Corpogelinite
Atrinite Colodetrinite
Detro-huminite Detrovitrinite
Densinite Vitrodetrinite
Quadro 2.3 - Sistema de Nomenclatura Internacional de Stopes-Heerlen (SH) – Comparação de terminologias dos
macerais e seus agrupamentos do grupo da vitrinite segundo as classificações adoptadas pelo ICCP em 1971 (ICCP 1971)
e em 1998 (ICCP 1998), esta última em vigor.
Antigo sistema (ICCP 1971) Novo sistema: “Sistema ICCP 1994” (ICCP 1998)
Macerais Submacerais Macerais Subgrupos
Telinite 1
Telinite Telinite
Telinite 2 Telovitrinite
Telocolinite Colotelinite
Corpocolinite Corpogelinite
Colinite Gelovitrinite
Gelocolinite Gelinite
Desmocolinite Colodetrinite
Detrovitrinte
Vitrodetrinite Vitrodetrinite
50 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Quadro 2.4 - Sistema de Nomenclatura Internacional de Stopes-Heerlen (SH) – Comparação de terminologias dos
macerais e seus agrupamentos do grupo da huminite segundo as classificações adoptadas pelo ICCP em 1971 (ICCP
1971) e em 2005 (Sýkorová et al. 2005), esta última em vigor.
Antigo sistema (ICCP 1971) Novo sistema: “Sistema ICCP 1994” (Sýkorová et al. 2005)
Submaceral (tipo) Maceral Subgrupo Subgrupo Maceral Tipo de Maceral Variedade
A (escura)
Textinite Textinite
B (clara)
Humotelinite Telo-huminite
Textulminite A (escura)
Ulminite Ulminite
Eu-ulminite B (clara)
Levigelinite
Levigelinite Porigelinite
Gelinite Gelinite
Porogelinite Flobafinite
Humocolinite Gelo-huminite
Pseudoflobafinite
Flobafinite
Corpo-huminite Corpo-huminite
Pseudoflobafinite
Atrinite Atrinite
Humodetrinite Detro-huminite
Densinite Densinite
O Carvão na Actualidade 51
Este grupo, tal como o descrito anteriormente, é, em boa parte, constituído por
tecidos em diferentes estados de conservação, pelos respectivos detritos e,
bem assim, por geles. Pelo facto de patentearem propriedades análogas aos
dos restantes macerais do grupo da inertinite, igualmente se incluem neste
agrupamento os restos de fungos fossilizados e, ainda, secreções vegetais
oxidadas presentes nos carvões.
52 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Por outro lado, a fusinite ocorre, a mais das vezes, sob a forma de fragmentos,
mais ou menos decompostos em condições aeróbicas tradicionalmente
designados por degradofusinite [Estampa 4 – 1 e 2; Estampa 9 – 7]. Admite-se,
além disso, que a chamada pirofusinite se formou em condições extremas de
oxidação aquando do incêndio de florestas.
A semifusinite corresponde, por sua vez, a tecidos que, para além de terem a
estrutura botânica menos bem conservada do que a fusinite, estão num estado
intermédio de oxidação [Estampa 4 – 3 a 5]. O jogo conjunto dos fenómenos de
gelificação e de fusinização explica, outrossim, que se encontrem todos os
termos de transição entre a fusinite, a semifusinite, a telinite e, mesmo, a
colotelinite [Estampa 4 – 5].
9
Antes da revisão que levou à integração do grupo da inertinite no “Sistema ICCP 1994” as actuais funginite e
secretinite, embora descritas separadamente, eram englobadas, por mera convenção baseada na similitude de
propriedades físicas, num só maceral, designado por esclerotinite. Na altura, reconhecendo já a diferente origem da
secretinite era comum designá-la por resina fusinizada, com vista a diferencia-la da restante esclerotinite
constituída por restos de fungos. Os trabalhos na base da designação da actual secritinite estão sintetizados em Lyons
& Mastalerz (2001). Subsequentemente, foram dados à estampa outros importantes trabalhos sobre a funginite por
parte de Hower et al. (2009, 2011a,b).
O Carvão na Actualidade 53
(v) Secritinite10
(vi) Micrinite
Este maceral é constituído por granulações muito finas, por convenção, com
dimensões inferiores ou iguais a 2μm, de modo a separar micrinite de
inertodetrinite, exibindo propriedades idênticas às dos outros constituintes do
grupo da inertinite [Estampa 4 – 7). Admite-se que a micrinite seja um maceral
de neoformação. Contudo, a sua origem continua discutível. Assim para
Teichmüller (1974b) trata-se de um maceral que se forma, fundamentalmente,
no decurso da incarbonização, o que, segundo esta autora, explica o facto de
não se encontrar nos carvões de grau inferior. Casos há, porém, em que não se
pode negar a existência de micrinite com origem detrítica (Delattre & Mériaux
1966, Prado et al. 1991).
O grupo da inertinite ainda não foi revisto no âmbito do “Sistema ICCP 1994”.
Contudo, o progresso registado no seu conhecimento tem sido notável já que
se trata de constituintes que entram também e, mesmo maioritariamente, quer
na composição dos carvões sapropélicos (carvão cannel, essencialmente
constituído por esporos, e carvão boghead, em cuja composição predominam
10
Veja-se nota infrapaginal 9.
54 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
algas11, quer nos xistos betuminosos (oil shales dos autores de língua inglesa)
(veja-se, também, Capítulo 1), sendo que estes últimos constituem, afinal, um
termo litológico que mais não representa do que a fácies dos carvões
sapropélicos em condições de teor em cinzas superior a 50%, em massa,
calculado na base “seco”. De facto, tem sido muito elevado, em quantidade e
em qualidade, o número de publicações recentes tanto sobre carvões
sapropélicos como sobre xistos betuminosos (Püttmann et al. 1986, Hutton
et al. 1980, Hutton 1987, Hutton & Hower 1999) o que contribuiu,
embora indirectamente, para um grande progresso no conhecimento dos
macerais do grupo da liptinite.
Temos a considerar:
(iii) Resinite
O Carvão na Actualidade 55
12
Veja-se, também, o trabalho de Crelling (1995) sobre a revisão da resinite em carvões norte-americanos.
56 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
revisão mais ampla, ainda em curso, do grupo da liptinite com vista à sua
integração no “Sistema ICCP 1994”13.
1.2.2. Microlitótipos
1.2.3. Litótipos
O Carvão na Actualidade 57
MICROLITÓTIPOS GRUPOS
Composição maceral Composição em grupos de
Designação Designação
(pura) 1 macerais (puros) 1
C >95% (Colite) 2
Vitrite
MICROLITÓTIPOS MONOMACERAIS
Duroclarite V>I, L
Trimacerite
V+I+L >5% Vitrinertoliptite L>I, V
V, I, L
Clarodurite I>V, L
1
Os microlitótipos podem, obviamente, conter inclusões minerais. Convencionou-se que os microlitótipos só se contam segundo as designações que
constam deste quadro se a sua densidade for inferior a 1,5g/cm3. Acima deste limite, os microlitótipos entram na designação genérica de
Carbominerite (Carbargilite, Carbopirite, Carbanquerite, Carbossilicite e Carbopoliminerite).
2
Termos em discussão e ainda não utilizados oficialmente.
3
Conforme o tipo de esporos presentes, Stach considerou, desde 1952, a durite dividida em crassidurite (com esporos de parede espessa) e
tenuidurite (com esporos de parede fina) (Stach 1955).
Por sua vez, a composição em macerais e grupos de macerais dos litótipos dos
carvões de grau médio e de grau superior (Alpern et al. 1970) é a que consta do
Quadro 2.7.
58 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Quadro 2.6 - Sistema de nomenclatura internacional de Stopes-Heerlen (SH) – Litótipos dos Carvões de grau inferior
(lignites) (segundo ICCP 1993).
Quadro 2.7 - Sistema de nomenclatura internacional de Stopes-Heerlen (SH) – Litótipos dos Carvões de grau médio e
de grau superior e sua composição em macerais e grupos de macerais (segundo Alpern et al. 1970).
O Carvão na Actualidade 59
60 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
O Carvão na Actualidade 61
62 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
O Carvão na Actualidade 63
64 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
15
Este autor pronunciou-se pela inexistência de diferenças expressivas na determinação do poder reflector entre
amostras de afloramento e de profundidade. Isto levou o autor em referência a fazer a afirmação, totalmente inexacta,
de que “no decurso da prospecção, o poder reflector de um carvão de afloramento pode servir de útil guia para o
conhecimento das propriedades dos carvões mais profundos” (Chandra 1962), asserção com a qual, aliás, julgou
confirmar conclusões, igualmente erradas, já antes emitidas com base em estudos de oxidação artificial (Chandra
1958).
16
Alpern & Maume (1969) interpretaram o fenómeno de maneira que “tudo se passa como se, no caso da alteração
geológica, as capacidades de evolução segundo o processo normal de incarbonização (com aumento correlativo do
O Carvão na Actualidade 65
Os factos expostos mostram que muito ainda há a investigar para que se atinja
um conhecimento razoável do fenómeno da oxidação do carvão por
meteorização e dos mecanismos envolvidos, não obstante ser este o aspecto,
quanto a nós, mais importante dentre todos os casos de oxidação conhecidos
nestes combustíveis fósseis sólidos, já que pode levar à combustão espontânea
poder reflector) tivessem sido bloqueadas (donde resultariam poderes reflectores mais baixos) na zona atingida pelo
oxigénio, tornada, por este facto, menos transformável, mais inerte química e fisicamente”. E mais adiante afirmam o
seguinte: “Explicamos estas observações pelo bloqueio precoce, nas zonas oxidadas, dos processos evolutivos devidos à
incarbonização”. Contudo, para que tal hipótese genética pudesse ser válida seria necessário admitir que os
afloramentos das camadas, tal como hoje os conhecemos, existiam já na altura em que os fenómenos de
incarbonização actuaram. Ora, conforme se deduz da história geológica das bacias carboníferas, tal é insustentável,
tudo levando a admitir que, pelo contrário, a incarbonização teve lugar, na maioria dos casos conhecidos, antes da
tectónica ter actuado sobre as camadas. Deste modo, só depois de acções dinâmicas muito posteriores à
incarbonização se terem feito sentir é que é possível admitir que a erosão conduziu ao aparecimento dos afloramentos.
Não nos parece, pois, que tenha havido qualquer bloqueamento precoce da capacidade evolutiva.
17
Chandra (1966) refere que tendo deixado carvões de diferentes graus de incarbonização sujeitos, durante dez anos,
às condições atmosféricas verificou a inexistência de modificações no poder reflector. Isto levou-o a formular, mais
uma vez, a seguinte conclusão errada: “não é necessário armazenar numa atmosfera inerte as amostras de carvão
destinadas à análise petrológica”.
66 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Do que ficou dito importa, por isso, especialmente reter que não é possível
promover estudos petrológicos de base (excepto os ligados ao próprio
fenómeno da oxidação natural) e, por maioria de razão, pesquisas de
caracterização de carvões para fins tecnológicos em amostras colhidas em
afloramento ou expostas às condições atmosféricas durante largo espaço de
tempo, sob pena das características do combustível ensaiado se ficarem a
conhecer com apreciável distorção. A este propósito é, ainda, de notar que um
curioso e útil método baseado na “classificação racional de Francis” (veja-se
Capítulo 3) e proposto por este mesmo autor (Francis 1961) é, ainda hoje, o
único susceptível de permitir, pelo menos em certos casos, a determinação
aproximada dos teores em carbono e em hidrogénio de um carvão não
oxidado a partir do conhecimento de idênticos parâmetros em amostra
oxidada correspondente.
O Carvão na Actualidade 67
coque natural pode ter lugar quando se verifique um choque térmico súbito
como no caso de raios de uma trovoada (Pearson & Creaney 1980).
Por outro lado, sendo hoje bem conhecidas as condições em que, na indústria,
o carvão se transforma em coque, autores houve (Kwiecińska et al. 1992,
Correia 1993, Méndez Cecilia 1985) que, aplicando tais conhecimentos,
lograram deduzir o grau de incarbonização do carvão de uma camada
aquando da sua transformação em coque natural contribuindo, assim, para o
estabelecimento de um modelo geológico-genético de jazigo mais fidedigno
com vista ao seu melhor aproveitamento económico. De facto, os maciços de
carvão transformados em coque natural não são, em princípio, aproveitáveis
para a mineração já que, embora se trate de verdadeiros coques, os coques
naturais não possuem os requisitos de qualidade, nomeadamente de
resistência mecânica, para poderem ser usados na indústria.
68 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
18
O sistema normativo ASTM possui as seguintes normas para idêntico fim: ASTM D2797/D2797M-11a e ASTM D5671-
95 (2011).
19
O sistema normativo ASTM possui a seguinte norma para idêntico fim: ASTM D2799-11.
20
Em recente publicação, Bustin (1991) alerta para precisões que podem ser importantes nos resultados da análise
maceral.
21
A norma ISO 7404-3:2009 foi, em princípio concebida para a análise de grupos de macerais: contudo, pode-se aplicar
a mesma metodologia para a determinação da percentagem, em volume, de qualquer grupo de macerais em separado
ou, mesmo, de um maceral individual.
O Carvão na Actualidade 69
70 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
O grau não é, porém, uma grandeza directamente mensurável. Assim, para que
a sua determinação seja possível há que recorrer a propriedades físicas e/ou
químicas ou, ainda, a parâmetros físico-químicos, cuja variação seja
significativa no decurso da incarbonização e, a partir da medição dessas
propriedades ou dos resultados obtidos nos ensaios, quantificar, então, o
conceito. Uma propriedade nas condições indicadas designa-se por parâmetro
de grau. Temos a considerar:
22
Veja-se, também, Capítulo 3.
23
Podem-se retirar importantes ensinamentos sobre a génese da grafite com base em experiências de laboratório
sobre antracites e, mesmo, cerogéneo (Bustin et al. 1995a,b). Os estudos publicados sobre grafitização dos carvões da
Bacia Carbonífera do Douro (Rodrigues et al. 2011a,b) são referidos, no seu respectivo enquadramento, no Capítulo 5.
O Carvão na Actualidade 71
Note-se, por último, que, dentre os possíveis, nem todos os parâmetros de grau
se podem considerar bons para o efeito ao longo da escala de incarbonização.
Realmente, para que um parâmetro de grau seja utilizável é necessário que a
sua variação seja significativa o que, geralmente, só se verifica em zona(s) mais
ou menos restrita(s) da mesma escala. Os parâmetros de grau mais universais
são o teor em carbono e o poder reflector da huminite-vitrinite. Não obstante o
condicionalisrno apontado é, contudo, possível apresentar curvas que
traduzem relações gerais entre parâmetros físicos e químicos de
incarbonização ao longo da respectiva escala, as quais são de manifesta
utilidade na medida em que permitem, uma vez estabelecidas as respectivas
correlações, estimar uma propriedade a partir do conhecimento da outra. A
título de exemplo de curvas de algumas dessas relações referimos as
publicadas na ficha “Rank” (ICCP 1963) e respectivo suplemento (ICCP 1971),
por Stach et al. (1982 – fig. 123, p.401), por Taylor et al. (1998 – fig. 3.14, p.103) e
as que aqui se apresentam nas Figs. 2.1 a 2.3.
72 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
seguramente, o motivo pelo qual, mais do que no caso das camadas de carvão,
em que a matéria orgânica está concentrada, o fenómeno seja particularmente
sensível e importante no caso da matéria orgânica dispersa.
Densidade corrigida g/cm3
Cssc %
Figura 2.1 - Relações densidade corrigida (dcorrigida) – teor em carbono na base seco sem cinzas (C[ssc]) (segundo Lemos
de Sousa 1977a).
Os pontos de maior dimensão correspondem aos valores determinados em metantracites da Bacia Carbonífera do
Douro. Todos os outros pontos se referem a valores de determinações congéneres anteriormente publicados por
Dulhunty & Penrose (1951), Franklin (1949), Sherlock (1950, 1951) e Sun & Campbell (1966).
O Carvão na Actualidade 73
R%
Cssc %
Figura 2.2 - Relações valores médios do poder reflector máximo ( Rmáx ) e do poder reflector mínimo ( Rmin ) da
vitrinite – teor em carbono na base seco sem cinzas (C[ssc]) (segundo Lemos de Sousa 1979).
Os pontos referem-se a pares de valores publicados por Alpern & Lemos de Sousa (1970), Broadbent & Shaw (1955),
Huntjens & van Krevelen (1954), Murchison (1958) e Lemos de Sousa (1979).
74 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Por outro lado, atendendo a que boa parte dos autores considera a
humificação ou turbificação como parte integrante da incarbonização,
admite-se, classicamente, que o fenómeno que está na base da aquisição do
grau se processa em duas fases principais, a saber:
O Carvão na Actualidade 75
O que se deixa dito permite, assim, compreender, por exemplo, que as bacias
de Moscovo e do Douro, ambas datando do Carbonífero, possuam carvões com
grau tão afastado: lignites muito pouco evoluídas no caso da Bacia de Moscovo
e antracites A ou metantracites - as mais evoluídas conhecidas no domínio
Norte-Atlântico - na Bacia Carbonífera do Douro. De facto, situando-se a Bacia
de Moscovo numa área cratónica não foi, desde o tempo da sua formação,
sujeita nem a condições significativas de afundimento, nem à acção de
fenómenos ígneos importantes, ao passo que a Bacia do Douro foi submetida,
no Paleozóico final e logo após a sua formação, a um complexo historial
geológico ligado à orogenia varisca, incluindo a implantação de corpos ígneos
(Domingos et al. 1983, Pinto 1985, Lemos de Sousa 1977b, 1978b).
76 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Ra %
Cssc %
Figura 2.3 - Relações valores médios do poder reflector aleatório ( Ra ) – teor em carbono na base seco sem cinzas
(C[ssc]) (segundo Lemos de Sousa 1979).
Os pontos referem-se a pares de valores publicados por Alpern & Lemos de Sousa (1970), Broadbent & Shaw (1955),
Huntjens & van Krevelen (1954), Murchison (1958) e Lemos de Sousa (1979).
O Carvão na Actualidade 77
(ii) 2º salto de incarbonização - Foi o primeiro a ser identificado por Stach (1953)
nos macerais do grupo da liptinite e o único durante muito tempo conhecido,
pelo que, igualmente, se designa por “salto de incarbonização de Stach”.
Ocorre quando o grau de um carvão corresponde a cerca de 87% de
carbono [ssc], 29% de matérias voláteis [ssc] e a 1,3% de poder reflector
aleatório da vitrinite. Este salto é causado por uma marcada redução de
oxigénio, libertado durante a incarbonização sob a forma de CO2 e H2O, e pelo
início da perda de hidrogénio sob a forma de metano.
78 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Escalas:
(A) - Matérias voláteis - segundo Karweill (1956-p.137);
(B) - Matérias voláteis - por correcção de (A) a partir da relação profundidade relativa-MV estabelecida por Teichmüller e Teichmüller (1968-fig. 10);
(C) - Poder reflector médio - em resultado da conversão de (B) tendo em conta os elementos publicados por Teichmüller (1971-fig. 2);
(D) - Poder reflector máximo - em resultado da conversão de (B) tendo em conta os elementos publicados por Alpern e Lemos de Sousa (1970-fig. 1)
e De Vries et al. (1968-figs. 8 e 11);
(E) - Zonas de incerteza na conversão matérias voláteis-poder reflector máximo, segundo os elementos utilizados em (C) e (D) e em Kötter (1960) e
Lensch (1963);
(F) - Poder reflector máximo - por correcção de (D) segundo as investigações de Bostick (1973-fig. 7);
(G) - Matérias voláteis - em resultado da conversão de (F) tendo em conta os elementos mencionados em (D).
Figura 2.4 - Diagrama de Karweill no qual se relaciona tempo de afundimento, temperatura e grau dos carvões
(segundo Bostick 1973).
O Carvão na Actualidade 79
em certa medida pelo grau, este último, sem dúvida, a principal das três
características de um carvão.
Por último, refira-se que, uma vez reconhecido que as leis de incarbonização
são as mesmas para o conjunto dos caustobiólitos, tal facto está na base do
grande desenvolvimento entretanto verificado na Petrologia orgânica, já que a
primeira fase da prospecção dos principais produtos petrolíferos,
correspondentes aos hidrocarbonetos líquidos (petróleos brutos) e gasosos
(gás natural), pode, de modo eficaz, rápido e económico, ser efectuada a partir
do conhecimento do grau de incarbonização dos caustobiólitos presentes numa
bacia sedimentar. Realmente, já no início do século, D. White havia identificado
nos EUA uma relação entre o grau de incarbonização e a presença de petróleo
nas bacias sedimentares. Porém, só mais tarde, Wassojewitsch et al. (1969)
quantificou o fenómeno, em termos modernos e, numa primeira aproximação,
através de importante diagrama - diagrama de Wassojewitsch - no qual se
estabelecem as zonas de geração/conservação do petróleo bruto e do gás
natural (Zonas petrolíferas de Wassojewitsch) em função do grau dos
carvões expresso a partir de parâmetros tradicionais (veja-se Figs. 2.6 e 2.7). Ora,
o reconhecimento, referido a propósito do estudo da composição petrográfica,
da presença nos carvões de hidrocarbonetos susceptíveis de evoluírem com a
incarbonização e, inclusivamente, de migrarem permitiu não só confirmar o
rigor das observações anteriores, mas também efectuar uma previsão
bastante mais exacta das zonas de aparecimento e de desaparecimento do
petróleo bruto e do gás natural25 em relação com o grau de incarbonização.
25
O aparecimento de petróleo líquido (início da “Zona do Petróleo” de Wassojewitsch) pode, igualmente,
correlacionar-se com o 1º salto de incarbonização. Por sua vez, o desaparecimento de petróleo líquido (fim da “Zona do
Petróleo” de Wassojewitsch) pode correlacionar-se com o 2º salto de incarbonização.
80 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Este último, por seu lado, é hoje fácil de reconhecer a partir de investigações
tanto do foro da Petrologia orgânica – i.e. o estudo óptico das partículas
orgânicas dispersas (veja-se, por exemplo, Mukhopadhyay & Dow 1994, Durand
1980) – como do domínio da Geoquímica orgânica (veja-se, por exemplo,
Alpern 1980, 1987, Bartenstein & Teichmüller 1974a,b, Durand 1980, Robert
1980, 1985, 1988, Scott & Fleet 1994, Teichmüller 1974a, b, Teichmüller &
Teichmüller 1981, etc., só para citar os autores clássicos).
Lip
e
V=Vitrinite%
it
t
Composição
rin
init
L=Liptinite%
V it
maceral
e
I=Inertinite%
Inertinite
I=15
L=20
V=75 =1 0
10 I
= 80 L=
V 20 5
5 I= I= 3
80
5 L= L =5 5
I=
V = 7
60 I=6
5
= =5
L=
V L
30
15
V=
V=
Figura 2.5 - Influência da composição maceral sobre o grau traduzido pela relação poder reflector (R %) - matérias
voláteis (MV %). Note-se, por exemplo, que para o grau, expresso em termos de poder reflector, de 1% o teor em
matérias voláteis pode variar, em função da composição maceral, de 20 a 40% (segundo Alpern 1969a, 1979, 1981,
1984, modificado com dados de Lemos de Sousa 1984).
O Carvão na Actualidade 81
Grau MVssc
R%
%
Alemanha
Escalas: (A) Gutjahr (1966); (B) Ottenjann et al. (1974a, b, 1975); (C) Wassojewitsch et al. (1969).
Figura 2.6 - Escalas ópticas de incarbonização em relação com o grau dos carvões e com as “Zonas petrolíferas de
Wassojewitsch” (segundo Teichmüller 1974a,b, Taylor et al. 1998, modificado).
1) Q = relação vermelho/verde do espectro de fluorescência. Escalas: (A) Ammossov & Sju I (1961); (B) Hood & Gutjhar (s.d.); (C) Wassojewitsch et al. (1969).
Figura 2.7 - Relação entre diferentes propriedades dos carvões e as “Zonas petrolíferas de Wassojewitsch” (segundo Teichmüller 1974a,b, Taylor et al. 1998, modificado por
Lemos de Sousa 1978a).
82
V-L
(L)
te
iptini
L
MVssc %
Cssc %
Figura 2.8 - Representação esquemática da evolução de alguns macerais no decurso da incarbonização, principais índices petrográficos e “Zonas petrolíferas de Wassojewitsch”
(segundo Alpern 1970, Alpern & Lemos de Sousa 1970).
83
84 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Cabe, ainda, referir que, após os estudos pioneiros de Wassojewitsch nos anos
sessenta, o tema não mais deixou de ser investigado, sendo que foram
apresentados sucessivos novos diagramas implicando parâmetros tanto
petrológicos como geoquímicos, cada vez mais diversificados e refinados em
termos quantitativos e de precisão de medições, com vista a relacionar o grau
de incarbonização com a “Zona do petróleo de Wassojewitsch” (Robert 1980,
1985, 1988, Taylor et al. 1998, Fig. 3.40, p.135). Este trabalho deve-se, sem
dúvida, em grande parte, aos geoquímicos orgânicos que, entretanto –
assinale-se –, passaram a utilizar uma terminologia própria para designar. de
modo, por vezes, substancialmente diferente, os mesmos conceitos dos
petrógrafos orgânicos clássicos. Com efeito, a “justificação” é que a “nova”
terminologia se refere ao estudo de rochas-mãe, e não a carvões com base nos
quais tinha sido desenvolvida a terminologia dita clássica. São exemplos típicos
desta situação o facto de os geoquímicos orgânicos passarem a designar a
“incarbonização” por Metamorfismo orgânico (Organic metamorphism dos
autores de língua inglesa)26, o “grau de incarbonização” por grau ou nível de
maturação (degree ou level of maturation dos autores de língua inglesa)27 e a
“Zona do Petróleo” de Wassojewitsch por “Janela do Petróleo” (Oil window
dos autores de língua inglesa), conceito introduzido por Pusey III (1973). Refira-
se, ainda, que o estudo dos hidrocarbonetos gerados pelo carvão, i.e. o já acima
referido “Metano do carvão em camada” – tema que constitui um excelente
exemplo do actual e indispensável entrosamento entre a Petrologia e a
Geoquímica orgânicas –, levou a sentir a necessidade de refinar a “escala”
clássica das fases de aquisição da incarbonização no caso dos carvões, i.e.
“diagénese” seguida de “anquimetamorfismo” (este, incorporando a “catagénese”
e a “metagénese”), para os seguintes cinco termos propostos por Levine (1993):
26
O conceito de Metamorfismo orgânico abrange a totalidade da escala de incarbonização compreendendo as fases
sucessivas da diagénese, catagénese e metagénese.
27
Há que ter em atenção não confundir o conceito de “maturação”, i.e. o grau de evolução do Metamorfismo
orgânico de uma formação geológica referido a uma escala incarbonização, com o conceito de “maturidade”
(maturity dos autores de língua inglesa) reservado, pelos geoquímicos orgânicos, para distinguir o estado de evolução
dos hidrocarbonetos presentes nas formações, por exemplo “petróleo”, “gas húmido”, “gás seco”, etc. (a título de
exemplo, veja-se Taylor et al 1998, Fig. 3.40, p.135).
O Carvão na Actualidade 85
86 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
(iv) tonsteins;
O Carvão na Actualidade 87
Por outro lado, o estudo dos elementos menores e vestigiais (traço) presentes
nos carvões foi, no passado, levado a efeito com variados objectivos, desde a
simples investigação geoquímica das bacias ligada à sua génese (Alpern &
Morel 1968), até investigações sobre o aproveitamento económico de destes
contidos nas cinzas, tema este de grande actualidade e recentemente
88 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
sintetizado por Seredin & Finkelman (2008) a respeito do que designam por
“metalliferous coals”.
28
Casos há em que já se começam a esboçar importantes e modernas sínteses como, por exemplo, sobre os
carvões chineses (Dai et al. 2012).
O Carvão na Actualidade 89
Quadro 2.8 - Principais inclusões minerais presentes no carvão (enquadramento clássico adaptado de Mackowsky
1968b).
Génese
Singenéticos (intercrescidos) Epigenéticos
Grupos de
Transformados a partir de
Minerais Transportados pela água ou Depositados em cavidades
De neoformação minerais singenéticos
pelo vento ou fissuras
(intercrescidos)
Minerais de
Caulinite, Ilite, Sericite, etc. (“Tonsteins”) Ilite, Clorite
argila
Concreções de Siderite-
Anquerite, Calcite,
Anquerite, Dolomite,
Carbonatos Dolomite
Calcite, Anquerite
Siderite, Calcite e Anquerite no fusino
Pirite, Marcassite, Blenda,
Concreções de pirite Pirite resultante da
Galena, Calcopirite transformação de concreções
Sulfuretos
singenéticas de siderite
Pirite no fusino
Óxidos Hematite Goethite
Quartzo Quartzo Calcedónia e Quartzo Quartzo
Fosfatos Apatite Fosforite
Minerais Zircão, Rútilo, Cloretos, Sulfatos e
pesados Turmalina, Biotite Nitratos diversos
90 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
31
Chama-se a atenção para o facto de, na prática e ao microscópio, os limites de densidade referidos para os
microlitótipos se traduzirem em volume, em percentagem, pelo número de pontos identificados por área do campo.
O Carvão na Actualidade 91
92 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
O Carvão na Actualidade 93
Diessel (2007), por sua vez, refere ainda que a estratigrafia sequencial pode ser
utilizada para prever a arquitectura de deposição dos sedimentos baseada no
princípio de que a sobreposição e a variação lateral de fácies são amplamente
determinadas pelo ritmo a que a acomodação é efectuada abaixo do nível de
base de deposição relativamente à taxa de fornecimento de sedimentos. O
94 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Por outro lado, apesar de, hoje em dia, já se conhecerem com bastante
pormenor os processos que condicionam a deposição e formação do carvão, a
verdade é que, quando se pretende designar este ou aquele ecossistema
específico, não existe, internacionalmente, uma uniformidade de critérios. A
proliferação de termos usados nestas circunstâncias, associada aos distintos
significados atribuídos a cada um deles, conduz a indefinições e, certamente, a
falsas interpretações, que em nada contribuem para o esclarecimento de
aspectos importantes relacionados com esta temática. Assim, na terminologia
de língua inglesa, o termo mire é usado, em todos os casos, para designar,
genericamente, as zonas propícias à acumulação de turfa (Moore & Belamy
1973, Gore 1983, McCabe 1987, Moore 1987, 1989, 1995, Teichmüller 1989,
Diessel 1992, Taylor et al. 1998), sendo, muitas vezes, até utilizado como
sinónimo de turfeira (peatland dos autores de língua inglesa). Contudo, o
conceito exclui, à partida, todos os ecossistemas que, embora permitam a
acumulação de matéria orgânica de origem vegetal, não reúnem as condições
mínimas (ausência de nutrientes e de oxigénio e, por conseguinte, diminuição
da actividade microbiana) para que haja uma quantidade significativa de
matéria orgânica preservada por humificação (vejam-se item 1.1 e item 1.3.3 do
presente capítulo) de forma a constituir uma turfeira. Por maioria de razão
estão, também, excluídos deste conceito todos os ecossistemas relacionados
com a deposição e formação dos carvões sapropélicos34. Autores há que têm
contribuído para o aumento da confusão ao considerarem, sob a designação
genérica de mire, certos ecossistemas representados por terrenos inundados
sem condições para a acumulação de turfa, normalmente designados pelo
termo marsh35 o qual, segundo McCabe (1987) e Moore (1987), não deve ser
incluído no conceito de mire. Realmente, para os autores referidos o termo mire
deve ser aplicado de forma a abranger todos os ambientes não salinos onde é
34
Recorde-se que os carvões sapropélicos são gerados, por putrefacção, em ambientes subaquáticos com vegetação
flutuante ou matéria orgânica alóctone (Diessel 1992).
35
Os termos marsh e saltmarsh são utilizados pelos autores norte-americanos para designar as zonas inundadas com
vegetação herbácea em ambientes de água doce ou salgada, respectivamente. Na terminologia europeia o termo
marsh é reservado para os ecossistemas desenvolvidos em solos minerais com águas estagnadas, salinas ou não, onde
a acumulação de turfa é pouco significativa ou nula.
O Carvão na Actualidade 95
possível a acumulação de matéria orgânica no solo, mesmo que esta não venha
a constituir um depósito de turfa. Por outro lado, o uso indiscriminado do
termo swamp para, nuns casos, referir genericamente, em inglês, os
paleoambientes de deposição do carvão (coal swamps) e, noutros casos,
designar apenas alguns ecossistemas, vem agravar ainda mais o problema,
uma vez que o conceito associado ao termo não é o mesmo para todos os
autores36. Se acrescentarmos a tudo isto a utilização de termos específicos para
determinados ecossistemas como, por exemplo, bog37 e fen38, a terminologia a
aplicar torna-se extremamente complexa e, sobretudo, confusa.
36
Na literatura norte-americana o termo swamp é usado para referir, exclusivamente, as zonas encharcadas com
floresta, enquanto que para os autores europeus, o termo inclui todos os ecossistemas com vegetação herbácea e cujo
nível da água se situa permanentemente acima da superfície do solo.
37
O termo bog é aplicado aos ecossistemas abastecidos por águas pluviais.
38
O termo fen é reservado para os ecossistemas onde o nível da água tem variações sazonais descendo, na estação
seca, abaixo da superfície do solo.
96 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
P - precipitação; E – Evaporação.
Figura 2.9 - Influência da precipitação e do nível freático no estabelecimento dos ecossistemas palustres (adaptado de
Moore 1987).
O Carvão na Actualidade 97
40
Nestes ambientes não existem elementos químicos capazes de neutralizar os ácidos orgânicos produzidos.
41
Os sistemas ricos em nutrientes são designados por eutróficos.
98 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
42
Os pântanos de floresta das regiões temperadas são designados pelo termo escandinavo carr.
O Carvão na Actualidade 99
Assim, muitos dos modelos utilizados para explicar a génese dos carvões
consideram a existência de uma estreita relação entre a acumulação da turfa e
alguns sistemas de deposição caracterizados por uma sedimentação clástica
activa, nomeadamente as planícies aluviais de rios meandriformes e os
sistemas deltaicos e costeiros, onde é frequente o estabelecimento de
ecossistemas palustres reotróficos. Contudo, o influxo de material detrítico
inorgânico nestes ambientes leva à formação e acumulação de turfa
extremamente ricas em matéria mineral ou, mais frequentemente, à deposição
de outros caustobiólitos (McCabe 1984, 1987).
100 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
(i) subida lenta e gradual do nível freático de modo a que a coluna de água no
pântano esteja em equilíbrio dinâmico com a taxa de acumulação da matéria
orgânica.
O Carvão na Actualidade 101
Aliás, a distinção entre estes dois tipos de depósitos é estabelecida com base
na natureza das sequências sedimentares às quais se encontram associados os
carvões, sendo normal considerar como parálicos, todos os carvões
intercalados em séries sedimentares marinhas e, como límnicos, aqueles onde
estas sequências não estão presentes.
102 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
(i) Sistemas costeiros, protegidos por barras de areia ou praias, onde as águas
do mar passam, gradualmente, a águas salobras e doces.
O Carvão na Actualidade 103
104 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
44
Como é sabido, “xisto betuminoso” é uma designação que, embora imprópria, está historicamente consagrada,
tendo resultado de uma tradução, duplamente errónea, do termo inglês “oil shale”. De facto, não se trata de xistos,
mas sim de “shales”, i.e., de rochas pelíticas laminadas, sendo que tão-pouco contêm petróleo bruto propriamente
dito, mas sim hidrocarbonetos insolúveis nos solventes orgânicos (ou seja, cerogéneo) que se podem separar por
pirólise em recipiente fechado. Por isso, o xisto bituminoso designa-se, igualmente, por piroxisto e os
hidrocarbonetos que contem pela designação, igualmente imprópria, de pirobetumes.
O Carvão na Actualidade 105
45
Segundo Taylor et al. (1998) são considerados como autóctones os carvões depositados próximo do local onde se
estabeleceu a vegetação que lhe deu origem e, como alóctones, todos aqueles cuja matéria vegetal foi transportada
para distâncias consideráveis do local onde se desenvolveu. O conceito de carvão hipautóctone, normalmente
associado a pequenas deslocações da matéria vegetal na turfa é, para os mesmos autores, incluído no conceito de
carvão autóctone.
106 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Figura 2.10 - Relação entre a sequência típica das “Fases de Smith” e a composição dos carvões em microlitótipos
(adaptado de Smith 1968).
Figura 2.11 - Tipos de pântano e relação com a composição em microlitótipos para os carvões do Carbonífero do
Hemisfério Norte (segundo Teichmüller 1962 – Reproduzido de Stach et al. 1982, fig. 87, p. 287, com autorização de E.
Schweizerbart: www.schweizerbart.de).
O Carvão na Actualidade 107
num pântano e a composição do carvão que daí resulta, a verdade é que, hoje
em dia, o estudo dos ambientes de deposição do carvão faz-se, essencialmente,
com base em dados petrográficos, tendo em consideração o significado
paleoambiental de cada um dos constituintes orgânicos e minerais.
Figura 2.12 - Tipos de pântanos e relação com a composição em macerais para as lignites miocénicas da Bacia renana
(segundo Teichmüller 1989 in Taylor et al. 1998 – Reproduzido de Taylor et al. 1998, fig. 2.21, p. 30, com autorização
de E. Schweizerbart: www.schweizerbart.de).
108 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Figura 2.13 - Ecossistemas palustres e relação com a composição em macerais para as lignites do Texas (adaptado de
Mukhopadhyay 1989).
O Carvão na Actualidade 109
Cada uma destas zonas pode incluir mais do que um ecossistema palustre de
acordo com o tipo de vegetação presente ou com a quantidade de matéria
mineral o que, naturalmente, se reflecte na composição do carvão resultante.
(ii) métodos que utilizam os dados da análise maceral para calcular índices
petrográficos com significado específico.
110 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
O Carvão na Actualidade 111
Figura 2.14 - Diagrama de fácies de deposição do carvão baseado na composição em microlitótipos (adaptado de
Hacquebard & Donaldson 1969).
B - fusito-clarite + vitrinertite I.
112 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Figura 2.15 - Diagrama de fácies de deposição do carvão baseado na composição em microlitótipos (adaptado de
Pradier et al. 1994).
O Carvão na Actualidade 113
Figura 2.16 - Sistemas deposicionais (a) e sua relação com a composição em microlitótipos (b) para os carvões parálicos
australianos (adaptado de Smyth 1984).
114 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Qi et al. (2007) demonstraram, por sua vez, que as lignites da Bacia de Shengli
(Mongólia) apresentam um enriquecimento dos elementos traço Be, Ge, Sb, W
e U. Os autores justificam este enriquecimento devido à presença de soluções
de transferência epigenética responsáveis pela lixiviação desses elementos a
partir de rochas graníticas os quais, posteriormente, foram transportados para
as lignites.
O Carvão na Actualidade 115
classes: (i) grupo rico em humotelinite, (ii) grupo rico em humodetrinite, (iii)
grupo rico em humocolinite, (iv) grupo rico em inertinite e (v) grupo rico em
humodetrinite-liptinite.
Apesar de tudo isto, nenhum dos autores acima referidos avançou com uma
proposta concreta de sistematização das fácies de deposição do carvão. Com
efeito, foi Diessel (1982) o primeiro autor a discutir o valor diagnóstico dos
diferentes macerais e a propor um método para a análise de fácies com base
nestes constituintes. Segundo este autor, o contraste entre a presença de
macerais diagnósticos (claramente indicativos do tipo de matéria vegetal
original ou das condições bioquímicas de preservação) e de macerais não-
diagnósticos permite estabelecer diagramas com vista à análise de
fácies. Assim, a telinite e a colotelinite representam, para aquele autor, macerais
com grande valor diagnóstico, uma vez que correspondem a tecidos vegetais
mais ou menos gelificados, o que indica a presença de vegetação arbórea em
ambiente húmido, o mesmo não acontecendo, por exemplo, com a
colodetrinite, cuja origem pode ser muito variada. Por sua vez, alguns macerais
do grupo da liptinite, nomeadamente a esporinite e a alginite, são diagnósticos
de ambientes subaquáticos ou de ambientes com colunas de água
relativamente espessas, enquanto que os macerais do grupo da inertinite, com
excepção da micrinite (maceral de neoformação), são indicativos de ambientes
terrestres. Considera a fusinite e a semifusinite como produtos resultantes do
incêndio de florestas (pirofusinite) ou como o resultado da acção de fungos ou
de bactérias em pântanos de floresta localizados em zonas terrestres. A
frequente associação de inertodetrinite com esporinite e pirite singenética é
interpretada, por aquele autor, como o resultado do transporte e redeposição,
116 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Apesar de ser inegável a importância dos índices acima referidos na análise das
fácies de deposição do carvão, a exclusão de alguns constituintes com grande
significado ambiental, nomeadamente os macerais do grupo da liptinite e a
O Carvão na Actualidade 117
Figura 2.17 - Diagrama de fácies de deposição do carvão baseado em índices petrográficos calculados a partir da
análise maceral (adaptado de Diessel 1986).
Kalkreuth et al. (1991) e Marchioni & Kalkreuth (1991), por exemplo, procuram
estabelecer os paleoambientes de deposição de alguns carvões canadianos
com base na relação entre os litótipos definidos para cada camada e as fácies
petrográficas correspondentes, determinadas a partir dos diagramas de Diessel
(1992) e de índices IG e IPT do mesmo autor. Por outro lado, a especificidade
dos carvões, associada aos diferentes enquadramentos ambientais e tectónicos,
obrigou outros autores, nomeadamente Calder et al. (1991), Correia (1993),
Fonseca (1996), Lamberson et al. (1991) e Mastalerz & Smyth (1988), a alterar
118 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
O Carvão na Actualidade 119
10
Pântanos inundados
Límnico
Índice de Influência da Água (IA)
Pântano de reotróficos
Pântano de
vegetação
de floresta
herbácea
Pântano misto
1
mesotróficos
0.1
0 1 2 3 4 5 6 7
vegetação aquática vegetação
Índice de Vegetação (IV)
marginal - herbácea árbórea
Figura 2.18 - Diagrama de fácies do carvão baseado em índices petrográficos calculados a partir da análise maceral
(adaptado de Calder et al. 1991).
120 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Em síntese, diremos que a escolha dos métodos a utilizar na análise das fácies
de deposição dos carvões depende de vários factores, nomeadamente as
características dos carvões a estudar, o enquadramento tectóno-sedimentar da
bacia e, obviamente, a preferência do petrólogo por um ou outro método
específico. Até aos anos oitenta, as reconstituições paleoambientais foram,
essencialmente, definidas com base na análise de fácies efectuada através da
composição em microlitótipos e na sua comparação com o estudo
macroscópico dos carvões (litótipos). Contudo, a partir de 1982, houve uma
tendência generalizada para aplicar os novos métodos baseados na
composição em macerais, com o consequente abandono dos métodos
anteriores e a procura dos melhores índices petrográficos para resolver
problemas concretos. Nos últimos anos, muitos estudos regionais procuram
associar os dois métodos e, mesmo, complementá-los com índices de outra
natureza, nomeadamente geoquímicos. De entre os vários trabalhos
desenvolvidos neste sentido e atendendo à sua importância regional
destacamos a interpretação paleoambiental da génese de alguns carvões
polacos (Mastalerz & Smyth 1988), o estudo petrográfico e geoquímico dos
carvões terciários do Texas (Mukhopadhyay 1989), a análise de fácies e
paleoambientes dos carvões da Bacia de Peñarroya-Belmez-Espiel (Correia
1993), a definição dos ambientes de deposição de carvões jurássicos da
Dinamarca (Petersen 1994), o estudo das lignites de Rio Maior (Fonseca 1996) e
a síntese apresentada por Corrêa da Silva (1999) sobre os métodos utilizados na
análise de fácies dos carvões gonduânicos do Brasil.
O Carvão na Actualidade 121
Referências
Nota importante: As normas dos sistemas ISO, ASTM e NP citadas no presente capítulo acham-se
inventariadas e referidas nas listas de documentos normativos no final do Anexo 1.
Alpern, B., 1956a. L’analyse pétrographique des charbons en couche. Nomenclature et appareillage utilisés.
Proc. internat. Comm. Coal Petrol., 2 (2nd Meet., Liège, 1955), p.35-36. R.Louis, Bruxelles.
Alpern, B., 1956b. Propriétés physico-chimiques et cokéfiantes des macéraux de quelques charbons en
fonction de leur degré de houillification. Rev.Ind.minér., 38, 638: 170-181.
Alpern, B., 1959a. Contribution à l’Etude Palynologique et Pétrographique des Charbons Français, 314 pp.
Faculté des Sciences de l’Université de Paris. (Thèse de doctorat).
Alpern, B., 1959b. Etude pétrographique du charbon de Cévennes et du Dauphiné en liaison avec les
dégagements instantanés. Centre d’Etudes et Recherches des Charbonnages de France, Verneuil-en-Halatte.
(Rel.int. CERCHAR).
Alpern, B., 1961. Etude de la fissuration du charbon de la Mure en liaison avec les dégagements instantanés.
Centre d’Etudes et Recherches des Charbonnages de France, Verneuil-en-Halatte. (Rel.int. CERCHAR).
Alpern, B., 1963. Fissuration-Fragilité. In: Journ. CERCHAR sur les Dégagements Instantanés, p.223-233. Centre
d’Etudes et Recherches des Charbonnages de France, Verneuil-en-Halatte. (Publication CERCHAR Nº .1334;
Documents techniques des Charbonnages de France Nº.5).
Alpern, B., 1965. Application de la microsonde électronique à l’étude des cendres volantes et des minéraux
des charbons, 13 pp. Centre d’Etudes et Recherches des Charbonnages de France, Verneuil-en-Halatte.
(Document Intérieur du CERCHAR Nº .1768).
Alpern, B., 1967a. Quelques applications géologiques du pouvoir réflecteur des charbons, 22 pp. Centre
d’Etudes et Recherches des Charbonnages de France, Verneuil-en-Halatte. (Document Intérieur du CERCHAR
Nº.1562).
Alpern, B., 1967b. Tectonique et gisement du gaz dans les bassins houillers. Etude bibliographique et
exemples d’application. Centre d’Etudes et Recherches des Charbonnages de France, Verneuil-en-Halatte.
(Publication CERCHAR Nº .1779; Documents techniques des Charbonnages de France Nº.12).
Alpern, B., 1969a. Le pouvoir réflecteur des charbons français. Applications e répercussions sur la théorie de
A.Duparque. Ann.Soc.géol.Nord, 89, 2: 143-166.
Alpern, B., 1969b. Über einige geologische Anwendungen des Reflexionsvermögens des Kohlen.
Freib.Forschungsh., C 235: 45-56.
Alpern, B., 1970. Classification pétrographique des constituants organiques fossiles des roches sédimentaires.
Rev.Inst.Franç.Pétr.Ann.Combust.liq., 25, 11: 1233-1266.
Alpern, B., 1972. Pétrographie des charbons. Bilan des progrès acquis de 1967 à 1971.
C.R.Congr.internat.Stratigr.Géol.Carbonif., 7e, Krefeld, 1971, Vol.1, p.91-126. Geologischen Landesamt
Nordrhein-Westfalen, Krefeld.
Alpern, B., 1979. Essai de classification des combustibles fossiles solides. Publ.techn.Charbonnag. France, 3:
195-210. (Publication CERCHAR Nº. 2810)
Alpern, B., 1980. Pétrographie du kérogène. In: B.Durand, Ed., Kerogen. Insoluble organic matter from
sedimentary rocks, p.339-383. Édtions Technip, Paris.
Alpern, B., 1981. Pour une classification synthétique universelle des combustibles solides. Bull. Centres
Rech.Explor.-Prod.Elf-Aquitaine, 5, 2: 271-290. (Journ. “La Géologie des charbons, des Schistes bitumineux et
des Kérogènes”, Pau, 1981).
Alpern, B., 1984. Pétrographie des charbons et gazéification in situ. Bull.Soc.géol.France, 7e Sér., 26, 5: 739-756.
Alpern, B., 1987. Applications de la pétrographie des organoclastes à l’histoire géologique et thermique des
bassins sédimentaires carbonés. In: J.Trichet, Direct., Géologie de la Matière Organique, Orléans, 1985.
Mém.Soc.géol.France, N.S., 151: 55-75.
Alpern, B., Delattre, Ch., Mériaux, E & Noël, R., 1970. Pétrologie des charbons. 1e. Partie: Pétrographie.
Ann.Soc.géol.Nord, 90, 4: 203-222.
Alpern, B. & Lemos de Sousa, M.J., 1970. Sur le pouvoir réflecteur de la vitrinite et de la fusinite des houilles.
C.R.hebd.Séanc.Acad.Sci., Sér.D, 271: 956-959.
Alpern, B. & Maume, F., 1969. Etude pétrographique de l’oxydation naturelle et artificielle des houilles.
Rev.Ind.minér., 51, 11: 979-998.
122 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Alpern, B. & Morel, P., 1968. Examen, dans le cadre du bassin houiller lorrain, des possibilités stratigraphiques
de la géochimie. Ann.Soc.géol.Nord, 88, 4: 185-202.
Alpern, B. & Quesson, A., 1956. Etude par autoradiographie de la répartition des cendres de charbons activés.
Bull.Soc.Franç.Minér.Cristallogr., 79, 7/9: 449-463. (Traduction Nº.191 B.C.U.R.A., 1960).
Amijaya, H. & Littke, R., 2005. Microfacies and depositional environment of Tertiary Tanjung Enim low rank coal,
South Sumatra Basin, Indonesia. Internat. J. Coal Geol., 61, 3-4: 197-221.
Amijaya, H. Schwarzbauer, J. & Littke, R.,2006. Organic geochemistry of the Lower Suban coal seam,South
Sumatra Basin, Indonesia: Palaeoecological and thermal metamorphism implications. Organ. Geochem., 37,
3: 261-279.
Ammossov, V.I. & Sju I, T., 1961. Les stades de houillification et la paragenèse des combustibles fossiles.
Académie des Sciences de l’URSS, Moscou. (Em russo).
AS 2856.2 – 1998. Australian Standard – Coal petrography. Part 2: Maceral analysis, 2nd Ed., 32 pp. Standards
Association of Australia, Homebush, NSW.
Barrois, Ch., 1911. Note sur la répartition des arbres debout dans le terrain houiller de Lens et de Liéven. Ann.
Soc.g éol. Nord, 40: 187-196.
Bartenstein, H. & Teichmüller, R., 1974a. Les études de houillification, outil de prospection des hydrocarbures
paléozoïques. In: P.Robert, Traducteur, “Houillification et Pétrole”, Sympos. Contributions de la Pétrologie des
Charbons à l’Exploration de l’Huile et du Gaz Naturel. Traduction BRGM Nº.5477, p.159-202.
Bartenstein, H. & Teichmüller, R., 1974b. Inkohlungsuntersuchungen, ein Schlüssel zur Prospektierung von
paläozoischen Kohlenwasserstoff-Lagerstätten ?. In: Sympos. ”Inkohlung und Erdöl. Beiträge der
Kohlenpetrologie zur Prospektion auf Erdöl und Erdgas”. Fortschr.Geol.Rhein.-Westf., 24: 129-160.
Bartram, K.M., 1987. Lycopod succession in coals: na example for the Low Barnsley Seam (Westphalian B),
Yorkshire, England. In: A.C. Scott, Ed., Coal and coal-bearing strata: recent advances, p.187-199. The
Geological Society, London. (Special Publication 32).
Benedict, L.G., Thompson, R.R., Shigo III, J.J. & Aikman, R.P., 1968. Pseudovitrinite in Appalachian Coking Coals.
Fuel, 47, 2: 125-143.
Bostick, N.H., 1973. Time as a factor in thermal metamorphism of phytoclasts (coaly particles). C.R. Congr.
Internat Stratigr. Géol. Carbonif., 7e, Krefeld, 1971, Vol.2, p.183-193. Geologischen Landesamt Nordrhein-
Westfalen, Krefeld.
Broadbent, S.R. & Shaw, A.J., 1955. Reflectance of coal. Fuel, 34, 4: 385-403.
Bustin, R.M., 1991. Quantifying macerals: some statistical and practical considerations. Internat. J. Coal Geol.,
17, 3-4: 213-238.
Bustin, R.M., Ross, J.V. & Rouzaud, J.-R., 1995a. Mechanisms of graphite formation from kerogen experimental
evidence. Internat. J. Coal Geol., 28, 1: 1-36.
Bustin, R.M., Rouzaud, J.-R. & Ross, J.V. & 1995b. Natural graphitization of anthracite: experimental
considerations. Carbon, 33, 5: 679-691.
Calder,J.H., Gibling,M.R & Mukhopadhyay,P.K., 1991. Peat formation in a Westphalian B piedmont setting,
Cumberland basin, Nova Scotia: implications for the maceral-based interpretation of rheotrophic and rased
paleomires. Bull. Soc.géol. France, 162: 283-298.
Cameron,C.C., Esterle,J.S. & Palmer,C.A., 1989. The geology, botany and chemistry of selected peat-forming
environments from temperate and tropical latitudes. In: P.C. Lyons & B. Alpern, Eds, Peat and Coal: Origin,
Facies, and Depositional Models. Internat. J. Coal. Geol., 12, 1-4:105-156.
Cao, Y., Davis, A., Liu, R., Liu, X. & Zhang, Y., 2003. The influence of tectonic deformation on some geochemical
properties of coals – a possible indicator of outburstb potential. Internat. J. Coal Geol., 53, 2: 69-79.
Chabbi, A., Rumpel, C., Grootes, P.M., Mariotti, A. & Hütti, R,F., 2006. Isotopic tracers for the analysis of
vegetation-derived organic matter in lignite-containing soils and sediments along a transect ranging from a
forest soil to submerged lake sediment. Organ. Geochem., 37, 6: 740-753.
Chandra, D., 1958. Reflectance of oxidized coals. Econ.Geol., 53, 1: 102-108.
Chandra, D., 1962. Reflectance and microstructure of weathered coals. Fuel, 41: 185-193.
Chandra, D., 1966. Effect of storage of coals on reflectance and petrological composition. Econ.Geol., 61, 4:
754-759.
Chen, K.P., 2011. A new mechanistic model for prediction of instantaneous coal outbursts – Dedicated to the
memory of Prof. Daniel D. Joseph. Internat. J. Coal Geol., 87, 2: 72-79.
Clymo,R.S., 1987. Rainwater-fed peat as a precursor of coal. In: A.C. Scott, Ed., Coal and coal-bearing strata:
recent advances, p.17-23. The Geological Society, London. (Special Publication 32).
O Carvão na Actualidade 123
Cohen, A.D., 1984. The Okefenokee Swamp: a low-sulphur end-member of a shoreline-related depositional
model for coastal plain coals. In: R. A. Rahmani & R. M. Flores, Eds, Sedimentology of coal and coal-bearing
sequences. p. 231-240. Blackwell Scientific Publication. Oxford. (Special publication of the International
Association of Sedimentologists nº 7).
Cohen,A.D, Spackman,W. & Raymond,R., 1987. Interpreting the characteristics of coal seam from chemical,
physical, and petrographic studies of peat deposits. In: A.C. Scott, Ed., Coal and coal-bearing strata: recent
advances, p.107-125. Geological Society, London. (Special Publication 32).
Cohen, A. D, Raymond, R. Jr., Ramirez, A., Morales, Z. & Ponce, F., 1989. The Changuinola peat deposit of
northwestern Panama: a tropical, back-barrier, peat (coal)-forming environment. In: P.C. Lyons & B. Alpern,
Eds, Peat and Coal: Origin, Facies, and Depositional Models. Internat. J. Coal. Geol., 12, 1-4: 157-192.
Cohen,A.D. & Spackman,W., 1977. Phytogenic organic sediments and sedimentary environments in the
Everglades-mangrove complex, Part II. Origin, description and classification of the peats of South Florida.
Palaeontographica, Abt. B, 162: 1-61.
Cohen,A.D, Spackman,W. & Raymond,R., 1987. Interpreting the characteristics of coal seam from chemical,
physical, and petrographic studies of peat deposits. In: A.C. Scott, Ed., Coal and coal-bearing strata: recent
advances, p.107-125. The Geological Society, London. (Special Publication 32).
Corrêa da Silva, Z.C., 1999. Facies studies on the brazilian gondwana coal deposits: a short review. In:
M.J.Lemos de Sousa, M.M.Marques & J.P.Fernandes, Eds, 2nd Symposium on Gondwana Coals, Porto 1998,
Faculdade de Ciências, Depart. de Geologia, Memória nº 5, pp. 75-81.
Correia, M.M.C.M.B., 1993. Contribuição para o Conhecimento da Petrologia dos Carvões da Bacia de
Peñarroya-Belmez-Espiel (Córdova-Espanha). 2 Vols. (Vol. 1-Texto; Vol.2-Quadros, Figuras e Estampas).
Universidade do Porto. Porto. 1993. (Tese de Doutoramento).
Crelling, J.C., 1995. The Petrology of Resinite in American Coals. In: K.B. Anderson & J.C. Crelling, Eds, Amber,
Resinite, and Fossil Resins, p.218-233. American Chemical Society, Washington, D.C. (ACS Symposium Series
617).
Dai, S., Ren, D., Chou, C.-L., Finkelman, R.B., Seredin, V. V. & Zhou, Y., 2012. Geochemistry of trace elements in
Chinese coals: A review of abundances, genetic types, impacts on human health, and industrial utilization.
Internat. J. Coal Geol., 94, 1: 3-21.
Davidson, R.M., 1990. Natural oxidation of coal, 76 pp. IEA Coal Research. (IEACR/29).
Davidson, R. M., 2000. How coal properties influence emissions, 56 pp. IEA Coal Research, The Clean Coal
Centre, London.
Davis, R.C., Noon, S.W. & Harrington, J., 2007. The petroleum potential of Tertiary coals from Western
Indonesia: Relationship to mire type and sequence stratigraphic setting. In: N.Sherwood, T.Moore & J.Esterle,
Eds, TSOP 2002 - Papers from the 21st Annual Meeting of TSOP, Sydney, Australia. Internat. J. Coal Geol, 70, 1-
3: 35-52.
Delattre, Ch. & Mériaux, E., 1966. Sur un aspect particulier et sur une origine de la micrinite fine.
Ann.Soc.géol.Nord, 86: 187-188.
Diessel, C.F.K., 1982. An appraisal of coal facies based on maceral characteristics. Australian Coal Geol., 4, 2:
474-483.
Diessel, C.F.K., 1986. On the correlation between coal facies and depositional environments. In: Proceedings
of the Twentieth Symposium Advances in the Study of the Sydney Basin, Newcastle, 1986, p.71-76. The
University of Newcastle, Department of Geology, Newcastle. (Publication No 246).
Diessel, C.F.K., 1992. Coal-Bearing Depositional Systems. 721 pp. Springer-Verlag, Berlin.
Diessel, C.F.K., 2007. Utility of coal petrology for sequence-stratigraphic analysis. Internat. J. Coal Geol., 70, 1-3:
3-34.
Diessel, C.F.K., 2010. The stratigraphic distribution of inertinite. In: I.Suárez-Ruiz, Ed., ICCP-TSOP 2008 Selected
papers from the ICCP-TSOP joint meeting 2008: international conference on coal and organic petrology,
Oviedo, Spain. Internat. J. Coal Geol., 81, 4: 251-268.
Domingos, L. C. G., Freire, J. L. S., Gomes da Silva, F., Gonçalves, F., Pereira, E. & Ribeiro, A., 1983. The Structure
of the Intramontane Upper Carboniferous Basins in Portugal. In: M.J. Lemos de Sousa & J. T. Oliveira, Eds, The
Carboniferous of Portugal. Mem.Serv.geol.Portg., 29: 187-194.
Dulhunty, J.A. & Penrose, R.E., 1951. Some relations between density and rank of coal. Fuel, 30: 109-113.
Durand, B., Ed., 1980. Kerogen. Insoluble organic matter from sedimentary rocks, 519 pp. Édtions Technip, Paris.
Dutta,S., Mathews, R.P., Singh, B.D., Tripathi, S.M., Singh, A., Saraswati, P.K., Banerjee, S. & Mann, U., 2011,
Petrology, palynology and organic geochemistry of Eocene lignite of Matanomadh, Kutch Basin, western India:
124 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Implications to depositional environment and hydrocarbon source potential. Internat. J. Coal Geol., 85, 1: 91-
102.
Erhart, H., 1956. La genèse des sols en tant que phénomène géologique, 90 pp. Masson. Paris.
Fabre, J. & Feys, R., 1953. Phénomènesde plasticité et migrations dans les charbons alpins. C. R. Congr. géol.
internat., 19e Alger, 1952, Sect.3 – Mécanique de la déformation des roches. Influence sur les conceptions
tectoniques, Fasc.3, p.149-162. Alger.
Fabre, J. & Feys, R., 1962. Réflexions sur la genèse des bassins houillers et la théorie bio-rhexistasique.
C.R.Somm.Séanc.Soc.Biogéogr., 335/336/337: 4-13. (C.R.Colloq. “Biogéographie du Permo-Carbonifère et
genèse des charbons”, Paris, 1962).
Feys, R., 1963a. Etude géologique du Carbonifère Briançonnais (Hautes-Alpes). Mém.Bur.Rech.géol.min., 6:
11-387. (Thèse de doctorat).
Feys, R., 1963b. The Palaeopedology of Coal Basins. In: A.E.M.Nairn, Ed., Problems in Palaeoclimatologyy,
Proceedings of the NATO Palaeoclimates Conference held at the University of Newcastle upon Tyne, January
1963, p.66-73. Interscience Publishers, Lodon, New York, N.Y., Sydney.
Feys, R., Geffroy, J. & Vetter, P., 1967. Un cas nouveau de graphitisation du charbon par un intrusion éruptive à
Cali (Colombie). Ann.Soc.géol.Nord, 87, 3: 145-150.
Feys, R. & Greber, Ch., 1952. Venues éruptives dans le terrain houiller du briançonnais (Alpes Françaises).
C.R.Congr.Avanc.Et.Stratigr.Géol.Carbonif., 3e, Heerlen, 1951, T.1, p.209-217. Ernest van Aelst. Maestricht.
Fonseca, D.M.S.F.M., 1996. Estudo petrológico e geoquímico dos carvões da Bacia de Rio Maior. 2 Vols (Vol. I,
199 pp., Anexos, Vol. II, Tabelas e Estampas). Universidade do Porto. Porto, 1996. (Tese de doutoramento).
Francis, W., 1961. Coal, its Formation and Composition, 2nd, 806 pp. Edward Arnold (Publishers) Ltd, London.
Franklin, R.E., 1949. A study of the fine structure of carbonaceous solids by measurements of true and
apparent densities. Part I. Coals. Trans. Faraday Soc., 45: 274-289.
Frey, M., 1987. Very low-grade metamorphism of clastic sedimentary rocks. In: M.Frey, Ed., Low
Temperature Metamorphism, p.9-58. Blackie, Chapman and Hall. Glasgow, London, New York, N.Y.
Frey, M., Teichmüller, M., Teichmüller, R., Mullis, J., Künzi, B., Breitschmid, A., Gruner, U. & Schwizer, B., 1980.
Very low-grade metamorphism in external parts of the Central Alps: Illite crystallinity, coal rank and fluid
inclusion data. Eclogae geol. Helv., 73, 1: 173-203.
Fulton, I. M., 1987. Genesis of the Warwickshire Thick Coal: a group of long-residence histosols. In: A.C. Scott,
Ed., Coal and coal-bearing strata: recent advances, p.201-218. The Geological Society, London. (Special
Publication 32)..
Gastaldo, R.A., 2010. Peat or no peat: Why do the Rajang and Mahakam Deltas differ? In: M.H. Scheihing &
C.Wnuk, Eds, Hermann w. Pfefferkorn Commemorative Volume. Internat. J. Coal Geol., 83, 2-3: 162-172.
Gluskoter, H.J., Shimp, N.F. & Ruch, R.R., 1981. Coal Analyses, Trace Elements, and Mineral Matter. In: M.A.
Elliott, Ed., Chemistry of Coal Utilization, Second Supplementary Volume, p.369-424. John Wiley & Sons, New
York, N.Y.
Gore, A.J.P., 1983. Introduction. In: A .J.P. Gore, Ed., Ecosystems of the Word. Vol. 4 A, Mires: Swamp, Bog, Fen
and Moor, General Studies, p. 1-34. Elsevier, Amsterdam.
Grüneklee, P., Jüntgen, H. & Teichmüller, M., 1969. Eigenschaften tektonisch gestörter Steinkohle. Teil II:
Kinetik der Methansorption. Brennst.-Chem., 10, 2-7.
Gurba, L.W. & Read, H.W, 1999. Australian Coal Petrography. In: M.J.Lemos de Sousa, M.M.Marques &
J.P.Fernandes, Eds, 2nd Symposium on Gondwana Coals, Porto 1998. Proceedings and Papers.
Mem.Fac.Ciênc.Porto Dep.Geol., 5: 109-111.
Gutjahr, C.C.M., 1966. Carbonization measurements of pollen-grains and spores and their application. Leidse
geol.Meded., 38: 1-29.
Hacquebard, P.A., Birmingham,T.F. & Donaldson, J.R., 1967. Petrography of Canadian Coals in Relation to
Environment of Deposition. In: Symposium on the Science and Technology of Coal, Ottawa, 1967. p. 84-97.
Department of Energy, Mines and Resources.
Hacquebard,P.A. & Donaldson,J.R., 1969. Carboniferous coal deposition associated with flood-plain and
limnic environments in Nova Scotia. In: E.C. Dapples & M.E. Hopkins, Eds, Environments of Coal Deposition. p.
143-191. The Geological Society of America. Boulder, Colo. (Special Paper Nº. 114).
Hacquebard, P. A. & Donaldson, J.R., 1970. Coal metamorphism and hydrocarbon potential in the Upper
Paleozoic of the Atlantic Provinces, Canada. Canad.J.Earth Sci., 7, 4: 1139-1163.
O Carvão na Actualidade 125
Hámor-Vido, M., 2004. Coal facies studies in Hungary: a historical review.In: M.Hámor-Vidó, Ed.,
Reconstruction of Peat-Forming Environments: a Global Historical Review. Internat. J. Coal Geol., 58, 1-2: 91-
97.
Hámor-Vidó, M., Hofmann, T. & Albert, L., 2010. In situ preservation and paleoenvironmental assessment of
Taxodiacea fossil trees in the Bükkalja Lignite Formation, Bükkábrány open cast mine, Hungary. In: I.Suárez-
Ruiz, Ed., ICCP-TSOP 2008 Selected papers from the ICCP-TSOP joint meeting 2008: international conference
on coal and organic petrology, Oviedo, Spain. Internat. J. Coal Geol, 81, 4: 203-210.
Harvey, R. D. & Dillon, J. W., 1985. Maceral distributions in Illinois coals and their paleoenvironmental
implications. Internat. J . Coal Geol., 5, 1-2: 141-165.
Hevia-Rodriguez, V. & Virgos, J. M., 1977. The rank and anisotropy of anthracites: the indicating surface of
reflectivity in uniaxial and biaxial substances. In: B.Ralph, P. Echlin & E.R.Weibel, Eds, Microscopy of Organic
Sediments, Coals and Cokes: Methodes and Applications Meet., Oxford, 1976. J. Microscop., 109, P.1: 23-28.
Hilt, C., 1873. Des rapports existant entre la composition des charbons et leurs propriétés industrielles.
Ann.Assoc.Ing.Liège, 5e Sér., Annexe 1: 254-266. (P.v.-Séance du 9 novembre).
Hood, A. & Gutjahr, C.C.M., S.d. Organic metamorphism and the generation of Petroleum.
Commun.Annu.Meet.geol.Soc.Amer., Minneapolis, 1972.
Hower, J. C., O’Keefe, J. M. K., Eble, C. F., Raymond, A., Valentim, B., Volk, T. J., Richardson, A. R., Satterwhite, A.
B., Hatch, R. S., Stucker, J. D. & Watt, M. A., 2011a. Notes on the origin of inertinite macerals in coal: Evidence
for fungal and arthropod transformations of degraded macerals. Internat. J. Coal Geol., 86, 2-3: 231-240.
Hower, J. C., O’Keefe, J. M. K., Eble, C. F., Volk, T. J., Richardson, A.R., Satterwhite, A. B., Hatch, R. S. & Kostova, I.
J., 2011b. Notes on the origin of inertinite macerals in coals: Funginite associations with cutinite and
suberinite. Internat. J. Coal Geol., 85, 1: 186-190.
Hower, J. C., O’Keefe, J. M. K., Watt, M. A., Pratt, T. J., Eble, C. F., Stucker, J.D., Richardson, A.R. & Kostova, I. J.,
2009. Notes on the origin of inertinite macerals in coals: Observations on the importance of fungi in the
origin of macrinite. Internat. J. Coal Geol., 80, 2: 135-143.
Hunt, C.W., Collins, L.G. & Skobelin, E.A., 1992. Expanding Geospheres. Energy and Mass Transfers From
Earth’s Interior. A Sequel to Environment of Violence, 421 pp. Polar Publishing, Calgary, Alberta. (Editor C.W.
Hunt).
Huntjens, F.J. & van Krevelen, D.W., 1954. Chemical structure and properties of coal II – Reflectance. Fuel, 33, 1:
88-103.
Hutton, A.C., 1987. Petrographic classification of oil shales. Internat. J. Coal Geol., 8, 3: 203-231.
Hutton, A. C. & Cook, A. C., 1980. Influence of alginate on the reflectance of vitrinite from Joadja, NSW, and
some other coals and oil shales containing alginate. Fuel, 59, 10: 711-714.
Hutton, A. C. & Hower, J. C., 1999. Cannel coals: implications for classification and terminology. In: J. C. Hower
& C. F. Eble, Eds, Applied Topics in Coal Geology. Internat. J. Coal Geol., 42, 1-2: 157-188.
Hutton, A. C., Kantsler, A. J., Cook, A. C. & McKirdy, D. M., 1980. Organic matter in oil shales.
Austral.Petr.Explor.Assoc.J., 20: 44-67.
ICCP 1957. International Committee for Coal Petrology-ICCP, Nomenclature Commission.
ICCP 1963. International Committee for Coal Petrology-ICCP, International Handbook of Coal Petrography,
2nd Ed. Centre National de la Recherche Scientifique, Academy of Sciences of the USSR, Paris, Moscow.
ICCP 1971. International Committee for Coal Petrology-ICCP, International Handbook of Coal Petrography,
Supplement to the 2nd Ed. Centre National de la Recherche Scientifique, Academy of Sciences of the USSR,
Paris, Moscow.
ICCP 1976. International Committee for Coal Petrology-ICCP, International Handbook of Coal Petrography,
2nd Supplement to the 2nd Ed. Centre National de la Recherche Scientifique, Academy of Sciences of the
USSR, Paris, Moscow.
ICCP 1993. International Committee for Coal Petrology-ICCP, International Handbook of Coal Petrography,
3rd Supplement to the 2nd Ed. University of Newcastle upon Tyne, England.
ICCP 1998. International Committee for Coal and Organic Petrology-ICCP, The new vitrinite classification
(ICCP System 1994). Fuel, 77, 5: 349-358.
ICCP 2001. International Committee for Coal and Organic Petrology-ICCP, The new inertinite classification
(ICCP System 1994). Fuel, 80, 4: 459-471.
Izart, A., Sachsenhofer, R.F., Privalov, V.A., Elie, M., Panova, E.A., Antsiferov, V.A., Alsaab, D., Rainer, T., Sotirov, A.,
Zdravkov, A. & Zhykalyak, M,V., 2006. Stratigraphic distribution of macerals and biomarkers in the Donets Basin:
Implications for paleoecology, paleoclimatology and eustacy. Internat. J. Coal. Geol., 66, 1-2: 69-107.
126 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Jasper, K., Hartkopf-Fröder, C., Flajs, G. & Littke, R., 2010. Evolution of Pennsylvanian (Late Carboniferous) peat
swamps of the Ruhr Basin, Germany: Comparison of palynological, coal petrographical and organic
geochemical data. Internat. J. Coal Geol., 83, 4: 346-365.
Jelonek, I., Kruszewska, K.J. & Filipiak,P., 2007. Liptinite as an indicator of environmental changes during
formation of coal seam No. 207 (Upper Silesia, Poland). In: K.Christanis, Ed., ICCP-2005 - Selected papers
presented at rhe 57th Annual Meeting of the International Committee for Coal and Organic Petrology, Patras,
Greece. Internat. J. Coal. Geol., 71, 4: 471-487.
Jüntgen, H., Teichmüller, M. & Zündorf, D., 1969. Eigenschaften tektonisch gestörter Steinkohle. Teil I:
Beziehungen zwischen mikroskopischer und submikroskopischer Hohlraumstruktur. Brennst.-Chem., 50, 2:
40-45.
Kalkreuth,W.D. & Leckie,D.A., 1989. Sedimentological and petrographical characteristics of Cretaceous
strandplain coals: a model for coal accumulation from the North American Western Interior Seaway. In: P.C.
Lyons & B. Alpern, Eds, Coal: Classification, Coalification, Mineralogy, Trace-elements Chemistry, and Oil and
Gas Potential. Internat. J. Coal. Geol., 12, 1/4: 381-424.
Kalkreuth,W.D., Marchioni,D.L., Calder,J.H., Lamberson,M.N., Naylor,R.D. & Paul,J., 1991. The relationship
between coal petrography and depositional environments from selected coal basin in Canada. In: W.
Kalkreuth, R.M. Bustin & A.R. Cameron, Eds, Recent Advances in Organic Petrology and Geochemistry: a
Symposium Honaring Dr. P. Hacquebard. Internat. J. Coal Geol., 19, 1-4: 21-76.
Karweil, J., 1956. Die Metamorphose der kohlen vom Standpunkt der physikalischen Chemie. Z. Dt. Geol. Ges.,
107: 132-139.
Ketris, M.P. & Yudovich, Y.E., 2009. Estimations of Clarkes for Carbonaceous biolithes: World averages for trace
element contents in black shales and coals. Internat.J. Coal Geol., 78, 2: 135-148.
Kisch, H.J., 1969. Coal-rank and burial-metamorphic mineral facies. In: P.A.Schenck & I.Havenaar, Eds,
Advances in Organic Geochemistry (Proc.internat.Meet., Amsterdam, 1968), p.407-425. Pergamon, Oxford.
Kisch, H.J., 1974. Anthracite and meta-anthracite coal ranks associated with «anchimetamorphism» and «very-low-
stage» metamorphism, I, II, III. Proc.K.Nederl.Akad.Wet., Ser.B, Physical Sciences, 77, 2: 81-118.
Kisch, H.J., 1987. Correlation between indicators of very low-grade metamorphism. In: M. Frey, Ed., Low
Temperature Metamorphism, p.227-300. Blackie, Chapman and Hall. Glasgow, London, New York, N.Y.
Kötter, K., 1960. Die mikroskopische Reflexionsmessung mit dem Photomultiplier und ihre Anwendung auf
die Kohlenuntersuchung. Brennst.-Chem., 41, 9: 263-272.
van Krevelen, D.W., 1993. Coal. Typology - Physics - Chemistry - Constitution, 3rd Ed., 979 pp. Elsevier,
Amsterdam.
Kühlwein, F.L., Brocke, E., Krüpe, E., Riener, K., Mackowsky, M.-Th., Schnitzler, H. & Stieler, A., 1949.
Fortschrittein der elektrostatischen Kohlenaufbereitung. Bergb.-Arch.,10: 171-191.
Kwiecińska, B. K., Hamburg, G. & Vleeskens, J.M., 1992. Formation temperatures of natural coke in the lower
Silesian coal basin, Poland. Evidence from pyrite and clays by SEM-EDX. Internat.J.Coal Geol., 21, 4: 217-235.
Kwiecińska, B. & Petersen, H. I., 2004. Graphite, semi-graphite, natural coke, and natural char classification –
ICCP system. Internat. J. Coal Geol., 57, 2: 99-116.
Lamberson, M. N., Bustin, R. M. & Kalkreuth, W., 1991. Lithotype (maceral) composition and variation as
correlated with paleowetland environments, Gate Formation, northeastern British Columbia, Canada.
Internat. J. Coal Geology., 18, 1-2: 87-124.
Lemos de Sousa, M.J., 1971. Sobre as primeiras medidas de poder reflector nas perantracites da bacia
carbonífera do Douro (Mina de São Pedro da Cova-Gondomar-NW Portugal). Comun.Serv.geol.Portg., 55:
181-220.
Lemos de Sousa. M.J., 1973. Contribuição para o conhecimento da Bacia Carbonífera do Douro, 2
Vols (Texto, 427 pp.; Estampas) . Porto. (Tese de doutoramento).
Lemos de Sousa, M.J., 1974. Sur la présence de pyrocarbone dans quelques charbons. Comun.Sev.geol.Portg.,
58: 197-208.
Lemos de Sousa, M.J., 1977a. Nota sobre a densidade das perantracites da Bacia Carbonífera do Douro (NW
de Portugal). Bol.Min., 14, 1: 1-7.
Lemos de Sousa, M.J., 1977b. Sobre alguns problemas do Permo-Carbónico continental português. Ciências
da Terra, 3: 9-22.
Lemos de Sousa, M.J., 1978a. Contribution à l’étude du Bassin Houiller du Douro (NW du Portugal). Atlas de
micropétrographie des peranthracites. Mem.Serv.geol.Portg., 26: 3-92.
O Carvão na Actualidade 127
Lemos de Sousa, M.J., 1978b. O grau de incarbonização (rang) dos carvões durienses e as consequências
genéticas, geológicas e estruturais que resultam do seu conhecimento. Comun. Serv. geol. de Portg., 63: 179-
365.
Lemos de Sousa, M.J., 1979. Contribuição do estudo das perantracites durienses para o conhecimento das
curvas gerais de incarbonização dos carvões norte-atlânticos. In: VI Reunião de Geologia do Oeste Peninsular,
Porto e Oviedo, 1979. Publ.Mus.Labor.miner.geol.Fac.Ciênc.Porto, 4ªSér., 91: 253-265.
Lemos de Sousa, M.J., 1984. Nova contribuição para o conhecimento dos carvões da Bacia de Moatize-
Minjova (Zambézia- República Popular de Moçambique). In: Volume d’hommage au géologue G.Zbyszewski,
p.213-219. Ed. Recherche sur les Civilisations, Paris.
Lemos de Sousa, M.J., 1999. [Notas de Petrologia Orgânica.3]. Sobre os conceitos e a utilização dos termos
“Tipo” e “Composição Petrográfica”. Geologos, 5: 109-110
Lensch, G., 1963. Die Metamorphose der Kohle in der Bohrung Münsterland 1 auf Grund des optischen
Reflexionsvermögens der Vitrinite. Fortschr.Geol.Rhein.-Westf., 11: 197-203.
Levine, J.R., 1993. Coalification – The Evolution of Coal as Source Rock and Reservoir Rock for Oil and Gas. In:
B.E. Law & D.D. Rice, Eds, Hydrocarbons from Coal. AAPG Studies in Geology, 38: 39-78.
Levine, J. R. & Davis, A., 1983. Tectonic history of coal-bearing sediments in eastern Pennsylvania using coal
reflectance anisotropy, Special Research Report Number SR-118, 314 pp. Coal Research Section, The
Pennsylvania State University, University Park, Penn.
Levine, J. R. & Davis, A., 1984. Optical anisotropy of coals as an indicator of tectonic deformation, Broad Top
Coal Field, Pennsylvania. Geol.Soc.Amer.Bull., 95, 1: 100-108.
Levine, J. R. & Davis, A., 1989a. Reflectance anisotropy of Upper Carboniferous coals in the Appalachian
foreland basin, Pennsylvania, U.S.A. In: B. Alpern & P.C. Lyons, Eds, Coal: Classification, Coalification,
Mineralogy, Trace-elements Chemistry, and Oil and Gas Potential. Internat. J. Coal Geol., 13, 1-4: 341-373.
Levine, J. R. & Davis, A., 1989b.The relationship of coa optical fabrics to Alleghachian fold-and-thrust belt,
Pennsylvania. Geol.Soc.Amer.Bull., 101: 1333-1347.
Lienhardt, G., 1961a. Subsidence et enallaxie: deux phénomènes qui président aux dépôts stériles et
phytogènes du Stéphanien de Lons-le-Saunier (Jura). Bull.Soc.géol. France, 7e. Sér., 3: 101-108.
Lienhardt, G., 1961b. Subsidence et Enallaxie, phénomènes fondamentaux régissant les dépôts du
Stéphanien de Lons-le-Saunier (Jura). C.R. hebd.Séanc.Acad.Sci., Paris, 252, 17: 2572-2574.
Liu, G., 1990. Permo-Carboniferous paleogeography and coal accumulation and their tectonic control in the
North and South China continental plates. Internat. J. Coal Geol., 16, 1-3: 73-117.
López-Buendía, A.M., Whateley, M.K.G., Bastida, J. & Urquiola., M.M., 2007. Origins of mineral matter in peat
marsh and peat bog deposits, Spain. Internat. J. Coal Geol., 71, 2-3: 246-262.
Lyons, P.C. & Cross, A.T., 2005. Marlies Teichmüller (1914-2000), pioneering genetic coal petrologist: some
paleobotanical, palynological, and botanical influences on her research. Internat. J. Coal Geol., 62, 1-2: 71-84.
Lyons, P. C. & Mastalerz, M., 2001. Secretinite – reflectance and chemical data from two high volatile
bituminous coals (Upper Carboniferous) of North America. Internat. J. Coal Geol., 45, 4: 281-287.
Mackowsky, M.-Th., 1968a. European Carboniferous coalfields and Permian Gondwana coalfields. In:
D.Murchison & T.S.Westoll, Eds, Coal and Coal-bearing strata, p. 325-345. Oliver & Boyd, Edinburgh, London.
Mackowsky, M.-Th., 1968b. Mineral matter in coal.. In: D.Murchison & T.S.Westoll, Eds, Coal and Coal-bearing
strata, p. 309-321. Oliver & Boyd, Edinburgh, London.
Mackowsky, M.-Th., 1975. Comparative petrography of Gondwana and Northern hemisphere coals related to
their origin. In: K.S.W. Campbell, Ed., Gondwana Geology, 3th Gondwana Symposium, Canberra, Australia,
1973, p.195-220. Australian National University Press, Canberra.
Marchioni,D.L, 1980. Petrography and depositional environment of the Linddell Seam, Upper Hunter Valley,
New South Wales. Internat. J. Coal. Geol., 1, 1: 35-61.
Marchioni,D. & Kalkreuth,W., 1991. Coal facies interpretations based on lithotype and maceral variations in
Lower Cretaceous (Gates Formation) coals of Western Canada. Internat. J. Coal Geol., 18, 1-2: 125-162.
Mastalerz, M & Smyth, M., 1988. Petrography and depositional conditions of the 64/65 coal seam in the
Intrasudetic Basin, SW Poland. Internat. J. Coal Geol., 10, 4: 309-336.
McCabe, P.J., 1984. Depositional environments of coal and coal-bearing strata. In: R. A. Rahmani & R. M. Flores,
Eds, Sedimentology of coal and coal-bearing sequences. p. 13-42. Blackwell Scientific Publication. Oxford. (Special
publication of the International Association of Sedimentologists nº 7).
McCabe, P.J., 1987. Facies studies of coal and coal-bearing strata. In: A.C. Scott, Ed., Coal and coal-bearing
strata: recent advances, 51-66. The Geological Society, London. (Special Publication 32).
128 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Méndez Cecilia, A.J., 1985. Estudio de la evolución de los carbones de la Cuenca Ciñera-Matallana, Provincia
de León. Facultad de Ciencias Geológicas de la Universidad de Oviedo. (Tesis Doctoral).
Merritt, R.D., 1985. Review of coking phenomena in relation to an occurrence of prismatically fractured
natural coke from the Castle Mountain mine, Matanuska coal field, Alaska. Internat.J.Coal Geol., 4, 4: 281-298.
Misiak, J., 2006. Petrography and depositional environment of the No. 308 coal seam (Upper Silesian Coal
Basin, Poland) ─ a new approach to maceral quantification and facies analysis. In: M.Hámor-Vidó, Ed.,
Selected papers presented at the 56th Annual Meeting of the Intrnational Committee for Coal and Organic
Petrology, Budapest, Hungary. Internat. J. Coal Geol., 68, 1-2: 117-126.
Moore, P.D., 1987. Ecological and hydrological aspects of peat formation. In: A.C. Scott, Ed., Coal and Coal-
bearing Strata: recent advances, p. 7-15. The Geological Society, London. (Special Publication 32).
Moore, P.D., 1989. The ecology of peat-forming processes: a review. In: P.C. Lyons & B. Alpern, Eds, Peat and
Coal: Origin, Facies, and Depositional Models. Internat. J. Coal. Geol., 12, 1-4: 89-103.
Moore, P.D., 1995. Biological processes controlling the development of modern peat-forming ecosystems. In:
T.D. Demchuck, J.Shearer & T. Moore, Eds, Tertiary - Age Coals - CSA Symposium. Internat. J. Coal Geol., 28, 2-
4: 99-110.
Moore, P.D. & Bellamy, D.J., 1973. Peatlands. 221 pp. Paul Elek, London,
Mukhopadhyay, P.K., 1989. Organic petrography and organic geochemistry of Texas Tertiary coals in relation
to depositional environment and hydrocarbon generation. Report of Investigations nº 188, 118 pp. Bureau of
Economic Geology, Univ. Texas, Austin.
Mukhopadhyay, P.K. & Dow, W.G., Eds, 1994. Vitrinite Reflectance as a Maturity Parameter. Applications and
Limitations, 294 pp. American Chemical Society, Washington, D.C. (ACS Symposium Series 570).
Mullis, J., 1987. Fluid inclusion studies during very low-grade metamorphism. In: M. Frey, Ed., Low
Temperature Metamorphism, p.162-199. Blackie, Chapman and Hall. Glasgow, London, New York, N.Y.
Murchison, D. G., 1958. Reflectance of vitrinite. In: 2 Internat.Tagung Kohlenwiss., Walkenburg, 1957. Brennst.-
Chem., 39: 47-51.
Navale,G.K. & Misra,B.K., 1984. Significance of vitrinite/inertinite ratio in Lower Gondwana coals of Peninsular
India. In: M.J.L. Sousa, Ed., Symposium on Gondwana Coals, Lisbon, 1983. Proceedings and Papers. Comun.
Serv. geol. Portg, 70, 2: 257-263.
Nedelcu, C., 1998. Can pyrocarbone be a geothermometric index ? In: M.J. Lemos de Sousa & J.P. Fernandes,
Eds, 2nd Symposium on Gondwana Coals, Porto, 19th September 1998 and 50th ICCP Meeting, Porto, 20th –
26th September. Oral Presentations Abstracts, Poster Abstracts, Geological Excursion Guide-Book. Geologos,
4: 44-45.
Noël, R., 1956. Préparation des piliers de charbon en vue de leur etude pétrologique en lumière réfléchie et
nouvelle méthode de représentation des profils en veine. Proc. internat. Comm. Coal Petrol., 2 (2nd Meet.,
Liège, 1955), p.28-30. R.Louis, Bruxelles.
Oesterlen, P.M. & Lepper, J., 2005. The Lower Karoo coal (k2–3) of the Mid-Zambezi basin, Zimbabwe:
depositional analysis, coal genesis and palaeogeographic implications. In: M.Hámor-Vidó, Ed., Selected
papers presented at the 56th Annual Meeting of the Intrnational Committee for Coal and Organic Petrology,
Budapest, Hungary. Internat. J. Coal Geol., 68, 1-2: 97-118.
Oplšutil, S., 2005. The effect of paleotopography, tectonics and sediment supply on quality of coal seams in
continental basins of central and western Bohemia (Westphalian), Czech Republic. Internat. J. Coal Geol., 64,
3-4: 173-203.
Ottenjann, K., Teichmüller, M. & Wolf, M., 1974a. Mesures spectrales de fluorescence sur sporinites en lumière
réfléchie, une méthode microscopique de détermination du rang des charbons peu houillifiés. In: P.Robert,
Traducteur, “Houillification et Pétrole”, Sympos. Contributions de la Pétrologie des Charbons à l’Exploration
de l’Huile et du Gaz Naturel. Traduction BRGM Nº.5477, p.5-46.
Ottenjann, K., Teichmüller, M. & Wolf, M., 1974b. Spektrale Fluoreszenz-Messungen an Sporiniten mit
Auflicht-Anregung, ein mikroskopische Methode zur Bestimmung des Inkohlungsgrades gering inkohlter
Kohlen. In: Sympos. ”Inkohlung und Erdöl. Beiträge der Kohlenpetrologie zur Prospektion auf Erdöl und
Erdgas”. Fortschr.Geol.Rhein.-Westf., 24: 1-36.
Ottenjann, K., Teichmüller, M. & Wolf, M., 1975. Spectral fluorescence measurements of sporinites in reflected
light and their applicability for coalification studies. In: B.Alpern, Ed., Colloq.internat. “Pétrographie de la
matière organique des sédiments, relations avec la paléotempérature et le potentiel pétrolier”, Paris, 1973,
p.49-65. Centre National de la Recherche Scientifique, Paris.
Pearson, D. E. & Creaney, S., 1980. Spontaneous carbonization of oxidized high-volatile coal by a lightning
strike. Canad. J. Earth Sci., 17, 1: 36-42.
O Carvão na Actualidade 129
Petersen, H.I., 1994. Depositional environments of coals and associated siliciclastic sediments in the Lower
and Middle Jurassic of Debmark. Ministry of Environment and Energy. DGU Series A, nº 33. Geological Survey
of Denmark, Copenhagen, 1994.
Petersen, H.I., 1998. Morphology, formation and palaeo-environmentalimplications of naturally formed char
particles in coals and carbonaceous mudstones. Fuel, 77, 11: 1177-1183.
Petersen, H.I., Lindström, S., Nytoft, H.P. & Rosenberg, P., 2009. Composition, peat-forming vegetation and
kerogen paraffinicity of Cenozoic coals: Relationship to variations in the petroleum generation potential
(Hydrogen Index). Internat. J. Coal Geol., 78, 2: 119-134.
Phillipson, S.E., 2005. Environmental and tectonic influences on the formation and distribution of carbonate
nodules above the Springfield coal seam, southern Illinois Basin. Internat. J. Coal Geol., 64, 3-4: 239-256.
Pinto, M.S., 1985. Carboniferous granitoids of Portugal: some geochemical and geochronological aspects. In:
M.J.Lemos de Sousa & R.H.Wagner, Eds, Papers on the Carboniferous of the Iberian Peninsula (Sedimentology,
Stratigraphy, Palaeontology, Tectonics and Geochronology). An. Fac. Ciênc. Suppl. Vol.64 (1983): 15-33.
Pradier,B., Nicolas,G. & Gérard,J., 1994. L’analyse des milieux de dépôt des charbons, outil de corrélation dans
le Brent de Mer du Nord. (The analysis of the depositional environments of coal, a correlation tool applied to
the Brent Group in the North Sea). Bull. Centres Rech. Explor.-Prod. Elf Aquitaine, 18, Publ. Spéc., 121-133.
Prado, J.G., García González, A. & Gómez Borrego, M.A., 1991. Paleo-oxidation and pyrocarbon deposits on
inertinite. In: P.Bertrand, Ed., Sympos. Coal: Formation, Occurrence and Related Properties, Orléans, 1989.
Bull.Soc.géol.France, 162, 2: 219-226.
Proceedings of the International Committee for Coal Petrology, Nr.3, 1960. First International Congress on
Coal Petrology in Heerlen (Netherlands) 10-13 September 1958. Ernest Van Aelst, Maastricht, 1960).
Pusey III, W.C., 1973. The ESR-kerogen method… How to evaluate potential gas and oil source rocks. World
Oil, 176, 5: 71-75.
Püttmann, W., Wolf, M. & Wolff-Fischer, E., 1986. Chemical characteristics of liptinite macerals in humic and
sapropelic coals. Organ.Geochem., 10, 1-3: 625-632.
Qi, H., Hu, R. & Zhang, Q., 2007. Concentration and distribution of trace elements in lignite from the Shengli
Coalfield, Inner Mongolia, China: Implications on origin of the associated Wulantuga Germanium Deposit.
Internat. J. Coal Geol., 71, 2-3: 129-152.
Robert, P., 1980. The optical evolution of kerogen and geothermal histories applied to oil and gas exploration.
In: B.Durand, Ed., Kerogen. Insoluble organic matter from sedimentary rocks, p.385-414. Édtions Technip,
Paris.
Robert, P., 1985. Histoire géothermique et diagènese organique. Bull. Centres Rech. Explor.-Prod. Elf-
Aquitaine, Mémoire 8, 345 pp. (Thèse).
Robert, P., 1988. Organic Metamorphism and Geothermal History. Microscopic Study of Organic Matter and
Thermal Evolution of Sedimentary Basins, 311 pp. Elf-Aquitaine, D.Reidel Publishing Company, Dordrecht,
Boston, Mass.
Rodrigues, S., Suárez-Ruiz, I., Marques, M., Camean, C. & Flores, D., 2011a. Microstructural evolution of high
temperature treated anthracites of different rank. Internat. J. Coal Geol., 87, 3-4: 204-211.
Rodrigues, S., Suárez-Ruiz, I., Marques, M., Flores, D., Camean, C. & García, A. B., 2011b. Development of
graphite-like particles from the high temperature treatment of carbonized anthracites. Internat. J. Coal Geol.,
85, 2: 219-226.
Scott, A.C. & Fleet, A.J., Eds, 1994. Coal and Coal-bearing Strata as Oil-prone Source Rocks?, 213 pp. The
Geological Society, London. (Geological Society Special Publication No 77).
de Segonzac, G.D., 1970. The transformation of clay minerals during diagenesisand low-grade
metamorphism: A review. Sedimentology, 15, 3/4: 281-346.
Seredin, V.V. & Finkelman, R.B., 2008. Metalliferous coals: A review of the main genetic and geochemical types.
Internat. J. Coal Geol., 76, 4: 253-289.
Shaver, S.A., Eble, C.F., Hower, J.C. & Saussy, F.L., 2006. Petrography, palynology, and paleoecology of the
Lower Pennsylvanian Bon Air coal, Franklin County, Cumberland Plateau, southeast Tennessee. Internat. J.
Coal Geol., 67, 1-2: 17-46.
Sherlock, E., 1950. Studies on some properties of Alberta coals. I-Density. Fuel, 29: 245-252.
Sherlock, E., 1951. Studies on some properties of Alberta coals. II-Reflectivity. Fuel, 30, 2: 31-39
Smith, A.H.V., 1962. The Palaeoecology of Carboniferous Peats based on the Miospores and Petrography of
Bituminous Coals. Proc. Yorkshire geol . Soc., 33, 4: 423-474.
130 O carvão como rocha: Petrologia e Métodos analíticos
Smith, A.H.V., 1968. Seam Profiles and Seam Characters. In: D. Murchison & T.S. Westoll, Eds, Coal and Coal-
bearing strata. p. 31-40. Oliver & Bloyd. Edinburg.
Smyth, M., 1984. Coal microlithotypes related to sedimentary environments in Cooper Basin, Australia.
Special Publication, Internat. Assoc. Sedimentol., 7: 333-347.
Snyman, C.P., 1961. A comparison between the petrography of South African and some other palaeozoic
coals. Pretoria. (Publikasies van die Universiteit van Pretoria, N.R., Nº.15).
Stach, E., 1953. Der Inkohlungsprung im Ruhrkarbon. Brennst.-Chem., 34: 353-355.
Stach, E., 1955. Crassidurain – A Means of Seam Correlation in the Carboniferous Coal Measures of the Ruhr.
Fuel, 24: 95-118.
Stach, E., Mackowsky, M.-Th., Teichmüller, M., Taylor, G.H., Chandra, D. & Teichmüller, R., 1982. Stach’s
Textbook of Coal Petrology, 3rd Ed., 535 pp. Gebrüder Borntraeger, Berlin, Stuttgart.
Stone, I. J. & Cook, A. C., 1979. The influence of some tectonic structures upon vitrinite reflectance. J. Geol., 87,
5: 497-508.
Stopes, M. C., 1919. On the four visible ingredients in banded bituminous coal. Proc. roy. Soc. London, Ser.B,
90: 470-487.
Stopes, M. C., 1935. On the petrology of banded bituminous coal. Fuel Sci. Pract., 14, 1: 4-13.
Stracher, G.B., Ed., 2004. Coal Fires Burning around the World: a Global Catastrophe. Internat. J. Coal Geol., 59,
1-2: 1-152.
Styan, W.B. & Bustin, R.M., 1983. Petrography of some Fraser River delta peat deposits: coal maceral and
microlithotype precursors in temperate-climate peats. Internat. J. Coal. Geol., 2, 4: 321-370.
Suárez-Ruiz, I., Jiménez, A., Iglesias, M.J., Laggoun-Defarge, F. & Prado, J.G., 1994. Influence of Resinite on
Huminite Properties. Energy & Fuels, 8: 1417-1424.
Sun, S.C. & Campbell, J.A.L., 1966. Anthracite lithology and electrokinetic behaviour. In: Advances in
Chemistry Series 55 – Coal Science, p.363-375. American Chemical Society, Washington, D.C.
Swaine, D.J., 2000. Why trace elements are important. Fuel Process.Technol.,65-66: 21-33.
Sýkorová, I., Pickel, W., Christanis, K., Wolf, M., Taylor, G.H. & Flores, D., 2005. Classification of huminite – ICCP
System 1994. In: A.Cook, P.David & W.Pickel, Eds, Marlies Teichmüller Symposium, Copenhagen, Denmark, 19
August 2011. Internat. J. Coal Geol., 62, 1-2: 85-106.
Taylor, G.H., Liu, S.Y. & Teichmüller, M., 1991. Bituminite – A TEM view. Internat.J.Coal Geol., 18, 1-2: 71-85.
Taylor, G.H. & Teichmüller, M., 1993. Observations on fluorinite and fluorescent vitrinite with the transmission
electron microscope. Internat.J.Coal Geol., 22, 1: 61-82.
Taylor, G.H., Teichmüller, M., Davis, A., Diessel, C.F.K., Littke, R. & Robert, P., 1998. Organic Petrology, 704 pp.
Gebrüder Borntraeger, Berlin, Stuttgart.
Teichmüller, M., 1971. Anwendung kohlenpetrographischer Methoden bei der Erdöl- und Erdgasprospektion.
Erdöl Kohle Erdgas Petrochem.verein Brennst.-Chem., 24, 2: 69-76.
Teichmüller, M., 1973. Zur Petrographie und Genese von Naturkoksen im Flöz Präsident/Helene der Zeche
Friedrich Heinrich bei Kamp-Lintfort (Linker Niederrhein). Geol.Mitt., 12: 219-254.
Teichmüller, M., 1974a. Entstehung und Veränderung bituminoser Substanzen in Kohlen in Beziehung zur
Entstehung und Umwandlung des Erdöls. In: Sympos. ”Inkohlung und Erdöl. Beiträge der Kohlenpetrologie
zur Prospektion auf Erdöl und Erdgas”. Fortschr.Geol.Rhein.-Westf., 24: 65-112.
Teichmüller, M., 1974b. Formation et transformation des matières bitumineuses dans les charbons en relation
avec la genèse et l’évolution des hydrocarbures. In: P.Robert, Traducteur, “Houillification et Pétrole”, Sympos.
Contributions de la Pétrologie des Charbons à l’Exploration de l’Huile et du Gaz Naturel. Traduction BRGM
Nº.5477, p.79-138.
Teichmüller, M., 1974c. Nouveaux macéraux du groupe des liptinites et genèse de la micrinite. In: P.Robert,
Traducteur, “Houillification et Pétrole”, Sympos. Contributions de la Pétrologie des Charbons à l’Exploration
de l’Huile et du Gaz Naturel. Traduction BRGM Nº.5477, p.47-78.
Teichmüller, M., 1974d. Über neue Macerale der Liptinit-Gruppe und die Entstehung von Micrinit. In:
Sympos. ”Inkohlung und Erdöl. Beiträge der Kohlenpetrologie zur Prospektion auf Erdöl und Erdgas”.
Fortschr.Geol.Rhein.-Westf., 24: 37-64.
Teichmüller, M., 1982. Fluoreszenzmikroskopische Änderungen von Liptiniten und Vitriniten mit
zunehmendem Inkohlungsgrad und ihre Beziehungen zu Bitumenbildung und Verkokungsverhalten, 119 pp.
Geologisches Landesamt Nordrhein-Westfalen, Krefeld.
O Carvão na Actualidade 131
Teichmüller, M., 1984. Fluorescence microscopical changes of liptinites and vitrinites during coalification and
their relationship to bitumen generation and coking behaviour, 73 pp. Society for Organic Petrology,
Houston, Texas. (Special Publication No.1).
Teichmüller, M., 1987. Organic material and very low-grade metamorphism. In: M. Frey, Ed., Low
Temperature Metamorphism, p.114-161. Blackie, Chapman and Hall. Glasgow, London, New York, N.Y.
Teichmüller, M., 1989. The genesis of coal from the viewpoint of coal petrology. In: P.C.Lyons & B.Alpern, Eds,
Peat and Coal: Origin, Facies, and Depositional Models. Internat.J.Coal Geol., 12, 1-4: 1-87.
Teichmüller, M. & Juch, D., 1978. Kohlenpetrologische Methoden bei der Untersuchung eines Gas- und
Kohlenausbruchs. Glückauf-Forschungsh., 39 Jg , 1: 21-31.
Teichmüller, M. & Teichmüller, R., 1954. Zur mikrotektonischen Verformung der Kohle. Geol.jb., 69: 263-285.
Teichmüller, M. & Teichmüller, R., 1966. Geological causes of coalification. In: Advances in Chemistry Series 55
– Coal Science, p.133-155. American Chemical Society, Washington, D.C.
Teichmüller, M. & Teichmüller, R., 1967. Diagenesis of coal (Coalification). In: G.Larsen & G.V.Chilinger, Eds,
Diagenesis in Sediments and Sedimentary Rocks, p.207-246. Elsevier, Amsterdam. (Developments in
Sedimentology 25A).
Teichmüller, M. & Teichmüller, R., 1968. Geological aspects of coal metamorphism. In: D.Murchison &
T.S.Westoll, Eds, Coal and Coal-bearing strata, p.233-267. Oliver & Boyd, Edinburgh, London.
Teichmüller, M., Teichmüller, R. & Weber, K., 1979. Inkohlung und Illit-Kristallinität Vergleichende
Untersuchungen im Mesozoikum und Paläozoikum von Westfalen. Fortschr. Geol.Rhein.-Westf., 27: 201-276.
Teichmüller, M. & Teichmüller, R., 1981. The significative of coalification studies to geology - A review. Bull.
Centres Rech.Explor.-Prod. Elf-Aquitaine, 5, 2: 491-543. (Journ.”La Géologie des Charbons, des Schistes
bitumineux et des Kérogènes”, Pau, 1981).
Valković,V., 1983. Trace Elements in Coal, Vol.1, 210 pp, Vol.II, 281 pp. CRC Print, Inc., Boca Raton, Flo.
Vergeron, M. de & Belin, J., 1966. Etude des dégagements instantanés de Méthane. Ann.Min., 1966, 3: 203-218.
Vorres, K.S., Ed., 1986. Mineral Matter and Ash in Coal, 537 pp. American Chemical Society, Washington,
D.C. (ACS Symposium Series 301).
de Vries, H.A.W., Habets, P.J. & Bokhoven, C., 1968. Das Reflexionsvermogen von Steinkohle. 2 – Die
reflexionsanisotropie. Brennst.-Chem., 49, 2: 47-52.
Ward, C.R., 2002. Analysis and significance of mineral matter in coal seams. In: J.C.Hower, Ed, Volume 50 of
International Journal of Coal Geology. Internat. J. Coal Geol., 50, 1-4: 135-168.
Wassojewitsch, N.B., Kortschagina, J.L., Lopatin, N.W., Tschernnyschew, W.W. & Tschernikow, K.A., 1969. The
Hauptphase der Erdölbildung. Z. angew. Geol, 15, 12: 612-621.
Xue, S., Wang, Y., Xie, J. & Wang, G., 2011. A coupled approach to simulate initiation of outbursts of coal and
gas – Model development. Internat. J. Coal Geol., 86, 1-2: 222-230.
ESTAMPAS