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Anexo I
1. APRESENTAÇÃO
A pandemia causada pela COVID-19 é uma ameaça que alcança todas as pessoas, sem
distinção de classe social. No entanto, há grupos atingidos que são mais vulneráveis. O Governo
Federal tem empreendido esforços para minimizar os riscos de contaminação e as
consequências sociais dela decorrentes, principalmente atentando para os grupos mais
vulneráveis, em especial os idosos e as pessoas em situação de rua. O desafio que a nação tem
é enorme e é necessária a colaboração ativa das organizações religiosas e da sociedade civil para
atravessarmos esse momento crítico.
É importante ressaltar que este Protocolo é referente à uma medida emergencial. Neste
sentido, recomendamos que o “Texto de orientação para o reordenamento do serviço de
acolhimento para população adulta e famílias em situação de rua” seja considerado como
parâmetro mínimo de qualidade de oferta, bem como sugerimos que considerem as diretrizes
apresentadas pela Nota Pública publicada pelo Ministério da Cidadania em 20/03/2020, que
apresenta “Medidas de Prevenção ao Coronavírus nas Unidades de Acolhimento Institucional”,
também utilizada como referência nas orientações aqui apresentadas.
1
O referido Protocolo foi desenvolvido a partir da estratégia adotada conjuntamente pela Secretaria de
Desenvolvimento e Inclusão Social (SDIS) do município de Balneário Camboriú, Santa Catarina, e a Igreja
Evangélica Luz da Vida, localizada no mesmo município.
2. MARCO LEGAL
2
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em março de 2020.
3
BRASIL. Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá
outras providencias. Diário Oficial da União, 08 de dezembro de 1993. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm>. Acesso em março de 2020.
4
MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social.
Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) nº 145/2004. Disponível em:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/assistencia_social/resolucoes/2004/Resolucao%20CNA
S%20no%20145-%20de%2015%20de%20outubro%20de%202004.pdf Acesso em março de 2020.
5
BRASIL. Decreto nº 7.053 de 23 de dezembro de 2009. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7053.htm Acesse em março de
2020.
6
MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional. Básica de Recursos
Humanos – NOB. RH/SUAS. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/comissoes-
tematicas/comissao-de-politica/norma-operacional-basica-de-recursos-humanos-do-suas-nob-rh-
suas.pdf/download Acesso em março de 2020.
7
MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais. Disponível em:
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipificacao.pdf Acesso
em março de 2020.
3.1 Iniciativa por parte da sociedade civil
8
Prevenção ao Covid-19 no Âmbito das Equipes de Consultório na Rua
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/Consultorios_rua_APS_20200319_ver001.pdf.
doadas para os acolhidos. A lavação das roupas deve ser realizada por equipe definida
(sugere-se que seja formada pelos próprios acolhidos, com supervisão).
• Abordagem inicial com as pessoas a serem acolhidas: sugere-se que o órgão gestor da
política de assistência social do município ou do DF seja a responsável pela abordagem
inicial. É recomendada que essa abordagem seja feita em duas etapas: na ETAPA 1 se
faz a aferição da temperatura corporal e se questiona sobre possível existência de
sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar.9 Após essa etapa a pessoa é
9
MS. Ministério da Saúde. O que é Coronavírus? https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-
saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3
Acesso em março de 2020.
encaminhada para o local de acolhimento adequado para sua situação. No local de
acolhimento, faz-se a ETAPA 2, caracterizada pela triagem que consiste no
cadastramento da pessoa e posterior atendimento por parte da equipe da Secretaria de
Saúde municipal. Na ausência de equipe técnica por parte da Secretaria de Saúde
municipal, é possível que médicos, enfermeiros ou técnicos de enfermagem voluntários,
devidamente registrados, realizem a triagem. Este atendimento a ser realizado por
equipe técnica é indispensável para evitar que pessoas sintomáticas sejam acolhidas
indevidamente com pessoas assintomáticas.
Recomendações aos voluntários: recomenda-se aos voluntários lavar bem as mãos (dedos,
unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, evitando levá-las aos olhos, nariz e boca, e,
de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las. A lavagem das mãos - e a utilização de
álcool gel quando esta não puder ser realizada - deve ser repetida diversas vezes ao dia,
especialmente antes e após a realização de tarefas que impliquem em contato próximo com os
atendidos e os acolhidos (como abordagem social, alimentação e higiene dos acolhidos, dentre
outros). Os voluntários também devem cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando
espirrar ou tossir e, em seguida, descartá-lo no lixo. É necessário evitar tocar olhos, nariz e
boca se as mãos não estiverem limpas. Também é importante que a temperatura dos
voluntários seja aferida antes do início das atividades e, nos casos de febre, os mesmos não
devem estar em contato com os acolhidos e demais voluntários, devendo voltar para casa,
ficar em observação e seguir as orientações das autoridades sanitárias a esse respeito.
Recomenda-se que os profissionais que tenham chegado de viagem provenientes de locais de
caracterizados como áreas de risco devem ficar afastados das unidades de atendimento e de
acolhimento e em observação, pelo tempo determinado pelas autoridades sanitárias. Sempre
que houver sintomas de gripe, tosse, febre ou dificuldade para respirar, os voluntários não
devem comparecer ao serviço. Por fim, durante o contato com o usuário do serviço infectado
ou com suspeita de contaminação, os profissionais e voluntários deverão utilizar máscara e
outros EPI’s indicados pelas autoridades sanitárias, que devem ser retiradas e descartadas logo
após o uso. Recomenda-se, ainda, a higienização das mãos imediatamente após os cuidados
com pessoas infectadas.