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P. Trovadoresca,
Ivanhoe, Walter Scott
(Círculo de Leitores) Fernão Lopes
(contexto
O escritor inglês Walter Scott é considerado o criador do Romance Histórico, sendo Ivanhoe, medieval);
provavelmente, o seu livro mais lido em todo o mundo.
Na Inglaterra do século XII, no período das cruzada, o príncipe João sem Terra tenta usurpar o Os Lusíadas
trono ao seu irmão, Ricardo Coração de Leão, enquanto este combatia na Terra Santa. Regressado (o valor do
a Inglaterra, o rei Ricardo é apoiado pelo povo e por um grupo de cavaleiros liderados por Ivanhoe, heroísmo).
na luta pela recuperação do trono. Cruzado com a ação própria de um romance de aventuras,
desenvolve-se a romântica história de amor entre Ivanhoe e a bela Rowena,
Em pano de fundo, questões fundamentais que marcaram a Idade Média europeia: as lutas entre normandos e
saxões, o crescente poder financeiro dos judeus e o consequente ódio de que eram alvo, o poder dos Templários. A
ação é fortemente enriquecida pela intervenção das personagens populares, nomeadamente o bando de Robin
Wood e de Frei Tuck. Enfim, em Ivanhoe, enaltecem-se os valores do heroísmo medieval, mostrando que, na luta
contra os tiranos, a coragem, a bondade e o amor saem sempre vencedores.
P. Trovadoresca
As Cruzadas Vistas pelos Árabes, Amin Maalouf (contexto medieval)
(Tradução de Cascais Franco, Difel)
No final do
A autobiografia do embaixador árabe Hasan al-Wazzan, capturado e entregue ao papa Leão X, capítulo 1,
quando ia para Meca em peregrinação. Combinando História e Literatura, o livro revela, numa transcrevem-se
perspetiva árabe, contrária àquela a que nos habituámos no Ocidente, episódios e personagens textos de poetas
famosos ligados às Cruzadas, desde o século XI, mostrando os cruzados cristãos como bárbaros árabes
cruéis, sanguinários, fanáticos e culturalmente atrasados. peninsulares.
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TEATRO
Castro, António Ferreira Para ler em
(Ulisseia)
contraponto ao
teatro de Gil
Todos conhecem os amores trágicos de Pedro e Inês que têm inspirado, ao longo dos séculos, Vicente, uma
artistas de todas as áreas e de muitas nacionalidades. Em Portugal, são muitos os grandes peça do mesmo
escritores que têm usado este tema nas suas obras: Camões, Bocage, Ruy Belo, Fiama Hasse século, mas
Paes Brandão, Agustina Bessa-Luís, João Aguiar são alguns deles. escrita segundo o
Mas foi António Ferreira (1528-1569) escritor e humanista, considerado um dos maiores poetas do classicismo modelo clássico.
renascentista de língua portuguesa, que dedicou a D. Pedro e D. Inês uma peça de teatro, escrita segundo o
modelo da tragédia clássica: Castro. Foi a primeira tragédia da literatura portuguesa e uma das obras mais
importantes do Renascimento português.
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EPOPEIAS CLÁSSICAS
Odisseia, Homero Os Lusíadas
(Tradução de Frederico Lourenço*, Cotovia)
A Odisseia narra a viagem de Ulisses, rei de Ítaca, no seu regresso a casa, depois da
guerra de Tróia. A ação começa quando o herói está na ilha da ninfa Calipso que,
apaixonada, o retém. Os deuses, reunidos em consílio, ordenam a Calipso que o deixe
partir e ele, com ajuda divina, sobrevive a uma tempestade provocada por Poseidon,
deus do mar e seu inimigo, e acaba por ser acolhido pelo rei dos Feaces a pedido do
qual Ulisses conta a sua aventurosa viagem. Conduzido a Ítaca e ajudado pela deusa
Atena, o herói vence todos os obstáculos e recupera o trono, bem como o amor da sua mulher Penélope e
do filho Telémaco.
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*O escritor e especialista em estudos clássicos, Frederico Lourenço, publicou, em português, adaptações da Odisseia
e da Eneida, de grande qualidade literária, destinadas aos leitores mais jovens.
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Assim começa aquele que, em 2002, foi eleito o melhor livro de todos os tempos por um
conjunto de 100 escritores nomeados pelo Instituto Nobel.
O que nos conta, desde 1605, o D. Quixote? A viagem aventureira de um velho fidalgo que, com a cabeça
cheia de sonhos alimentados pelos livros de cavalaria, resolve ser cavaleiro andante. E é assim que parte
pelos caminhos de Castela La Mancha, Aragão e Catalunha, montado no seu cavalo Rocinante e
acompanhado pelo escudeiro Sancho Pança, para viver fantasiosas aventuras, permanentemente
contrariadas pela realidade. Mas é precisamente no confronto entre a realidade e a fantasia que reside um
dos encantos da história do «cavaleiro da triste figura».
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Os Lusíadas
Na Patagónia, Bruce Chatwin
(Quetzal) História
Trágico-Marítima
As circunstâncias em que este livro nasceu são muito curiosas. O seu autor, Bruce (destacando temas
como:
Chatwin, considerado um dos maiores escritores de viagens de sempre, saiu do jornal ● o valor simbólico
onde trabalhava, num dia de Novembro de 1974, deixando um bilhete com a informação: da viagem;
«Fui para a Patagónia.» E tinha mesmo ido para a Patagónia, onde permaneceu durante ● o encontro de
seis meses, viajando e conhecendo, numa experiência de encontros profundos relatada no livro que civilizações; os
escreveu. Na Patagónia é, hoje, uma referência na história da literatura de viagens, um livro belíssimo, valores)
tocante, que nos alimenta o desejo de ir até ao «fim do mundo» .
Os Lusíadas
Danúbio, Claudio Magris
(Quetzal) História
Trágico-Marítima
Considerado um dos grandes romances europeus contemporâneos, cruza vários géneros, (destacando temas
pois sendo um livro de viagens, é também relato autobiográfico, diário, ensaio, e ainda como:
reflexão histórica, filosófica, política e cultural sobre a Europa central, a chamada ● o valor simbólico
«Mitteleuropa». da viagem;
Seguindo o curso do rio Danúbio (o segundo rio mais longo da Europa, com 2800 km a atravessar a ● o encontro de
Alemanha, a Áustria, a Hungria, a antiga Jugoslávia, a Roménia e a Turquia e a passar por Viena, Bratislava, civilizações; os
Budapeste e Belgrado), o autor conjuga as descrições da paisagem geográfica e humana com o relato de valores)
episódios revestidos de significado, reveladores ora do cruzamento de culturas ora da preservação de
identidades, espelhos de harmonia e conflito, fraternidade e ódios. Danúbio recebeu o Prémio Príncipe das
Astúrias das Artes, em 2004.
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A viagem
Parábola do Cágado Velho, Pepetela n’Os Lusíadas
(Dom Quixote)
A viagem da Língua
Houve um tempo anterior a tudo, há sempre, não é mesmo?
Portuguesa no Mundo
Pepetela, Parábola do Cágado Velho
Num tempo de todas as mudanças, com a guerra e os senhores da guerra e da cidade a varrer
casas, campos, vidas e tradições, o camponês Ulume vive a comovente história de amor pela
jovem Munakazi, uma história de paixão, desilusão, sofrimento, perdão… como quase todas as histórias de amor
e, no entanto, diferente de todas as histórias de amor. Entretanto, o cágado velho, guardião do tempo e da
tradição, persiste, apesar de tudo.
Este é um dos mais belos livros de um dos maiores escritores de língua portuguesa, cuja obra procura,
incessantemente, mergulhar nas mais profundas raízes da tradição angolana, para compreender o presente e
indagar o futuro da jovem nação cheia de sonhos e de contradições. Exatamente como a jovem Munakazi, à
procura de uma modernidade inconsequente e destruidora.
Pepetela ganhou o Prémio Camões, em 1997.
A viagem
Os da Minha Rua, Ondjaki n’Os Lusíadas
(Caminho)
A viagem da Língua
Como num filme, sempre me acontecia isso: eu olhava as coisas e imaginava uma música triste; Portuguesa no Mundo
depois quase conseguia ver os espaços vazios encherem-se de pessoas que fizeram parte da
minha infância. De repente um jogo de futebol podia iniciar ali, a bola e tudo em câmara lenta,
um dia eu vou a um médico porque eu devo ter esse problema de sempre imaginar as coisas em
câmara lenta e ter vergonha de me dar uma vontade de lágrimas ali ao pé dos meus amigos. A escola enchia-se
de crianças e até de professores, pessoas que tinham sido da minha segunda classe, da terceira...Quando
alguém me tocava no ombro, as imagens todas desapareciam, o mundo ganhava cores reais, sons fortes e a
poeira também.
Palavras do jovem escritor angolano que, neste maravilhoso livro, regressa à sua infância, na Luanda dos anos
80 e 90 do século XX, e resgata as memórias das crianças, dos adultos e de um país tateante, na procura do
seu caminho. Os 22 pequenos contos (para além das 2 cartas) que compõem o livro podem ser lidos
isoladamente, ou como um romance, em mosaico vibrante e original.
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A viagem
A Selva, Ferreira de Castro n’Os Lusíadas
(Guimarães & C.A)
A viagem da Língua
Ferreira de Castro nasceu em 1898, na aldeia de Salgueiros, Oliveira de Azeméis, numa família Portuguesa no Mundo
de camponeses. Órfão de pai, emigrou para o Brasil com apenas 12 anos, para trabalhar num
seringal da Amazónia. Aí, durante 4 anos, conheceu o inferno: a exploração desmedida a que
eram sujeitos os trabalhadores, a fome, as doenças, os perigos da selva. No entanto, senhor de
uma tenacidade sem par, aos 16 anos, de regresso à cidade, publicou o seu primeiro livro.
A Selva, narrativa que só poderia ser escrita por quem viveu a experiência da Amazónia, é um dos romances
portugueses mais traduzidos.
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FERREIRA DE CASTRO
Casa-Museu, em Oliveira de Azeméis
Museu em Sintra
O mito da Sereia (o
Serões da Província, Júlio Dinis conto «O Canto da
(Porto Editora) Sereia» poderá
relacionar-se com a
Publicado em 1870, Serões da Província é uma antologia de contos e novelas curtas, Odisseia)
publicados em folhetim, no Jornal do Porto, entre 1862 e 1864.
«O Espólio do Senhor Cipriano», «Justiça de Sua Majestade»; «As Apreensões de uma Mãe»,
«Os Novelos da Tia Filomena»; «Uma Flor entre o Gelo» e «O Canto da Sereia» são os títulos
integrados no volume e abordam os temas habituais neste médico escritor, que conheceu a popularidade na sua
breve vida. As atmosferas criadas são as habituais em Júlio Dinis: a crença num mundo harmonioso, em que os
conflitos se resolvem com boa vontade, a simplicidade que torna feliz o quotidiano, as peculiaridades do mundo
rural, o amor que tudo redime e harmoniza.
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Os romances de Júlio Dinis conheceram uma enorme popularidade e várias adaptações ao cinema: As Pupilas do Senhor
Reitor, A Morgadinha dos Canaviais, Uma Família Inglesa, Os Fidalgos da Casa Mourisca.
Poeta, contista e crítico literário, Edgar Allan Poe nasceu em 1809, em Boston, e morreu, em
condições misteriosas, em 1849. Considerado o criador e o mestre do suspense e do terror na
literatura, os seus contos, muito apreciados por sucessivas gerações de leitores, apresentam
uma construção perfeita, condensada, capaz de puxar o leitor para o centro da intriga, sempre
terrível, sempre inesperada.
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