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SEGURANÇA NO TRABALHO
FICHA TÉCNICA
Versão: 1
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação SEGURANÇA NO
TRABALHO.
Objetivos
• Eliminar os perigos;
• Avaliar os riscos não evitados.
• Eixo do controlo dos riscos:
• Controlo pela prevenção:
• Combater os riscos na origem;
• Adaptar o trabalho ao homem;
• Atender ao estado de evolução da técnica;
• Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
• Planificar a prevenção.
• Controlo pela protecção:
• Priorizar a protecção colectiva face à protecção individual.
• Eixo da acção no plano dos comportamentos para desenvolver a prevenção:
• Formar e informar.
Eliminar os perigos: O perigo, enquanto potencial de dano inerente aos componentes de trabalho,
deve ser objecto de análise sistemática tendo em vista a sua detecção e eliminação.
Esta primeira atitude preventiva deve ter lugar não só na fase de laboração, mas, também, na fase de
concepção e projecto plano da concepção dos componentes do trabalho (como, por exemplo,
máquinas e produtos) e segurança em projecto (como, por exemplo, na definição do lay-out
Avaliar os riscos: O risco resulta de um perigo não eliminado que vai persistir na situação de trabalho,
contando potencialmente com a interacção de um ou de vários trabalhadores. Avaliar os riscos
significa desenvolver todo um processo que visa ter-se dos riscos o conhecimento necessário à
definição de uma estratégia preventiva (origem do risco, natureza do risco, consequências do risco,
trabalhadores expostos ao risco....).
Sobre esta problemática da avaliação dos riscos voltaremos adiante, com mais detalhe.
Combater os riscos na origem: Este princípio é, também, um princípio de gestão porque desloca a
prevenção dos riscos em si para o nível dos seus factores, visando conferir à prevenção a qualidade de
eficácia e estando na origem do conceito de prevenção integrada. Dito de outro modo, o risco deve
ser, preferencialmente, combatido no plano dos factores de trabalho que lhe dão origem, como forma
de o seu controlo atingir a máxima eficácia possível.
Adaptar o trabalho ao Homem: Este princípio visa potenciar, também, o conceito de prevenção
integrada, indicando que todos os factores do trabalho devem ser, tanto quanto possível, concebidos
e organizados em função das características das pessoas que o executam (concepção e organização
produtiva dos locais e postos de trabalho, das ferramentas e equipamentos, dos métodos e processos
de trabalho, dos ritmos de trabalho e tempos de trabalho, ...).
Atender ao estado de evolução da técnica: Este princípio manda atender à permanente evolução
tecnológica, de que decorrem novos riscos, mas também novas soluções preventivas integradas nos
componentes de trabalho (máquinas mais seguras, produtos não tóxicos...) e novos métodos mais
eficazes de avaliar e controlar riscos.
Substituir o que é perigosos pelo que é isento de perigo ou menos perigoso: Vale para aqui o que já se
referiu no ponto anterior, ou seja, a evolução tecnológica resolve algumas situações de perigo
(eliminando-o ou reduzindo-o), devendo isso mesmo ser potenciado na melhoria dos factores de
trabalho. Este princípio estabelece, implicitamente, como linha de conduta o princípio da melhoria
contínua neste processo, ou seja, deve ser conhecida toda a fonte de perigo existente na empresa e
permanentemente processar-se a procura de melhores soluções, na medida do possível.
Planificar a prevenção: Este princípio visa conferir à prevenção um sentido coerente. Com efeito, ele
pressupõe que as medidas de prevenção só produzem efeito duradouro e eficaz quando se articulam
Priorizar a protecção colectiva sobre a protecção individual: Este princípio faz a transição da
prevenção para a protecção. Esta última (a protecção) só deverá ter lugar quando a prevenção estiver
esgotada e não tiver produzido resultados suficientes de controlo do risco.
Classificação
É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou
indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade
de trabalho ou de ganho ou a morte.
6. Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei
aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;
• Acidentes de trabalho dentro do trabalho normal - Aquele que se produz dentro do horário de
trabalho normal.
• Acidente de trabalho fora do trabalho normal denominado acidente “In itinere” - Acidente de
circulação
• Acidente de trabalho com baixa - Aquela que causa baixa superior a um dia de trabalho.
• Acidentes de trabalho sem baixa - Produz lesões que são atribuídos, não impedem a
continuação do seu trabalho, embora necessite de uma nova atenção médica nos dias
seguintes.
Podemos dizer que existem duas causas principais para acidentes: as causas básicas e as causas
imediatas. Para poder prevenir acidentes é necessário, conhecer ambas e agir em conformidade com
elas.
Causas Básicas
Podem dividir-se em fatores pessoais e fatores de trabalho.
Os fatores pessoais relacionam-se com a falta de conhecimento, de motivação ou até tentar poupar
tempo sem as devidas precauções.
Os fatores de trabalho têm a ver com a falta de regulamentação, hábitos incorretos ou a má utilização
de materiais e produtos.
Causas Imediatas
Estas são constituídas pelos atos inseguros e condições inseguras. As causas do acidente, as ações
humanas e condições materiais inseguras, combinadas ou não, propiciam a ocorrência de acidentes e
o ato inseguro, bem como, as condições inseguras são as causas que precedem ou ocasionam os
acidentes de trabalho.
• Atos Inseguros - São todas as ações levadas acabo pela profissional, sem os devidos cuidados
ou com total falta de atenção (trabalhar com anéis, fios ou objetos que podem ficar presos,
não respeitar a capacidade dos elevadores, não avisar acerca de situações graves observadas,
etc).
• Condições Inseguras - Prendem-se com fatores de carácter técnico (condições inseguras, falta
de espaço para armazenar os produtos, pouca iluminação, armazenamento incorreto, etc…).
Sendo assim, a atitude correta é a de corrigir os atos inseguros e as condições inseguras, além de
analisar e prever todas as causas e condições possíveis que possam resultar em acidente.
Consequências
As consequências podem ser categorizadas em:
As condições inseguras constituem as principais causas do acidente no trabalho. Incluem fatores como:
• Equipamento sem proteção.
• Equipamento defeituoso.
• Procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos.
• Armazenamento inseguro, congestionado ou sobrecarregado.
• Iluminação deficiente ou imprópria.
• Ventilação imprópria, mudança insuficiente de ar ou fonte de ar impuro.
• Temperatura elevada ou baixa no local de trabalho.
• Condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo.
Atos inseguros
Eliminar apenas as condições inseguras é insuficiente, pois as pessoas também causam acidentes. Os
atos inseguros dos funcionários podem ser:
• Carregar materiais pesados de maneira inadequada.
• Trabalhar em velocidades inseguras – muito rápidas ou lentas
• Utilizar esquemas de segurança que não funcionam.
• Usar equipamento inseguro ou usá-lo inadequadamente
• Não usar procedimentos seguros.
• Subir escadas ou degraus depressa.
As causas dos atos inseguros podem ser atribuídas a certas características pessoais que predispõem
aos acidentes, como ansiedade, agressividade, falta de controlo emocional etc.
Essas tendências de comportamentos levam a atos inseguros, como desatenção e falhas em seguir
procedimentos, e aumentam a probabilidade de acidentes.
A máquina deve ser fornecida com todos os equipamentos e acessórios especiais e essenciais para
poder ser regulada, cuidada e utilizada sem risco.
A máquina deve estar munida de dispositivos de sinalização (mostradores, sinais, etc.) e de indicações
cujo conhecimento seja necessário para poder funcionar com segurança. O operador deve poder, do
posto de comando, detetar as indicações desses dispositivos.
Se for impossível, o sistema de comando deve ser concebido e fabricado de modo que todas as
operações de arranque sejam precedidas de um sinal de aviso, sonoro e ou visual. A pessoa exposta
deve ter tempo e meios para se opor rapidamente ao arranque da máquina.
A utilização de máquinas pode apresentar vários riscos para a segurança e saúde do trabalhador os
quais podem, em certos casos, dar origem a acidentes de trabalho.
A utilização de máquinas comporta riscos para os trabalhadores os quais não podem ser descurados.
Alguns dos riscos mecânicos que podem provocar lesões físicas ou funcionais, podem ser descritos
como:
a) Risco de derrube dos elementos instalados na máquina/equipamento;
b) Risco de quedas ou projeções de objetos;
c) Risco de movimentos intempestivos;
d) Contacto com arestas vivas, ângulos vivos ou superfícies rugosas;
e) Risco de rutura em serviço;
f) Risco de rebentamento ou rutura (ex.: das tubagens rígidas/ flexíveis);
g) Risco devido às variações de velocidade de rotação das ferramentas;
h) Risco ligado aos elementos móveis.
Máquinas de vibrar
A energia de vibração produzida por ferramenta vibratória é transmitida às mãos e braços do operador,
podendo daí advir efeitos na sua saúde e bem-estar. Qualquer estratégia que vise a redução das
vibrações transmitidas da ferramenta à mão, ajudará a prevenir os sintomas.
O controlo das vibrações é um passo importante para a proteção dos trabalhadores expostos a este
agente físico.
Qualquer intervenção na transmissão e propagação das vibrações pode revestir a seguinte forma:
• Suprimir o meio transmissor
• Realizar uma montagem anti-vibratória
• Aumentar a inércia ou a massa de um sistema
• Modificar os modos vibratórios do sistema e criar o amortecimento.
Dispositivos de segurança
De acordo com a legislação cada máquina ou equipamento de trabalho deve possuir os seguintes
elementos:
• Declaração de Conformidade CE – documento de entrega obrigatória no ato da venda, pelo
fabricante ou um seu representante, que comprova que a máquina ou o equipamento de
trabalho cumprem as respetivas normas de segurança previstas na regulamentação.
• Marcação CE – marcação composta pelas iniciais CE, estando esta visível na máquina e/ou
equipamento de trabalho.
• Manual de Instruções – cada máquina deve ser acompanhada de manual de instruções que
forneça informações, entre outras, para a sua colocação em serviço, a sua utilização, o seu
manuseamento e a sua manutenção. Este Manual será elaborado, numa das línguas
comunitárias, pelo fabricante ou pelo seu mandatário estabelecido na Comunidade, devendo
o mesmo providenciar a sua tradução para português quando a máquina for posta em serviço.
Dispositivos de Proteção
• Protetores Fixos: os mais vulgarmente utilizados são as guardas. São estruturas metálicas
aparafusadas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos de transmissão. O
acesso só para ações de manutenção.
Ferramentas manuais
As ferramentas manuais são os equipamentos mais simples e servem como extensão da mão do
homem, para lhe facilitar as tarefas, diminuindo a força empregada por ele, aumentando o rendimento
dos serviços e protegendo-o dos riscos de acidentes.
Os cabos das ferramentas devem permitir boa aderência em qualquer situação de manuseio, possuir
formato que favoreça a adaptação à mão do trabalhador, e ser fixados de forma a não se soltar
acidentalmente da lâmina.
5. Contaminantes químicos
Na esmagadora maioria das indústrias podemos encontrar toda uma infinidade de produtos químicos
que são utilizados como matérias-primas, como matérias subsidiárias ou com outras finalidades.
Os produtos químicos são considerados perigosos quando apresentam riscos para o ser humano ou
para o ambiente.
Uma abordagem extremamente importante aos agentes químicos é a que encara a contaminação do
ar por estes agentes, especialmente o dos locais de trabalho, dado ser a via respiratória a principal via
de entrada dos agentes químicos no organismo.
Os contaminantes podem ser encontrados em três estados fundamentais da matéria: estado sólido,
estado líquido ou estado gasoso. A sua classificação é feita de acordo com este fator.
• Poeiras Totais ou Inaláveis: todas as partículas sólidas presentes no ambiente, num dado
momento. Englobam as respiráveis
• Poeiras Respiráveis: fração das poeiras totais, com uma dimensão inferior a 7μm. Penetram
no organismo até aos alvéolos pulmonares
• Fibras – partículas, geralmente em suspensão no ar, e cujo comprimento é superior mais de
três vezes ao seu diâmetro.
• Fumos – suspensão no ar de partículas esféricas, mais pequenas que as poeiras, resultantes
de combustões incompletas ou resultantes da sublimação de alguns vapores (na língua inglesa
distinguem-se estas duas situações como sendo “smoke” e “fumes”, respetivamente).
• Fatores intrínsecos aos próprios produtos, em consequência das suas propriedades físico-
químicas e toxicológicas.
• Fatores extrínsecos relativos à insegurança com que estes se utilizam.
• Comportamentos humanos inadequados, que podem ser resultado de vários fatores
nomeadamente da falta de formação ou do desconhecimento da perigosidade do produto.
Alguns produtos químicos podem ser perigosos, levando à ocorrência de acidentes de trabalho e até
doenças profissionais. Os produtos químicos podem ser abordados de acordo com os vários tipos de
riscos e em especial das suas consequências.
• Atuar rapidamente.
• Evitar a evaporação do produto.
• Utilizar equipamento de proteção pessoal adequado.
• Recomenda-se a utilização do kit para derrames químicos.
• Ventilar de imediato o local e acionar todos os meios de extração disponíveis.
• Ácidos: Neutralizar com bicarbonato de sódio e lavar a superfície com muita água e sabão.
• Bases: Neutralizar com ácido diluído e lavar a superfície com muita água e sabão.
Primeiros socorros:
Envenenamento por via oral
Se a vítima ingeriu produto venenoso, sofre um ENVENENAMENTO por via ORAL.
• Se ingeriu um PRODUTO NÃO CORROSIVO, provocar-lhe o vómito - o que poderá ser feito
dando a beber água morna com muito sal.
• Se ingeriu um PRODUTO CORROSIVO OU DERIVADO DO PETRÓLEO, dar-lhe a beber leite frio.
• Levar a vítima para um local arejado, tendo o cuidado de não respirar o ar contaminado;
• Deixar a vítima em repouso;
• Aguardar socorro profissional;
Atualmente, existe uma grande oferta de meios de movimentação mecânica de cargas, permitindo
encontrar soluções ajustadas para cada problema de movimentação. No entanto, nem sempre as
condições de instalação e de exploração permitem obter as melhores condições de segurança nos
locais de trabalho.
Muitas das medidas de prevenção são comuns aos diversos tipos de equipamentos de movimentação
mecânica de carga, outras serão específicas de cada tipo. Das comuns são exemplo:
A Movimentação Manual de Cargas pode ser definida como qualquer operação de movimentação ou
deslocamento voluntário de cargas, incluindo as operações fundamentais de elevação, transporte e
descarga.
Principais riscos
A movimentação manual de uma carga pode apresentar um risco, nomeadamente dorso-lombar, nos
seguintes casos:
• Carga demasiado pesada ou demasiado grande;
• Carga muito volumosa ou difícil de agarrar;
• Carga em equilíbrio instável ou com conteúdo sujeito a deslocações;
• Carga colocada de tal modo que deva ser mantida ou manipulada à distância do tronco ou com
flexão ou torção do tronco;
• Carga suscetível de provocar lesões no trabalhador, devido ao seu aspeto exterior e/ou à sua
consistência, nomeadamente em caso de choque.
O sistema circulatório, em especial o coração, podem ser afetados, no que diz respeito ao ritmo
cardíaco e pressão sanguínea. Os problemas mais frequentes são:
• Hemorragias cerebrais em pessoas com arterioscleroses (endurecimento das artérias);
No trabalho frequente com cargas excessivas, principalmente quando é iniciado numa idade em que
o corpo ainda se está a desenvolver, a tensão e esforço constante em músculos, ligamentos,
articulações e ossos, podem causar deformações, tais como:
• Escolioses e Cifoses vertebrais;
• Deformação do arco do pé;
• Estado Inflamatório e Doloroso dos Músculos e Bolsas articulares, como a Mialgia.
Os trabalhadores que realizam trabalhos físicos bastante duros, apresentam frequentemente diversas
artroses nas articulações das vértebras, joelhos e tornozelos, devido aos repetidos microtraumatismos.
Medidas preventivas
De forma a minimizar os riscos e, consequentemente, as lesões, nas atividades de transporte de cargas,
existem várias medidas de prevenção que se deverão tomar:
• A redução das cargas (os valores-limite da carga variam consoante idade, sexo, duração da
tarefa, frequência do movimento de elevação e transporte e capacidade física do trabalhador);
• A correta escolha do pessoal que desempenha essas atividades;
• A formação sobre técnicas corretas de movimentação de cargas;
• A utilização de Equipamentos de Proteção Individual adequado (vestuário, luvas e calçado);
• A utilização de meios mecânicos auxiliares (carros de mão, rolos, patins, ventosas, pinças ou
garras, ou imans);
• A readequação do espaço de trabalho.
Em termos mais específicos, no levantamento de cargas do solo, o trabalhador deve seguir as seguintes
regras de prevenção:
8.RISCOS ELÉTRICOS
A eletricidade mata. Esta é a realidade que devemos ter presente sempre que a utilizamos. No nosso
dia-a-dia, qualquer que seja a atividade, utilizamos constantemente a energia elétrica, vulgarmente
designada por eletricidade
Tal como acontece com outras formas de energia, a eletricidade apresenta riscos e pode causar
acidentes cujas consequências podem resultar em danos pessoais, materiais ou ambos.
Os acidentes de origem elétrica, geralmente incêndios e choques elétricos, podem e devem ser
evitados. Neste sentido, a conduta das pessoas e a qualidade das instalações e dos equipamentos
elétricos são fundamentais.
A energia elétrica apresenta vantagens sobre as outras formas de energia, como por exemplo, o
simples transporte e a fácil conversão noutras formas de energia de utilização frequente. A regra da
segurança em relação aos acidentes elétricos com pessoas é evitar os contactos físicos com qualquer
elemento dos circuitos elétricos.
• Riscos materiais: Normalmente resultantes de incêndios e/ou explosões provocados por
deficiências na instalação.
• Riscos pessoais: Resultantes da passagem de corrente elétrica pelo corpo humano.
A manobra dos equipamentos elétricos deve fazer-se sem perigo ou risco de lesões para os utentes.
A proteção das pessoas contra os perigos que as instalações elétricas podem apresentar pode dividir-
se em:
• Manter as instalações em bom estado, para evitar sobrecarga, mau contacto ou curto-circuito.
• Não usar tomadas e fios em mau estado.
• Nunca substituir fusíveis ou disjuntores por ligações diretas com arames ou moedas.
Medidas preventivas
São destinadas a prevenir o risco, fazendo que os contactos não sejam perigosos ou impedindo
contactos simultâneos de massas da instalação e elementos condutores estranhos à instalação, entre
os quais possa aparecer uma diferença de potencial perigosa.
Medidas ativas
Consistem na ligação das massas à terra, diretamente ou por intermédio do neutro da instalação
associada a um aparelho de corte automático (normalmente sensível à corrente diferencial - relê
diferencial + disjuntor (interruptor diferencial) que desliga a instalação ou parte da instalação
defeituosa.
Poderá utilizar-se, em certas situações, um aparelho de corte automático sensível à tensão de defeito.
Logo que a tensão entre a massa do aparelho e a terra for acima dos valores de segurança, um relê de
tensão provoca o corte do circuito defeituoso.
Primeiros socorros
Em caso de acidente, é preferível tratar o sinistrado no local do acidente do que perder tempo a
transportá-lo para o hospital.
• A primeira coisa a fazer é cortar a corrente, se a vítima estiver em contacto com os condutores
sob tensão.
• Nunca se deve tocar ou agarrar um acidentado que esteja sob tensão.
• Se não for possível desligar a tensão, deve-se retirar o condutor, utilizando equipamentos
isolados (luvas apropriadas, varas de manobras isoladoras, etc.).
• Depois de libertado o acidentado, e enquanto se aguarda a chegada do médico, deve prestar-
se os primeiros socorros, nomeadamente:
o Retirar as roupas do tronco
o Transportar a vítima para local arejado
Definições
Fogo:
• É uma combustão na qual se pode visualizar a produção de chamas com libertação de energia,
sob a forma de luz e calor.
Combustão:
• É uma reação química entre dois reagentes, o combustível e o comburente, mediante
condições favoráveis de temperatura e humidade.
Incêndio:
• É quando o fogo foge do controle
Combustível:
• Agente redutor que ao oxidar em determinadas circunstâncias é capaz de arder. Exemplos:
madeira, papel, plástico
Comburente:
• Agente oxidante (oxigénio) que alimenta a combustão.
Energia de ativação:
• Energia fornecida ao combustível e ao comburente para atingir a temperatura do ponto de
inflamação.
Reação em cadeia:
Triângulo do fogo:
• É a representação dos três elementos básicos do fogo: comburente (oxigénio do ar),
combustível (no estado vapor) e energia de ativação (calor).
Tetraedro do fogo:
• Quando a união dos três elementos básicos são ligados por uma combustão de maneira
continuada – reação em cadeia.
Há um incêndio, ou risco de incêndio, toda vez que uma causa qualquer provoca inflamação ou
aumento de temperatura capaz de causar perigo, seja de materiais ou mercadorias, seja de uma
habitação, de um estabelecimento industrial ou comercial, de um depósito.
Classes de Fogos
Os fogos possuem características diferentes consoante a sua origem e o material que está a sofrer a
combustão. É importante o seu conhecimento, uma vez que cada tipo de fogo é extinto com um
diferente tipo de extintor.
Fogos de Gases
Segundo o foco em que se produzem, os fogos podem ser planos, verticais ou alimentados (neste caso,
um fogo vertical ou horizontal é alimentado por um combustível procedente de depósitos que não
estão em contacto direto com o incêndio).
Segundo o seu tamanho, os fogos podem ser pequenos (área da superfície ativa das chamas menor
que 4 m2), médios (área entre 4 e 10 m2), grandes (área entre 10 e 100 m2) e de envergadura (área
maior que 100 m2).
Trabalhos em altura
São considerados como "trabalhos em altura", todos aqueles realizados a partir de 1,5 m. de diferença
de nível em relação à base (pavimento ou plataforma protegida).
Uma plataforma devidamente protegida deve dispor de guarda-corpos em todo o seu perímetro, bem
como nas aberturas ou rampas, construídos com material rígido de resistência adequada e constituídos
por corrimãos com uma altura mínima de 90 cm., uma barra intermédia que impeça a passagem por
escorregão do operário por baixo da mesma, e um rodapé que impeça a queda de objetos para níveis
inferiores.
A queda a nível diferente é um dos riscos mais habituais e importantes a que os trabalhadores estão
expostos nas obras
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
É preciso ter sempre presente que os trabalhos em altura só podem ser executados com o auxílio de
equipamentos concebidos para tal fim, ou utilizando dispositivos de protecção colectiva, tais como
guarda-corpos, plataformas ou redes de segurança. Se tal não for possível, devido à natureza do
trabalho, deve-se dispor de meios de acesso seguros e utilizar arnês de segurança com amortecedor
de energia.
Os trabalhadores envolvidos neste tipo de tarefas não devem ter qualquer restrição médica para
trabalhos em altura, e devem ter recebido a formação adequada para este tipo de trabalhos.
Para realizar trabalhos em altura é necessário contar com um sistema de segurança ou sistema anti-
quedas: conjunto de EPI’s que permitem parar a queda de um operário em condições de segurança.
Exemplo: arnês anti-queda e elemento de amarração com amortecedor de energia. E, dependendo do
Considera-se um local confinado qualquer espaço que apresenta aberturas limitadas de entrada e
saída, com ventilação natural desfavorável, em que se podem acumular atmosferas tóxicas,
inflamáveis ou com deficiências de oxigénio e que não está concebido para uma ocupação contínua
por parte do trabalhador.
Espaços confinados abertos na sua parte superior, mas com uma profundidade que dificulta a sua
ventilação natural, por exemplo
• Fossos.
• Cubas.
• Poços.
• Depósitos abertos.
Espaços confinados fechados com apenas uma pequena abertura de entrada e saída, por exemplo:
MOTIVOS DE ACESSO
• Construção.
• Reparação.
• Limpeza.
• Pintura.
• Inspecção.
• Montagem de caminhos de cabos.
• Cablagem.
• Resgate.
• Etc.
RISCOS GERAIS
• Entalamento ou esmagamento.
• Electrocussão.
• Quedas.
• Riscos Posturais.
• Problemas de Comunicação.
• Ambiente Físico: Frio e Calor/ Ruído /Vibrações/ Iluminação.
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
Viabilidade
O estudo desta viabilidade será incluído no respectivo Plano de Segurança e Saúde, devendo indicar
no mesmo, entre outras questões:
• Caso o espaço confinado tenha contido substâncias perigosas, estas devem ser eliminadas
totalmente e o local será ventilado através de um sistema de renovação forçada do ar.
• Deve-se medir a concentração de oxigénio, a percentagem na atmosfera interior não deve ser
inferior a 19,5%.
• Igualmente, deve-se efectuar a medição dos gases tóxicos ou inflamáveis, em função do tipo
e condições do recinto, através de detectores específicos.
• Se houver menos de 19,5% de oxigénio ou gases tóxicos em concentrações acima dos seus
limites de exposição, devem ser utilizados equipamentos de respiração autónomos ou semi-
autónomos, dependendo do caso, além dos sistemas de ventilação apropriados.
• Se houver probabilidade de existência de atmosferas inflamáveis, deve-se vigiar
rigorosamente a inexistência de focos de ignição nas proximidades da boca do recinto.
• Com esta autorização pretende-se garantir que todos os responsáveis por esta operação
adoptaram as medidas fundamentais para que se possa intervir no espaço confinado sem
colocar em perigo a segurança ou a saúde dos trabalhadores, bem como assegurar que os
operários que realizam os trabalhos estão perfeitamente capacitados para tal.
• Pessoal: O trabalho deve ser realizado por, no mínimo, dois trabalhadores. Ambos devem ser
aptos para este tipo de trabalhos, conforme o resultado do último exame médico
correspondente à vigilância da saúde.
• Pelo menos um deles (o operário que realiza o trabalho de vigilância no exterior) deve ter
formação em primeiros socorros e nível básico de 50 horas em Prevenção de Riscos
Profissionais, já que deverá ser designado Delegado de Prevenção do local da obra.
Antes de iniciar os trabalhos é preciso garantir o isolamento total do espaço protegendo-o contra dois
tipos de riscos:
EXECUÇÃO DO TRABALHO
Para aceder ao interior do espaço confinado, os operários devem utilizar arnês e corda de segurança
ancorada no exterior, onde deve haver meios de sujeição e de resgate adequados. Além disso, no
exterior devem estar disponíveis meios de extinção de incêndios apropriados.
No interior do espaço confinado é imprescindível efectuar medições contínuas da atmosfera. Para tal,
devem estar disponíveis os equipamentos de medição apropriados.
O colaborador que realizar o trabalho de vigilância no exterior não deve abandonar o seu posto até
todos os operadores finalizarem o trabalho no espaço confinado e estarem completamente fora do
mesmo.
Deve-se comunicar ao Chefe de Trabalhos a conclusão dos mesmospara, se for caso disso, eliminar os
sistemas de encravamento e bloqueio.
Caso os trabalhos devam continuar em sucessivos períodos de trabalho, deve-se iniciar novamente o
processo de revisão dos equipamentos, informação aos trabalhadores, autorização,... O único passo
que não será necessário repetir é a Designação do Delegado de Prevenção, desde que o colaborador
responsável pela vigilância dos trabalhos situado no exterior seja o mesmo que no dia anterior.
Soldadura
Embora existam vários processos de soldadura manual e semi-automática os riscos presentes em cada
um deles são praticamente os mesmos.
As maiores diferenças centram-se nos poluentes químicos emitidos para o meio ambiente, a exposição
a radiações (nem todos os processos de soldadura emitem radiação ultravioleta), a exposição ao ruído
e o risco de explosão (também não estão presentes em todos os processos).
Principais riscos
• Enquanto executam tarefas de soldagem, os trabalhadores nunca devem ter na sua posse (nos
bolsos, etc.) fósforos, isqueiros ou qualquer outro utensílio que possa originar um incêndio ou
explosão
• As botijas de gás utilizadas na soldadura devem estar devidamente protegidas contra quedas
(por ex., devem ser presas com correntes) e nunca devem ser colocadas junto a fontes de calor
• Os tubos dos queimadores devem ser conservados em bom estado e estar isentos de qualquer
defeito ou dano, caso tal se verifique devem ser reparados antes de qualquer utilização
• As máquinas de soldadura por resistência devem estar equipadas com sistemas de protecção
que impeçam a sua colocação em funcionamento na presença de um trabalhador
• A zona de trabalho deve estar devidamente ventiladas para se evitarem concentrações
perigosas de gases tóxicos ou infamáveis e para diminuir a temperatura ambiente
• Os postos de trabalho devem ser equipados com sistemas de aspiração localizada cujo caudal
deve estar adequado às características da operação
• Deve-se verificar periodicamente a ausência de fugas de gás (sempre antes de iniciar um
trabalho) (utilizar unicamente água com sabão)
• Não executar tarefas de soldadura sobre pavimentos ou superfícies combustíveis (ex.: de
madeira, aglomerado, etc.)
• Nos postos de soldadura devem existir disponíveis meios de extinção adequados,
nomeadamente extintores de pó químico e de dióxido de carbono.
• Os trabalhadores devem ser formados no sentido de denunciarem as condições perigosas que
observam ou com que se deparam: equipamentos danificados, vias de circulação ou locais de
trabalho obstruídos ou desorganizados, utilização incorreta de equipamentos, etc.
Trabalhos hiperbáricos
O trabalho hiperbárico está relacionado com operações que ocorrem sob pressões maiores que a
pressão atmosférica normal (1 Bar).
Na prática, trata-se de um ambiente em que o nosso organismo está submetido a uma pressão
atmosférica superior à pressão atmosférica ao nível do mar, pelo que, a mais evidente “agressão” será
a pressão.
Mergulho
Atualmente as atividades de mergulho podem ser classificadas de diferentes formas, Como por
exemplo, o mergulho em apnéia no qual o mergulhador não respira, logo, permanecendo um tempo
restrito sob a água. Ao contrário do mergulho com respiração subaquática que é realizado com a
utilização de algum tipo de equipamento para provir ar ao mergulhador. Essa classificação ainda pode
ser dada por:
Quanto ao tempo:
1. Mergulho Simples: é aquele realizado após um período maior que 12 horas de outro
mergulho;
2. Mergulho Repetitivo: é aquele realizado antes de decorridas 12 horas do término de outro
mergulho;
1. Mergulho autônomo;
2. Mergulho dependente;
3. Mergulho com umbilical ligado diretamente a superfície;
4. Mergulho com Sino Aberto (Sinete);
5. Mergulho com Sino de Mergulho (fechado).
Existem diversas patologias relacionadas diretamente com o trabalho em condições hiperbáricas dentre
elas:
sensíveis ocorrem nas cavidades recheadas de ar, como os pulmões e os ouvidos. Ao submetermos o
organismo a um ambiente pressurizado, a Lei de Boyle atrapalha (o volume de um gás é inversamente
proporcional à pressão). Todos nós já experimentaram alguns destes efeitos, como na descida de uma
serra ou mergulhando em uma piscina: a sensação de sentir os ouvidos "abafados" revelam que a
pressão está aumentando sobre nosso corpo.
Barotrauma de ouvido médio: Os ouvidos possuem uma região atrás do tímpano, chamada de
ouvido médio, que está cheia de ar para funcionar como uma caixa acústica, com espaço para a vibração
Barotrauma pulmonar: Além do ouvido e outros espaços corporais que contém ar, em condições
hiperbáricas, ocorrem mudanças na composição de gases dos pulmões. No caso do oxigênio, por
exemplo, quanto maior a pressão deste gás no pulmão, maior quantidade será absorvida pelo sangue
e dissolvida em todos os líquidos do corpo. Pulmões e árvore respiratória Uma estrutura rígida, a
traquéia, vai se ramificando em ramos cada vez menores até que bronquíolos terminam formam os
sacos alveolares. Estes mantém grande quantidade de ar no tecido pulmonar, que é bastante elástico.
Na pressurização o pulmão é comprimido, se o indivíduo estiver com a respiração contida (apnéia) e a
pressão for excessiva, podem ocorrer lesões ao pulmão, caracterizando o barotrauma pulmonar.
Embolia Traumática pelo ar: No mergulho com equipamento ou em câmaras hiperbáricas, o ar deve
ser inspirado na mesma pressão que o ambiente, permitindo que o tórax e os pulmões tenham pressão
suficiente para sua movimentação, vencendo a pressão que a água ou ar-comprimido faz sobre o peito.
Se o indivíduo, nestas condições, respirar ar ou oxigênio sob pressão e conter a respiração em apnéia,
no caso de ocorrer uma despressurização súbita (como no mergulho, em uma subida muito rápida à
superfície), o pulmão será submetido a uma expansão súbita, com grande aumento de sua pressão
interna. Isto poderá ocasionar uma ruptura de alvéolos, entrando ar no espaço pleural. Nesta caso pode
haver um colapso do pulmão (pneumotórax), entrada de ar na membrana que reveste o coração
(pneumomediastino) o mesmo abaixo da pele do tórax e pescoço (enfisema subcutâneo). Este acidente,
muito grave, é denominado embolia traumática pelo ar (E.T.A.).
O transporte de mercadorias perigosas, pelas consequências que podem advir em caso de acidentes,
põe problemas de segurança, necessitando de atenção especial.
Para além do risco de explosão, o acontecimento iniciador mais comum é a perda de contenção da
mercadoria, potenciando a sua perigosidade, por exemplo, o contacto da mercadoria tóxica com o
Homem, da mercadoria inflamável com uma fonte de ignição ou da mudança de estado físico da
mercadoria com mudança das suas propriedades.
Medidas preventivas
• Garantir que a mistura inflamável com ar está fora dos limites de explosão;
• Manter a superfície do líquido abaixo do ponto de inflamação;
• Garantir que tubagens e reservatórios sejam estanques;
• Evitar a ocorrência de fugas;
• Garantir a existência do plano de manutenção e o registo das atividades executadas;
• Nas áreas perigosas, proibir fumar, foguear, trabalhos de soldadura;
• Disponibilizar em zona próxima, meios de extinção;
• Utilizar instalações elétricas anti- deflagrantes;
A célula de medida, na qual se faz circular a mistura gasosa, contem um elemento detetor impregnado
de catalisador que e mantido a uma temperatura suficiente para se conseguir a oxidação do gás.
Os métodos de indicação colorimétrica por leitura directa tem relativamente aos outros as seguintes
vantagens:
● expeditos;
● pouco onerosos;
● de fácil aplicação
Mas nem tudo são rosas, uma vez que também apresentam desvantagens, nomeadamente o facto de
serem métodos somente quantitativos, uma vez que implicam o conhecimento à priori do gás que se
vai dosear.
O princípio de funcionamento e o da reação do gás a dosear com um tubo. Para isso o gás e aspirado
manualmente ou por meio de uma bomba elétrica para dentro e através de um tubo reativo específico
para esse gás que muda de cor ao reagir com ele.
A quantidade de tubo que mudou de cor permite dizer qual a concentração de gás no ar.
Como no seio de um gás se pode desprezar o efeito da gravidade, a pressão tem o mesmo
valor em qualquer ponto no interior do reservatório e na superfície 1.
Alem disso, como a pressão dum fluido em repouso não varia num plano horizontal, a
pressão no ponto 2 e a mesma que no ponto 1.
Portanto, o resultado das forcas que lhe estão aplicadas terá que ser zero.
Bibliografia / webgrafia