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Aterramento e proteção para equipamentos eletrônicos sensíveis

3 CAPÍTULO
RESISTIVIDADE
3.1 Introdução.

Por definição, é a resistência elétrica entre as faces opostas de um cubo


homogêneo e isótopo, cuja aresta mede uma unidade de comprimento. Em aterramento,
a resistividade do solo é dado em  . m, e é representado pela letra grega .
Da Física:
RS
= .
L
Onde:

_R - Resistência em .

_S - área em m2.

_L - comprimento em m.

Em uma situação normal, o solo é um mau condutor de eletricidade. Se for


comparado totalmente seco, ele se tornará um isolante, pois sua resisitividade é muito
alta se for comparada com os demais condutores. Por exemplo, o cobre puro tem uma
resistividade de 1.6 x 10-8  . m, o alumínio 2.7 x 10-8  . m, e os solos comuns, de 5 a
20.000  . m.

3.2 Resistividade do solo.

. O valor da resistividade do solo poderá variar com:

1. Composição geológica: valores podem variar muito conforme a composição(Tab.1).

Tab. 1 - Variação do valor de resistividade em função da composição do solo.


Tipo de solo Resistividade( . m)
Mínimo Médio Máximo
Pântano, charcos, terra com húmus, e locais úmidos 5 30 100
Solo arado, barro e argila 80 100 500
Argila arenosa 50 150 500
Argila com 40% de umidade -- 80 --
Argila com 20% de umidade -- 330 --
Argila seca 1500 --- 5000
Terra de jardim com 50% de umidade --- 140 ---
Terra de jardim com 20% de umidade --- 480 ---
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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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Solo arenoso com 90% de umidade 200 800 1000


Solo arenoso seco --- 1300 ---
Areia(molhada, úmida ou seca) 500 1000 8000
Calcário compacto 1000 --- 8000
Calcário fissurado e compacto 500 1000 8000
Granito 1500 --- 10000
Basalto 10000 --- 20000

Pode-se observar na tabela acima a grande variação da resistividade, em função


do tipo de solo. Pode-se observar que o solo divide-se em três tipos básicos, a saber:
orgânicos( com resistividade entre 5 e 500  . m); arenoso ou argiloso( 500 a 5000  .
m) e rochoso( 5000 a 5000  . m).

2. Umidade: a medida que a umidade do solo é aumentada, sua resistividade diminui. A


água é na realidade o elemento principal de condução de corrente no solo, o que pode ser
comprovado por exemplo quando lhe é alterado a concentração de sais minerais. Assim
a condutividade do solo é sensivelmente afetada pela quantidade de água nele contida.
Por sua vez, esta quantidade de água é variável com uma série de fatores, tais
como; clima, época do ano, temperatura, composição do solo, existência de lençóis
subterrâneos e etc.. Em geral esta umidade aumenta com a profundidade. Observa-se
contido que dificilmente encontram-se solos realmente secos, e também raramente se
encontram solos com mais de 50% de umidade.
Não se deve contudo presumir que um solo que retenha grande quantidade de
água tenha forçosamente pequena resistividade, pois se a concentração de sais
dissolvidos na água for muito baixa, ou mesmo se esta estiver totalmente congelada, a
resistividade aumentará.
Na tabela a seguir mostra-se a influência da umidade na resistividade, para
diferentes índices.

Tab. 2 - Influência da umidade no valor da resistividade( solo arenoso, argila com areia).

Índice de umidade(% por peso) Resistividade(  . m) Redução de , em relação à umidade


0.0 10000 -
2.5 1500 6.66
5.0 430 23.25
10.0 185 54.054
15.0 105 95.238
20.0 63 158.730
30.0 42 238.095

Após períodos de seca, o solo apresenta percentuais em torno de 5% de umidade,


e 15% após períodos chuvosos, o que sugere medições periódicas, para se conhecer a
variação da resistividade, sob o ponto de vista de projeto, executando-o com base na pior
situação.

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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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3. Salinidade: como foi visto acima, a resistividade do solo depende da quantidade de


água retida neste, e conhecendo-se o fato de que a resistividade da água é governada
pelos sais dissolvidos neta(condução eletrolítica), conclui-se que a resistividade do solo é
influenciada pela quantidade e tipos de sais dissolvidos nesta água.

Na tabela a seguir mostra-se a variação da resistividade, com a salinidade.

Tab. 3 - Variação da resistividade com a salinidade.

Sal adicionado( % por peso) Resistividade (  . m) Redução com relação a 0%


0.0 107.0 ---
0.1 18 5.9
1.0 4.6 23.3
5.0 1.9 56.3
10.0 1.3 82.3
20.0 1.0 107.0

4. Temperatura: o efeito da temperatura deve ser encarado sob dois aspectos distintos:

• a temperatura elevada provoca maior evaporação, e por conseqüência a diminuição da


umidade. Desta forma a resistividade tende a aumentar;

• Considerando que a resistividade do solo é sensivelmente influenciada pela água


contida neste, e sabendo-se que a água possui alto coeficiente negativo de
temperatura, é razoável supor que a resistividade tende a crescer para uma
diminuição da temperatura.
A tabela a seguir mostra a influência da temperatura na resistividade da água.

Tab. 4 - Variação da resistividade com a temperatura, amostra para solo arenoso.

Temperatura (C) Resistividade(  . m) Acréscimo em relação a 20C


20 72 ---
10 99 1.38
0 ( água) 138 1.92
0 (gelo) 300 4.17
-5 790 10.97
-7 3300 45.83

Portanto para se analisar os efeitos da temperatura de um solo em sua


resistividade os dois aspectos devem ser considerados, assim como outros fatores
relacionados. Por exemplo, ao considerar-se a diminuição da umidade por aumento de
temperatura(maior evaporação), é necessário verificar se isto ocorre apenas na camada
superficial do solo, e se o mesmo é homogêneo, antes de se chegar a uma conclusão.

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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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5. Compactação: tem grande influência no valor da resistividade do solo, pois dela


depende a maior ou menor área de contato entre os grãos que o compõem. Se o terreno
a ser medida a resistividade sofrer um trabalho de terraplanagem, as medições devem ser
executadas após a compactação completa do solo, já que se este detalhe não for
observado, poderá haver erros variações na resistividade com o tempo. Também deve-se
observar em caso de aterros, se a terra a ser utilizada não contém entulhos, objetos
metálicos e etc..

6. Granulometria: é de grande importância no estabelecimento da resistividade do solo,


a dimensão e a presença de grãos de diversos tamanhos, devendo ser considerada esta
influência, sob dois aspectos:

• Capacidade de retenção de água nas camadas do solo;

• A continuidade física do solo.

Em ambos os aspectos, a influência de uma granulometria maior tende a aumentar


a resistividade(menor capacidade de retenção de água no solo, deixando-a fluir para
camadas mais profundas, ou evaporar-se; menor contato entre os grãos resultando em
menor continuidade elétrica).
Nos dois aspectos a presença de grãos de tamanhos variados tende a diminuir a
resistividade, pois os grãos menores devem preencher os vazios existentes entre os grãos
maiores, provocando maior continuidade da massa do solo e maior capacidade de
retenção.

7. Acidez: influência que pode ser desconsiderada, pois vem sempre associada a
umidade.

3.3 Medição da resistividade do solo.

Basicamente existem dois métodos de medidas da resistividade do solo, e que são


o método direto e o indireto.
O método direto consiste em se retirar amostras do solo e analisar em laboratórios
as diversas propriedades do mesmo, tornando-se um processo muito oneroso. Neste
método, utiliza-se de uma caixa de madeira com duas faces opostas recobertas por
chapas metálicas, e cheia com o material retirado do solo. Devem ser determinadas a
densidade natural do solo(massa/volume), umidade(massa H2O/massa do solo),
densidade seca(massa do solo/volume total), densidade dos grãos(massa do solo/volume
do solo), índice de vazios(volume de vazios/ volume de sólidos) e grau de
saturação(relação entre o volume de água pelo de vazios).
Os métodos indiretos são baseados na determinação da estrutura do solo por
meio de medições da resposta do solo a uma excitação imposta ao mesmo. A resposta do

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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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solo R, é uma quantidade física função da resistividade do mesmo, e de vários fatores.


Entre os métodos indiretos tem-se o de Wenner e o de Schlumberger-Palmer.
A terra é um corpo tridimensional e por conseguinte, ao analisá-la como condutor
de corrente, não se tem a mesma simplicidade de tratamento a que se está acostumado
no emprego de condutores metálicos lineares. no solo a corrente de dispersa em todas as
direções e é necessário conhecer seus caminhos para analisar seu comportamento.
Suponha-se que fosse estabelecida uma diferença de potencial entre dois
eletrodos semi-esféricos enterrados num solo homogêneo e colocados a uma distância d
muito superior aos seus raios r(d r). Por ora, a fonte de tensão fornecerá uma tensão
contínua e serão desprezados os efeitos de polarização do solo. Posteriormente será vista
a necessidade de usar-se uma fonte de corrente alternada, apesar de serem válidas as
considerações com tensão contínua no circuito.
A figura a seguir nos dá uma idéia de como a corrente circula no solo entre estes
dois eletrodos.

Fig. 3.1 - Distribuição de correntes no solo.

Fig. 3.2 - Semiesfera a ser ensaiada.


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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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A corrente I flui através do eletrodo espalhando-se radialmente em todas as


direções, concentrando-se da mesma forma que se aproxima do outro eletrodo. A
densidade de corrente “i “ a uma distância “x “do centro do hemisfério é:
I
i=
2x 2
De acordo com a lei de OHM:
I
e = i =
2x 2
A tensão, como uma integral de linha desde a superfície condutora da esfera de
raio B, até a distância X, é:
X
I X
dx
E =  edx =
B
2 
B
x2
A densidade de corrente, o campo e tensão dependem da distância. A tensão total
entre eletrodo e um ponto X muito distante(X → ) é:
I
E =
2B
Assim a resistência encontrada nessa semiesfera é dada por:
E 
R= =
I 2B
Então a resistividade do solo é:
 = 2BR
Como o solo é considerado homogêneo, pode-se pensar nele como composto de
filetes idênticos de igual resistência que são os caminhos de corrente. cada qual é
percorrido pela corrente unitária “i” que causa nestas resistências quedas de tensão. A
interligação dos pontos equipotenciais destes caminhos por linhas imaginárias gera
superfícies hemisféricas com centros nos eletrodos, conforme mostrado nas figuras
anteriores. No entanto deve-se considerar que o solo não é homogêneo, e portanto os
caminhos da corrente poderão ser sensivelmente alterados, por exemplo pela presença
de um corpo condutor qualquer, pela estratificação das camadas superficiais e etc.. Sob o
ponto de vista da resistência de aterramento, deve-se considerar sempre, que as
alterações existem, e portanto influenciam no seu valor. Contudo, em se tratando de
resistividade do solo é necessário maior cuidado, particularmente no que concerne às
medições, pois tais efeitos, se localizados, isto é, restritos a pequenas áreas apenas,
podem gerar resultados irreais se aplicados a uma região mais ampla.

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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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3.4 Método da variação da profundidade.

Este método, algumas vezes chamado de método dos três pontos, é um teste de
resistência da terra executado várias vezes, cada uma aumentando-se a profundidade do
eletrodo de teste. A intenção é forçar que a corrente passe por solos profundos. O valor
da resistência média reflete a variação da resistividade.
Geralmente, o eletrodo de teste é uma haste. As hastes sã preferidas porque o
valor teórico da resistência da haste é simples de se calcular com adequada precisão, e
portanto os resultados são fáceis de serem interpretados, e o manuseio
cravar/desencravar das hastes é uma operação fácil. O inconveniente deste método está
em não permitir um levantamento da resistividade para solos rochosos.

3.5 Método dos quatro pontos

a - Método(arranjo) de Wenner.

Os eletrodos são dispostos sobre uma linha reta e igualmente espaçados,


conforme
Fig. 3.4, e a fórmula de Wenner simplificada é:

V
 = 2a
I
O termo V / I pode ser medido ou calculado. Na prática V / I corresponde ao valor
indicado pelo instrumento de medida, com as devidas correções. A Fórmula de Wenner é
mais conhecida da seguinte forma:
 = 2aR

Fig. 3.4 - Arranjo de Wenner.

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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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b - Método(arranjo) de Schlumberger-Palmer.

Uma deficiência do método de Wenner é o rápido decréscimo do potencial entre


os eletrodos mais internos quando os espaçamentos são relativamente grandes.
Freqüentemente os instrumentos comerciais são inadequados para medirem potenciais
muito baixos, e neste caso, o arranjo de Schlumberger é usado com bastante sucesso.

Fig. 3.5 - Arranjo de Schlumberger - Palmer.

Como se pode observar, as hastes de potencial são trazidas para próximas dos
eletrodos de corrente. A fórmula para calcular a resistividade, considerando b sempre
muito menor que c e d, é:
R
 = c ( c + d )
d
As medições de resistividade devem cobrir toda a área a ser abrangida pela malha.
O número de pontos onde deverão ser efetuadas as medições é estabelecido em função
da dimensão do terreno. Recomenda-se um número de cinco a seis pontos de medição,
para uma área de até 10.000 m2, dispostos conforme Fig. 3.6.

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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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Fig. 3.6 - Disposição dos pontos de medição.

Caso a área em questão apresente uma geometria diferente, deve-se traçar um


retângulo circunscrito à mesma, e locar os pontos a serem medidos.

Fig. 3.7 - Disposição dos pontos de medição para áreas com geometria diferentes.

Para áreas maiores que 10.000 m2 sugere-se inscrever retângulos com


aproximadamente esta medida, e dispor os pontos nestes retângulos, como descrito.
No caso de medidas próximas a subestações, linhas de transmissão, elementos
condutores enterrados, cercas enterradas e etc., deve-se observar uma distância mínima
entre o ponto de medição e esses elementos, pois a presença destes provoca
interferências, ocasionando erros nos valores obtidos. No caso de materiais condutores
enterrados, estes poderão ser detectados pela não variação do valor da resistência
medida, para os diversos espaçamentos.
As interferências que poderão surgir e interferir no resultado das medidas são as
classificadas abaixo:
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profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
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1. Interferência elétrica por corrente alternada: geralmente de freqüência industrial,


múltiplas e submúltiplas da mesma, devido a retornos de corrente desequilibradas do
circuito de distribuição, fugas para terra através da isolação de equipamentos, corrente
de interferência de freqüências diversas, próximas a torres de comunicação, correntes
de interferência próximo a aeroportos, com freqüência de 400 Hz, devido à fuga no
circuito auxiliar de partida de aeronaves e etc. Em certos casos a interferência por
corrente elétrica alternada pode ser notada pelo fato do ponteiro do galvanômetro do
instrumento não se estabilizar, alternado movimentos de um lado para outro.

2. Interferências elétricas por corrente contínua: devido a heterogeneidade da


formação dos solos, estes podem ser considerados como verdadeiras macropilhas
naturais, possuindo potenciais próprios, de acordo com sua composição, e variando de
0.8 a 1.5 V. Tem-se portanto uma corrente de interferência de natureza semelhante a
corrente contínua, e denominada de corrente telúrica. O bloqueio da interferência por
corrente contínua pode ser conseguido com a inserção de um capacitor de bloqueio no
circuito de potencial( P1, P2).

3. Interferências mecânicas: a existência de elementos metálicos podem ocasionar erros


nas medidas, como foi mencionado anteriormente. No caso de impossibilidade de
medidas de resistividade devido a presença de elementos enterrados, outros métodos
poderão ser utilizados, como por exemplo retirada de amostra do solo e metida da
resistência, pelo método de Wenner, e em laboratório.

3.6 Espaçamento entre os eletrodos.

Os espaçamentos entre os eletrodos devem variar entre 1 m, e o maior valor


possível. Recomenda-se 1, 2, 4, 8,1 6, 32 e 64 m, o que de acordo com o método de
Wenner significa medir-se as camadas nas profundidades de 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64 m
respectivamente.

Os espaçamentos entre os eletrodos são determinados por fatores como:

• Finalidade do aterramento em projeto, malha de terra de uma subestação, ou


aterramento de um sistema de telecomunicações ou equipamento, pois dependendo
das dimensões do sistema de aterramento, ter-se-á um raio de circulo equivalente para
cada caso.

• Variação existente a cada profundidade, pois quanto mais heterogêneo o solo, maior a
necessidade de se efetuar medições de resistividade.

• Profundidade do lençol freático, caso o terreno não seja plano, que variará com a
planaltimetria do terreno.
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Dica segura: ao fazer a medição da resistividade do solo, aguarde pelos menos 3 dias de sol para cada metro de
profundidade. Quanto maior a malha de aterramento, maior será a profundidade da medida maior o tempo que se deve
aguardar para a medição.
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• Existência de muitos rios e riachos, exigindo medições mais apuradas.

De posse dos valores  x a obtidas pelas medidas, constroem-se as curvas  x a em


papel bilogarítmo, obtendo-se os valores da resistividade das camadas do solo e
respectivas profundidades, que serão o perfil de resistividades, conforme Fig. 3.8.

Fig. 3.8 - Perfil de resistividade.

3.7 Profundidade das medidas.

A profundidade das medidas de resistividade deve ser de no mínimo metade da


maior dimensão do sistema de aterramento. Tomando-se por base a Fig. 3.9:

Fig. 3.9 - Sistema de aterramento qualquer.


Na figura pode-se observar qual a maior distância é a diagonal d, que pode ser
determinada por:
d = a 2 + b2 e neste caso: a=h=d /2

Este material é parte integrante da apostila do curso de Sistemas de Aterramento do Instituto Nacional de Telecomunicações –
INATEL – Elaborado e ministrado pelo Prof. Joao Eliezer Caldeira Dias. Direitos reservados

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aguardar para a medição.

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