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RELATÓRIO SOBRE O FILME: O DIA QUE

DUROU 21 ANOS

Aluno: Hugo Ricci

N°:11

Série: 3° ano. Curso: ETIM

Disciplina: História. Professor: Rinaldo.

Barra Bonita, 03 de Maio de 2021


Dirigido por Camilo Galli Tavares em 2013, o documentário O Dia Que Durou 21
Anos, em uma hora e dezessete minutos mostra todos os documentos secretos e
gravações originais da influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de
Estado no Brasil em 1964 para derrubar o poder do presidente João Goulart. O filme
destaca a participação da CIA e da própria Casa Branca na ação militar que deu
início a ditadura.

O Dia Que Durou 21 Anos se divide em três partes: “A Conspiração”, o “Golpe de


Estado” e “O Escolhido”.

Na primeira parte, destaca-se o temor do então presidente John Kennedy e seu


embaixador Lincoln Gordon tinham de Goulart com seu projeto de reforma agrária.
Acreditavam que era um meio de propagação de um ideal comunista como o que
aconteceu com Fidel Castro em Cuba. Foi então que Gordon instituiu o conhecido
complexo IPES como um tipo de "propaganda política" para fazer com que a
população brasileira aceitasse o golpe de estado, nela foram investidos muito
dinheiro para comprar deputados a fim de reduzir o poder do então presidente.

Na segunda parte, o “Golpe de Estado”, Kennedy é assassinado, e Lyndon Johnson


assume o governo americano com a mesma estratégia de seu antecessor de
remover Jango, apelido de Goulart. O mais novo presidente americano acreditava
que o Brasil estava sob um regime fortemente esquerdista que ia contra seus
interesses econômicos, por isso, começou suas ações para derrubar Jango.
Inicialmente, escolhe Castelo Branco para liderar a conspiração, logo depois, enviou
ilegalmente toda uma esquadra naval para estacionar na costa brasileira e ajudar
com o golpe. As estratégias utilizadas para dar apoio militar e logístico às forças
anti-Goulart, do departamento de Estado para o embaixador Gordon, a chamada
Operação Brother Sam levava as tropas de Mourão às 4 h da manhã, de Juiz de
Fora, dispostos a uma luta sangrenta. Entretanto, Jango não reagiu, pois deve ter
percebido a fraqueza do seu esquema militar, foi então que viajou para Brasília, de
lá para o Rio Grande do Sul e de lá para o Uruguai.

Já na última parte, Gordon imediatamente, no dia seguinte ao golpe, os EUA


reconhecem oficialmente o novo governo de Castelo Branco. Entretanto, havia uma
ilegalidade neste reconhecimento, o argumento utilizado para a transição do governo
civil para militar era de que Goulart havia abandonado a presidência, quando na
verdade, Goulart se encontrava em sua fazenda, no Sul do Brasil.

Imediatamente após o golpe, ocorrem prisões, torturas, mortes, e todo tipo de


violência a fim de se estabelecer a “ordem” e a “democracia”. Castelo, que em sua
posse afirma que devolverá o poder para os civis, em pouco tempo prorroga o seu
mandato. Gordon utilizava do argumento que “Se não apoiarmos Castelo, a Linha
Dura irá tomar o poder.” Então, ele ignorou o fato de que Castelo aprovou um ato
institucional ilegal dentro da Constituição brasileira.

Castelo Branco é substituído por Costa e Silva, que logo decreta o AI-5, decreto que
dava autoridade suprema ao governo. Foi decretada a suspensão de todas as
liberdades e direitos garantidos pela Constituição, o fim do Habeas Corpus, recesso
do Congresso Nacional, cassação de mandatos dos parlamentares, suspensão, por
dez anos, dos direitos políticos de quaisquer pessoas, confisco de bens, dentre
outras atrocidades.

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