Você está na página 1de 10

Consórcios Por Estatais

Faculdade Luso Brasileira – FALUB


Docente: Juarez Gusmão
Discentes: Claudia Justino
Hélio Alves
Pedro Henrique
Pablo Vinícius
Introdução
Como é criado o consorcio?
Para instituir um consórcio público, os entes que pretendem se consorciar devem celebrar um
protocolo de intenções que estabeleça os requisitos essenciais da relação consorciada; o
estatuto do consórcio e as regras administrativas próprias que a entidade deverá observar.
Qual os objetivos do consorcio público?
O objetivo do consorcio público pode ser qualquer atividade administrativa de interesse
comum entre os entes consociados. Assim, a finalidade do consorcio não será
necessariamente a gestão associada de serviços públicos, podendo ser qualquer outra relação
de cooperação federativa.
Quais são os principais privilégios do consorcio publico
Os consórcios não precisam exercer as atividades de prestação dos serviços comuns
diretamente. Dessa forma, os consórcios poderão outorgar concessão, permissão ou
autorização prevista no contrato de consorcio público.
Qual a diferença de consorcio e convenio público?
Quanto aos participantes, no convenio qualquer pessoa jurídica de direito público ou pessoa
jurídica de direito privado (fundação ou associação) pode ser convenente. Quanto ao
consórcio público podem participar pessoas jurídicas de direito público da mesma espécie,
entre municípios, entre estados, entre autarquias.
Quem pode participar de consorcio público?
O consorcio público ser constituído por contrato cuja celebração dependerá da previa
subscrição de protocolo de intenções. Somente entre políticos (U, E, DF e M) podem
participar como consorciados, mas o consorcio poderá ter estrutura de direito privado
também.
Qual o regime jurídico dos consórcios públicos?
Os consórcios públicos, regidos pela lei 11.107/2005, são associações de entes públicos, ou
seja, são forma dos por pessoas jurídicas de direito público, com vistas à realização de
atividades de interesse comum dos entes consorciados, com um vasto campo de aplicação.
Quais as principais características do consorcio público?
Consórcio público é entidade publica sem fins lucrativos instituía por dois ou mais entes
federados para consecução de competências públicas por eles descentralizadas por lei. Pode
ser instituído como autarquia intefederativa: a associação publica; ou como pessoa jurídica de
direito privado.
Desenvolvimento

Formas de associações
Os entes federados podem se associar de duas formas: vertical ou horizontal.
Vertical: Um consórcio vertical é uma forma de parceria entre entes federativos, como
estados, municípios ou a união, com o objetivo de realizar projetos ou prestar serviços em
uma mesma área de atuação. Nesse modelo de consórcio público, os participantes possuem
uma relação hierárquica, ou seja, um dos entes assume o papel de liderança sobre os demais.
No consórcio vertical, os entes federativos envolvidos compartilham recursos, expertise e
responsabilidades para alcançar objetivos comuns. Geralmente, o ente líder assume a
responsabilidade pela coordenação geral do consórcio, estabelecendo diretrizes, tomando
decisões estratégicas e representando o grupo perante outras entidades ou órgãos públicos.
Horizontal: O consórcio horizontal reúne entes com igual hierarquia, ou seja, eles possuem a
mesma natureza e estão em um mesmo nível de governo.
Nesse tipo de consórcio, os entes participantes se unem para desenvolver projetos ou prestar
serviços em uma área de atuação comum. Eles compartilham recursos, competências técnicas
e administrativas, visando a otimização de recursos e a melhoria da prestação de serviços
públicos.

Personalidade Jurídica do consorcio publico


A personalidade jurídica do consórcio público é um atributo que confere ao consórcio uma
entidade legalmente reconhecida, com capacidade de exercer direitos e contrair obrigações.
Essa personalidade é conferida por meio de um processo de registro, de acordo com a
legislação aplicável.
No Brasil, a Lei nº 11.107/2005 regulamenta os consórcios públicos e estabelece que a
personalidade jurídica é adquirida pelo consórcio público a partir do registro de seu contrato
no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas competente. Esse registro formaliza a
constituição do consórcio e o reconhecimento de sua personalidade jurídica.
A personalidade jurídica confere ao consórcio público autonomia para tomar decisões
administrativas, financeiras e patrimoniais. Dessa forma, ele pode celebrar contratos, adquirir
bens, realizar transações comerciais e participar de relações jurídicas em nome próprio, sem a
necessidade de intervenção direta dos entes federativos que o compõem. Além disso, o
consórcio público adquire capacidade processual para defender seus direitos em juízo, bem
como responder a eventuais demandas legais.
Vale ressaltar que o consórcio público não possui personalidade jurídica de direito público,
ou seja, não é considerado um ente federativo em si mesmo. Ele mantém sua natureza de
pessoa jurídica de direito privado, vinculada aos entes federativos que o constituem. Portanto,
não possui prerrogativas de Estado, como poder de tributar ou exercer poder de império sobre
os cidadãos.
O consórcio público é constituído por meio de um contrato firmado entre os entes federativos
participantes, como União, estados, Distrito Federal e municípios. Esse contrato estabelece as
regras de funcionamento do consórcio, como sua finalidade, forma de gestão, aporte de
recursos, distribuição de encargos e responsabilidades, entre outros aspectos. É importante
destacar que a personalidade jurídica do consórcio não é automática e depende da
formalização desse contrato, bem como de seu registro.
A personalidade jurídica do consórcio público traz benefícios práticos para a realização de
projetos em conjunto. Com ela, o consórcio pode firmar contratos com terceiros, adquirir
bens móveis e imóveis, receber recursos financeiros e administrar seu patrimônio de forma
independente. Isso facilita a gestão e a operacionalização das atividades, permitindo uma
atuação mais eficiente na busca de soluções para problemas de interesse comum.
No entanto, é importante ressaltar que a autonomia do consórcio público está sujeita às
diretrizes estabelecidas pelos entes federativos que o integram. O consórcio deve atuar em
consonância com as políticas públicas definidas por esses entes, respeitando os limites e as
competências estabelecidos na legislação. Sua atuação deve sempre visar o interesse público
e estar alinhada com os objetivos pactuados entre os participantes.
Em suma, a personalidade jurídica do consórcio público confere-lhe uma identidade legal
própria, permitindo que ele exerça direitos e assuma obrigações em nome próprio. Isso
possibilita uma atuação mais eficaz na busca de soluções conjuntas para problemas de
interesse comum, promovendo a cooperação entre os entes federativos e facilitando a
implementação de projetos de forma integrada e coordenada.

Vantagens e desvantagens do consorcio publico


O consórcio público apresenta uma série de vantagens e desvantagens que devem ser
consideradas na análise de sua utilização. A seguir, serão apresentadas algumas delas de
forma sucinta, utilizando uma linguagem formal:
Vantagens do consórcio público:
 Cooperação e compartilhamento de recursos: O consórcio público permite que os
entes federativos compartilhem recursos, conhecimentos e expertise, possibilitando a
execução conjunta de projetos de interesse comum. Isso promove a otimização de
recursos e a ampliação das capacidades técnicas e financeiras dos participantes.
 Economia de escala: Ao se unirem em um consórcio, os entes federativos podem
alcançar economias de escala, resultando em redução de custos na realização de obras,
contratação de serviços e aquisição de bens. O poder de negociação coletiva também é
fortalecido, gerando melhores condições comerciais para o consórcio.
 Eficiência e sinergia: A atuação conjunta dos entes federativos permite uma maior
eficiência na execução de projetos, evitando sobreposições e redundâncias. Além
disso, a troca de conhecimentos e a sinergia entre os participantes podem resultar em
soluções mais eficazes para os desafios enfrentados.
Desvantagens do consórcio público:
 Dificuldades na tomada de decisão: A gestão conjunta de um consórcio pode enfrentar
dificuldades na tomada de decisões, uma vez que os interesses e prioridades dos entes
federativos podem divergir. O processo de decisão requer negociação e consenso
entre os participantes, o que pode ser um desafio em casos de interesses conflitantes.
 Dependência da colaboração entre os entes: O sucesso do consórcio público depende
da colaboração ativa e engajamento dos entes federativos participantes. Caso haja
falta de comprometimento ou desinteresse de algum dos participantes, o
funcionamento e a efetividade do consórcio podem ser comprometidos.
 Complexidade administrativa: O consórcio público requer uma estrutura
administrativa adequada para garantir sua operacionalização. A coordenação entre os
participantes, a definição de responsabilidades e a gestão financeira podem demandar
recursos humanos e estruturais adicionais, o que pode ser um desafio em termos de
burocracia e governança.
Em resumo, o consórcio público apresenta vantagens como a cooperação, compartilhamento
de recursos e economia de escala. No entanto, também envolve desafios relacionados à
tomada de decisão, dependência da colaboração dos participantes e complexidade
administrativa. A avaliação cuidadosa desses aspectos é fundamental para determinar a
viabilidade e efetividade da utilização do consórcio público em determinados projetos ou
iniciativas.
Etapas para construção de um consórcio publico
A construção de um consórcio público envolve diversas etapas, desde a sua concepção até a
sua efetiva implementação. A seguir, serão apresentadas as principais etapas envolvidas na
construção de um consórcio público, juntamente com a descrição da sua estrutura
organizacional.
Abaixo as etapas para sua construção
 Identificação das necessidades e interesses comuns: Os entes federativos interessados
em formar um consórcio público devem identificar as necessidades e interesses
compartilhados que justifiquem a cooperação. Isso pode envolver a identificação de
problemas conjuntos, a busca por soluções cooperativas e a definição dos objetivos a
serem alcançados por meio do consórcio.
 Estudo de viabilidade e elaboração do plano de trabalho: Nesta etapa, é essencial
realizar um estudo de viabilidade para avaliar a viabilidade técnica, financeira e
jurídica da formação do consórcio. Esse estudo deve considerar aspectos como a
disponibilidade de recursos, a capacidade de execução de projetos, a conformidade
com a legislação vigente e a sustentabilidade do consórcio a longo prazo. Com base
nesse estudo, é elaborado o plano de trabalho, que detalha as ações, os prazos e os
recursos necessários para a implementação do consórcio.
 Negociação e formalização do contrato de consórcio: Nesta etapa, os entes federativos
devem realizar negociações para definir os termos do contrato de consórcio. O
contrato deve estabelecer as regras de funcionamento do consórcio, incluindo a
definição de responsabilidades, o aporte de recursos, a distribuição de encargos, a
governança e a forma de tomada de decisões. É importante que o contrato seja
elaborado de forma clara e abrangente, contemplando todas as questões relevantes
para o funcionamento do consórcio.
 Registro do contrato de consórcio: Após a negociação e aprovação do contrato, é
necessário realizar o registro do contrato de consórcio em um Cartório de Registro de
Pessoas Jurídicas competente. Esse registro formaliza a constituição do consórcio
público e confere a ele personalidade jurídica.
 Implementação e gestão do consórcio: Com o consórcio público devidamente
constituído, inicia-se a fase de implementação e gestão das atividades. Isso inclui a
definição da estrutura de governança do consórcio, a nomeação de representantes e a
alocação de recursos para as ações previstas no plano de trabalho. É importante
estabelecer mecanismos de acompanhamento e avaliação do desempenho do
consórcio, garantindo a transparência e a efetividade de suas ações.

Estrutura organizacional do consórcio público


A estrutura organizacional do consórcio público pode variar de acordo com as especificidades
do consórcio e as necessidades dos entes federativos envolvidos. No entanto, de maneira
geral, um consórcio público pode contar com as seguintes instâncias e cargos:
Assembleia Geral: É o órgão máximo de deliberação do consórcio, composto pelos
representantes dos entes federativos participantes. A Assembleia Geral define as diretrizes,
aprova o orçamento e toma decisões estratégicas.
Conselho Deliberativo: É responsável por tomar as decisões executivas do consórcio,
implementar as políticas estabelecidas pela Assembleia Geral e supervisionar as atividades
realizadas. É composto pelos representantes dos entes federativos participantes, geralmente
indicados pelos chefes do Executivo de cada ente.
Presidência: É o cargo ocupado por um dos representantes dos entes federativos, que exerce a
função de presidir a Assembleia Geral e o Conselho Deliberativo. O presidente é responsável
por representar o consórcio perante terceiros e coordenar as atividades do consórcio.
Diretoria Executiva: É responsável pela execução das atividades do consórcio, conforme as
diretrizes estabelecidas pela Assembleia Geral e pelo Conselho Deliberativo. A diretoria
executa as ações previstas no plano de trabalho, administra os recursos e é responsável pela
gestão operacional do consórcio.
Secretaria Executiva: É o órgão responsável pelo apoio administrativo, técnico e jurídico ao
consórcio. Realiza a gestão dos documentos, a organização das reuniões e a comunicação
interna e externa.
A estrutura organizacional pode variar de acordo com a legislação específica que regulamenta
o consórcio público, bem como as particularidades e necessidades dos entes federativos
envolvidos. Portanto, é essencial consultar a legislação aplicável e buscar assessoria jurídica
para garantir a adequada estruturação do consórcio público.

Execução de um consorcio publico


A execução de um consórcio público consiste em realizar as ações planejadas em conjunto
pelos entes federativos participantes. Resumidamente, o processo de execução envolve a
alocação de recursos, a coordenação das atividades, a gestão financeira, a avaliação dos
resultados e a prestação de contas. É essencial seguir a legislação aplicável e garantir uma
comunicação transparente durante todo o processo. Normalmente o consorcio público é feito
em contrato de programa ou de rateio.

Contrato de Rateio

Os consórcios necessitam de recursos financeiros para prestar serviços públicos. Sabendo


disso, os consorciados comprometem-se a entregar o recurso necessário para o consórcio, que
somente pode ser transferido por meio do contrato de rateio.
O contrato deve ser formalizado entre os entes consorciados a cada exercício financeiro. Os
entes devem adicionar em suas respectivas leis orçamentárias anuais os recursos a serem
transferidos, exceto se o projeto estiver previsto em um plano plurianual ou em ações
custeadas por tarifas ou preços públicos. O ente que não adicionar em sua lei orçamentária ou
em créditos adicionais as verbas necessárias para suportar as despesas assumidas previamente
no contrato poderá ser excluído após uma prévia suspensão. Deve ser elaborada uma planilha
mensal denominada “planilha de rateio” que explica os recursos transferidos e suas
destinações individuais para cada ente participante.
Contrato de Programa

É um instrumento jurídico usado para estabelecer as responsabilidades e as obrigações entre


os consorciados e o consórcio na prestação de serviços públicos. Um consórcio pode firmar
contrato entre entes da federação ou entre entes e um consórcio público.
O contrato de programa também define a forma de participação, seja por meio de recursos
financeiros, compartilhamento de estruturas administrativas, definição de responsabilidades,
entre outros. Deve-se definir as regras no contrato e incluir algumas cláusulas obrigatórias.
Elas devem abordar questões como encargos por inadimplência, o momento da transferência
dos serviços, quem será responsável pelo ônus e passivo do pessoal transferido, a
identificação dos bens a serem transferidos ou alienados, e o procedimento para lidar com os
bens reversíveis que serão amortizados por meio das receitas das tarifas ou outros recursos
provenientes dos serviços prestados. As regras devem ser definidas no contrato.
Vale ressaltar que se anula a cláusula de contrato que atribui ao contratado os poderes de
planejamento, regulação e fiscalização dos serviços prestados. Essa atividade deve ser
realizada pelo contratante, seja ele ou não um consórcio público.

Como gerir um consorcio


A gestão de um consórcio público é um processo complexo que envolve a estruturação
adequada do consórcio, o planejamento estratégico, a gestão financeira, a gestão de projetos,
a comunicação, o monitoramento e a avaliação. Para garantir o sucesso do consórcio, é
essencial estabelecer uma estrutura organizacional clara, definindo os papéis e
responsabilidades de cada ente consorciado. O planejamento estratégico deve estabelecer os
objetivos, metas e indicadores de desempenho, direcionando as ações do consórcio. A gestão
financeira é crucial para assegurar o adequado uso dos recursos, por meio da elaboração de
orçamentos, controle de receitas e despesas, e prestação de contas transparente. A gestão de
projetos deve seguir uma metodologia eficiente, desde o planejamento até o monitoramento e
controle das atividades. A comunicação efetiva entre os entes consorciados e demais partes
interessadas é fundamental para o alinhamento de ações e compartilhamento de informações.
O monitoramento constante do desempenho do consórcio, por meio de indicadores, permite
identificar eventuais desvios e tomar ações corretivas. A avaliação dos resultados alcançados
contribui para a melhoria contínua do consórcio. Em resumo, uma gestão eficaz de um
consórcio público requer uma abordagem integrada, considerando diversos aspectos-chave
para o seu funcionamento harmonioso e alcance dos objetivos propostos.

Prestação de contas de um consorcio publico


A prestação de contas de um consórcio público é um processo fundamental para garantir a
transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos. Nesse sentido, algumas etapas e
aspectos importantes devem ser considerados:
Elaboração do Relatório de Prestação de Contas: O consórcio deve elaborar um relatório
detalhado que apresente as receitas, despesas, investimentos realizados, resultados alcançados
e demais informações financeiras relevantes. Esse relatório deve ser baseado em documentos
contábeis e registros adequados.
Auditoria Independente: É recomendado realizar uma auditoria independente, conduzida por
um profissional ou empresa especializada, para verificar a exatidão e confiabilidade das
demonstrações financeiras e dos registros contábeis do consórcio. Essa auditoria pode ser
exigida por lei ou ser uma prática de boa governança.
Transparência e Acesso à Informação: É fundamental que o consórcio disponibilize o
relatório de prestação de contas de forma acessível ao público, seja por meio de um portal na
internet, publicações em diário oficial ou outros meios de divulgação. Isso permite que os
cidadãos e demais partes interessadas possam acompanhar e fiscalizar a gestão dos recursos
públicos.
Análise e Aprovação: O relatório de prestação de contas deve ser submetido à análise e
aprovação pelos entes consorciados ou pelos órgãos deliberativos do consórcio. Essa etapa é
importante para garantir que as contas sejam revisadas e validadas pelos responsáveis pela
governança do consórcio.
Comunicação dos Resultados: Uma vez aprovada a prestação de contas, é importante
comunicar os resultados aos entes consorciados, aos órgãos de controle e à sociedade em
geral. Isso pode ser feito por meio de relatórios públicos, audiências públicas ou outras
formas de divulgação.

Legislação e consorcio publico


legislação que rege os consórcios públicos no Brasil é a Lei Federal nº 11.107/2005,
conhecida como Lei dos Consórcios Públicos. Essa lei foi promulgada em 6 de abril de 2005
e estabelece as diretrizes e regras para a formação, funcionamento e gestão dos consórcios
públicos no país.
O objetivo principal da Lei dos Consórcios Públicos é possibilitar a cooperação entre os entes
federativos (União, estados, municípios e o Distrito Federal) para a realização de serviços
públicos de interesse comum. Dessa forma, os consórcios públicos surgem como uma
alternativa para a execução de políticas públicas de forma compartilhada e eficiente.
A legislação define o consórcio público como uma pessoa jurídica de direito público, com
natureza autárquica, formada pela união de dois ou mais entes federativos. O consórcio é
regido por um contrato de consórcio, celebrado entre os entes participantes, que estabelece as
bases para a sua atuação conjunta.
O contrato de consórcio deve conter informações como os objetivos do consórcio, as
competências dos entes consorciados, a forma de gestão, a distribuição de recursos
financeiros, entre outros aspectos relevantes. Além disso, o contrato pode prever a criação de
um conselho de administração, órgão colegiado responsável pela tomada de decisões
estratégicas do consórcio.
Uma das principais características dos consórcios públicos é a possibilidade deles executarem
ações conjuntas, compartilhando recursos, estruturas administrativas e técnicas. Isso permite
uma maior eficiência na prestação de serviços públicos, além de proporcionar economia de
escala e compartilhamento de conhecimentos entre os entes consorciados.
No que diz respeito à gestão financeira dos consórcios públicos, a Lei dos Consórcios
Públicos prevê que eles podem receber recursos financeiros dos entes federativos
participantes, bem como de outras fontes, como financiamentos, doações e convênios. Os
recursos arrecadados devem ser utilizados exclusivamente para a execução das atividades
previstas no contrato de consórcio.
A transparência e a prestação de contas são aspectos fundamentais na gestão dos consórcios
públicos. A legislação estabelece que os consórcios devem adotar práticas transparentes,
disponibilizando informações sobre suas ações, recursos utilizados e resultados alcançados.
Além disso, os consórcios públicos devem elaborar relatórios de prestação de contas,
demonstrando a aplicação dos recursos e o cumprimento das metas estabelecidas.
No que se refere à fiscalização e controle dos consórcios públicos, a Lei dos Consórcios
Públicos estabelece que os órgãos de controle interno e externo têm competência para
fiscalizar a gestão dos recursos públicos pelos consórcios. Esses órgãos podem realizar
auditorias, inspeções e avaliações para garantir a regularidade e a eficiência na aplicação dos
recursos.
Além da Lei dos Consórcios Públicos, é importante ressaltar que cada estado e município
pode complementar a legislação federal com normas e regulamentos específicos, levando em
consideração as particularidades regionais e as demandas locais. Portanto, é fundamental
consultar a legislação vigente do respectivo ente federativo para obter informações mais
detalhadas sobre as regras aplicáveis aos consórcios públicos naquela localidade.
Referencias
https://www.conass.org.br/guiainformacao/consorcio-publico/

https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/521/edicao-1/consorcio-publico

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11107.htm

https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/521/edicao-1/consorcio-publico

https://www.conass.org.br/guiainformacao/consorcio-publico/

https://www.cidades.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/12/2018/02/consorcios.pdf

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11107.htm

https://www.jusbrasil.com.br/noticias/qual-a-diferenca-entre-consorcio-publico-de-direito-
publico-e-consorcio-publico-de-direito-privado-ariane-fucci-wady/23738

https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/59108/3/2021_tcc_lescordeiro.pdf

https://jus.com.br/artigos/49342/consorcios-publicos-interfederativos-a-busca-da-eficiencia-
na-administracao-publica

Você também pode gostar