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1- Em que difere a Administração Privada da Administração Pública?

A administração privada e a administração pública apresentam inúmeras diferenças entre si,


nomeadamente no que toca aos recursos que são utilizados, aos assuntos relevantes e aos
objetivos finais, sendo que a grande diferença entre as mesmas é o facto de a administração
pública ser constituída por órgãos estaduais, que atuam de forma a satisfazer as necessidades
coletivas, enquanto a administração privada é composta e gerida por entidades privadas e
prosseguem fins privados.
Porém, detêm uma caraterística comum: a burocracia, que surge necessariamente do agir
administrativo e que se consubstancia nas exigências formais a que os respetivos procedimentos
e atuações devem obedecer. É importante referir o princípio da desburocratização, que reflete a
necessidade de tornar o funcionamento tanto da Administração Pública como a Privada mais
transparente, simples e eficiente.

Mais especificamente, a administração privada visa a encarar as necessidades de um individuo


ou grupos de indivíduos específicos, com propósitos pessoais ou privados, num meio geralmente
comercial, regendo-se pela igualdade entre partes, ainda que algumas das regras e processos
sejam diferentes de empresa para empresa.
As suas ações são influenciadas pela competição, eficiência e custos, de modo a serem capazes
de prestar o melhor serviço, do qual são dependentes para obter as ambicionadas receitas
financeiras.
É dotada de uma estrutura de carater adaptável, sendo capaz de se adaptar facilmente a novas
situações de mercado, circunstâncias e necessidades. As principais dificuldades que encara são
a busca pela identidade organizacional, por outras palavras, é a dificuldade em definir o seu
conjunto de valores, crenças, princípios e a maximização da utilização dos recursos utilizados
para alcançar os objetivos.

Por outro lado, a administração pública é elaborada pelas diversas organizações pertencentes
ao Estado de modo a enfrentar as necessidades coletivas como tarefa da Comunidade de
carácter público, embora alguns dos casos tenham também fins lucrativos, servindo-se da
legislação e da autoridade para poder exercer controlo sobre o particular, mesmo havendo
displicência dos mesmos, motivada por pressões políticas, de grupos e cidadãos.
Geralmente a sua fonte de receitas provém de impostos, da divida pública, multas ou/e de
fundos internacionais. A administração pública é dotada de uma estrutura institucionalizada,
que vem a sofrer com a desburocratização de modo a dar prioridade a decisões mais urgentes e
privilegiar critérios de substancia e materiais em detrimento dos formais. À semelhança da
administração privada tem como principais dificuldades a busca pela identidade organizacional,
produtividade e eficiência.
Em suma, ambas as administrações, embora de diferentes formas, são cruciais no contributo
para o desenvolvimento de uma sociedade.
2- Quais as diferenças entre Autonomia Administrativa e Autonomia Administrativa
Financeira?

As entidades públicas podem utilizar diferentes formas de autonomia para se reger.

A autonomia administrativa é um conjunto de habilidades, nos atos de gestão corrente, que


permite aos dirigentes de uma instituição autorizar o pagamento de despesas e praticar atos
administrativos. Segundo o artigo 80º da lei nº 169/99, de 18/09, a gestão corrente são os atos
que visem executar deliberações anteriores ou que se consubstanciem na assunção de
competências que não envolvam a disposição do património ou a definição de novas políticas
ou estratégias, mas apenas o cumprimento dos planos já aprovados. Tal como o nome indica é
autónoma apenas a nível administrativo e contribui para a descentralização administrativa, ao
aproximar a população afetada nas decisões tomadas. Não é uma personalidade jurídica, uma
vez que está sujeita a prestar contas às organizações responsáveis pelo controle. Os recursos
efetivos derivam dos créditos inscritos no O.E. sem consignação de receitas, não tendo
permissão de obter créditos e o pagamento de despesas é administrado pela libertação de
créditos na base de fundos disponíveis. Em suma, a autonomia administrativa é o poder que uma
entidade publica tem em relação à sua organização interna e serviços dentro das capacidades
definidas pela lei

Já a autonomia administrativa financeira está sujeita a direitos e obrigações jurídicas, sendo


autónoma tanto a nível administrativo, financeiro e patrimonial (património próprio), mas
podendo ser utilizada apenas pelos organismos da Administração central quando se justifique
para uma gestão adequada e quando os lucros atinjam pelo menos dois terços das despesas
totais . Os seus recursos efetivos são as transferências do O.E., faturação própria e transferências
da UE, mediante a autorização do ministério das financias é possível adquirir crédito e as suas
despensas apenas são pagas com a aprovação dos dirigentes.
Assim, a autonomia administrativa financeira é a capacitação que uma entidade tem em orientar
o seu património e controlar as tarefas sem depender de uma organização externa.

Por fim, os contrastes entre a autonomia administrativa e a autonomia administrativa financeira


é o facto da primeira ser relacionada à aptidão de uma entidade coordenar os seus motivos sem
qualquer dependência de outras identidades, enquanto que a autonomia administrativa e
financeira é a competência da entidade conduzir as suas atividades e finanças de modo
independente, sem qualquer financiamento extrínseco.

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