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TÍTULO: FILOSOFIA POLÍTICA E EDUCAÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO

O professor Renato Janine Ribeiro fala sobre a educação escolar neste tempo
de pandemia; aponta as diferentes condições de acesso às aulas por alunos de
escolas particulares e de escolas públicas; enumera as dificuldades
enfrentadas por familiares e trabalhadores da educação para possibilitarem aos
estudantes acesso ao ensino. Enfim, o filósofo propõe alternativas para que o
direito à educação não seja negado aos alunos das escolas públicas do país.
Confira, na coluna Ética e Política, a opinião do professor de Filosofia Política
da Universidade de São Paulo (USP) sobre a educação escolar neste tempo de
pandemia.
Disponível em: <https://bit.ly/3ppnH4z>. Acesso em: 16 fev. 2021.
 

PROPOSTA DA ATIVIDADE

A partir dos conteúdos propostos nas Unidades 5 e 6 do livro didático Filosofia


política e educação (PEREIRA, 2021) e na coluna do professor Renato Janine
Ribeiro, construa um parágrafo argumentativo de 7 a 15 linhas, considerando
os tópicos a seguir:

• O acesso à educação escolar, no Brasil, é um privilégio de classe?


• O ensino nas escolas públicas de educação básica durante a pandemia
confirmou como as desigualdades educacionais prejudicam muitos estudantes
brasileiros. Apresente exemplos que confirmem essa afirmação.
• Renato Janine Ribeiro afirma que muito poderia ter sido feito para sanar os
problemas relacionados à educação escolar dos estudantes brasileiros na
pandemia. Considerando a realidade do seu Município, quais ações podem ser
efetuadas pelo poder público para reduzir as desigualdades educacionais?
 

 A SOCIEDADE MODERNA E AS ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS PROPOSTAS


PELA FILOSOFIA

CONTEXTUALIZAÇÃO

TEXTO 1
Os pensadores contratualistas, aqueles que, diante do ímpeto da racionalidade
moderna, procuraram estabelecer as bases contratuais (jurídico-legais) para o
funcionamento da sociedade civil. Entre os contratualistas, além de John Locke
que teorizamos anteriormente, trafegaremos, a seguir, pelos pensamentos
políticos de Thomas Hobbes (1588 – 1679), Charles de Montesquieu (1689-
1755) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). O pensamento de Hobbes
destaca-se, sobretudo, pela defesa do Absolutismo, isto é, do modelo de
governo centrado na figura do soberano (o rei/ o monarca) que,
consequentemente, seria dotado de todo o poder para a tomada das decisões
políticas e estatais em prol da manutenção da segurança da sociedade. [...] Em
outros, termos, é no Leviatã que Hobbes fundamenta e defende a proposta de
um contrato social em efetivamente, cada cidadão transfira o controle de seus
direitos individuais para o Estado, visando, sobretudo, a manutenção da
segurança. [...]Montesquieu figura entre um dos mais importantes
configuradores do pensamento político moderno. No contexto político da
modernidade, Montesquieu foi responsável pela proposta de tripla divisão do
poder, como podemos observar na obra O espírito das leis, de 1748. [...] A
divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário, até os dias de hoje
é fundamental para a manutenção da democracia, pois, como se sabe,
Montesquieu foi um notório defensor da democracia e um ferrenho crítico do
absolutismo. [...] Como principal ideólogo da Revolução Francesa, Rousseau
destaca-se, sobretudo, pela escrita de O contrato social, obra de 1772, na qual
é exposta a proposta contratualistas rousseauniana que será a responsável
pela manutenção e pelo exercício da liberdade dentro da nascente sociedade
civil. [...]
(Unidade 4 “O moderno e o político” da Apostila Digital)

TEXTO 2
“A essência do Estado consiste nisso e pode assim ser definida: Uma Pessoa
instituída, pelos atos de uma grande Multidão, mediante Pactos recíprocos uns
com os outros, como Autora, de modo a poder usar a força e os meios de
todos, da maneira que achar conveniente, para assegurar a Paz e a Defesa
Comum. O titular dessa pessoa SOBERANO, e diz que possuiu o Poder
Soberano. ” (HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Ícone Editora, 2014, P. 126.
Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/184863.
Acessado em 30/11/20.)

TEXTO 3
“As leis, em seu significado mais extenso, são as relações necessárias que
derivam da natureza das coisas; e, neste sentido, todos os seres têm suas leis;
a Divindade possui suas leis, o mundo material possui suas leis, as
inteligências, superiores ao homem possuem suas leis, os animais possuem
suas leis, o homem possui suas leis. ” (MONTESQUIEU, C. O espírito das leis.
São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 11)

TEXTO 4
O contrato social, de acordo com Rousseau é “uma forma de associação que
defenda e proteja com toda a força comum a pessoa e os bens de cada
associado e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedeça, contudo, a si
mesmo e permaneça tão livre quanto antes. ” Este é o problema fundamental
cuja solução é o contrato social. ” (ROUSSEAU, J. O contrato social. São
Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 20)

Referências Bibliográficas

HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Ícone Editora, 2014. Disponível em:


https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/184863. Acessado em
30/11/20.
MONTESQUIEU, C. O espírito das leis. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
ROUSSEAU, J. O contrato social. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

PROPOSTA DE ATIVIDADE

Diante de todo o contexto apresentado acima, construa um parágrafo, de 8 a


12 linhas, respondendo aos seguintes questionamentos:

a) Qual o papel das teorias filosófico-políticas na estruturação da sociedade


civil e na consequente saída do estado de natureza.
b) Aponte, brevemente, as diferenças entre as teorias filosófico-políticas de
Hobbes e Rousseau.

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