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Manual do Aplicativo
CAG
Controle Automático de Geração
SAGE_ManApl_CAG.doc
Janeiro de 2010
Quadro de Revisão
Preparado por:
A informação contida neste documento é de propriedade do CEPEL, tendo se originado de trabalho desenvolvido nesta empresa para consulta e
referência dos usuários do sistema SAGE, e não poderá ser reproduzida ou utilizada para quaisquer outros fins sem autorização prévia e
expressa do CEPEL. Este documento baseia-se em informação disponível na data de sua publicação. Embora sejam feitos esforços para
torná-lo preciso, este não se propõe a cobrir todos os detalhes ou particularidades apresentadas pelo sistema. O CEPEL não se responsabiliza
por notificar os usuários deste documento de possíveis alterações feitas posteriormente.
Conteúdo
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)..................................................1
1.1 DESCRIÇÃO FUNCIONAL............................................................................................................ 1
1.1.1 Visão Geral das Funções do CAG .................................................................................... 1
1.1.1.1 Controle por Pulsos ................................................................................................................ 1
1.1.1.2 Controle por Delta de Potência............................................................................................... 1
1.1.1.3 Controle por Ajuste de setpoint em MW. ................................................................................ 1
1.1.2 Descrição das Funções do CAG ....................................................................................... 3
1.1.2.1 Inicialização ............................................................................................................................ 4
1.1.2.2 Cálculo do ECA ...................................................................................................................... 4
1.1.2.3 Controlador Principal .............................................................................................................. 5
1.1.2.4 Cálculo do Controle Adaptativo de Erro (EACC) .................................................................... 7
1.1.2.5 Controle de Geração ............................................................................................................ 10
1.1.2.5.1 Limitação da Taxa de Geração........................................................................................ 11
1.1.2.5.2 Geração de Referência.................................................................................................... 11
1.1.2.5.2.1 Erro de Controle da Unidade e Distribuição da Geração ........................................... 12
1.1.2.5.3 Monitoração das Respostas ............................................................................................ 14
1.1.2.5.4 Controle de Saída............................................................................................................ 14
1.1.2.6 Modo de Controle do CAG ................................................................................................... 15
1.1.2.7 Erro de Controle ................................................................................................................... 15
1.1.2.8 Ação de Controle.................................................................................................................. 16
1.1.2.9 Lógica do Controlador .......................................................................................................... 17
1.1.2.9.1 Estado de Controle Normal.............................................................................................. 17
1.1.2.9.2 Estado de Emergência Assistida ..................................................................................... 19
1.1.2.10 Lógica de Distribuição .......................................................................................................... 20
1.1.2.10.1 Modos de controle.......................................................................................................... 21
1.1.2.10.2 Faixa de Controle........................................................................................................... 23
1.1.2.10.3 Limitação da Taxa de Geração ...................................................................................... 24
1.1.2.10.4 Lógica do Apontador de Contagem Regressiva............................................................. 24
1.1.2.10.5 Banda Morta do Controle ............................................................................................... 24
1.1.3 Descrição das Sub-Funções do CAG.............................................................................. 25
1.1.3.1 Processador Principal do CAG (AGCMAN) .......................................................................... 25
1.1.3.2 Executa Função de Controle (CALCAGC)............................................................................ 25
1.1.3.2.1 Inicialização das Variáveis do CAG (AGCI) ..................................................................... 26
1.1.3.2.2 Cálculo do Erro de Controle de Área (ACEC).................................................................. 26
1.1.3.2.3 Cálculo da Ação de Controle Desejada (CTLAGC) ......................................................... 28
1.1.3.2.3.1 Cálculo da Integral no Tempo do Erro de Controle de Área (ASEC) ......................... 28
1.1.3.2.3.2 Cálculo do Ganho de Controle Dinâmico (EACC)...................................................... 28
1.1.3.2.4 Cálculo da Ação de Controle (MC) .................................................................................. 30
1.1.3.3 Distribuição da Geração (ALCAGC) ..................................................................................... 31
1.1.3.3.1 Bloco de Inicialização da Distribuição.............................................................................. 31
1.1.3.3.2 Realiza a Limitação da Taxa do Gerador de Referência (RGRL) ................................... 31
1.1.3.3.3 Cálculo dos Limites de Ação de Controle do Gerador (CNTRLY) ................................... 32
1.1.3.3.3.1 Verificação de Compatibilidade dos Limites (CKLIMS) .............................................. 32
1.1.3.3.3.2 Verificação do Limite do Ponto de Ajuste (CKSPLIM)................................................ 32
1.1.3.3.3.3 Verificação da Taxa de Resposta do Gerador (CKRATE) ......................................... 32
1.1.3.3.4 Gerador de Controle de Rampa (RLC) ............................................................................ 32
1.1.3.3.5 Atualização dos Dados de Despacho Ótimos (EDU)....................................................... 32
1.1.3.3.5.1 Atualização da Regulação da Geração Desejada do Gerador (UPREG)................... 33
1.1.3.3.5.2 Cálculo dos Fatores de Sobrecarga de Normalização (RHOCHK) ............................ 33
1.1.3.3.6 Controle dos Geradores nos Modos de Controle REG ou BLR (REGPCD) .................... 34
1.1.3.3.6.1 Cálculo da Geração Desejada Atualizada (PCALC) .................................................. 34
1.1.3.3.6.2 Cálculo do Desvio de Controle do Gerador (DEVC) .................................................. 35
1.1.3.3.7 Verificação da Resposta dos Geradores Controlados (DBCHK) ..................................... 35
1.1.3.3.8 Verificação de Mudanças no Status do Gerador (SYSCHG) ........................................... 36
1.1.3.4 Update.................................................................................................................................. 36
1.1.3.4.1 Atualiza valores ÚLTIMA VEZ DO CAG (AGCUP) .......................................................... 36
1.1.3.4.2 Determina quando chamar o programa SPC (EDRTIM).................................................. 36
1.1.3.4.3 Normalizar os Fatores de Participação Mostrados no CRT (RHONORM)....................... 37
1.1.3.5 Saídas do CAG (AGCCOUT) ............................................................................................... 37
iii
CONTEÚDO
iv
CONTEÚDO
v
CONTEÚDO
4.1.3.4.9 Valor Atualizado Máximo para a Integral do Erro de Controle de Área (UPPCNST) ..... 100
4.1.3.5 Parâmetros de Distribuição e Time-out .............................................................................. 100
4.1.3.5.1 Fator de Ponderação para o ECA no Modo de Freqüência Constante (KFC) ............... 100
4.1.3.5.2 Fator de Ponderação para o ECA no Modo de Intercâmbio Líquido Constante (FTL) .. 100
4.1.3.5.3 Fator de Ponderação para o Ganho do EACC quando o ECA estiver Retornando a Zero
(CNSFAC) 101
4.1.3.5.4 Fator de Ponderação para o Ganho do EACC quando o ECA estiver Divergindo de Zero
(MCFAC) 101
4.1.3.5.5 Fator de Escala para Calcular o Ganho de Ação de Controle Atualizado do Despacho
Ótimo (EDFAC)................................................................................................................................. 101
4.1.3.5.6 Fator Constante para Calculo do Ganho Ótimo para a Ação de Controle Atualizada do
Despacho (EDFAC1) ........................................................................................................................ 101
4.1.3.5.7 Valor Máximo para o Ganho Ótimo para a Ação de Controle Atualizado do Despacho
(EDUGMX) 101
4.1.3.5.8 Valor do Ganho do Controlador Principal no qual as Bandas Mortas são Ignoradas
(GAINDB) 102
4.1.3.5.9 Tempo entre as Saídas das Mensagens Relativas ao CAG (ACECTM) ....................... 102
4.1.3.5.10 Tempos entre o Controle dos Geradores dentro de suas Banda Mortas Apenas
(GNCTMX) 102
4.1.3.5.11 Freqüência na qual os Componentes da Integral do ECA são Atualizados para Valores
Medidos por Telemetria (TDUTM) .................................................................................................... 102
4.1.3.5.12 Tempo Mínimo entre as Execuções do SPC (TMINED)............................................... 102
4.1.3.5.13 Tempo Máximo entre as Execuções do SPC (TMAXED)............................................. 102
4.1.3.6 Flags e Ganhos Adicionais ................................................................................................. 103
4.1.3.6.1 Ganho Mínimo do Controlador Principal para o qual o Controle Proporcional será Usado
(MNPROP) 103
4.1.3.6.2 Ganho Máximo do Controlador Principal para o qual a Ação de Pró-Alimentação de
Intercâmbio Programado é Considerada (FFGAIN).......................................................................... 103
4.1.3.6.3 Fator de Ponderação para a Tendência de Mudança na Geração Necessária pelo Erro
de Controle de Área (EDUFAC)........................................................................................................ 103
4.1.3.6.4 Porcentagem de Geração de uma Unidade usada para Determinar se está excedendo
sua Banda Morta (TOLDB) ............................................................................................................... 103
4.1.3.6.5 Ganho usado para Determinar a Contribuição para a Ação de Controle Necessário que
Farão as Unidades que estão no Modo BLR (KR)............................................................................ 104
4.1.3.6.6 Ganho Máximo do Controlador Principal para o qual a Rampa da Unidade é Obrigatória
(MCRLG) 104
4.1.3.6.7 Mudanças da Porcentagem nos Limitem da Regulação Total Alta ou Baixa Necessárias
para Disparar a Partida do SPC (TOLRL)......................................................................................... 104
4.1.3.6.8 Flag para Indicar se deve Usar a Lógica do EACC para Calcular o Ganho de Controle
(EACON) 104
4.1.3.6.9 Flag para Indicar se a Lógica para Determinação do Estado do EACC deve ser
Executada (CYCLFG) ....................................................................................................................... 104
4.1.3.6.10 Flag para Indicar se o CAG deve Desligar na Freqüência de Excesso (TRIPFM) ....... 105
4.1.3.6.11 Flag para Indicar se o CAG deve Desligar no Desvio do Intercâmbio Líquido em
Excesso (TRIPNM) ........................................................................................................................... 105
4.1.3.7 Parâmetros do Gerador...................................................................................................... 105
4.1.3.7.1 Ganho Proporcional da Unidade para Rampa (PRMPG)............................................... 105
4.1.3.7.2 Ganho Integral da Unidade para Rampa (IRMPG) ........................................................ 105
4.1.3.7.3 Banda Morta da Unidade (GNDB) ................................................................................. 105
4.1.3.7.4 Saída de Controle Mínimo do Sistema (CTRLMN) ........................................................ 106
vi
CONTEÚDO
vii
CONTEÚDO
viii
Capítulo
1
1 Controle Automático de Geração (CAG)
1.1 Descrição Funcional
O CAG acomoda os três tipos de saída de controle a seguir dependendo do tipo de interface entre
as RTUs e os reguladores de velocidade das máquinas.
Opera de mesma forma que o controle por pulsos, porém os comandos de controle são enviados
como variações no setpoint das unidades de geração.
Para unidades equipadas com Controlador por setpoint, o CAG envia o ponto de ajuste, em MW,
para as RTUs nas Usinas.
A Figura 1 - 1 mostra o diagrama geral de um Sistema de Controle de Geração (SCG) típico, com
os dados mostrados abaixo:
1
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Nota: Na ilustração a seguir, o SCAG, o CAG e um módulo “driver” são catalogados juntos como
um único módulo de carga do programa chamado “CAG”. O bloco CAG conforme mostrado na Figura
1 - 1 é uma coleção de sub-rotinas para a qual esse documento é emitido.
2
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
O cálculo do Controle Adaptativo de Erro (EACC) é uma lógica usada para determinar
a necessidade de controle com base no Erro de Controle de Área (ECA) e na integral do
ECA.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
A lógica do apontador regressivo é usada para assegurar que todas as unidades são
igualmente controladas. As subseções a seguir descrevem o CAG em maiores detalhes.
1.1.2.1 Inicialização
O CAG é ativado pelo Programa de Carga Inicial (IPL) na inicialização do sistema ou no reinício do
sistema.
O programa CAG (ou o módulo de carga CAG) é executado em ciclos suspende-retoma. Ao
completar-se um ciclo de execução, o módulo CAG é suspenso. Segundos depois AGCT (2), o
programa gerenciador periódico (SCHED), retoma o CAG.
4
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Para compensar a resposta inerentemente mais lenta da freqüência a uma mudança de carga, o
erro de intercâmbio é intencionalmente atrasado antes de ser usado para computar o erro de controle
de área (ECA). A Figura 1 - 3 ilustra esse processo conforme é executado pelo CAG:
O ECA é calculado como a soma do erro de intercâmbio e o erro de freqüência conforme
mostrado na Tabela 1 - 1 para os modos TLB (Controle de freqüência e intercâmbio), FF (Controle de
Freqüência) e FTL (Controle do Intercâmbio), respectivamente.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Nota:
1) WSYSE1 é conectado a “a” quando a característica anti-windup (anti-sobrecarga) não
está atuando. Caso contrário, ele é conectado a “b” – usando-se o valor calculado e salvo
pela lógica anti-windup do último ciclo CAG.
2) PROCTL não será adicionado ao INCTL quando o EACC estiver desligado e quando o
anti-windup não é usado.
3) Dependendo da magnitude do MCGAIN, o componente de controle proporcional
(PROCTL) pode não ser usado.
Quando a necessidade de controle não pode ser completamente absorvida por todas as unidades
reguladoras disponíveis para um determinado ciclo, a porção não absorvida é mantida como excesso
para o próximo ciclo CAG. O Controlador Principal usa uma lógica anti-windup para evitar a
acumulação excessiva de requisitos de controle. Conceitualmente, esta lógica recalcula o erro efetivo
para sistema sobrecarregado com base na ação de controle real que tenha sido determinada nesse
ciclo. Este erro de controle efetivo é então usado como o erro do último ciclo quando se calcula o
controle proporcional no próximo ciclo.
Vamos definir:
6
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Então:
WERROUT = AGCMW – CONTRL
Considerando que ambos os controles proporcional e integral sejam usados:
WERROUT = PROGAN * (WERREFF – WSYSE1) + INGAN * WERREFF
Resolvido para WERREFF:
WERREFF = (WERROUT + PROGAN * WSYSE1) / (PROGAN + INGAN)
O WERREFF é então armazenado como WSYSE1 para o próximo ciclo CAG.
De um ponto de vista dinâmico, a ação de controle mudaria a geração de forma a manter o ECA
em um mínimo. Entretanto, de um ponto de vista prático, isso não é sempre possível ou mesmo
desejável pelas seguintes razões:
1. Dinâmicas várias e variantes no sistema;
2. O ganho em malha fechada do sistema varia com o número e com as características dos
geradores em controle;
6. Esforços de controle para que a geração acompanhe as variações repentinas de carga podem
ser infrutíferos, e contribuir para um desgaste desnecessário e para o rompimento do
equipamento de controle.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
O princípio de operação básico do EACC é baseado na premissa de que sinais de ruído aleatório
(probabilístico) podem ser caracterizados por uma distribuição probabilística do tipo magnitude-
tempo. Um ruído variando aleatoriamente, por exemplo, pode ser expresso em termos da
probabilidade que ele excederá uma dada magnitude por um dado período de tempo. Portanto,
escolhendo-se várias magnitudes e os correspondentes tempos de duração, pode-se determinar,
para qualquer grau de confiança desejado, quando um sinal contém principalmente ruídos aleatórios
ou uma tendência de carga verdadeira.
O principal objetivo do EACC é determinar o ganho dinâmico, DYGAIN. Para cada ciclo CAG o
ganho dinâmico é inicialmente zerado e incrementado em etapas à medida que o erro aparente
exceda as faixas de rejeição para os correspondentes intervalos de tempos de rejeição mínimos.
Assim o ganho dinâmico pode variar de zero a um valor máximo. Quando o ganho dinâmico é zero, o
EACC não detecta nenhuma necessidade de controle para esse ciclo.
Para melhor entender a operação do EACC, vamos dar uma olhada no seguinte exemplo:
Assumindo a partir do registro de um gráfico típico de ECA, uma pessoa calcula que o desvio
padrão (SIGMA) é de 6,009 MWs, e o tempo médio entre o cruzamento do ECA com zero é de 5
ciclos do CAG. Com base nas duas peças de informação acima, a tabela a seguir é produzida
(valores iniciais, não sintonizados) pelo programa de sintonia do CAG.
GAIN1 GAIN2 GAIN3 GAIN4
MWH1 = 34,96 MW
0,10 0,20 0,40 0,60
RB BAND BAND1 RETIM1 RETIM2 RETIM3 RETIM4
1 0,000 0,00 12 18 24 36
2 6,069 6,07 6 9 12 18
3 15,17 15,17 3 5 6 9
4 24,28 8,01 2 3 3 5
5 30,34 7,59 0 1 1 2
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Além disso, o EACC é tornado adaptativo pelo ajuste dinâmico da sua sintonia, em resposta ao
detector de distúrbios que monitora as características dos distúrbios do sistema. Durante os períodos
quando o ECA contém um alto componente de ruído ou um componente de carga cíclico tal como um
trem de laminação, o detector seleciona nível alto de ruído ou ajuste cíclico para as constantes de
sintonia para o EACC. Vice-versa. Durante os períodos de quietude, ou períodos em que nenhuma
carga cíclica está presente, o detector seleciona o ajuste normal das constantes de sintonia do
EACC.
Deve ser notado que embora a integral do ECA, IECA, seja usada no processo de determinação
da urgência de controle pelo EACC, no entanto a IECA não é usada no cálculo da necessidade real
de controle. O ECA é o único sinal que contém a informação real de variações de carga. O uso da
IECA é para a tendência dos testes da faixa de rejeição de forma que um fator de ganho é usado
mais cedo do que seria usado se a IECA não for crescente (grande).
Refira-se a “Error Adaptive Control Computer for Interconnected Power Systems” por C. Ross,
para uma descrição compreensiva na teoria da lógica do EACC.
A necessidade de controle calculada deve ser alocada para cada unidade controlável de forma
ótima. O CAG atinge esse objetivo usando os pontos base das unidades e os fatores de participação
fornecidos pelo programa de Cálculo do Ponto de Ajuste (SPC), levando em consideração os modos
de controle das unidades, e o critério de controle permissivo. A lógica do Apontador de Contagem
Regressiva é usada para alocar igualmente a necessidade de controle entre as unidades.
Antes do início da distribuição da geração, a lógica de capacidade de controle das unidades é
executada para verificar se as unidades que estão em modo controlável no ciclo presente podem ser
controladas. Esse teste verifica os limites de geração das unidades, outros limites (se disponíveis), e
a taxa limite de resposta. A verificação dos limites de geração é para assegurar que uma unidade
com um valor de saída em MW menor que um valor desconectado pré-definido será tratada como
desconectada. Similarmente uma unidade em modo DESLIGADO com uma saída em MW excedendo
o limite desconectado é colocada no modo manual (MAN).
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
A lógica de distribuição consiste de dois laços de distribuição. Um para as unidades que estão no
modo de Regulação (REG); o outro para as unidades que estão no modo de Regulação de Base de
Carga (BLR). Se não houver unidades BLR, apenas o laço REG é executado. A lógica do contador
regressivo distribui seqüencialmente a ação de controle às unidades até que tenham esgotado todas
as unidades disponíveis ou todas as ações de controle serem distribuídas antes que atinja a última
unidade. Em qualquer evento, o CAG salva o índice da última unidade sendo distribuída. Assim
fazendo, será assegurada a qualquer unidade controlável, fazer parte da regulação.
A distribuição da geração real prossegue como segue:
CTLCHG = (soma das gerações reais) – (soma dos pontos base)
= CTLCHG1 + CTLCHG2
Onde CTLCHG1 e CTLCHG2 são por unidades ligadas no modo REG e BLR, respectivamente.
Adicionalmente à mudança de geração, o CAG também tem que satisfazer o ECA. Esta porção é
calculada em duas condições diferentes:
(1) Para unidades no modo REG
Mudança de geração total necessária (GENDIF):
(a) A ação de controle (AGCMW) e o ECA são do mesmo sinal – este é o caso
normal.
GENDIF(1) = CTLCHG – EDUGAN * ECA
Onde EDUGAN, calculado pelo EACC, é um fator de ganho.
Esse é o caminho que é tomado normalmente
(b) AGCMW e ECA são de sinais diferentes – isto é quando o ECA mudou de direção
e a magnitude do componente proporcional (veja Figura 1 - 2) é maior que aquela do
componente integral, ou quando o sinal de alimentação é maior que a necessidade
do ECA.
GENDIF(1) = CTLCHG – EDUFAC * AGCMW
Onde EDUFAC (por definição = 1,0) é um fator de ganho.
(2) Para unidades no modo BLR:
Mudança de geração necessária (GENDIF):
(a) Ação de controle (AGCMW) e CTLCHG2 são do mesmo sinal:
GENDIF(2) = - EDUGAN * ECA
(b) Caso contrário
GENDIF(2) = - EDUGAN * (ECA – KR * RRC * CTLCHG2)
Onde KR, RRC são fatores de sintonia (ganho).
A geração desejada atualizada da unidade é computada como segue:
Geração desejada atualizada da unidade =
(ponto base da unidade) –
(fator de participação normalizado) * (mudança de geração)
Ou
UPDES(i) = GNDES(i) - | GNROD(i) * RFAC | * GENDIF
12
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
A geração desejada atualizada é então verificada para ver se está dentro da faixa de controle
normal conforme definido pelos limites ótimos da unidade. Assim fazendo, a unidade é assegurada de
não ir muito além do seu ponto base durante um controle normal. No caso de emergência assistida, a
faixa de controle normal é expandida para a faixa de controle de emergência conforme definido pelos
limites reguladores da unidade. A distribuição segue a mesma que no estado normal, com a geração
desejada atualizada inicial ajustada para o limite superior (ou inferior, se a geração deve ser
diminuída).
Deve ser notado que a geração desejada atualizada conforme calculada acima é apenas usada
com o propósito de verificação permissiva [ sinal (geração real – geração desejada atualizada) = sinal
(AGCMW) ]. O controle real é ainda baseado na ação de controle (AGCMW) que deve ser obtida para
reduzir o ECA.
O erro de controle da unidade é calculado como a diferença entre a geração desejada atual da
unidade, UPDES(i), e a geração real da unidade, GNACT(i). Esse erro da unidade é então verificado
contra a taxa mínima de recuperação da unidade RLMIN (em MW por ciclo de controle). Se o erro de
controle da unidade exceder o RLMIN, então o erro de controle da unidade é comparado com a
capacidade de controle da unidade para esse ciclo (ajuste igual à taxa de recuperação máxima da
unidade se a unidade for capaz de controlar esse ciclo, caso contrário ele é zerado). Se o erro da
unidade for menor que uma banda morta, ele é zerado. Esse erro de controle final da unidade é então
subtraído da ação de controle, AGCMW. O erro é subseqüentemente convertido em pulsos de
controle crescentes/decrescentes e enviados ao regulador de velocidade da unidade de geração para
a execução final.
Devido à convenção de sinais usada, um erro negativo de controle da unidade resulta em pulsos
de controle positivos (crescentes). Para unidades com controle por setpoint, a variação mínima e o
erro de controle máximo controlável pela unidade, são usados para atualizar o ponto de ajuste da
unidade pela subtração do erro da unidade do ponto de ajuste no último ciclo CAG.
Como um caso especial, unidades em modo de controle de carga por rampa são tratadas
separadamente. A rampa é o único modo de controle da unidade para o qual o controle obrigatório é
permitido. Entretanto o controle obrigatório é permitido apenas quando o sistema não está em um
estado de emergência assistida e o ganho de controle principal (MCGAIN) não excede um valor de
piso pré-determinado MCRLG (um parâmetro ajustável). Para colocar um gerador em modo rampa
(RMP), o operador tem que especificar dois parâmetros – taxa de rampa em MW/minuto e destino da
rampa em MW - através das telas. O erro de carga em Rampa é calculado como a diferença entre a
geração desejada atualizada (UPDES) do último ciclo e o destino da Rampa (GNDES). Esse erro é
associado à taxa de Rampa introduzida pelo operador e então usado para calcular a geração
desejada atualizada para o ciclo corrente. Esse erro é então também associado com a taxa de
resposta máxima da unidade. A Rampa continua até quando a geração desejada atualizada da
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
unidade (UPDES) iguala o destino de Rampa introduzido pelo Operador. Nesse momento, a Rampa
da unidade é dita estar concluída. Entretanto, a geração real pode ainda concluir abaixo do destino da
Rampa.
A unidade é subseqüentemente controlada pela ação de reinício do ED para mover sua saída para
o objetivo da Rampa em um ritmo mais lento. Assim fazendo, evita-se que a saída da unidade
ultrapasse o alvo ou oscile em torno do destino da Rampa. Ao completar-se a Rampa, o CAG coloca
a unidade ou em modo MAN (se requisitado pelo operador) ou no modo original (se Rampa forçada)
automaticamente. Entretanto, o operador tem que remover o flag manual que anula o parâmetro de
geração desejada da unidade (foi ajustada quando a unidade foi posta em um modo de Rampa) de
forma que a unidade participe na regulação real do ECA.
É permitido que uma unidade contribua para o controle apenas quando seu erro de controle
excede sua taxa mínima de recuperação, RLMIN. Em outras palavras, RLMIN pode ser considerada
como uma zona morta do software. RLMIN é portanto a quantidade mínima de controle que o CAG
distribuirá a uma unidade. A taxa máxima de recuperação, RLMAX, corresponde a sete (7) pulsos. A
taxa mínima de recuperação é definida como um sétimo de RLMAX (em MW por ciclo de controle);
isto é, ela é igual a um (1) pulso de controle. No caso da necessidade de controle do sistema ser
grande (não necessariamente em uma situação de emergência assistida), quase todas as unidades
controláveis serão distribuídas com um comando de sete (7) pulsos sendo assim conduzidas na taxa
máxima de recuperação. Uma exceção é que a última unidade que está sendo distribuída pode ter
uma contribuição menor que sete pulsos se a necessidade de controle remanescente for menor que a
taxa máxima de recuperação da unidade.
O erro de controle calculado da unidade, em MW, é então convertido para pulsos representando
um comando de mudança incremental da geração. A convenção de sinal para o erro de controle da
unidade é tal que um erro negativo significa que é necessário um aumento na saída da geração;
enquanto a convenção para pulsos de controle é o oposto. Os pulsos de controle, variando de –7 a
+7, são subseqüentemente codificados em uma palavra digital de 4 bits (três bits para magnitude, um
14
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
bit para o sinal “+” para aumentar a geração; “-“ para diminuir a geração) para transmissão para as
RTU’s nas usinas.
Se uma unidade geradora é equipada com um mecanismo de controle por setpoint, o setpoint da
unidade atualizado é calculado como a geração real menos o erro de controle da unidade. O setpoint
atualizado é então convertido em uma palavra digital de 12 bits (onze bits para a magnitude, um bit
para o sinal ou indicador especial) para transmissão para a RTU na usina.
Os modos de controle do CAG a seguir são fornecidos para permitir que o CAG seja operado sob
várias condições operacionais de sistema.
Controle da Tendência da Linha de Intercâmbio (TLB)
O erro de controle de área (ECA) é calculado de acordo com o modo de controle selecionado
como segue:
3. Modo TLB: O ECA é calculado como uma função do erro de freqüência e do erro de
intercâmbio líquido. O erro de intercâmbio líquido é intencionalmente atrasado para compensar
a resposta atrasada da freqüência. O ECA é expresso em MW.
No caso do ECA exceder o limite de advertência, uma mensagem de alarme é enviada. Se o ECA
exceder o nível de emergência assistida pré definido, o CAG é declarado como em um estado de
emergência assistida ajustando-se a flag de assistência (ASTFLG) para 2, e nas telas do CAG
aparece a mensagem correspondente a EMERGÊNCIA ASSISTIDA. Se o ECA exceder o ACEMAX,
este será fixado em ACEMAX.
15
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
O CAG calcula também a integral de ECA (IECA). A IECA é calculada como a soma do erro de
intercâmbio acumulado, INADI, e a integral do desvio de freqüência, IFREQE. Tanto INADI quanto
IFREQE são calculados usando-se a regra trapezoidal. Ambos os componentes possuem limites de
saturação, os quais são verificados a cada TDUT ciclos (parâmetro ajustável), usando-se fontes
externas calculadas pelo SCAG. O componente de intercâmbio é limitado para estar dentro de uma
zona morta da energia inadvertida acumulada (INADV), calculada pelo SCAG; o componente de
freqüência é limitado para estar dentro de uma zona morta do erro de tempo real (TIMERR).
Com base na magnitude do ECA, o CAG fornece os seguintes dois estados de controle:
Estado de Controle Normal: quando a magnitude do ECA é menor que um valor pré
definido, ACEAST (parâmetro ajustável).
As unidades são controladas dentro da faixa de controle de emergência como definido pelos
limites reguladores. Esses limites são introduzidos pelo operador ou tele-medidos a partir
das usinas. Se o operador não anular os limites, a faixa de controle de emergência é
normalmente maior que a faixa de controle normal.
O ganho do Controlador Principal será ajustado para o valor máximo (normalmente 2.0 –
parâmetro ajustável).
A ação de controle total do sistema (AGCMW) é ajustada para ECA vezes o ganho do
controlador principal (MCGAIN)
16
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
As unidades são deixadas ser controladas além dos limites ótimos mas dentro dos limites
regulação.
As unidades serão controladas desta forma até que estejam na taxa limitada ou o sistema
tenha retornado ao normal.
Deve ser notado que sete (7) pulsos corresponde à taxa de resposta máxima de cada unidade
geradora. Além disso, não é necessário estar em um estado de emergência assistida para despachar
um controle a uma taxa de 7 pulsos por ciclo do CAG. Assim, embora a emergência assistida não
mova um gerador particular mais rápido que ele é movido durante o controle normal, ela move mais
geradores do que são movidos durante o controle normal. Assim, a taxa de resposta do sistema é
maximizada.
Visto como um sistema de controle, o CAG é um controlador com atuadores múltiplos operando
em paralelo. Com base na informação em relação ao erro de controle de área, a lógica do controlador
determina para cada ciclo a ação de controle total requisitada, em MW. A distribuição da ação de
controle total para as unidades participantes do controle é executada por uma lógica de distribuição
(ALCAGC).
Os sinais de controle (pulsos) despachados pelo programa CAG provocam mudanças
(incrementos) nas saídas em MW das unidades de geração. Em outras palavras, o mecanismo de
atuação do regulador de velocidade da unidade de geração integra o erro de controle da unidade (na
forma de pulsos de controle). Portanto, um sinal de saída do programa CAG proporcional ao ECA
provoca ação integral em relação à saída do gerador enquanto um sinal de saída do CAG
proporcional à taxa de mudança do ECA (isto é, derivada em relação ao tempo) provoca ação de
controle proporcional.
As principais características da lógica do controlador e da lógica de distribuição estão descritas
nas seções a seguir.
O controlador é adaptativo ao erro; o ganho e o tipo de controle são funções da estatística de sinal
do ECA.
A lógica de cálculo do Controle Adaptativo de Erro (EACC), que é o elemento central da lógica do
controlador, determina o ganho dinâmico (DYGAIN), em termos de ECA e da integral no tempo do
ECA.
O EACC é tornado adaptável ao estado (normal ou alto ruído) pelo ajuste dinâmico de sua sintonia
em resposta a um detector de distúrbios que monitora as características dos distúrbios do sistema.
17
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Durante períodos em que o ECA contém um componente alto de ruído ou um componente de carga
cíclica tal como uma usina de laminação, o detector ajusta o flag de estado de ruído (IS) para indicar
ao EACC para selecionar o ajuste de alto ruído ou conjunto cíclico de parâmetros ajustados (os
contadores de rejeição são ajustados por mais tempo e assim o controle é menos freqüente),
enquanto durante períodos quietos, ou períodos quando nenhuma carga cíclica está presente, o
detector ajusta o flag de estado para permitir que o EACC use o ajuste normal dos parâmetros.
Com base no estado da carga, o EACC escolhe um ou dois ajustes de cinco faixas de rejeição e
quatro cronômetros de rejeição para determinar a necessidade de controle (urgência). No início do
ciclo do EACC, o DYNGAN é zerado. A soma, APPERR, do ECA atual e de um componente
ponderado do IECA é então testado contra cada faixa de rejeição para atualizar o contador associado
com cada faixa. Cada contador é então comparado com o cronômetro de rejeição associado para
determinar a necessidade de controle. Isto é repetido para cada faixa de controle. Se o teste for
positivo, isto é, o contador atual exceder o tempo de rejeição associado, o fator de ganho associado
com essa faixa é adicionado a um ganho acumulativo chamado ganho dinâmico, DYGAIN. O
DYGAIN é então passado para o Controlador Principal para subseqüente processamento.
O ganho de controle real, referido como ganho de controle principal (MCGAIN), conforme
calculado pelo Controlador Principal (MC), é proporcional ao ganho dinâmico conforme calculado pelo
EACC. O fator de proporcionalidade pode tomar dois valores, um quando o ECA é movido muito além
de zero, o outro quando o ECA se aproxima de zero. Portanto, quando a magnitude do ECA for
grande, o controle é tornado mais agressivo.
A magnitude do ganho de controle principal determina o tipo de controle como segue:
Se o ganho de controle principal for igual a zero, nenhum controle é emitido. Esta situação
ocorre quando apenas componentes não controláveis (ruído) são detectados no sinal do
ECA.
Entretanto, se o ganho permanecer igual a zero por vários ciclos consecutivos, a ação de
controle integral será fornecida a um múltiplo dos períodos de amostragem do ECA, para
manter a distribuição ótima da geração sob controle (refira-se à seção 1.1.2.9.2 , ED
zerado).Se existem unidades cujo erro de controle é maior que uma banda morta pré-
determinada, a ação de controle é emitida a cada dois ciclos do CAG. Se não existirem tais
unidades, a ação de controle é emitida a uma taxa menor, normalmente após cinco ciclos
do CAG.
Apenas o controle integral é emitido para valores de ganho do controlador principal que
sejam maiores que zero e menores que um valor pré-determinado (MNPROP).
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Durante os períodos de emergência assistida ( ECA > ACEAST ), é usada uma ação de controle
integral com ganho de emergência assistida (ASTGAN – parâmetro ajustável). Como o controle está
alto, nenhum sinal de entrada é usado.
A Figura 1 - 4 resume as várias ações de controle que serão executadas em função da magnitude
do ganho do controlador principal, MCGAIN.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
A necessidade de controle da característica anti-sobrecarga é uma lógica que é usada para evitar
desenvolvimentos excessivos das necessidades de controle quando o sistema é incapaz de
despachar todas as necessidades de controle em um ciclo devido à limitação da taxa de resposta.
Além disso, se nenhuma ação de controle for necessária conforme calculado pelo EACC (isto é,
MCGAIN = 0), um controle de reinício (ED) ótimo pode ser executado para trazer as unidades de
volta aos seus pontos base. O reinício ED é apenas executado sob as seguintes condições:
Se não há necessidade de controle do EACC nesse ciclo, e
Se as condições acima forem atingidas, o CAG executa a ação de reinício ED como segue:
Quando a unidade está excedendo a zona morta – unidade com erro de controle excedendo
a zona morta detectada no último ciclo, o reinício ED será executado a cada dois ciclos.
Quando a unidade não está excedendo a zona morta – nenhuma unidade com erro de
controle excedendo a zona morta é detectada, o reinício ED foi executado em uma base
periódica a uma taxa baixa.
A ação de reinício ED utiliza a natureza do ruído do ECA para executar essa função. Uma vez que
o sistema de carga permanece inalterado (MCGAIN = 0), algumas unidades devem ser movidas em
uma direção, enquanto outras devem ser movidas na direção oposta. Devido à metodologia do
controle permissivo, entretanto, o CAG tentará apenas reiniciar as unidades em uma direção a um
tempo. Quando o ECA balança para a outra direção, o CAG então reinicia as unidades na outra
direção. Por conseguinte, a carga do sistema e a geração permanecem equilibradas.
20
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Ponto base em MW, representando a geração ótima sujeita aos limites da operação em
tempo real, no momento da execução do SPC.
Faixa de controle
O modo de controle da unidade é geralmente especificado pelo operador através da Tela “Sumário
do Sistema” e também na Tela “Unidades de Despacho Sob Controle”. São fornecidos cinco modos
básicos como segue:
1. DESLIGADO (OFF): A unidade não gera energia. Esse modo de controle não é selecionado
pelo operador. Uma unidade é colocada nesse modo pelo CAG automaticamente quando a
saída MW real da unidade cai abaixo de um limite off-line pré-definido (GNOFF).
2. MANUAL (MAN): A saída da unidade está inteiramente sob controle do operador da usina.
21
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
REGULAÇÃO NORMAL – O ponto base e o fator de participação são calculados pelo SPC.
Assim, a unidade fornece ação de controle de regulação enquanto permanece geralmente
otimamente carregada.
4. CARGA CRESCENTE (RMP) – A unidade é elevada na direção do ponto base a uma taxa de
elevação introduzida pelo operador. Quando o ponto base for alcançado, o modo de controle da
unidade é automaticamente trocado para manual (MAN). A elevação da unidade é atrasada e a
ação de controle da unidade é inibida se ela se opuser ao ECA quando a urgência de controle
determinada pelo EACC (ganho do controlador principal) for alta ou o sistema estiver em estado
de emergência assistida. Adicionalmente se uma unidade for descoberta fora de seus limites
reguladores, ela será colocada no modo Rampa e assim será controlada para retornar para
dentro de seus limites reguladores.
Para resumir, os modos de controle acima podem ser distinguidos com base na forma como as
gerações desejadas (pontos base) e os fatores de participação são manuseados conforme mostrado
abaixo:
22
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Limites ótimos: Normalmente tanto o limite superior quanto o inferior são ajustados pelo
SPC dentro da faixa de controle de emergência. Assim eles definem uma faixa de controle
normal bem como as bandas inferiores e superiores de controle de emergência. Os limites
ótimos podem ser também sobrescritos pelo operador, se desejado. Eles devem ser
delineados pelos limites de regulação, entretanto. Os pontos base calculados pelo SPC são
determinados apenas dentro da faixa de controle normal.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Banda de
Emergência Sup.
Limite Ótimo Superior (GNHEL)
Saída em MW da Unidade Geradora
Faixa de Controle de
Geração Real (GNACT)
Emergência
Faixa
Normal de
Operação
Banda de
Emergência Inf.
Limite Mínimo de Regulação (GNLRG)
0 MW
As taxas de resposta das unidades são especificadas tanto para condições máximas (curto prazo)
quanto para condições prolongadas. Se, como resultado da atividade de controle, a saída de uma
unidade muda mais rapidamente que a capacidade da taxa de mudança máxima, também a ação de
controle é inibida. Refira-se à seção 1.1.3.3.2 para detalhes.
Para unidades hidráulicas, as taxas de resposta prolongada e máxima são as mesmas.
Para assegurar que todas as unidades controláveis sejam controladas uniformemente, a lógica do
Apontador de Contagem Regressiva é usada no CAG. Essa lógica lembra o índice da última unidade
que foi distribuída com ação de controle em todos os ciclos. No ciclo seguinte, a distribuição do
controle começa a partir da unidade seguinte e fecha o ciclo para a primeira unidade se a distribuição
atinge a última unidade antes que todas as ações de controle possam ser distribuídas.
As bandas mortas do controle são fornecidas para evitar as saídas desnecessárias do controle
para as unidades durante os períodos em que o ECA está sereno. Tal ação de controle pode ocorrer
se o programa tentar forçar a saída para manter o ECA exatamente igual à saída desejada (UPDES).
24
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
As bandas mortas são ignoradas quando o controle é necessário conforme indicado para um valor
mais alto do ganho do Controlador Principal, MCGAIN. A lógica é fornecida para monitorar a resposta
da unidade para controlar o uso desse valor de banda morta, se o erro de controle da unidade
calculado exceder essa banda morta. Refira-se à seção 1.1.3.3.7, DBCHK, para detalhes da
monitoração da resposta.
Vale mencionar que as bandas mortas acima não são necessariamente bandas mortas físicas do
controle do gerador ou do regulador de velocidade. Essas são bandas mortas do software usadas
para evitar que o CAG siga os erros de controle da unidade.
O CAG é implementado como três sub-rotinas principais – AGCMAN, ALCAGC, AGCOUT. Elas
são também divididas nas sub-rotinas principais a seguir conforme mostrado na Figura 1 - 6.
O AGCMAN é o bloco que controla o fluxo de execução dos módulos do programa CAG. Ele é
chamado pelo SCAG.
Dependendo do modo de controle selecionado, o AGCMAN determina, ao chamar o bloco
AGCFLG, se a freqüência e/ou as entradas de intercâmbio líquidas devem ser processadas durante o
ciclo corrente e ajusta as flags adequadas para serem usadas por outros blocos funcionais. Se, como
resultado da falha do transdutor de freqüência, a entrada de desvio de freqüência necessária não
estiver disponível, um flag de erro (ACEERR) é ligado, indicando que o controle automático deve ser
ativado. Se o sinal de retorno do intercâmbio líquido tiver falhado apenas temporariamente, o controle
não é ativado; ao invés, os cálculos do erro de controle de intercâmbio líquido são desviados e a ação
de controle é inibida.
O AGCMAN coordena a execução: do cálculo do erro de controle (ECA); da requisição de controle
(AGCMW); da distribuição de requisição de controle; do momento dos cálculos do SPC; da
normalização dos fatores de participação apresentados e saída dos comandos de controle (pulsos) e
alarmes. Essas funções estão descritas abaixo.
O CAG executará uma leitura de grande escala para introduzir um novo grupo de parâmetros
atualizados de ajuste do CAG em uma das áreas comuns dos programas do CAG, quando a flag
TUNEF estiver ativada. O AGCTN liga a flag TUNEF no final de sua execução. (A entrada manual
feita pelo operador em qualquer dos parâmetros de ajuste, ativa o programa AGCTN).
O CALCAGC computa o erro de controle, ECA, com base no modo de controle selecionado e
então chama o bloco do Controlador Principal (MC) para computar as requisições de controle para o
ciclo corrente. Os detalhes estão descritos como segue:
S/R CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO [AGCMAN]
→LIGAR FLAG DE STATUS [AGCFLG]
25
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
O AGCI reinicia as flags de controle internas e os registradores após o reinício do sistema. Esta
inicialização é necessária de forma a garantir que o controle seja ativado, com as integrais de tempo,
erro de controle de freqüência e o ECA reiniciados, etc.
O ACEC calcula o Erro de Controle de Área (ECA) de acordo com o modo de controle selecionado
(TLB/FF/FTL). As flags adequadas são ligadas, para processamento de alarmes, para indicar se o
limite de aviso do ECA , ou o limite do erro de controle da freqüência, ou o intercâmbio líquido são
excedidos e também para identificar o estado normal/de emergência assistida. O ACEC também
26
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
verifica a magnitude do ECA e fixa o ECA a um valor de saturação (ACEMAX) se ele exceder o
ACEMAX. As relações a seguir são usadas na determinação do ECA: modo TLB:
O Erro de Controle de Área (ECA) é calculado como segue:
ECA = NIERR + 10 * BIAS * FREQE
Onde:
NIERR – é o erro de controle de intercâmbio líquido atrasado, em MW, conforme definido abaixo.
FREQE – é o erro de controle de freqüência, em Hz, conforme derivado mais tarde.
BIAS – é o bias de freqüência do sistema, em MW/(0,1 Hz); é uma constante de ajustável do
sistema de potência.
O erro de controle de intercâmbio líquido atrasado, NIERR, é determinado como segue (veja
também a Figura 1 - 3):
NIERR = KLAG * [(ANISUM – SKDINT) – NIERR1] + NIERR1
Onde:
ANISUM - é o intercâmbio líquido real em MW. É a soma dos fluxos em MW real das linhas de
intercâmbio, conforme calculado pelo programa supervisor do CAG (SCAG) executado
imediatamente antes do CAG. O ANISUM é positivo se o intercâmbio nas linhas de
ligação está sendo entregue e negativo se for recebido.
SKDINT - é a programação do intercâmbio líquido em MW. É a soma das programações de
intercâmbio instantâneas com as concessionárias interconectadas conforme
introduzidas pelo operador e atualizadas para o ciclo CAG atual pelo programa SCAG.
A convenção de sinal é a mesma do ANISUM
NIERR1 - é o valor de NIERR, salvo do último ciclo CAG.
KLAG - é uma constante de ajuste, responsável pelo primeiro grau de atraso introduzido de
forma a compensar pelo atraso na resposta da freqüência do sistema. O KLAG é
determinado off-line a partir da constante de tempo TLAG do primeiro grau de atraso e
a partir do período de amostragem pela seguinte relação:
KLAG = 1 – exp (-AGCT/TLAG)
Onde AGCT e TLAG são expressos em segundos
Modo FF
No Modo de Controle de Freqüência Constante, o ECA é calculado como segue:
ECA = KFC * 10 * BIAS * FREQE
Onde:
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Modo FTL
No modo de Controle de Intercâmbio Líquido Constante, o ECA é calculado como segue:
ECA = KCNI * (ANISUM – SKDINT)
Onde:
KCNI - é uma constante de ajuste
ANISUM e SKDINT – conforme descrito para o modo TLB.
Geralmente, os pulsos de controle são enviados à mesma taxa que a taxa de ciclos do CAG
(AGCT segundos). Entretanto, é possível escolher um período para enviar os pulsos de
controle, igual a um número inteiro múltiplo do AGCT pela mudança dos parâmetros
COATIM.
As flags são ajustadas para sinalizar ao bloco de saída (AGCOUT) que ligue ou desligue a
indicação de assistência de emergência quando as mudanças ocorrem no estado de controle normal /
emergência assistência. Os cálculos do CTLAGC são executados pelos blocos descritos abaixo:
O ASEC determina a integral no tempo do ECA (IACE). São feitas provisões para correção
periódica do IACE na base dos sinais externos para erro de tempo e para intercâmbio líquido
involuntário. A correção não é executada se for indicada falha no transdutor pelo flag (TDBAD), ou se
a freqüência programada não for igual à freqüência de referência.
O IS especifica o ajuste dos valores de sintonia a serem usados pelo próximo bloco do EACC
(EAGAIN) na determinação do ganho dinâmico (DYGAIN).
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Se o registrador exceder um valor de desligamento, uma carga cíclica foi detectada; se ele
cai abaixo do valor de desligamento, a carga cíclica não está conectada ao sistema.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Um timer (RECTR(RB)) que é incrementado por uma unidade quando o erro aparente for
maior que, ou igual a, o nível de faixa de referência, BAND (RB, IS). O timer é reiniciado
quando o erro aparente for menor que a faixa do nível de referência ao qual o timer
pertence.
Um ajuste de quatro limites de tempo (RETIM(RB, IS, 1), RETIM(RB, IS, 2), etc., expresso
em ciclos de CAG, e determinado a partir do tempo médio entre cruzamentos por zero da
amostra do ECA previamente mencionada. Esses limites estão listados na ordem
crescente.
2. Quando o MCGAIN é zero, e NÃO houve ação de controle no último ciclo e o flag de desvio do
reinício ED não foi ativada no último ciclo, a ação de reinício ED é executada. A ação de
controle necessária, AGCMW é ajustada proporcionalmente ao ECA e é calculada como:
4. Quando houve uma unidade não avançando na zona morta, o flag de reinício ED é ligado, de
forma que a ação de reinício ED é executada. Entretanto, quando não houve unidade não
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Esse grupo funcional é responsável pela distribuição da necessidade de controle para unidades
que estão disponíveis para regulação.
O ALCAGC é chamado pelo AGCMAN quando é determinado que o controle pode ser extraído
desse ciclo. Caso contrário, o ALCAGC não será executado. O ALCAGC age como o supervisor
controlando a seqüência da execução dos seguintes blocos:
O INALLOC reinicia os acumuladores dos valores calculados para todo o sistema e inicializa os
flags.
Se o programa CAG for executado pela primeira vez após o reinício do sistema, uma inicialização
adicional é executada pelo sub-bloco RESETA do INALLOC.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
O CKLIMS restringe a faixa de controle de cada unidade conforme o ajuste de limites. Refira-se à
seção 1.2.9.2.2 para a forma como os limites devem ser ajustados. Se ocorrer conflito de limites, os
flags são ajustados para os blocos de saída para colocar em funcionamento as mensagens de
alarme.
O CKSPLIM verifica o ponto de ajuste contra os limites ótimo e reguladores. Quando o ponto de
ajuste está fora dos limites, a faixa correspondente é ajustada para zero.
O RLC processa as unidades sob controle de Rampa como explicado na seção 1.1.2.10.1 no item
4 (modo de controle de CARGA EM RAMPA).
O EDU atualiza a informação SPC entre as execuções do programa SPC, conforme descrito na
seção 1.1.2.10. Como primeira etapa, o EDU calcula o sinal de alimentação daquele devido ao
intercâmbio e à Rampa da unidade. O sinal de alimentação é então adicionado à necessidade de
controle, conforme calculado pelo bloco MC. Uma necessidade de controle total (CINTRL, em MW) é
calculada como a soma da necessidade de controle mais as necessidades de controle restantes do
ciclo anterior.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
O EDU testa então se o CONTRL calculado precisa ser controlado e ajusta o flag de inibição do
controle de acordo com a permissividade e a mínima necessidade de controle.
Finalmente o EDU chama UPREG para atualizar a mudança de geração ótima e normalizar os
fatores de participação.
Em cada ciclo CAG os fatores de participação são normalizados para as unidades no modo REG
pelo sub-bloco RHOCHK, como segue:
A soma dos fatores de participação das unidades capazes de controlar (no modo REG) é
igual a um.
Sob circunstâncias usuais apenas a informação fornecida pelo programa SPC é afetada
pela normalização; os valores introduzidos (sobre-escritos) pelo operadores não são
alterados, mas os valores fornecidos pelo SPC são multiplicados por um fator determinado
a partir da condição de normalização.
Em duas situações não usuais a regra precedente não pode ser aplicada e os fatores de
participação introduzidos pelo operador devem ser normalizados internamente pelo
programa (isto é, sem modificar o valor apresentado). O primeiro caso é quando a soma
dos fatores de participação introduzidos excede ou é igual à unidade. Um multiplicador da
normalização deve ser aplicado nesse caso aos fatores de participação introduzidos pelo
operador e o resto das unidades não terá participação. O segundo caso é quando a soma
dos fatores de participação introduzidos pelo operador for menor que a unidade e o
restante das unidades tiver participação zero consignada pelo SPC. Os fatores de
participação introduzidos estão nesse caso também internamente normalizados através de
um multiplicador.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
1.1.3.3.6 Controle dos Geradores nos Modos de Controle REG ou BLR (REGPCD)
O REGPCD distribui a ação de controle para as unidades de geração nos modos REGULAÇÃO
(REG) e REGULAÇÃO DE PONTO BASE (BLR). O laço de distribuição do gerador é executado
apenas uma vez se não for detectada, pelo bloco CNTRLY, nenhuma unidade no modo BLR. Ele é
executado duas vezes se existirem unidades no modo BLR, um passe sendo dedicado a cada modo
de controle (REG e BLR). A ordem de processamento dos dois modos é estabelecida pelo bloco
UPREG do EDU através do flag JFIRST, de acordo com a regra descrita na seção 1.2.9.2.1 (modo de
controle REGULAÇÃO DE PONTO BASE) .
Cada unidade controlável é varrida em seqüência durante o processo de distribuição. O controle
(GNDEV) distribuído para cada unidade é subtraído da ação de controle total necessária, CNTRL.
Uma vez que todas as ações de controle são distribuídas antes de todas as unidades serem varridas,
o flag CONTRF é ativado para indicar que a saída da ação de controle total desse ciclo excede as
necessidades e assim o índice para o gerador que está sendo distribuído é salvo na CPTR. Nesse
caso, a unidade que está sendo distribuída é a última unidade que está sendo consignada com a
ação de controle e nenhuma ação de controle é distribuída para as unidades restantes. No próximo
ciclo CAG, a distribuição do controle começará com a unidade com o índice salvo mais um. Após a
última unidade ter sido processada, o índice do laço retorna ao início de forma a permitir a varredura
de todas as unidades.
O REGPCD calcula para cada unidade no modo REG ou BLR a geração desejada atualizada
(UPDES). Uma geração desejada atualizada preliminar (P) é calculada com base nas seguintes
regras:
P é ajustado para sua geração real sob qualquer uma das seguintes situações:
− Se a unidade for incapaz de contribuir para qualquer ação de controle (por exemplo,
taxa limitada ou contato de limite superior (inferior) é alcançado e o ECA está na direção
crescente (decrescente)).
P é calculado como a soma do ponto base mais a contribuição conforme ditado pelo fator de
participação.
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1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
A geração desejada atualizada preliminar (P) é então verificada contra os limites ótimos se o CAG
não estiver no estado de emergência assistida. Quando em um estado de emergência assistida, P é
verificado contra os limites reguladores e será fixado ao limite adequado (superior ou inferior
dependendo da direção do controle) se excedido. A geração atualizada desejada total (UPDES) é
então ajustada para o limite verificado de P. Um erro preliminar de controle da unidade (DEV) é então
calculado usando-se o UPDES e a geração real.
Uma vez que o CAG usa o esquema de controle permissivo, o DEV conforme calculado acima é
testado para permissividade. Isto é feito testando-se os sinais de DEV e ECA. Se os sinais forem
diferentes, o DEV deve resultar em um aumento do ECA e portanto o erro de controle da unidade é
rejeitado. O DEVC ajusta o DEV para zero e a unidade é removida da contribuição à ação de controle
desse ciclo. Se os sinais forem os mesmos, a unidade é deixada receber a ação de controle do DEV
MW.
A magnitude da ação de controle necessária para uma unidade é também limitada à saída de
controle máxima conforme determinado pelo bloco CNTRLY e pela quantidade mínima (RLMIN) que
pode ser convertida em pulsos de controle. Se o valor calculado da ação de controle para essa
unidade for menor que RLMIN, não será distribuído. Entretanto, se o valor calculado para essa
unidade for igual à ação de controle total deixada sair durante esse ciclo, a quantidade mínima é
extraída e um flag (CONTRF) é ligado. Isso indica para o bloco MCUP para compensar no próximo
ciclo subtraindo-se a quantidade de sobre-controle da necessidade de controle do próximo ciclo.
Finalmente, em uma base de sistema, o REGPCD calcula a saída da ação de controle total bem
como a taxa máxima de resposta em cada direção de controle. Esses valores são mostrados no
display de Resumo do Sistema (SYSSM) para informação do operador.
O DBCHK verifica a resposta de controle das unidades. Quando o bloco REGPCD detecta que a
magnitude do erro de controle de uma unidade (a diferença entre a geração real e a geração
desejada atualizada) excede uma zona morta especificada, ele ativa os flag adequados requisitando
que o bloco DBCHK monitore essa unidade. O DBCHK armazena a geração real da unidade e o sinal
do erro de controle e inicia um timer. Se o erro de controle é reduzido dentro da zona morta ou muda
de sinal antes do timer atingir um limite pré-determinado, a ação de monitoração é interrompida. Se o
timer atingir seu limite antes do erro de controle ser reduzido dentro da zona morta ou mudar de sinal,
a mudança na geração real da unidade desde que a ação de monitoração começou é computada. Se
a geração da unidade não mudou na direção necessária, (a direção que tendeu a reduzir o erro de
controle) por pelo menos uma quantidade mínima (calculada como uma porcentagem pré-
determinada da geração da unidade no início da ação de monitoração) uma mensagem de alarme é
sinalizada pelo bloco AGCOUT.
35
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
O SYSCHG processa os dados a seguir para unidades em controle automático (REG, RAMP BLR)
Um resumo do modo de controle da unidade (CTLFLG) usado pelo EDRTIM para detectar a
mudança no status da unidade.
A soma dos pontos base introduzidos pelo operador (gerações desejadas)
Mudanças nesses valores, desde o último ciclo CAG, são detectados pelo bloco EDRTIM, que
determina o tempo dos cálculos do SPC e está descrito abaixo.
1.1.3.4 Update
Esse grupo funcional atualiza os dados do CAG para o próximo ciclo. O UPDATE também
determina se o despacho foi requisitado e normaliza os fatores de participação apresentados se eles
precisarem ser normalizados. As sub-seções a seguir descrevem os detalhes.
O AGCUP atualiza os valores “última vez” que são usados nos cálculos que envolvem mudanças
no último ciclo CAG. A atualização do erro de sistema ponderado WSYSER é executada pelo sub-
bloco MCUP. Isto inclui uma compensação para a ação de controle que não pode ser extraída devido
às limitações de resposta da unidade, para evitar a sobrecarga do controle. Refira-se à seção
1.1.2.5.2 para detalhes na lógica anti-sobrecarga.
O SPC é executado menos freqüentemente que o CAG. O SPC será rodado pelo menos uma vez
a todo ciclo TMAXED CAG (normalmente 10 minutos), mas não mais freqüente que uma vez a todo
ciclo TMINED (normalmente, 1 minuto) CAG ciclos.
O EDRTIM requisita a execução do programa SPC sob as seguintes condições (eventos):
Reinício do sistema
36
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Mudança na geração total maior que uma quantidade pré-determinada desde a última
execução do SPC
O SPC é também chamado pelo display da Revisão de Geração da Usina (PGR) se quaisquer
limites reguladores ou limites ótimos tiverem sido mudados.
O bloco EDRTIM segue o número de fatores de participação introduzidos pelo expedidor e sua
soma. Um flag é ativado se esse número mudar entre ciclos CAG, indicando que os fatores de
participação apresentados devem ser normalizados.
Esse bloco normaliza os fatores de participação da unidade geradora para unidades no modo
REGULAÇÃO. Apenas os fatores de participação calculados do SPC são modificados. Eles são
normalizados para a quantidade de participação remanescente após a participação do operador ser
deduzida.
2. Saída de Mensagem (AGCMSG): Esse bloco extrai todas as mensagens de alarme do CAG
conforme direcionadas pelo ALRM. Ele verifica todas as mensagens para assegurar que a
mesma mensagem não seja repetida em todos os ciclos CAG, ao invés ele extrai a mensagem
de alarme a uma taxa de um número pré-determinado (normalmente 10) de ciclos CAG. O
AGCMSG também reinicia o buffer de mensagem de alarme (AGCALRM) e os bits de alarme
do gerador na tabela GNBIT.
37
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Esse bloco determina as condições que fizeram o CAG desligar e ativa as entradas adequadas da
tabela de indicação de alarme, AGCALRM. As condições a seguir são processadas por esse bloco:
1. Erro de entrada de freqüência: FREINE = 1; mensagem ID = 1
Esse bloco determina, chamando a sub-rotina COUNTER, se é tempo de emitir uma mensagem.
Isto é para evitar que a mesma mensagem seja emitida em todos os ciclos, no caso da condição que
provocou o alarme persistir. Sob tais condições, o alarme é emitido a todos os ciclos AGCCTM. As
mensagens a seguir são processadas por esse bloco:
Desligamento do CAG-erro de entrada de freqüência
Unidade desligada
Unidade ligada
Sempre que há uma mensagem a ser produzida, o AGCMSG chama o LNMSGHDR (constrói
cabeçalho de mensagem) e o LNSYSMSG (processa pacotes de mensagens).
38
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Se a saída do controle não é inibida, esse bloco converte o erro de controle da unidade, conforme
calculado pela lógica de distribuição, em pulsos de controle. O número máximo de pulsos é sete (7)
com cada pulso correspondendo à resposta mínima da unidade RLMIN. Até esse ponto o erro de
controle é calculado com base na convenção de sinais do ECA. Portanto, uma mudança de sinal é
executada de forma que um pulso de controle positivo significa aumentar a geração. Os resultados
são então armazenados na tabela GNPULS.
Para uma unidade equipada com controle do ponto de ajuste, o erro de controle da unidade é
integrado para se obter o novo ponto de ajuste. Se o novo ponto de ajuste não muda suficientemente
(> STPTDB) o novo ponto de ajuste não será transmitido ajustando-se o flag de transmissão do ponto
de ajuste (GNSPXMT) para zero.
Finalmente, o CTLOUT chama uma rotina CONITEL externa GNCO que então converte as
contagens de pulsos em um formato digital que é compatível com o sub-sistema CONITEL com todas
as informações necessárias em relação ao buffer de linha, ao endereço RTU e ao endereço do ponto.
A tabela GNPULS é então zerada por uma rotina GNCO, após o GNCO terminar seu processamento,
para o próximo ciclo CAG.
Esse bloco faz com que as seguintes indicações do painel relativo ao CAG nas telas do operador
sejam ativadas e/ou desativadas:
-CAGON: O CAG está LIGADO
- AGCTRIP: O CAG está desligado
- TLB: O CAG está no modo de controle de Tendência da Linha de Intercâmbio
- CNI: O CAG está no modo de Intercâmbio Líquido Constante
- CFC: O CAG está no modo de controle de Freqüência Constante
- EMERG ASSIST: O CAG está em um estado de emergência assistida
Refira-se aos itens a seguir neste capítulo para uma visão geral teórica do CAG.
O livro “Control of Generation and Power Flow on Interconnected Systems” de N. Cohn dá uma
excelente introdução à filosofia e implementação de uma geração anterior do sistema de Controle
Automático de Geração. Uma visão geral do CAG é dada nas seções a seguir.
39
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
A turbina reduz sua velocidade como resultado da redução de sua energia cinética;
A freqüência cai,
Sem qualquer meio de controle externo, o sistema de potência sofrerá de erros de freqüência
devido a variações de carga. Para corrigir esse problema, o CAG é usado para restaurar a freqüência
do sistema até o valor nominal ajustando-se os parâmetros do regulador de velocidade do gerador.
Em resumo, a característica de controle natural do sistema fornece a resposta principal a uma
mudança de carga para alcançar a estabilidade pelo equilíbrio da geração e carga mais as perdas, e
o CAG fornece o controle suplementar ou a resposta reguladora para restaurar a freqüência e manter
o intercâmbio na programação.
40
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Vamos dar uma olhada nos dois sistemas simplificados de carga utilitária interconectados a seguir:
P12 = 0 MW
Suponha: a interconexão permanece intacta após o distúrbio; as perdas são desprezadas; o CAG
permanece desligado.
A freqüência do sistema cairá de DF Hz
Esses resultados são puramente devido ao efeito auto regulador de todo o sistema interconectado.
Como resultado dessa carga adicionada na área 2, o estado inicial do sistema foi alterado por uma
41
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Então,
DF DI DL Ação necessária do próprio sistema
+ + - Diminuir a geração própria. (A carga interna foi diminuída)
- - + Aumentar a geração própria (A carga interna foi aumentada)
- + 0 Nenhuma mudança na geração interna. Este caso é devido à
deficiência de geração do mundo externo
Figura 1 - 8 - Controle de Tendência da Linha de Intercâmbio.
Das observações acima, a estratégia de controle da Tendência da Linha de Intercâmbio (TLB) foi
desenvolvida pelos pioneiros do controle de sistemas de potência antigos.
O controle por TLB usa a freqüência do sistema e os erros de intercâmbio como entradas para
calcular um único erro de sinal chamado Erro de Controle de Área (ECA).
Isto:
ECA = DI + 10,0 * FBIAS * DF
Onde: DI e DF - conforme definidos acima
FBIAS - bias da freqüência em MW / 0,1 Hz.
O ECA é uma indicação de excesso de geração em uma área. Isto é, um ECA positivo significa
que a geração de área precisa ser reduzida, e vice-versa.
Como o TLB controla o trabalho?
Vamos retornar ao exemplo acima das duas áreas. Uma vez que não há mudança de carga
interna, a Área 1 não deve fazer qualquer controle como resultado da mudança de carga na Área 2.
Isto é, para a Área 1:
ECA = DI1 + 10 * FBIAS1 * DF1
= 0
ou,
0 = DI1 + 10 * FBIAS1 * DF1
Portanto
42
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Em outras palavras, se o bias de freqüência for ajustada para 80 MW / 0,1 Hz, a Área 1 verá um
erro de controle zero. Portanto, a Área 1 não tentará fazer qualquer controle (exceto a resposta inicial
de controle natural involuntário).
Para a Área 2:
Notando que: DI2 = -DI1 = - 80 MW / 0,1 Hz (desprezando as perdas)
DF1 = DF2 = 0,01 Hz
ACE2 = -100MW (menos significa que a geração precisa ser aumentada)
Então:
ACE2 = -100
= DI2 + 10 * FBIAS 2 * DF2
ou,
FBIAS2 = (- 100 – DI2) / (10 * DF2)
= -20 / 0,1
= 200 MW / Hz
= 20 MW / 0,1 Hz
Portanto, se o bias de freqüência da Área 2 for ajustada para 20 MW / 0,1 Hz, então a Área 2 terá
um erro de – 100 MW. Esta é exatamente a quantidade de aumento de carga na Área 2. O sinal de
menos no ECA indica que a Área 2 tem uma necessidade de geração de 100 MW na direção
crescente.
Em resumo, se as tendências são ajustadas corretamente, o controle TLB alcançará o controle
LFC desejado em qualquer sistema de força interconectado. Entretanto, vale notar que o controle
TLB trabalhará bem quando as tendências não forem ajustadas proporcionalmente ao tamanho de
cada área individual como mostrado no exemplo acima. Isto é porque a tendência em si varia,
dependendo, por exemplo, do número de unidades geradoras que estão em operação, em suas
cargas respectivas, e da não linearidade das características do controlador.
1.1.4.2 Controlador
O ECA é o erro que deve ser controlado. A próxima questão lógica é como determinar quanta
ação de controle emitir. Em uma implementação CAG típica, o sinal ECA é então processado por
algum tipo de controlador proporcional-mais-integral (PI) para calcular a ação de controle necessária
para reduzir o ECA.
O controle proporcional segue a entrada do erro de controle e produz uma ação de controle
(saída) proporcional ao erro de entrada. Um controlador proporcional pode ser representado pelo
seguinte função de transferência no domínio da freqüência (Laplace):
43
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Entrada: R(s)
Saída: C(s) = G(s) * P(s) * E(s)
Controlador: G(s) = Kp = constante
Erro: E(s) = R(s) - C(s)
= R(s) - G(s) * P(s) * E(s)
ou E(s) = R(s) * [ 1 / ( 1 + G(s) + P(s) ) ]
onde Kp é o ganho de controle proporcional.
O controle integral produz um sinal de controle como função da integral do sinal de erro. Um
controlador integral pode ser representado pelo seguinte diagrama de blocos da função de
transferência:
44
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Fatores de participação
Os pontos base informam ao CAG a que nível de MW um gerador deve operar. Os fatores de
participação permitem ao CAG aproximar-se linearmente da distribuição de geração ótima antes dos
novos pontos base estarem disponíveis para uma execução do SPC
Os resultados da distribuição em termos de crescimento/diminuição dos pulsos de controle são
então enviados a cada gerador.
45
1 CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
46
Capítulo
2
2 Programa Supervisor do CAG (SCAG)
2.1 Descrição Funcional
A rotina Supervisora do CAG (SCAG) é parte do Subsistema de Controle de Geração (GCS). Ele
executa as seguintes funções:
Processa os sinais de entrada de telemetria para suprir ao programa do Controle
Automático de Geração (CAG) com:
− Flags de erro associados com a freqüência e telemetria dos fluxos nas linhas de
intercâmbio MW.
Serve como rotina supervisora do GCS. O SCAG controla a seqüência de execução das
rotinas do GCS chamando as seguintes rotinas do GCS como sub-rotinas:
− Módulo do Monitor de Execução do CAG (AGCP), que coleta dados para avaliar a
performance do controle do sistema de potência. Refira-se à documentação do AGCP
para detalhes.
Monitora o tempo em que um gerador está operando em uma zona não recomendada.
47
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Verifica que uma unidade está no modo de controle de unidade de área de serviço.
2.1.2.1 Inicialização
O SCAG é chamado pelo programa Programador Periódico (SCHED) a cada AGCT segundos.
− Freqüência Real:
48
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
49
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
− Geração MW
i. Geração Real
O SCAG executa as seguintes etapas para processar a saída MW do gerador:
■ Seleciona uma fonte MW geradora válida com base na disponibilidade da
fonte e na seleção da fonte.
■ Indica ao CAG a validade da geração MW real
Consultar as seções Descrição das Sub-funções SCAG e Interfaces do
Operador, para detalhes em relação à seleção de uma fonte de linha de
intercâmbio.
− Erro de Tempo
− Intercâmbio Involuntário
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Para evitar que uma unidade seja danificada enquanto opera em uma zona não recomendada, o
SCAG monitora a quantidade de tempo em que uma unidade está operando em uma zona não
recomendada. No caso de que o tempo acumulado em que uma unidade operando em tal zona
excede um piso pré-especificado, o SCAG emite um alarme para alertar o operador.
Sempre que uma unidade geradora está operando fora dos limites reguladores e está nos modos
REG ou BLR, o SCAG coloca esta unidade no modo RMP e ajusta o destino para o limite regulador
mais próximo.
Após o destino alvo ter sido alcançado, o CAG coloca a unidade de volta ao modo de controle
prévio.
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
As sub-funções a seguir são compiladas como uma sub-rotina chamada PREAGC. Os detalhes de
cada sub-função estão descritos nas seções a seguir.
O SCAG é o principal processador de todo o CAG. Ele processa os dados de entrada necessários
para o CAG e controla a seqüência de execução da lógica GCS.
O SCAG calcula o número de segundos após a meia-noite (ACTIME), inicializa os flags de saída
de mensagens (PREALRM, TLBYT, e GNBYT), e executa blocos funcionais na seqüência descrita
nas seções a seguir.
Para manter a integridade do CAG, é necessário um teste para determinar o estado do sistema
computacional. O RESETCK chama uma rotina de serviço, LNSYSCHG, para determinar se houve
uma reinicialização ou uma iniciação no sistema. Um flag (SYSRES) é usada para transportar essa
informação, e é definida como segue:
-1 → O sistema foi inicializado
0 → O sistema está normal, não há mudança de estado.
1 → O sistema foi reinicializado
Esta sub-função inicializa os dados para a integridade do programa após uma reinicialização ou
inicialização do sistema. É executada apenas se houver uma reinicialização (SYSRES = 1) ou
inicialização (SYSRES = -1) do sistema. Durante sua execução, ocorrem os seguintes eventos:
Os valores do último ciclo de freqüência e erro de intercâmbio (FREQED1 e INTERR1) são
zerados.
O PWSYS é desligado
52
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
O status dos FDTs e TDTs é determinado (futuro ou não futuro) e os índices da fonte de
freqüência são inicializados, se necessário.
2.1.3.4 TMFQP
Esta sub-função é executada pelo TMFPQ, que é externo ao SCAG. O SCAG chama esta sub-
função e processa cada um dos transdutores de desvio de freqüência e de erro de tempo. Os dados
resultantes são armazenados na tabela de desvio de freqüência (FDTVAL), e na tabela de erro de
tempo (TDTVAL), respectivamente. Refira-se à Especificação de Projeto Funcional TMFPQ para
detalhes. Esse bloco é pulado se PWSYS estiver ligado.
O SCAG é projetado para utilizar tanto o transdutor quanto valores analógicos como entrada. O
TMFPQ processa apenas os dados do transdutor. Os dados analógicos são processados e
armazenados na base de dados do sistema pelo Subsistema de Aquisição de Dados (no CONPS).
Esta sub-função executa a seleção automática da fonte de desvio de freqüência. Ela faz a
varredura de uma tabela de prioridades (TRFPR) e seleciona a primeira fonte que seja:
Sem falhas
Sem sobrecarga
Se nenhuma das fontes obedece ao critério acima, uma flag de erro de entrada de freqüência
CAG (FREINE) é ativado. No caso de que a fonte de freqüência seja alterada, uma mensagem é
emitida pelo SCAG através da sub-função Mensagens de Saída do SCAG (PAGCOUT) para esse
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Um método para corrigir o erro de tempo é aplicar intencionalmente uma quantidade de sobre ou
sub-geração, por meio de um desvio à freqüência programada. A sub-função Aplicação de Desvio de
Freqüência implementa automaticamente uma programação de desvio para a freqüência programada
em uma hora/minuto de início especificada pelo operador. A correção é terminada no tempo de
término especificado pelo operador.
O operador introduz os parâmetros acima através do display “Sumário do Sistema” . O tempo de
início é especificado em horas e minutos, e deve ser mais tarde que o tempo atual. Entretanto, o
tempo de parada (em horas e minutos) pode ser durante o dia seguinte. Se a programação passar da
meia-noite, e o tempo real estiver dentro da porção de hoje da programação, um tempo de parada
interno será ajustado para meia-noite, 24*60*60 segundos. Quando o tempo real avança para após a
meia-noite, um tempo de início interno é ajustado para zero, e o tempo de parada é ajustado para o
tempo de parada programado real.
Quando o tempo atual avança após o tempo programado, a compensação introduzida pelo
operador é adicionada à freqüência de referência para obter-se a freqüência programada corrigida
(SFREQSS). Entretanto, se a freqüência programada já for excedida pelo operador, a correção é
inibida. No final da correção, o valor da correção introduzido pelo operador e os tempos de início e de
parada são reiniciados para zero.
Sem sobrecarga
Se nenhuma das fontes obedece ao critério acima, o SCAG automaticamente atualiza o último
valor bom de erro de tempo pela integração do desvio de freqüência e liga um flag (TDBAD) para
indicar que isso ocorreu.
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Esta sub-função consiste de vários blocos, e executa as seguintes sub-funções relativas à linha de
intercâmbio:
Determina um índice de disponibilidade para cada fonte
Seleciona cada fonte de linha de intercâmbio com base em seu índice de disponibilidade e
status de sobrecarga
As duas primeiras dessas sub-funções são puladas se o PWSYS estiver ligado. Nesse caso, o
fluxo da linha de intercâmbio será fornecido pelo PWSYS. Além disso, o TLMWBKUP é usado para
indicar se há uma fonte reserva de MW da linha de intercâmbio no sistema. Se não houver uma fonte
de reserva, o TLMWBKUP é ajustado para zero para desviar os dois primeiros processos. Nesse
caso, os valores MW medidos por telemetria são armazenados diretamente no TLACT pelo Sub-
sistema de Aquisição de Dados (especificamente pelo programa Processador de Dados Brutos (RDP)
do CONPS). MVARBKUP é usado para a fonte Mvar. Para cada linha de intercâmbio I individual, o bit
MWBU (bit-3) do TLIF (I) é ajustado para 1 durante a geração dos dados base, se a fonte reserva MW
estiver disponível para essa linha de intercâmbio. Similarmente, o bit MVBU (BIT-4) do TLIF (I) é
ajustado para 1, se a fonte Mvar reserva estiver disponível para a linha I.
As funções específicas da sub-função Cálculo dos Fluxos MW da Linha de Intercâmbio são
executadas pelo seguinte:
O SRCSLCT seleciona uma fonte MW (KSS) para cada linha de intercâmbio armazenando a fonte
selecionada (1 para o principal, 2 para reserva) na tabela de fontes da linha de intercâmbio atual
(TLSRC). O VSRCSLCT seleciona uma fonte Mvar para cada linha de intercâmbio armazenando a
fonte selecionada na tabela de fontes Mvar na linha de intercâmbio (TLVSC). A seleção da fonte é
baseada nas seguintes regras:
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
É usada uma fonte especificada pelo operador desde que essa fonte não seja futura. No
caso do operador especificar uma fonte futura, a fonte alternativa é usada.
Se o operador não especificou uma fonte, a seleção é feita na fonte com o menor índice de
disponibilidade. A seleção retorna para a primeira fonte se os índices forem idênticos.
Uma vez que uma fonte é selecionada, o TLCALC copia a fonte MW selecionada para a tabela de
fluxo MW de intercâmbio ativa (TLACT, TLMVAR), como segue:
Para a linha de intercâmbio I:
Para MW:
TLACT(I) = TLACT1(I), se a principal (KSS=1) for selecionada
= TLACT2(I), se a reserva (KSS=2) for selecionada
Para Mvar:
TLMVAR(I) = TLMVAR1(I), se a principal (KSV=1) for selecionada
= TLMVAR2(I), se a reserva (KSV=2) for selecionada
Onde:
O status de qualidade associado é copiado nas tabelas dos flags adequados (TLACTF para MW,
TLMVARF para Mvar). Essas tabelas ativas são então usadas para computar o intercâmbio líquido
real.
Nota: Apenas os bits selecionados são copiados para essas tabelas de flags (os bits pertencentes
ao CONPS).
Essa sub-função calcula o intercâmbio real líquido necessário para o CAG calcular o ECA. TLINES
soma o fluxo MW armazenado na tabela de fluxo de intercâmbio ativo (TLACT), se a linha de
intercâmbio sendo processada estiver sob controle do CAG. Se a linha não estiver sob controle do
CAG (conforme indicado pelo bit de controle do CAG na tabela TLIF), ele é desviado. A soma
resultante é armazenada, em MW. A soma é então ajustada para uma tendência de intercâmbio
líquido introduzido pelo operador (ACTBIAS), que pode ser usado para contabilizar o erro de
calibração do medidor. O resultado final é armazenado em ANISUM, e é passado para o CAG para
calcular o ECA.
Um teste é feito para determinar a validade do valor de MW da linha de intercâmbio. Um valor
introduzido manualmente é considerado como sendo válido (o qual pode ser sobrecarregado através
da tela da Supervisão de Intercâmbios – 1). O flag de validade do sinal de realimentação do
intercâmbio real (TERST) é ajustado de acordo com as seguintes regras:
= 0 quando todos os valores MW da linha de intercâmbio são válidos.
= 1 quando há um erro MW instantâneo na linha de intercâmbio (a saída de
controle do CAG será suspensa)
= 2 quando há um erro MW prolongado na linha de intercâmbio (AGC será
desligado)
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Essa flag é passada ao CAG para indicar a validade do intercâmbio real líquido (ANISUM).
Essa sub-função calcula o intercâmbio real líquido programado a partir das seguintes informações
passadas a partir dos programas de Programação da Transação de Intercâmbio (ITS):
Destino programado, em MW (SNIN)
Durante cada ciclo, para determinar o intercâmbio liquido programado atual, o SCAG ascende o
intercâmbio programado corrente, gradativamente na direção de seu destino nas taxas de rampa
especificadas.
O programa de intercâmbio líquido atual é calculado como a soma do menor entre DIF e
MNDSNI, e o intercâmbio líquido programado do sistema no último ciclo, ou
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
O INADVP calcula o intercâmbio involuntário como a diferença entre o intercâmbio líquido real
(ANISUM) e o intercâmbio programado líquido do sistema (INTSKD). Esse valor é integrado,
empregando a regra trapezoidal, resultando num valor de intercâmbio involuntário em MWH.
O incremento de energia MWH é somado, em bases de pico e fora-do-pico , à uma conta
acumulativa (INADV), e a uma conta horária. Ao detectar uma nova hora, o módulo Monitor de
Performance CAG (AGCP) salva esse intercâmbio involuntário por hora (INAHR) e o zera para uma
nova hora.
A partida (PKSRT) e a parada (PKSTP) do pico são definidos durante o tempo de geração dos
dados base. Juntos, eles definem o horário de pico. Qualquer coisa fora desse período é considerada
fora do pico, o que inclui domingos e feriados. O status do feriado é mantido pelo programa
Calendário (CAL).
Se a lógica de devolução do intercâmbio involuntário for ativada, (INADVP) compensa o
intercâmbio líquido programado do sistema para efetuar uma devolução automática do intercâmbio
involuntário. A compensação introduzida pelo operador, em MVH/HR, é adicionada ao intercâmbio
líquido programado do sistema previamente calculado (INTSKD) para produzir o intercâmbio líquido
programado real atual (SKDINT). O intercâmbio líquido programado real atual é o valor do
intercâmbio programado que o CAG usa para calcular o erro de intercâmbio.
Uma restrição é imposta na aplicação da devolução do intercâmbio involuntário, para evitar a
criação de mais erro de tempo e energia involuntária. A devolução é apenas permitida quando os
sinais de energia involuntária (INADV) e o erro de tempo (TIMERR) são idênticos. E ainda, a
devolução real (PBSKD) é limitada à taxa de devolução introduzida pelo operador (PB). Em outras
palavras, se INADV e TIMERR são do mesmo sinal, então:
PBSKD = PB * sign(TIMERR)
Caso contrário
PBSKD = 0,0
Esta sub-função seleciona entre as medidas primária ou secundária do gerador. Os resultados são
armazenados na tabela GNACT. Esse processo é similar àquele usado no processamento da linha de
intercâmbio MW/Mvar
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Um contador (NZCOUNT) é incrementado toda vez que for verificado indicar que a unidade está
operando em uma zona não recomendada. A contagem é então comparada com o tempo máximo
que a unidade é deixada operar em tal zona. Uma mensagem de alarme é construída para informar
ao operador da ocorrência de tais incidentes.
Os parâmetros a seguir devem ser introduzidos pelo operador através da tela Revisão de Geração
da Usina (PGR):
O tempo máximo que uma unidade é deixada operar em uma zona não recomendada, em
minutos (MAXTINZ)
A data final (em dia/mês/ano) para a qual o tempo máximo permitido é valido.
O NZMONIT calcula o tempo acumulado (em minutos) que a unidade tenha estado operando em
uma zona não recomendada desde a data de partida (ATINZ).
O NZMONIT também calcula a razão para o tempo remanescente que a unidade pode ser deixada
operar em uma zona não recomendada por dia para dar saída para o PGR.
NZMEDIA = ( MAXTINZ - ATINZ ) / ( data final - hoje )
Quando uma unidade é colocada em uma rampa forçada, uma mensagem é emitida para
informar ao operador.
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Esta sub-função é um módulo de alta velocidade do AGCP, e é executado como uma sub-rotina
após o CAG terminar seus cálculos. Refira-se à documentação do programa Monitor de Performance
do AGCP (AGCP) para detalhes.
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Essa sub-função assegura que o modo de controle dos geradores seja compatível com o status da
unidade. Primeiro, as unidades in/out do status de serviço (conforme produzidos pelos programas do
Processador de Status do Sistema (SSP)) são verificadas. Se uma unidade estiver fora de serviço,
seu status de unidade é ajustado para RDY, se não for sobrecarregado. Se uma unidade está em
serviço, seu modo de controle é ajustado conforme descrito abaixo. A tabela a seguir mapeia as
relações entre as duas:
Status da Unidade Modo de Controle CAG Permitido
On Line (ONL) Off-AGC (OFF)
Manual (MAN)
Regulação (REG)
Ascensão (RMP)
Pronto (RDY) Off-AGC (OFF)
Indisponível (UAV) Off-AGC (OFF)
Síncrono Off-AGC (OFF)
Condensador (SYC) Manual (MAN)
O status da unidade é usado pelo programa de cálculo da reserva enquanto os modos de controle
são usados pelo AGC.
Como um caso especial, o processamento acima não é executado para todas as unidades não
medidas por telemetria. Todos os status e modos de controle (exceto OFF) da unidade acima podem
ser introduzidos via PGR. A compatibilidade entre o status da unidade e o controle é garantida pelo
GCMPROC.
Essa sub-função é responsável por colocar uma unidade no modo de rampa conforme
programado pelo operador. Para cada ciclo, o URLSCH verifica o tempo do programa de partida da
rampa contra o tempo real. Se o tempo real passar o tempo programado, o modo da unidade é virado
para modo rampa e o objetivo da rampa é ajustado para o valor programado. O URLSCH ajusta o
tempo de partida da rampa para –1 para indicar que o programa de rampa foi implementado, e o flag
de rampa forçada é desligado (zero) para indicar que esta não é uma rampa forçada.
2.2 Interfaces
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Utilitário de troca de estado do sistema (LNSYSCHG), o qual supre o SCAG com o estado
corrente do sistema: normal; reinicializado ou inicializado.
Rotina principal do CAG (AGCMAN), a qual executa o CAG. Ela é chamada pelo SCAG
como sub-rotina. Refira-se a Especificação do Projeto Funcional do CAG para maiores
detalhes.
CONPS, o qual varre e processa os dados coletados remotamente (ex: usinas e sub-
estações). CONPS processa todos os dados de telemetria e os armazena na base de
dados do sistema para uso por outros programas.
62
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
63
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Sumário do Sistema
Supervisão de Intercâmbios
Programação de Intercâmbios
Sumário de Distúrbios
Sumário de Performance
Parâmetros do CAG
Estas permitem ao operador executar as seguintes funções, as quais afetam o SCAG (entre
outras):
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Monitorar condições gerais do sistema, tais como: freqüência e intercâmbio atual, intercâmbio
programado, estado do CAG, modo de operação e programação de intercâmbio, etc.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do primeiro
botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
65
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Monitorar condições gerais das linhas de intercâmbio do sistema, controlar a qualidade e o status
dos valores de telemetria primários, secundários e de backup.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do segundo
botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Nesta tela a coluna de medições consideradas apresenta os valores processados pelo CAG para
o cálculo do intercâmbio. As duas colunas a seguir representam o valor principal e backup dos dados
de intercâmbio vindos do campo para cada linha de intercâmbio. O valor considerado pelo CAG é
determinado automaticamente em função dos status das telemedições ou em função da
determinação do operador nos “check-box” ao lado de cada medida.
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2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Modificar a programação de intercâmbio total do sistema automaticamente segundo um
cronograma diário preenchido pelo operador.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do terceiro
botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
O formato de hora nesta tela deve ser “HH:MM” no padrão 24hs.
O formato de data nesta tela deve ser “DD/MM”, e o tempo de duração da rampa deve ser entrado
em minutos. A coluna Ciclo em dias determina por quantos dias a programação deverá se repetir.
67
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Determinar modo de operação das unidades de despacho e fornecer informações sobre o estado
operativo das mesmas. Unidade de despacho é o termo empregado para denominar tanto um
gerador de uma usina como toda uma usina operando em modo de controle conjunto.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do quarto
botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
A coluna “Est” informa o estado operativo das unidades de despacho. As colunas do item “Modo
de Operação” possuem a função informativa e operativa. Função operativa porque os radio buttons
das colunas “BLR”, “REG” e “MAN” funcionam como comando para o modo operativo das unidades,
já as colunas “OFF” e “RMP” são apenas informativas. O operador não possui controle sobre elas. A
coluna “Validade” informa sobre a validade dos valores de telemedição das unidades de despacho. A
coluna “Aum/Dim” apresenta por um breve período de tempo a informação sobre o despacho de
potência para as unidades.
68
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Prover o CAG com informações sobre as unidades operando em controle conjunto nas usinas e
funcionar como memória de condição operativa para estas mesmas máquinas devido a falta de
monitoração automática.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do quinto
botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
69
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Apresentação das condições operativas das unidades de geração. São apresentadas a geração
corrente, de ponto base e calculada pelo CAG. É apresentado também o modo de operação da
unidade e seu ponto operativo (estável, crescente, ou decrescente).
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através dos botões de
ordem sexta a nona, existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
As faixas vermelhas representam as regiões proibidas para operação da unidade. As faixas
amarelas representam áreas desaconselháveis para operação das unidades, elas são permitidas
operar nesta faixa somente sob condições especiais e por um breve período de tempo. As áreas
verdes representam áreas de operação mais econômica das unidades e onde elas são normalmente
mantidas pelo CAG.
70
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Tela com função de relatório dos distúrbios detectados no sistema. Conforme documentação do
CAG, o sistema relaciona aqui os distúrbios ocorridos, sua quantidade, hora de ocorrência, tempo de
duração, e tempo de recuperação.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do décimo
botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
71
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Tela com o objetivo de apresentar relatório sobre o desempenho do sistema CAG.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do décimo
primeiro botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
72
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Tela com o objetivo de permitir o controle sobre rampas de despacho de potência em unidades
geradoras e também seu modo de operação.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do décimo
segundo botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
73
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
OBJETIVO:
Tela onde se é feito os ajustes nos parâmetros do CAG. Nesta tela são apresentados os mais
importantes parâmetros do CAG, para consulta e ajustes. Ela está disponível ao nível do operador,
porém sua alteração deve ser feita com critérios visto que o desempenho do CAG depende do correto
ajuste destes parâmetros.
PROCEDIMENTO:
Acesso a esta tela pode ser feito através da tela índice do sistema CAG, ou através do décimo
terceiro botão de atalho existente no topo da tela, logo abaixo dos botões da barra de menu.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Parâmetros Apresentados:
Cálculo do ECA:
NIDEVM – Valor máximo para o desvio do intercâmbio líquido antes do desligamento do
CAG (MW);
FREQMX – Valor máximo para o desvio de freqüência antes do desligamento do CAG (Hz);
KLAG – Fator de atraso para o desvio do intercâmbio líquido quando o ECA é calculado no
modo TLB: KLAG = 1 – exp(-AGCT/TLAG);
ACEWRN – Nível para o qual mensagens de alerta são enviadas para o operador (MW);
Parâmetros EACC:
REFREQ – Freqüência de referência do sistema (Hz);
CNSFAC – Fator no cálculo de MCGAIN quando o ECA está retornando para zero;
74
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
CYCLD – Magnitude de carga cíclica necessária para forçar troca de EACC para ajustes de
nível alto de ruído;
Tempo Prog.:
AGCT – Número de segundos entre ciclos do CAG;
DBCTMX – Tempo máximo fora de banda morta antes de ser ligada flag GNDBF da
unidade;
CYCLPD – Período de carga cíclica que deve ser detectado para trocar ajuste de EACC
para alto nível de ruído;
CMTRIP – Número de trocas cíclicas de níveis ruins necessários para confirmar a presença
de carga cíclica;
75
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
Parâmetro Misc.
FFGAIN – Valor limite do MCGAIN para descartar FFMW;
TOLDB – Tolerância de banda morta antes de alarmar unidade próxima de seu limite;
KR – Em modo de controle BLR este fator atua no retorno da unidade para o ponto base;
CTRLMN – Valor mínimo de CONTRL o qual irá resultar em saídas de pulsos de controle;
TOLRL – Banda morta em MW. Se a soma dos limites de regulação máximos e mínimos
troca sucessivamente entre ciclos do CAG, mais de TOLRL, então o programa SPC será
chamado;
Para informações sobre os parâmetros das tabelas de ajuste do EACC, favor consultar o item
1.2.4 (Cálculo do Controle Adaptativo de Erro) do documento Controle Automático de Geração –
Especificação do Projeto Funcional.
Ajustes do EACC:
TIMOCR – Tempo médio entre cruzamentos por zero do ECA (segundos);
ALPHAX – Tempo médio entre cruzamentos por zero do ECA dividido por AGCT
(segundos);
SIGMA – Desvio padrão do ECA, o qual pode ser aproximado pelo valor pico a pico do ECA
dividido por 8;
Mast. Cont.
INGAN – Fator de ganho integral;
76
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
ASTGAN – Valor do MCGAIN quando o CAG está em controle por emergência assistida;
Flags:
EACON – Quando ligada, será executada EACC;
CYCFLG – Quando ligada, indica que o ajuste do EACC para alto ruído randômico está em
efeito;
TRIPFM – Quando ligada, desliga o CAG quando o desvio de freqüência for grande;
TRIPNM – Quando ligada, desliga o CAG quando o desvio de intercâmbio for grande;
77
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
A seguir são apresentadas todas as mensagens que podem ser emitidas pelo sistema CAG.
(msgerr, "Unidade %s colocada em manual. Nao responde controle.",B.uge[i].id) ADV
(msgerr, "CAG desativado com causa %d", sig) URG
(msgerr, "Controle Automatico de Geracao encerrado com causa %d.",sig) URG
(msgerr, "Ativado com ciclo de %.1f segundos em modo %s", B.C.cag[0].agct, mod_cag) LOG
(msgerr, "Controle de %.1f MW (%.1f) em %d geradores (%d) e %d pontos de intercambio", LOG
(msgerr, "Detectado atraso de %d segundos na execucao do ciclo", atrs) LOG
(msgerr, "Rejeitados lim. regulacao de %s - Inf. %.1f maior que sup. %.1f", LOG
(msgerr, "Rejeitados lim. regulacao de %s - %.1f ou %.1f em nenhuma zona", LOG
(msgerr, "Rejeitados lim. regulacao de %s - %.1f e %.1f cruzam %d zonas proibidas", LOG
(msgerr, "Limites de reg. de %s - %.1f e %.1f cruzam %d zonas nao recomendadas", LOG
(msgerr, "Rejeitados limites otimos de %s", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "Ponto base %.1f de %s em modo manual esta fora dos limites %.1f e %.1f", LOG
(msgerr, "Ponto base %.1f de %s em modo de reg. esta fora dos limites %.1f e %.1f", LOG
(msgerr, "Geracao requerida de %.1f excede o limite de regulacao superior %.1f", t2, t3) ADV
(msgerr, "Geracao requerida de %.1f menor que o limite de regulacao inferior %.1f", t2, t1) ADV
(msgerr, "TRIP - Solicitacao de logica externa") URG
(msgerr, "TRIP - Todas as medicoes de frequencia e desvios (F&T) estao invalidas") URG
(msgerr, "TRIP - Excesso de ciclos de CAG (%d) em estado de ruido", B.T.tcg[0].cmtrip) URG
(msgerr, "TRIP - Desvio de frequencia excedeu %.2f Hz", B.T.eca[0].freqmx) URG
(msgerr, "TRIP - Desvio de intercambio excedeu %.1f MW", B.T.eca[0].nidevm) URG
(msgerr, "TRIP - Medida(s) de intercambio persiste(m) invalida(s) a %d ciclos", B.C.cag[0].terstmx) URG
(msgerr, "Controle inibido neste ciclo por medida(s) de intercambio temp. invalida(s)") LOG
(msgerr, "ECA de %.1f MW excedeu limite de seguranca %.1f MW", B.D.cag[0].ace, B.T.eca[0].acewrn) LOG
(msgerr, "Emergencia assistida. ECA de %.1f MW excedeu %.1f MW", B.D.cag[0].ace, B.T.eca[0].aceast) URG
(msgerr, "Normalizada condicao de emergencia assistida com ECA de %.1f MW", B.D.cag[0].ace) LOG
(msgerr, "Entrada manual de fatores de participacao excedeu 100 por cento") LOG
(msgerr, "Rampa concluida na unidade geradora %s", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "Unidade geradora %s nao respondendo aos estimulos de controle", B.uge[i].id) ADV
(msgerr, "Erro nos limites otimos ou de regulacao da unidade geradora %s", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "Unidade geradora %s ficou off-line por geracao muito baixa", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "Unidade geradora %s ficou em modo manual", B.uge[i].id) URG
(msgerr, "Unidade %s em manual. Desvio de stpt de %.1f maior que %.1f", LOG
(msgerr, "%s em debug. Integracao de stpt forcada. Desvio de %.1f maior que %.1f", LOG
(msgerr, "Desvio alto de %.1f para stpt em %s maior que %.1f", f_a(x), B.uge[i].id, w) LOG
(msgerr, "Eliminacao de %d disturbios com a passagem do ECA por zero", L.distno) LOG
(msgerr, "Detectado um disturbio - ECA de %.1f MW maior que %.1f variou mais que %.1f", LOG
(msgerr, "Ignorado disturbio por ja' existirem %d disturirbos em registro", L.distno) LOG
(msgerr, "Ocorreu uma violacao A2 - Media 10 min do ECA maior que %.2f", B.T.eca[0].lsubd) LOG
(msgerr, "Ocorreu uma violacao A3 - Media do delta de freq por min maior que %.2f", K_MXDFREQ) LOG
(msgerr, "Restart do processo - Dados do GCOI podem estar incorretos") INFO
(msgerr, "Ocorreu uma violacao A1 - ECA a 10 minutos sem zerar") LOG
(msgerr, "Fonte de frequencia ficou valida") LOG
(msgerr, "Fonte de frequencia mudou para medida %s %s", tp_lr, idn) ADV
(msgerr, "Fonte de desvio de tempo mudou para medida %s %s", tp_lr, idn) LOG
(msgerr, "Detectada indisponibilidade de medida de desvio de tempo") LOG
(msgerr, "Medicao MW do intercambio %s restaurou com fonte %s.", B.C.pmi[i].id, tm1) LOG
(msgerr, "Medicao MW do intercambio %s passou para %s. Falhou %s", B.C.pmi[i].id, tm1, tm2) LOG
(msgerr, "Medicao MW do intercambio %s nao esta disponivel. Falhou %s", B.C.pmi[i].id, tm1) ADV
(msgerr, "Nao foi possivel interpretar ocorrencia no MW do intercambio %s", B.C.pmi[i].id) LOG
(msgerr, "Medicao MVar do intercambio %s restaurou com fonte %s.", B.C.pmi[i].id, tm1) LOG
(msgerr, "Medicao MVar do intercambio %s passou para %s. Falhou %s", B.C.pmi[i].id, tm1, tm2) LOG
78
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
(msgerr, "Medicao MVar do intercambio %s nao esta disponivel. Falhou %s", B.C.pmi[i].id, tm1) LOG
(msgerr, "Nao foi possivel interpretar ocorrencia no MVar do intercambio %s", B.C.pmi[i].id) LOG
(msgerr, "Fim da rampa de intercambio com destino em %.1f MW", dest) INFO
(msgerr, "Inicio da rampa de intercambio de %.1f minutos com destino em %.1f MW", tm, dest) INFO
(msgerr, "Medicao MW do gerador %s restaurou com fonte %s %s regulacao.", B.uge[i].id, tm1, cond) LOG
(msgerr, "Medicao MW do gerador %s passou para %s. Falhou %s", B.uge[i].id, tm1, tm2) INFO
(msgerr, "Medicao MW do gerador %s nao esta disponivel. Falhou %s", B.uge[i].id, tm1) ADV
(msgerr, "Gerador %s passado para o estado manual", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "Nao foi possivel interpretar ocorrencia no MW do gerador %s", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "%s excedeu limite de %.1f minutos em zona nao recomendada", B.uge[i].id, t) LOG
(msgerr, "%s em modo de controle RMP por estar fora dos limites de regulacao", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "%s esta operando fora dos limites de regulacao", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "%s colocado em estado RDY e modo de controle OFF", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "%s colocado em estado SYC e modo de controle MAN", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "%s em estado SYC colocado em modo de controle MAN", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "%s em regulacao de velocidade colocado em modo de controle MAN", B.uge[i].id) LOG
(msgerr, "Unidade %s em rampa manual de %.1f MW/min com destino de %.1f MW", LOG
79
2 PROGRAMA SUPERVISOR DO CAG (SCAG)
80
Capítulo
3
3 Programa de Cálculo do Ponto de
Ajuste (SPC)
3.1 Descrição Funcional
O Cálculo do Ponto de Ajuste (SPC) é parte do Sub-sistema de Controle da Geração (GCS). O SPC
fornece ao programa Controle Automático de Geração (CAG) com um ajuste consistente de
regulação e limites ótimos com base na regulação e no limite ótimo introduzidos pelo operador. Sob
condições normais, o CAG controla uma unidade dentro da combinação mais restritiva de regulação e
limite ótimo. Sob condições de emergência, o CAG ignora os limites ótimos e o controle baseado
apenas nos limites de regulação.
O SPC calcula os pontos base para unidades on-line (MAN, BLR, REG, RMP), mas aceita os pontos
base introduzidos pelo operador. Se um desses pontos base está fora dos limites de regulação, o
SPC emite um alarme para o operador. O CAG controla a unidade na direção daquele ponto base até
que um limite ótimo (quando no estado normal) ou de regulação (quando no estado de emergência
assistida) seja alcançado. A unidade permanece naquele limite enquanto o ponto base permanece
fora da faixa de regulação. Enquanto no modo RMP, é permitido a uma unidade transgredir o limite
de regulação.
O SPC calcula um ajuste normalizado dos fatores de participação para aquelas unidades em controle
(REG, BLR) que tenham pontos base calculados pelo SPC. O CAG usa esse grupo de fatores em
conjunção com os fatores de participação introduzidos pelo operador para calcular um terceiro
conjunto de fatores normalizados como segue:
Os fatores introduzidos pelo operador são tomados como estão a menos que sua soma seja
maior que 100%. Se for esse o caso, eles são normalizados para 100%.
81
3 PROGRAMA DE CÁLCULO DO PONTO DE AJUSTE (SPC)
Desativação do sistema
Mudança na geração total maior que uma quantidade pré-determinada desde a última
execução do SPC
O programa de display de vídeo (VDS) chama o SPC se quaisquer limites de regulação ou limite
ótimo tiverem sido mudados através do programa Revisão de Geração da Usina (PGR).
O SPC verifica os limites de regulação introduzidos pelo operador, e atualiza os limites de
regulação do CAG se eles forem descobertos como sendo válidos. Se os limites de regulação
introduzidos pelo operador transpõem ou estão dentro de uma região de operação proibida (PO), os
limites são rejeitados e os velhos limites são retidos. Os limites que transpõem ou estão dentro de
uma região não recomendada (NR) são aceitos, mas uma mensagem de advertência é emitida para o
operador. O SPC também verifica os pontos base introduzidos pelo operador e se forem descobertos
como fora dos limites de regulação, uma mensagem de advertência é emitida para o operador. O
SPC também verifica os limites ótimos introduzidos pelo operador.
82
3 PROGRAMA DE CÁLCULO DO PONTO DE AJUSTE (SPC)
Nota: mesmo que o SPC deixe um ponto base introduzido pelo operador fora dos limites
de regulação, o CAG apenas permite que uma unidade opere fora dos limites de
regulação se ela estiver no modo RAMPA ou MANUAL.
Participação - O SPC calcula os fatores de participação para uso pelo CAG. Os
fatores de participação são calculados para aquelas unidades que
atendem as seguintes condições:
A unidade está em controle
O SPC requer que a faixa de operação total para cada unidade seja dividida em um máximo de
oito regiões. Cada região deve ser especificada como Operação Normal (NO), ou Não Recomendada
(NR), ou Operação Proibida (PO). Existem duas tabelas para cada gerador definindo as regiões que
existem para aquela unidade. A primeira tabela (RUPLIM) armazena o limite superior MW de cada
região. A segunda tabela (RTYPE) define o tipo de região:
83
3 PROGRAMA DE CÁLCULO DO PONTO DE AJUSTE (SPC)
RTYPE = 1 - Região N. O.
RTYPE = 2 - Região N. R.
RTYPE = 3 - Região P. O.
Um exemplo dessas tabelas é mostrado na Figura 3 - 1. O SPC supõe que toda a região de 0 até
RUPLIM(1) é do tipo RTYPE(1). A região de RUPLIM(1) até RUPLIM(2) é considerada como sendo
do tipo RTYPE(2). Cada região é definida de modo único desta forma. A região final deve ter a saída
nominal máxima da unidade como seu limite superior. Qualquer faixa remanescente na tabela
RUPILM contém esse limite superior.
Para um gerador com as seguintes regiões de operação:
84
3 PROGRAMA DE CÁLCULO DO PONTO DE AJUSTE (SPC)
O SPC faz um loop através da tabela RUPLIM para cada gerador e determina em qual(is)
região(ões) estão os limites de regulação superior e inferior introduzidos pelo operador. Se essa(s)
região(ões) for do tipo 1 (NO) e não transpõe(m) uma região NR ou PO, eles são aceitos e passados
para o CAG. Se o limite está em uma região tipo 2 (NR) ou se eles transpõem uma região tipo 2, os
limites são aceitos e uma mensagem de advertência é emitida para o operador. Se ou o limite está
em uma região tipo 3 (PO) ou os limites transpõem uma região PO, eles são rejeitados. Os limites
antigos são então retidos, e uma mensagem de advertência é emitida para o operador.
O SPC calcula então os limites ótimos para aquelas unidades que não tenham limites ótimos
introduzidos pelo operador. , como segue:
GNHEL = GNHRG - HRBD * GNRMX
GNLEL = GNLRG - LRBD * GNRMX
Para limites ótimos introduzidos pelo operador, eles são verificados quanto a compatibilidade.
Uma mensagem é emitida e os limites introduzidos são rejeitados quando o limite ótimo inferior
introduzido for maior que o limite ótimo superior, ou quando o limite ótimo superior introduzido
exceder o limite de regulação superior, ou o limite inferior introduzido é menor que o limite de
regulação.
Um ponto base é calculado para essas unidades sem um ponto base introduzido pelo operador,
como segue:
GNDES = GNACT
Isto é ajustado mais tarde de forma que o total de todos os pontos base das unidades estejam tão
próximos quanto possível da saída real de todas as unidades. Cada ponto base da unidade refletirá a
carga real do sistema.
Se o ponto base é introduzido, o SPC verifica se ele está dentro dos limites reguladores. Se não,
ele adverte ao operador. Note que se a unidade estiver em REG ou BLR, mesmo se a geração
desejada estiver fora da região ótima, o CAG moverá apenas a unidade na direção daquele ponto até
o limite ótimo ou de regulação (qualquer um que seja mais restritivo).
Uma mensagem é emitida quando o soma da geração real excede a soma dos limites ótimo
superiores. Similarmente uma mensagem é emitida quando a soma da geração real for menor que a
soma dos limites ótimos inferiores.
O SPC calcula o fator de participação para aquelas unidades que estão no controle automático,
têm um ponto base calculado pelo SPC, e uma faixa de controle adequada (GNHEL – GNLEL maior
que um valor mínimo). Todas as outras unidades são consignadas um fator de zero.
GNRHO = (GNHEL - GNLEL) / RNG
Onde:
RNG = soma de (GNHEL – GNLEL) para aquelas unidades que atenderam as requisições acima.
85
3 PROGRAMA DE CÁLCULO DO PONTO DE AJUSTE (SPC)
Esta sub-função supervisiona a execução de outras sub-funções do SPC pela execução do que
segue:
Lê os percentuais da banda de regulação superior e inferior
Requer uma verificação sobre a geração total dentro dos limites [SUMCHK]
Esta sub-função executa o seguinte para cada unidade em controle (CTLFLG > 1):
Requisita processamento de limites [PROCLIM] para todas as unidades com um limite de
regulação trocado desde a última execução
86
3 PROGRAMA DE CÁLCULO DO PONTO DE AJUSTE (SPC)
Calcula os Limites Ótimos para aquelas unidades sem os Limites Ótimos introduzidos
Verifica se todos os Limites Ótimos estão dentro dos Limites de Regulação. Se não, ele
ajusta o Limite Ótimo para o Limite de Regulação, ou retém o Limite Ótimo original, e envia
uma mensagem.
Esta sub-função calcula a faixa ótima (GNHEL-GNLEL) para unidades com pontos base não
excedidos, e adiciona esse valor ao acumulador Total do Sistema.
Se a unidade está em MANUAL (CTLFLG = 1), o ponto base é ajustado para geração real
(GNDES = GNACT)
Se a unidade estiver ON-CONTROL (CTLFLG > 1) e o ponto base não for excedido, o ponto
base é ajustado igual à geração real, conforme limitado pelos Limites de Regulação. Se
descoberto fora dos Limites de Regulação, os valores antigos são mantidos.
− Envia uma mensagem de advertência se o ponto base estiver fora dos Limites de
Regulação
Requisita o cálculo dos Fatores de Participação [PARTFAC] apenas para as unidades ON-
CONTROL.
87
3 PROGRAMA DE CÁLCULO DO PONTO DE AJUSTE (SPC)
Para todas as unidades ON-CONTROL e com ponto base não excedido, essa sub-função calcula
o fator de participação. Para unidades nos modos OFF, MAN, ou RMP, os fatores de participação são
ajustados para zero.
Essa sub-função recalcula os pontos base não excedidos da unidade com base na diferença entre
a soma dos pontos base e a soma da geração real. Esse recálculo continua até essa diferença ser
zero.
Essa sub-função verifica a geração requerida do sistema para todas as unidades em controle, e
envia mensagens se:
A geração requerida do sistema for menor que o limite inferior de regulação
Sinaliza o VDS
88
Capítulo
4
4 Programa de Sintonia do CAG (AGCTN)
4.1 Descrição Funcional
Para ambas essas tarefas, os parâmetros de sintonia podem ser classificados em nove grupos
funcionais. Ajustes para os parâmetros de sintonia são normalmente executados em apenas uns
poucos parâmetros de sintonia de cada vez de forma que o efeito de cada um possa ser visto.
O AGCTN é iniciado pelo LNSIGNAL após os programas de Display de Vídeo (VDS) detectarem
que ocorreu uma entrada no display dos Parâmetros de Sintonia do CAG (AGCTU). Na inicialização
do sistema, o programa Supervisor do CAG (SCAG) sinaliza ao AGCTN para executar.
O primeiro passo que o AGCTN realiza é determinar uma aproximação do tamanho do sistema de
potência a ser controlado, em MW. Isto é ajustado para a soma das capacidades nominais de todas
as unidades. A carga interna máxima do sistema é aproximada multiplicando-se a capacidade
nominal do sistema por um fator que represente se a região estaria importando ou exportando força
89
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
no seu pico de carga. Esses fatores são usados por todo programa sempre que um parâmetro for
baseado no tamanho do sistema.
Esses parâmetros fornecem valores base para todos os cálculos a seguir, e são relativos a
algumas das características mais básicas do sistema de potência de concessionárias e da teoria de
controle. Eles incluem:
a. Tempo de atraso da freqüência
O AGCTN é terminado pelo LNPOLL após todos os sinais na fila terem sido processados.
Esses parâmetros fornecem dados para muitos cálculos concernentes ao Erro de Controle de
Área (ECA) do sistema. Eles incluem:
a. Bias de freqüência do sistema
Esses parâmetros fornecem dados para muitos cálculos concernentes à lógica do Controlador
Principal no CAG. Eles incluem:
a. ganho integral
90
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
e. valor máximo do contador usado para determinar se um gerador está excedendo sua
zona morta
Esses parâmetros fornecem dados para muitos cálculos concernentes à lógica de Computação do
Controle Adaptativo de Erro (EACC) no CAG. Muitos desses dados são calculados para pelo menos
dois estados sintonizáveis, que são o estado normal e o estado de ruído aleatório alto. Esses
parâmetros do EACC incluem:
a. desvio padrão do ruído no ECA
Esses parâmetros oferecem os dados necessários para a correta operação de grande parte das
lógicas de distribuição no CAG. Esses blocos do CAG determinam que unidades geradoras devem
mudar sua geração de forma a reduzir a magnitude do erro de controle. Esses parâmetros de
alocação e de time-out incluem:
a. Fator ponderado para o ECA no modo de freqüência constante
c. Fator ponderado para o ganho do EACC quando o ECA está retornando a zero
d. Fator ponderado para o ganho do EACC quando o ECA está divergindo de zero
91
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
j. Tempo entre o controle dos geradores dentro de suas zonas mortas apenas
k. Freqüência na qual a totalidade dos componentes do ECA são atualizados para valores
medidos por telemetria
Esses parâmetros são usados para direcionar a operação do CAG em relação a certas opções, e
para fornecer capacidades de sintonia para vários ganhos de controle. Esses flags e ganhos incluem
os seguintes:
a. Ganho mínimo do controlador principal para o qual será usado o ganho proporcional
e. Ganho usado para determinar a contribuição para a ação de controle necessária que
farão as unidades em modo BLR
g. Mudança percentual nos limites de regulação alta ou baixa para disparar a partida do
SPC
h. Flag para indicar se deve usar a lógica do EACC para calcular o ganho de controle
i. Flag para indicar se a lógica de determinação do estado do EACC deve ser executada
k. Flag para indicar se o CAG deve desligar no excesso do desvio líquido de intercâmbio
Alguns fatores devem ser definidos para cada gerador de forma que cada unidade possa ser
sintonizada individualmente para melhor resposta. Dois desses fatores são ganhos associados com a
92
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
rampa da unidade, e um é uma zona morta. O parâmetro final é uma função de todos os geradores.
Esses fatores de sintonia são:
a. Ganho proporcional da unidade para as rampas
O ganho do controlador principal é limitado a algum valor máximo, que representa a saturação do
controlador. Ele representa duas vezes o ganho do controlador usado quando o cálculo do Controle
Adaptável de Erro (EACC) é desligado. O MCGAMX é usado no bloco EACC do CAG, e tem um valor
padrão de 2,00.
Dois fatores de carga cíclica são fornecidos para serem usados para detecção de cargas cíclicas.
O primeiro é o valor máximo do contador do detector de carga cíclica, que é incrementado cada vez
que a carga cíclica muda seu nível de carga. O segundo é o número de mudanças de nível de carga
cíclica que confirmarão a presença de uma carga cíclica. Tanto o CNMECX quanto o CMTRIP são
usados no bloco STATE do CAG, e têm valores padrão de 5 e 3 respectivamente.
93
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
Onde:
banda proporcional = a proporcionalidade para efetuar uma mudança completa (100%) na
variável manipulada (requisição de controle do CAG).
A ação de controle proporcional, conforme usada no CAG, refere-se a um sinal de controle
proporcional à taxa de mudança do ECA. Portanto, ele parece ser um controle derivativo. Entretanto
esse sinal de controle é integrado pelo motor regulador de velocidade, resultando em controle
proporcional para o valor do ECA. O PROGAN é usado no bloco MC do CAG, e tem um valor padrão
de 0,25 (isto é, banda proporcional = 400%).
O desbalanço de freqüência do sistema representa como a geração varia com uma mudança na
freqüência. É geralmente calculado para cada região pelo grupo de potência para o qual ele pertence.
Para o CAG ele fornece uma relação entre o erro de freqüência em Hz e o erro de intercâmbio em
MW, de forma que o ECA possa ser calculado com ambos os componentes levados em conta. Esse
parâmetro é usado no bloco ACEC do CAG e tem unidades de MW /0,1 Hz. O BIAS é inicialmente
calculado como:
Um valor máximo do ECA é especificado para evitar uma ação de controle excessiva, e para evitar
o estouro de alguns dados na tela correspondente. Ele representa a saturação do CAG. O ACEMAX
é calculado como 4% do tamanho do sistema, e é usado no bloco ACEC do CAG.
Se o erro de freqüência do sistema (em Hertz) exceder um valor de piso (FREQMX), a ação de
controle do CAG será desligada. Esse valor é especificado para evitar um valor excessivo de erro de
freqüência, mas pode ser especificado mais baixo se um desligamento mais cedo do CAG for
desejado. O FREQMX é usado no bloco ECA no CAG, e é calculado como:
94
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
Esse parâmetro é usado com o flag TRIPFM (a ser discutido mais tarde). A detecção do
desligamento pelo desvio excessivo de freqüência acima será executada apenas se o flag associado
(TRIPFM) estiver ligado
Se o erro de intercâmbio do sistema (em MW) exceder um valor de piso (NIDEVM), a ação de
controle do CAG será desligada. Esse valor é especificado para evitar valores excessivos de erro de
intercâmbio, mas pode ser especificado mais baixo se um desligamento do CAG mais cedo for
desejado. O NIDEVM é usado no bloco ACEC no CAG, e é calculado como 90% do valor máximo do
ECA.
Esse parâmetro é usado com o flag TRIPNM (a ser discutido mais tarde). A detecção do
desligamento pelo desvio excessivo de intercâmbio acima será executado apenas se o flag associado
(TRIPNM) estiver ligado.
4.1.3.2.5 Valor de Piso do ECA para produzir mensagem: ECA Excedeu o Limite
de Advertência (ACEWRN)
Um valor de piso do ECA é especificado. Quando esse valor é excedido, ele produz a mensagem
“ECA excedeu o limite de advertência”. Isto pode ser ajustado em qualquer nível adequado conforme
desejado, dependendo da filosofia de operação. Em alguns casos, a advertência ao operador é
desejada bem antes de a ação de emergência assistida ser tomada. Algumas vezes a advertência
deve ser emitida apenas após a emergência assistida ter começado. O ACEWRN é usado no bloco
ACEC do CAG, e é calculado como 70% do valor máximo do ECA.
Uma emergência no CAG é detectada quando o valor do ECA excede o limite de emergência
assistida ACEAST. Quando o ECA está acima desse piso, o CAG entra no modo de emergência e
controla todos os geradores controláveis na direção que diminuirá o ECA na taxa de resposta máxima
do gerador. O ACEAST é usado no bloco ACEC do CAG, e é calculado como 50% do valor máximo
do ECA.
95
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
intercâmbio do sistema com outras regiões. De fato, o atraso na resposta da freqüência em relação à
reposta do intercâmbio pode ser aproximado por um simples atraso de primeira ordem. Esse fator é
apenas aplicado no cálculo do Erro de Controle de Área (ECA) no modo de operação de Tendência
da Linha de Intercâmbio, quando tanto o desvio de intercâmbio quanto o desvio de freqüência são
considerados. O KLAG é usado no bloco ACEC do CAG e é calculado como:
KLAG = 1,0 - EXP ( - tempo do ciclo do CAG / tempo de retardo)
= 1,0 - EXP ( -AGCT / TLAG)
Quando o cálculo do Controle Adaptativo de Erro (EACC) determina que nenhuma ação de
controle é necessária, alguma ação de controle pode ser emitida para mover os geradores de volta
para os seus pontos base. Essa ação de desativação ótima usa o ruído no ECA para facilitar esse
movimento. O ganho de controle usado é o ganho integral para a ação de desativação ótima e é
ajustado igual ao ganho integral (INGAN) conforme definido acima. O EDBG é usado no bloco MC do
AGC.
Se o ECA é tão grande que o sistema de controle é colocado no estado de emergência assistida,
os controles integral e proporcional são desligados, e a ação de controle é baseada no valor de ECA
e em um ganho de emergência. Esse ganho de emergência assistida é ajustado igual ao ganho
máximo do controlador principal (MCGAMX), e é usado no bloco MC do CAG.
Em operação normal, o ECA e a integral do ECA são passados através do EACC, que calcula a
primeira estimativa do ganho de controle. Se o EACC estiver desligado, o componente de controle
proporcional do ganho do controlador principal é ajustado igual a esse parâmetro. PRGNOF é usado
no bloco MC do CAG.
96
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
Quando o CAG detecta que a magnitude de um erro de controle do gerador excede uma zona
morta especificada, ele liga o flag e dá partida a um timer para monitorar a resposta de tal gerador.
Se o erro de controle da unidade é reduzido dentro da zona morta ou muda o sinal antes do timer
atingir um limite pré-determinado (DBCTMX), a ação de monitoração é interrompida. Se o timer muda
de sinal ou alcança seu limite antes que o erro seja suficientemente reduzido, a mudança na geração
unitária real desde que começou a monitoração é calculada. Se a geração não tiver mudado na
direção que tendeu a reduzir o erro de controle por pelo menos uma quantidade mínima, uma
mensagem de alarme é emitida. O DBCTMX é usado no bloco DBCHK do CAG e é calculado como:
O SPC executa se a mudança na geração total do sistema desde que a última execução exceda
um piso (DPGMX). O DPGMX é usado no bloco EDRTIM do CAG e é calculado como 5% do
tamanho do sistema (SUMMW), em MW.
Medições dos gráficos dos utilitários do ECA podem ser usadas para determinar (estimar) o desvio
padrão do componente de ruído do ACE. Para propósitos de sintonia, isto pode ser aproximado pelo
valor pico-a-pico do ECA dividido por 8. O valor padrão é calculado como 1% do tamanho do sistema
dividido por 8 para o estado normal, e 3 vezes aquele valor para o estado de alto ruído. O SIGMA é
usado no bloco EAGAIN do CAG (veja Figura 4 - 1).
Medições dos gráficos dos utilitários do ECA podem também ser usadas para determinar o tempo
médio entre o cruzamento zero do componente de ruído do ACE. Tipicamente, esse parâmetro
(TIM0CR) está na ordem de 20 segundos para o estado normal, e 1,2 vezes aquele valor para
estados de ruído. O CAG usa esses dados em um formato levemente diferente pela expressão do
tempo entre os cruzamentos zero em um múltiplo de ciclos do AGC. Esse parâmetro (ALPHA) é
usado no bloco EAGAIN do AGC.
97
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
A lógica EACC leva em conta o valor integral do ECA e o valor instantâneo do ECA quando
determina o ganho de controle.Para permitir a saturação do componente integral do ECA no ganho
de controle, é definida uma contribuição máxima. Esse limite (MWH1) é usado no bloco EAGAIN do
CAG, e é calculado como 20% (ou 30% se um estado de distúrbio tiver sido detectado pelo EACC) do
desvio do intercâmbio líquido necessário para desligar o CAG.
Certos parâmetros devem ser definidos para modelar o distúrbio cíclico de forma que o CAG
possa detectar quando um distúrbio cíclico (tal como um trem de laminação) é aplicado ao sistema. O
primeiro é um valor de teste que, quando excedido, indicará que a carga cíclica está “ligada”. O valor
desse parâmetro padroniza o desvio padrão do ECA nos estados de ruído. O CYCLD pode também
98
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
ser usado para detectar ruídos altos aleatórios bem como cargas cíclicas, e é usado no bloco STATE
do CAG.
Um outro parâmetro é o valor de teste para o período de distúrbio cíclico. Esse parâmetro é
também usado na detecção de ruído alto aleatório, e padroniza para 42% do tempo entre
cruzamentos por zero nos estados de ruídos. O CYCLPD é usado no bloco STATE do CAG.
O principal componente do ganho de controle é calculado pelo módulo EACC (Cálculo do Controle
Adaptativo de Erro). O EACC usa uma série de pisos e timers MW para determinar a severidade do
erro de controle como função de sua magnitude e duração. Esses pisos são referidos como
magnitudes da banda de rejeição do EACC (BAND) e são calculados como uma função do desvio
padrão do sinal de ruído dentro do ECA (veja Figura Figura 4 - 2). Uma tabela suplementar (BAND1)
é também produzida para definir a contribuição máxima da integral do ECA para o sinal de controle.
Ambas as tabelas são usadas no bloco EACC do CAG.
Os timers referidos no parágrafo anterior são chamados timers de rejeição do EACC (RETIM), e
são funções do tempo médio entre os cruzamentos por zero do sinal de ruído dentro do ECA (veja
Figura 4 - 1). Esses parâmetros são também usados no bloco EACC do CAG.
ESTADO EM REGIME
Para: α = 10 GAIN1 GAIN2 GAIN3 GAIN4
σ = 4,0 0,1 0,2 0,4 0,6
BANDA DE
BAND BAND1 RETIM 1 RETIM2 RETIM3 RETIM4
REJEIÇÃO
1 0 0 24 36 48 72
2 4 4 12 18 24 36
3 10 10 6 9 12 18
4 16 5,28 3 5 6 9
5 20 4 0 1 3 4
ESTADO DE RUÍDO
Para: α = 12 CYCLPD = 5 GAIN1 GAIN2 GAIN3 GAIN4
σ = 12 CYCL = 12
0,3 0,5 0,8 1,0
ONPCT =0,50
BANDA DE
BAND BAND1 RETIM 1 RETIM2 RETIM3 RETIM4
REJEIÇÃO
1 0 0 2 3 3 4
2 6 3 5 5 5 6
3 60 30 7 11 14 22
4 72 36 4 6 6 11
99
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
Há ganhos de controle do EACC associados com a duração do sinal de controle quando ele
excede uma dada magnitude de banda de rejeição. Esses ganhos são adicionados incrementalmente
quando um contador de rejeição é incrementado além do seu timer de rejeição. Os valores padrão
desses GAINs são ajustados como segue:
Para o estado de repouso: para 0,1, 0,2, 0,4, 0,6
Um fator de ponderação é especificado para uso quando o CAG está operando no modo de
freqüência constante. Isto permite a re-sintonia automática do controlador principal quando o modo de
controle é mudado para freqüência constante. O KFC é usado no bloco ACEC do CAG, e tem um
valor padrão de 1,0.
Um fator de ponderação é especificado para uso quando o CAG está operando no modo de
intercâmbio líquido constante. Isto permite a re-sintonia automática do controlador principal quando o
modo de controle é mudado para intercâmbio líquido constante. O FTL é usado no bloco ACEC do
CAG, e tem um valor padrão de 1,0.
100
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
Quando o ECA está retornando para zero, o ganho do controlador principal é calculado como o
ganho do EACC, multiplicado por um fator de ponderação. O valor escolhido para esse fator de
ponderação depende da observação de excessos no sistema. Isto permite um ganho reduzido do
controlador quando o sistema está reduzindo o ECA para zero, fornecendo assim um controle
agressivo na partida de um distúrbio com possibilidade reduzida de excesso na recuperação. O
CNSFAC é usado no bloco EACC do CAG, e tem um valor padrão de 0,7.
Quando o ECA está divergindo de zero, o ganho do controlador principal é calculado como o
ganho do EACC vezes um fator de ponderação. Esse parâmetro fornecido para ajustar o ganho total
calculado pelo EACC. Ele permite as mudanças de ganho sem retornar o EACC ou o controlador
principal, e pode ser usado para determinar se o retorno do EACC é necessário, ou para fornecer
ajuste para condições especiais de carga. O MCFAC é usado no bloco EACC do CAG, e tem um
valor padrão de 1,0.
4.1.3.5.6 Fator Constante para Calculo do Ganho Ótimo para a Ação de Controle
Atualizada do Despacho (EDFAC1)
O segundo termo, o fator constante, é usado para ajudar a ação de assistência gradual para
valores muito pequenos do ganho do controlador principal. O EDFAC1 é também usado no bloco
EACC do CAG, e tem um valor padrão de 0,25.
4.1.3.5.7 Valor Máximo para o Ganho Ótimo para a Ação de Controle Atualizado
do Despacho (EDUGMX)
É especificado um valor máximo para esse ganho ótimo para a ação de controle atualizado do
despacho. O EDUGMX é usado no bloco EACC do AGC, e tem o valor padrão de 2,0.
101
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
Um valor máximo é identificado para o ganho do controlador principal, acima do qual as bandas
mortas do gerador são ignoradas. Ele representa aquele valor do ganho do controlador principal para
o qual a urgência de controle pesa mais que as considerações de atividade da unidade. O GAINDB é
usado no bloco EACC do CAG, e tem um valor padrão de 0,125.
Algumas mensagens são emitidas apenas periodicamente, ao invés de a todo ciclo do CAG, de
forma a evitar produzir mensagens excessivas de informações ao operador. O tempo entre a emissão
dessas mensagens relacionadas ao CAG é expresso em ciclos do CAG. O ACECTM é usado na sub-
rotina COUNTER no bloco AGCALR do CAG, e seu valor padrão é ajustado para 10 ciclos.
4.1.3.5.10 Tempos entre o Controle dos Geradores dentro de suas Banda Mortas
Apenas (GNCTMX)
Se o ganho do controlador principal permanecer zero por um longo período de tempo (indicando
que nenhuma ação de controle é necessária),o CAG solicitará periodicamente mudanças na geração
necessária para desativar os geradores para seus pontos base. A freqüência dessa ação de
desativação econômica é especificada em ciclos do CAG. O GNCTMX é usado no bloco MC do CAG,
e tem um valor padrão ajustado para 3 ciclos.
Um tempo mínimo entre execuções (expresso em ciclos do CAG) é especificado para evitar
execuções excessivas do SPC. O TMINED é usado no bloco EDTRIM, e tem um valor padrão de 15
ciclos.
Um tempo máximo entre execuções (expresso em ciclos do CAG) é especificado para garantir que
o SPC seja executado periodicamente, mesmo se não ocorrer nenhuma mudança significativa que
102
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
requeira a execução do SPC. O TMAXED é usado no bloco EDRTIM, e tem um valor padrão de 150
ciclos.
Quando o CAG detecta que a magnitude de um erro de controle do gerador excede uma banda
morta especificada, ele ajusta os flags adequados para monitorar essa unidade, e dá partida em um
timer. Se o erro de controle da unidade é reduzido dentro da banda morta ou muda de sinal antes que
o timer atinja um limite pré-determinado, a ação de monitoração é interrompida. Se o timer atinge
103
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
esse limite antes de o erro ser suficientemente reduzido ou mudar de sinal, a mudança na geração
real da unidade desde que a monitoração começou é calculada. Se a geração não mudou na direção
que tendeu a reduzir o erro de controle por pelo menos uma quantidade mínima (especificada como
uma porcentagem da geração atual), uma mensagem de alarme é emitida. Essa porcentagem é
usada no bloco DBCHK do CAG, e tem um valor padrão de 1,00.
As unidades no modo de controle BLR contribuem para o controle apenas se outras unidades
controláveis no sistema não podem fornecer a ação de controle necessária. A ação de controle pela
qual as unidades BLR são responsáveis é feita de componentes ótimos e reguladores, similar ao
processamento nas unidades no modo REG. O KR é usado como um fator de peso para o
componente ótimo, e no bloco UPREG do CAG. Ele tem um valor padrão de 1,00.
4.1.3.6.8 Flag para Indicar se deve Usar a Lógica do EACC para Calcular o
Ganho de Controle (EACON)
A característica mais responsável pela interpretação correta do sinal ECA é o estado adaptativo do
EACC. Entretanto, esta característica pode ser desviada se desejado, ajustando-se o flag (EACON)
para 0. O flag é usado no bloco CRLAGC do CAG, e tem um valor padrão de 1.
104
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
EACC. Essa detecção determina que conjunto de sintonias do EACC estará em uso a qualquer
momento. O flag CYCLFG determina se a lógica da detecção será usada. O CYCLFG é usado no
bloco STATE do CAG, e tem um valor padrão de 0.
Quando uma unidade está no modo RMP, os controles são calculados usando-se ação integral e
proporcional. Os ganhos para cada gerador funcionam similarmente aos ganhos usados no cálculo da
ação de controle total do sistema. O ganho proporcional PRMPG é análogo ao PROGAN. O PRMPG
é usado no bloco RLCDEV do CAG, e tem um valor padrão igual ao PROGAN.
Quando a unidade está no modo RMP, os controles são calculados usando-se ação integral e
proporcional. Os ganhos para cada gerador funciona similarmente aos ganhos usados no cálculo da
ação de controle total do sistema. O ganho integral IRMPG é análogo ao INGAN. O IRMPG é usado
no bloco BLCDEV do CAG, e tem um valor padrão igual ao INGAN.
O CAG não controlará uma unidade se o erro de controle (geração real – geração desejada
atualizada) for menor que alguma zona morta (GNDB) sob condições normais. O efeito disso é que a
105
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
saída da ação de controle é minimizada para qualquer unidade. Entretanto, se o ganho do controlador
principal for alto (maior que GAINDB), o CAG necessitará que mesmo unidades dentro de sua banda
morta sejam movidas para ajudar na ação de controle do sistema. O GNDB é usado nos blocos RLC,
RLCDEV e DEVC do CAG. E tem um valor padrão igual a 1% da capacidade nominal da unidade.
Se a quantidade de ação de controle requisitada pelo CAG for menor que o menor MW
equivalente a um pulso para qualquer dos geradores, o controle será inibido para o ciclo atual, e
adicionado ao requisito de controle do ciclo que o sucede. O valor MW para um pulso de cada uma
das unidades é varrido, e o mínimo é armazenado em CTRLMN. Esse parâmetro é usado no bloco
EDU do CAG, e será ajustado para 0,00 se nenhuma unidade controlável for detectada.
106
4 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG (AGCTN)
107
Capítulo
5
5 Programa de Sintonia do CAG – Guia do
Usuário
5.1 Introdução
O Programa de Sintonia do CAG – Guia do Usuário, descreve como um analista de sistemas de
potência deve proceder para rever e modificar a resposta de um sistema de controle ao Erro de
Controle de Área (ECA) e a resposta individual de cada unidade ao seu desvio. Este guia do usuário
assume a presença e uso do sistema SAGE/OTS com a base do sistema em questão rodando
adequadamente. É importante ressaltar que para o ajuste correto do sistema CAG as máquinas
modeladas no OTS devem estar devidamente ajustadas para representar fielmente o comportamento
das máquinas reais do sistema.
O Guia do Usuário do AGCTN visa servir como uma referência geral ao analista de sistemas de
potência, e assim, cobrir a área chave de sintonia do sistema de controle. Este guia do usuário está
estruturado de forma que, seguindo-o do início ao fim irá assistir um analista na tentativa de sintonizar
um sistema CAG pela primeira vez.
O Guia do Usuário do AGCTN foi escrito para o analista de sistemas de potência que está
familiarizado com:
Teoria básica de sistemas de controle
CAG
108
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
b) Ótimo se refere à permuta entre rapidez de resposta, e a ação de controle requerida das
unidades geradoras.
A ênfase na rapidez de resposta que resulta em um controle do ECA mais apertado é maior quando
a maioria das ações de controle é fornecida por unidades hidrelétricas do que por unidades a vapor.
As principais decisões na sintonia do CAG devem ser tomadas pelo cliente, tendo em mente que o
sistema requisitará outros ajustes durante sua vida.
A sintonia do CAG é executada enquanto o sistema está operando on-line. Para assegurar ajustes
de parâmetros seguros e convenientes, a sintonia do CAG é sustentada pelo sistema para
treinamento de operadores SAGE/OTS e pelo display de Parâmetros de Sintonia do CAG (AGCTU).
Os valores padrão são fornecidos para todos os parâmetros. Os parâmetros padrão são baseados no
seguinte:
a. Tamanho das unidades individuais e tamanho do sistema
109
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
Refira-se a outra documentação de programa de Sintonia do CAG (AGCTN) para uma descrição
detalhada dos parâmetros usados na sintonia do CAG.
Antes de tentar usar a sintonia do CAG, as seguintes etapas devem ser completadas para cada
unidade geradora controlável:
1. O controlador da unidade deve ser instalado e testado em um modo local. Um teste local
completo do controlador da unidade envolverá a verificação pelo engenheiro da usina de
geração se o controlador da unidade faz interface adequadamente com o equipamento de
controle da usina de geração. Parte desses testes verificarão a taxa na qual a usina de geração
pode ser controlada, a taxa de resposta, e quaisquer ajustes necessários. O resultado desse
teste, para cada unidade de geração, deve estar disponível para executar a sintonia.
2. Um engenheiro de uma unidade de terminal remoto (RTU) deve usar um teste ajustado na RTU
para verificar que um sinal de controle para o RTU será processado adequadamente pela RTU.
O sinal de controle será enviado, pela RTU, para o controlador da unidade e dali moverá a
unidade geradora na direção adequada.
3. A etapa prévia deve ser repetida por um engenheiro de RTU trabalhando a partir do centro de
controle, usando o teste ajustado conectado às linhas de comunicação para a RTU.
110
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
As etapas a seguir devem ser tomadas antes da RTU da usina de geração ser colocada em
varredura.
1. Todas as unidades devem estar no status ‘LOCAL’
Ativa as unidades de terminal remoto através do display do Status da Varredura da RTU e verifica
os itens apresentados nas seções a seguir.
5. Introduzir o ponto base desta unidade igual ao Limite de Alta Economia (campo LIM OTM SUP).
111
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
8. Como resultado, o operador da usina deve ser capaz de detectar que a unidade está indo na
direção da geração desejada introduzida na etapa 6. Uma vez que o movimento de geração
desejada atualizada é detectado, permite à unidade mover-se por aproximadamente 10 a 20
segundos antes do desligamento do CAG.
Os itens que devem ter suas qualidades completadas e avaliadas para antes do processo de
sintonia do CAG são discutidos nessa seção. Esses itens devem ser verificados antes do início da
sintonia do CAG.
Você deve verificar a operação dos programas a seguir para garantir que eles sejam executados
corretamente em relação aos requisitos para a sintonia do CAG.
1. Sub-sistemas de processamento CONITEL (CONPS):
Os dados fornecidos e a saída do controle pelos programas SCADA devem ser verificados para os
seguintes valores associados do gerador:
a. A geração unitária real (MW) deve ser armazenada com exatidão e mostrada no
display de Revisão da Geração da Usina e em outros displays nos quais aparecem os
dados MW unitários
112
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
d. O erro de tempo deve ser calculado com precisão, armazenado e exibido na tela de
Resumo do Sistema.
Assegure-se que a versão correta, atualizada do CAG está percorrendo o sistema. Use o plano de
teste do projeto para verificar a operação correta do CAG.
4. Programas de Programação das Transações de Intercâmbio (ITS)
Assegure-se de que a versão correta de todos os programas ITS estão armazenados no sistema.
Use o plano de teste do projeto para verificar a operação correta do ITS. Assegure-se de que o ITS
faça interface corretamente com o CAG.
5. Programa Impressora de Linha TREND (LPTRN)
Assegure-se de que a versão correta do LPTRN está operacional e disponível. Isto inclui a
disponibilidade do dispositivo de saída.
6. Programa CRTTREND (CRTND)
Assegure-se de que a versão correta do CRTND está operacional e disponível. (Se o CRTND está
disponível).
7. Programa de Sintonia do CAG (AGCTN)
A capacidade de saída e entrada de dados dos seguintes displays do CRT deve ser verificada:
113
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
Assegure-se de que os botões usados pelo CAG para ativar ou desligar o controle, mudar o modo
de controle, e trocar para programação de intercâmbio manual operem corretamente.
Os dados base devem estar corretos para cada unidade. Todos os valores de dados devem ser
verificados para todas as unidades geradoras que devem ser usadas para controle.
O log. dos Parâmetros de Sintonia do CAG (AGCTU), que pode ser requisitado através da tela dos
Parâmetros de Sintonia do CAG (AGCTU), fornece os dados básicos da unidade geradora
necessários para controle automático, tais como:
1. Limites de controle da geração
2. Taxas de recuperação
3. Taxas de recuperação mínima e máxima
4. Ganhos de controle para controle individual no modo Rampa
5. Banda Morta de Controle
A sintonia do CAG deve ser programada quando um mínimo de 30% da geração real do sistema
pode operar em controle automático. Isto garantirá uma resposta razoável do sistema de potência.
Pelo menos essa quantidade mínima de geração deve estar disponível durante momentos de
mudança significativa de carga e em outros momentos quando a atividade de regulação estiver alta.
É preferível, naturalmente, que uma geração adicional seja disponibilizada.
O sistema do computador deve ter alcançado um grau de estabilidade tal que esteja disponível
para operação contínua durante o período em que a sintonia do CAG esteja sendo executada.
Quando executado, o processo de sintonia deve ter prioridade no sistema, sem nenhum trabalho
conflitante programado que afete a disponibilidade do sistema.
114
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
Uma unidade geradora é controlada no modo rampa por um loop de controle automático individual
como segue:
− O sinal de referência é a Geração Desejada Atualizada. Esse sinal é inicializado com a
saída real da unidade no momento em que o modo rampa é iniciado. Então ele transita,
de acordo com uma taxa introduzida pelo operador, da saída real para um destino igual
ao ponto base.
− O controlador usa ação proporcional e integral (PI). Isto é, a saída é determinada por
dois componentes: um componente proporcional ao erro de controle (controle
proporcional), e um componente proporcional à integral no tempo do erro de controle
(controle integral).
− O controle proporcional reage imediatamente para controlar o erro, mas não pode levar
a um erro de regime estável igual a zero. No caso de apenas o controle proporcional ser
usado, a saída da unidade é proporcional ao erro de controle, e, portanto um erro
diferente de zero é uma necessidade. Embora um alto ganho possa reduzir o erro a um
pequeno valor, ele levará a uma operação instável das unidades com atraso na
resposta do controle.
O controle integral fornece um erro de regime permanente igual a zero quando o ajuste do ponto
de operação for fixo ou submetido a mudanças em degrau. Ele fornece um erro de regime
permanente proporcional à taxa de rampa se a geração atualizada desejada (ou ponto de ajuste) é
elevada a uma taxa fixa.
O controle integral reage mais lentamente a mudanças de etapas que o controle proporcional, mas
continua agindo até que o erro alcance zero. Um ganho maior pode aumentar a velocidade do
processo, mas pode também levar a oscilações se as unidades tiverem atraso de respostas. A
condição resultante é chamada de sobrecarga do controle, porque o controlador se move mais
rapidamente que a resposta da unidade e no momento em que o erro for zero o controlador pode ter
115
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
se movido para muito distante (overshot). Como resultado, a saída da unidade continua a se mover,
criando um erro na direção oposta (erro de alvo) que então provoca a sobrecarga na outra direção.
Combinando-se os dois tipos de controle, é possível melhorar-se tanto o tempo de resposta
quanto o erro de regime permanente. O componente proporcional fornece uma reação imediata ao
erro de controle, enquanto o componente de controle integral fornece o erro zero para o regime
permanente. A combinação das duas ações tem uma característica de antecipação, capaz de
compensar o atraso da resposta da unidade geradora.
A saída em MW das unidades geradoras é controlada por um dos dois meios a seguir:
1. Aumentar / diminuir os pulsos de controle
2. Ponto de ajuste
4. Para unidades equipadas com controladores de velocidade que aceitem pontos de ajuste, o
valor de MW real é alterado por comandos de “pontos de ajuste” que são transmitidos como
sinais analógicos ou digitais.
Por esta razão, a saída do controlador CAG é considerada como consistindo de: comandos de
MW ou pulsos de controle.
A saída do controlador é integrada ou pelo regulador de velocidade (na abordagem
aumentar/diminuir) ou pelo acumulador de mudança de MW do bloco de saída do CAG (na
abordagem do ponto de ajuste).
Segue que uma mudança de MW requisitada pelo CAG proporcional ao erro de controle da
unidade, resulta em uma ação de controle integral em relação à saída da unidade. Por exemplo, se o
erro é constante, o controlador requisita para cada ciclo de controle a mesma mudança de MW. Isto
faz com que a unidade se eleve a uma taxa constante. A saída cessa de mudar apenas quando o
erro de controle for zero.
Segue também que uma mudança de MW requisitada pelo CAG proporcional à taxa de mudança
do erro resulta em uma ação de controle proporcional em relação à saída da unidade.
116
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
1. Começar a sintonia com valores padrão para o ganho de controle integral (IRMPG), ganho de
controle proporcional em rampa (PRMPG), e controle das bandas mortas (GNDB).
Os valores padrão são determinados pelo programa de sintonia do CAG. Eles são mostrados na
tela de Parâmetros de Sintonia do CAG (AGCTU) quando não alterados. Eles se referem a unidades
geradoras típicas, com uma resposta que pode ser aproximada por uma primeira ordem de atraso de
aproximadamente 20 segundos e pode ser controlado dentro de uma banda morta de 1% da saída
avaliada.
A constante de tempo do componente de controle integral é igual a:
TI = AGCT * COATIM / IRMPG , em segundos
Onde: AGCT é o período de execução do CAG, em segundos e COATIM é o número de ciclos do
CAG entre ações de controle.
A constante de tempo compensada pela combinação de ações de controle proporcional e integral
é igual a:
TP = PRMPG * AGCT * COATIM / IRMPG, em segundos
2. Manter a unidade em modo rampa com a taxa de rampa congelada em um valor fixo. A geração
real deve ser estável e o erro de controle de regime permanente deve ser de menos que, ou
igual a, banda morta do controle.
4. Determine os ajustes necessários, nos ganhos e na banda morta, então repita as duas etapas
anteriores até que a resposta seja satisfatória.
Cada gerador deve ter espaço para alterar, em cerca de 20% de sua capacidade nominal, em pelo
menos uma direção e ser capaz de transitar em qualquer direção. (A saída do gerador será, em
rampa, elevada, e depois rebaixada de volta, ou vice-versa)
2. Se a unidade estiver em rampa e o CAG requisitar controle na direção oposta à rampa, quando
o MCGAIN for maior que 1.1, a rampa será temporariamente interrompida. Para evitar isto,
ajuste o MCRLG para 2,0 por meio da tela de Parâmetros de Sintonia do CAG (AGCTU). Isso
assegura que a rampa obrigatória não será interrompida por um grande ganho de controle na
direção oposta.
4. Peça aos operadores da usina para ajustar a unidade que está sendo testada no modo de
controle ‘AUTO’, e todas as outras unidades no modo ‘LOCAL’.
117
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
5. Ajuste a Taxa de Rampa da unidade selecionada igual à sua taxa de recuperação sustentada.
6. Selecione uma direção na qual a unidade tenha uma faixa de controle suficiente (isto é, os
limites adequados estão suficientemente longe da geração real), e introduza o Ponto de Ajuste
Desejado pelo menos de 10 a 15% de sua geração corrente.
NOTA
O seguinte layout dos gráficos é recomendado:
a. Ajuste o GNDEV no centro com limites de tendência a –50 e +50.
b. Use o mesmo ajuste para as tendências do UPDES, GNDES, GNACT, e GNPLUS (isto é,
com um dos limites de tendência no ponto de partida da rampa e o outro no ponto de destino da
rampa).
1. Ajuste o modo de controle da unidade para RMP.
4. Deixe a unidade em controle automático até que a geração desejada atualizada (ponto de
ajuste da rampa) ascenda aproximadamente três bandas mortas (3% da saída avaliada) a partir
da posição inicial. Congele o ponto de ajuste ou pela introdução de uma Taxa de Rampa zero
ou pelo ajuste do limite adequado igual ao valor da rampa desejada congelada. A unidade é
agora forçada a permanecer no modo de controle de Rampa com um valor desejado fixo uma
vez que seu ponto de ajuste da rampa não pode se mover na direção de seu destino.
5. Analise a resposta da unidade e ajuste os ganhos e a banda morta. (Veja seção 3.1.5)
7. Após a sintonia da primeira unidade estar completa, desligue o CAG e certifique-se que a
freqüência adequada e os valores de intercâmbio líquido são introduzidos, e que o Erro de
Controle de Área é pequeno.
10. Ative o CAG. A unidade está agora sob controle do sistema CAG. Isto minimizará o efeito que o
teste das unidades remanescentes terão no Erro de Controle de Área porque enquanto uma
unidade teste está realizando uma rampa o CAG envia um sinal de alimentação, requisitando
as unidades nos modos REG ou BLR a moverem-se na direção oposta. Embora o loop do
sistema de controle não esteja ainda sintonizado, os parâmetros típicos, isto é, aqueles
fornecidos como padrão pelo programa Sintonia do CAG (AGCTN), devem garantir uma
operação estável.
118
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
11. Prossiga com a sintonia individual da próxima unidade. No fim do teste, ajuste a unidade no
modo REG. Continue o mesmo procedimento com todas as unidades controláveis.
12. Quando a sintonia dos geradores individuais estiver completa, desative o valor do MCRLG para
normal.
1. Procure a banda morta de controle adequada. Para evitar oscilações em torno do ponto base, a
banda morta (GNDB) deve ser pelo menos duas ou três vezes maior que o comprimento de
pulso mínimo (RLMIN) ou que a variação do ponto de ajuste mínimo. Essa condição não pode
ser satisfeita por algumas unidades hidrelétricas com altas taxas de recuperação quando o
período de controle do CAG for maior que 4 segundos. Uma unidade com uma taxa de
recuperação de 100% da sua saída nominal por minuto, e com um período do CAG de 4
segundos terá RLMIN igual a .95% por ciclo de controle, o que necessitaria uma sintonia muito
cuidadosa. Se essa condição não for satisfeita, é necessário ou reduzir a taxa de recuperação
do CAG (RLMAX, RLMIN, GNDEL e GNREG) por meio de um pacote de utilitários de base de
dados ou aumentar a banda morta.
2. Procure a ação de controle integral adequada. Para controlar efetivamente a saída da unidade
próxima à banda morta, é desejável ter o ganho da ação de controle maior que a razão entre o
comprimento do pulso de controle mínimo e a banda morta do controle.
PRMPG = 0,0
Se a unidade tem um atraso de resposta significativo observe a relação entre o erro de controle e
as variações de comando de pulso ou ponto de ajuste quando o erro retorna para zero. Devido à
diminuição na magnitude do erro, a ação de controle proporcional e o erro têm direções opostas.
Como resultado, os controles proporcional e integral agem em direções opostas, reduzindo e até
mesmo cancelando a saída de controle em antecipação ao retorno do erro para zero. A sintonia
adequada é alcançada quando a antecipação com a qual a saída de controle é interrompida bate com
o atraso de resposta da unidade. A saída das variações do pulso ou do ponto de ajuste cessa antes
de o erro retornar a zero, enquanto a geração real atinge o ponto base sem ação de controle
adicional, sob a influência do atraso de resposta.
Oscilações devido à falta de antecipação na supressão da saída de controle indicam que o ganho
proporcional deve ser aumentado.
119
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
Um ganho proporcional excessivo é manifestado pelo retorno lento para zero devido a muita
antecipação na supressão da saída do controle, bem como pelas variações de pulsos ou de ponto de
ajuste na direção oposta ao erro. Para um mesmo erro relativamente pequeno, há uma ação de
controle fraca ou até mesmo não há ação de controle quando o erro converge para zero, mas uma
ação adequada quando o erro é estável e não converge para zero.
5. A sintonia é usualmente mais difícil para unidades com:
Controle adaptativo.
Unidades geradoras são controladas conforme a probabilidade de que o Erro de Controle de Área
represente uma má combinação real entre carga e geração, e não apenas ruído. O CAG determina
um ganho de controle, com base nessa probabilidade, analisando o tempo em que a magnitude do
Erro de Controle de Área excede um jogo de níveis pré-determinados. É usada a seguinte estratégia:
1. Nenhuma saída de controle se o ganho for zero, isto é, o Erro de Controle de Área representa
apenas ruído.
2. Ação ótima de restabelecimento se há unidades com desvio significativo de seus pontos base
desejados durante períodos de carga de regime permanente quando o ECA consiste
principalmente de ruído. A ação de controle integral com baixo ganho é usada nesse caso.
3. Ação de controle integral se o ganho for baixo, (menos que, ou igual a MNPROP), isto é, a
probabilidade de carga real – desbalanço de geração é baixo.
4. Ação de controle proporcional e integral se o ganho for maior (maior que MNPROP), isto é, a
probabilidade de carga real – desbalanço de geração é alta.
120
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
Controle em Pró-Alimentação.
Os sinais de controle em pró-alimentação são usados para distúrbios conhecidos, especificamente
aqueles devidos à rampas de intercâmbios programados ou à rampa automática de unidades
geradoras. Uma ação adequada é emitida antes que os distúrbios se desenvolvam no erro de
controle de área.
4. Determine os ajustes requeridos nos ganhos e no desvio padrão, e então repita as etapas
anteriores até que a resposta seja satisfatória.
121
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
1. Com o CAG desligado, espere por um período sereno quando a carga do sistema está tão
constante quanto possível e o Erro de Controle de Área (ACE) tenda para vinte a sessenta
minutos conforme determinado pelo AGC.
2. Determine a excursão média do ECA (média das oscilações máximas entre a menor magnitude
negativa e a maior magnitude positiva) usando-se períodos de tendência de cinco a dez
minutos, nos quais o ECA esteja mais estável. Avalie o desvio padrão usando a seguinte
aproximação:
6. Peça aos operadores da usina para configurar todas as unidades controláveis disponíveis da
unidade para o modo AUTO.
8. Observe na tela Resumo do Sistema (SYSSM) o ECA, a faixa de controle do sistema, e taxa de
resposta.
10. Trace os gráficos para: ECA, CTLACT, RRESP, LRESP, NSYSGEN e MCGAIN.
NOTA
O seguinte layout dos gráficos de tendências é recomendado:
a. Ajuste ECA, RRESP e LRESP no centro com os seguintes limites:
Limite de tendência do ECA deve ser maior que a maior magnitude esperada do
ECA.
Use os mesmos limites gráficos para o CTLACT, RRESP e LRESP, isto é, igual à
maior magnitude do RRESP ou do LRESP. A banda definida pelos dois limites
deve cobrir aproximadamente 20% da largura do gráfico.
b. Use a mesma resolução ao traçar NSYSGEN e ECA. Isto facilita a observação da
122
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
11. Copie o gráfico da tela ou salve após cada teste, e requisite um log de Sintonia do CAG através
da tela de LOGs. Marque os valores de sintonia no gráfico.
12. Analise a resposta do sistema, ajuste os ganhos proporcional e integral, bem como os desvios
padrão de ruído, e repita o teste até a performance do controle ser satisfatória.
Procure por uma adequada rejeição de ruído pela observação da relação entre o ECA e o
ganho principal MCGAIN. Normalmente, a ausência de ação de controle por minutos é
observada durante períodos de carga serena. Uma redução do desvio padrão SIGMA
aperta o controle, enquanto o aumento de SIGMA afrouxa o controle. Um SIGMA
excessivamente grande atrasará a reação para a mudança de cargas no sistema real,
enquanto um SIGMA excessivamente pequeno levará a ações de controle desnecessárias
que podem mesmo piorar o ruído real.
A sintonia da rejeição de ruído consiste de ajustar o SIGMA até que o ganho principal tenda
a refletir uma resposta satisfatória do controlador para o ECA. Note que essa curva é
independente da ação de controle que é realmente emitida (em outras palavras, SIGMA
pode ser ajustado mesmo com o CAG desligado).
A forma do ECA nas porções do gráfico nas quais a geração do sistema se estabelece,
juntamente com a área coberta pela saída de controle, fornece informações adicionais. Um
erro de objetivo do ECA indica que muita ação de controle foi emitida em resposta ao erro
(ou que a área descrita pela saída do controle é muito grande). Uma convergência lenta do
ECA indica que foi emitida ação insuficiente (ou que a área descrita pela saída do controle
é muito pequena).
Muita ação de controle pode ser devida ou a antecipação insuficiente no término da saída
do controle, ou ganhos de controle muito altos.
123
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
A primeira situação pode ser reconhecida nas porções do gráfico onde o ECA
retorna para zero, o ganho principal é maior que MNPROP, e a saída de controle não
diminui suficientemente com o declive de convergência do ECA. A sintonia requer um
aumento no ganho proporcional PROGAN.
A segunda situação pode ser reconhecida nas porções do gráfico onde muito
controle é emitido enquanto o ECA converge para zero e o ganho principal é menor
que MNPROP. A sintonia requer a diminuição tanto do ganho integral INGAN, quanto
do ganho proporcional PROGAN.
Uma ação de controle insuficiente pode ser devida ou a um ganho de controle que é muito
baixo ou a um ganho proporcional que é excessivo.
124
5 PROGRAMA DE SINTONIA DO CAG – GUIA DO USUÁRIO
125
Capítulo
6
6 Módulo Monitor de Performance do
CAG (AGCP)
6.1 Descrição Funcional
Duas telas do AGCP estão disponíveis para mostrar um resumo dos resultados sobre um período
de dois dias (ontem e hoje).
O código do módulo de alta velocidade é incluído como parte do pacote de instalação do programa
de Controle Automático de Geração (CAG) e é executado logo após o término de cada execução do
126
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
CAG como uma sub-rotina do programa Supervisor do CAG (SCAG). O módulo de baixa velocidade é
ativado usando-se a funcionalidade LN SIGNAL/POLL na base da necessidade conforme
determinado pelo módulo de alta velocidade.
O módulo de alta velocidade (APMHISPD) é executado a cada ciclo do CAG para realizar os
seguintes cálculos sob condições normais em relação aos critérios estabelecidos pelo North
American Electric Reliability Council (NERC):
Detecção da Violação A1 do NERC: Nenhum cruzamento por zero do ECA em um período
de 10 minutos
Detecção da Violação A2 do NERC: Média de 10 minutos do ECA maior que certos pisos –
introduzidos nas telas do CAG
O registrador usado para acumular o ECA e o contador do número de amostras do ECA que
são usados para calcular as médias do ECA por 10 minutos são zerados. Um
temporizador de distúrbios é inicializado para 10 minutos.
127
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
Conforme mostrado na figura acima, a detecção de uma violação A1 é determinada com base em
um período de tempo de comprimento variável não maior que 10 minutos.
Quando RACE cruza o zero ou dentro da banda de tolerância zero (2*ZTOLER), um timer de
monitoração é desativado para 10*60/AGCT ciclos do CAG – que é equivalente a 10 minutos. Para
um sistema CAG com ciclo de dois segundos esse timer é desativado a cada 300 ciclos do CAG. O
timer é decrementado em todo ciclo em que o RACE não cruze o zero. Quando o timer atinge zero,
diz-se que ocorreu uma violação A1. O número de violações A1 é incrementado para a hora e o timer
de monitoração reiniciado para 10 minutos para o próximo período de monitoração. Entretanto, no
início de qualquer distúrbio do RACE, o timer é reiniciado para a contagem máxima de 10 minutos.
Em outras palavras, a monitoração de A1 é interrompida quando há distúrbio(s) ativo(s).
A detecção de uma violação A2 é baseada em um plano de tempo fixo de 10 minutos, isto é, 0-10
minutos após a hora, 10-20 minutos após a hora, 20-30 minutos após a hora, etc. Sob condições
normais, o RACE é acumulado sobre cada período de 10 minutos. No fim de cada período de 10
minutos, a média do RACE é calculada como o valor acumulado dividido pelo número de amostras de
RACE durante o período. Se a média de 10 minutos exceder o valor máximo permitido especificado
(LSUND, em MW), é dito ter ocorrido uma violação A2 durante o período. O monitoramento do A2 é
interrompido quando houver distúrbio(s) ativo(s).
Um distúrbio do ECA é dito ter ocorrido, conforme definido no Guia de Performance NERC,
sempre que a magnitude do RACE exceder um valor de piso (LSUBM que é igual a 3*LSUBD). Na
128
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
prática, uma vez que tenha ocorrido um distúrbio, o valor de RACE permanece acima do nível de piso
de distúrbio por um tempo, dependendo de quão rápido os geradores do sistema podem responder.
Como resultado, durante o período entre a detecção do distúrbio e a detecção da reação ao distúrbio
(o tempo quando foi detectado que a magnitude do RACE se torna menor que o valor do distúrbio),
vário distúrbios menos críticos são gravados com base na definição da NERC.
Para evitar esse problema, um piso cinco por cento acima do RACE no último ciclo é adicionado
ao critério na determinação se um “novo” distúrbio aconteceu. Entretanto, se o RACE exceder o valor
de piso (LSUBM) por não mais que cinco por cento acima do valor do último ciclo, ele é tratado como
um distúrbio persistente detectado mais cedo. Um novo distúrbio é detectado somente se a
magnitude do RACE exceder o piso e a magnitude for cinco por cento maior que o RACE no último
ciclo.
O tempo de reação de um distúrbio do RACE é definido como o tempo decorrido desde a
detecção do distúrbio até o tempo em que a magnitude do RACE é menor que o valor para o qual o
distúrbio foi detectado. O período de recuperação é definido como o tempo decorrido desde que o
distúrbio foi detectado até que o RACE cruze zero.
Uma vez que o AGCP é executado a cada execução do CAG, a resolução do tempo de detecção
do distúrbio, o período de reação e o período de recuperação dependem do tempo do ciclo do CAG
(AGCT). Esse é tipicamente de dois ou quatro segundos.
Note que o RACE calculado conforme acima é usado apenas com o propósito de monitoração de
performance segundo critérios do NERC (NERCP). O valor do RACE é normalmente diferente do
valor do ECA (exibido no display de Resumo do Sistema (SYSSM)) que é usado no controle da
geração real.
Em adição à informação acima em relação ao ECA, o AGCP também mantém dados de
intercâmbio involuntário de hora em hora. O intercâmbio involuntário de hora em hora é normalmente
calculado pelo programa Supervisor do CAG (SCAG). O intercâmbio involuntário é calculado, numa
base horária, integrando-se o erro de intercâmbio mostrado acima no cálculo do RACE. No final de
uma hora, o intercâmbio involuntário calculado pelo SCAG é copiado para uma tabela 24 horas por 2
dias pelo AGCP e a tabela horária (usada pelo SCAG) é zerada para iniciar uma nova hora.
129
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
O módulo de baixa velocidade (APMSUP) consiste de cinco sub-funções. Esse módulo processa
eventos que são passados pelo módulo de alta velocidade, e então armazena os dados resultantes
em arquivos de disco ou em mensagens de saída quando necessário. Esse módulo é ativado em
resposta ao seguinte:
Ocorreu uma inicialização do sistema
Cada vez que um módulo de alta velocidade determina que um ou mais dos eventos de baixa
velocidade acima ocorreu, ele liga o(s) bit(s) adequado(s) de informação de um flag (IND) e constrói
um pacote de ativação chamando o utilitário LNSIGNAL. Essa informação sinaliza ao supervisor de
baixa velocidade que sub-função executar. O supervisor de baixa velocidade apura através da fila do
pacote de sinais para descobrir qualquer pacote(s) de sinal construído(s) para ele. O módulo de baixa
velocidade termina automaticamente quando ele não encontrar um outro pacote de sinais para
processar.
EXEMPLO
Para executar um processamento horário, o 6º bit de IND é ligado pelo módulo de alta velocidade.
Esta informação sinaliza ao supervisor de baixa velocidade para executar a função do processador
horário (HOURMOD). O supervisor de baixa velocidade apura através da fila do pacote de sinais para
descobrir se há qualquer pacote de sinais construído para ele. O módulo de baixa velocidade termina
sua execução automaticamente quando descobre que não há mais pacotes de sinais para ele
processar.
130
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
Primeiramente o AMPHISPD verifica se o volume de dados lido pelo módulo de baixa velocidade
foi completado (testando o décimo terceiro bit (bit 13) do flag IND). Se o volume de dados lido não
131
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
tiver terminado ainda, (indicado por IND[bit 13] = 1), o módulo de alta velocidade é terminado. Isto
garante que todos os dados necessários sejam lidos.
Se não houver nenhuma leitura de volume de dados em andamento ou se a leitura de dados foi
completada, o APMHISPD calcula o tempo presente em horas, minutos e segundos e desativa o flag
(CALLSUP) usado para construir um pacote de sinais para chamar o módulo de baixa velocidade.
A próxima etapa é determinar o status atual do sistema: normal, desativado ou inicialização. Se o
sistema está normal, então APMHISPD executa os seguintes sub-módulos em seqüência para
executar várias funções de alta velocidade:
Processador 10-minutos de Alta Velocidade (a cada 10 minutos)
Processador RACE
Verificação da Reação/Recuperação
Se houve uma reinicialização do sistema, o APMHISPD liga um flag (IND[bit-12]) para solicitar ao
sistema uma mensagem de reinicialização e liga um flag (CALLSUP) para construir um pacote de
sinais para chamar o módulo de baixa velocidade. O APMHISPD executa então todo o
processamento conforme descrito acima para o estado normal.
Se houve uma inicialização do sistema, o APMHISPD desvia de todos os processamentos normais
de alta velocidade. O APMHISPD então liga um flag para emitir a mensagem de inicialização do
AGCP e requisita a execução do processamento de inicialização da sub-rotina de processamento
horário (HOURMOD) do módulo de baixa velocidade.
Esta sub-função é executada uma vez a cada dez minutos, se o sistema estiver normal ou se este
for o primeiro ciclo após uma reinicialização do sistema, para determinar se uma nova hora ocorreu
ou não. Ao descobrir uma nova hora, ele também troca os apontadores para uso no módulo horário.
Finalmente, ele copia o intercâmbio involuntário (INAHR) que ocorreu durante a última hora para uma
tabela temporária (HRII) para o processador horário (HOURMOD) e então zera o INAHR para uma
nova hora para o PRAGC.
O AGCP também verifica se um novo dia ocorreu. Se um novo dia tiver recém ocorrido, ele ajusta
o número de distúrbios para zero.
Esta sub-função não é executada se houver um erro de telemetria, conforme indicado por um flag
(ACEERR) passado pelo SCAG para erro de freqüência, erro de intercâmbio ou se ocorreu uma
inicialização do sistema.
132
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
Se não houver distúrbio ativo em progresso, esse módulo acumula o total contínuo do RACE para
o cálculo médio do ECA de dez minutos (DSUBA) e incrementa o contador de amostra do RACE
(NUMACE)
Se há algum distúrbio em progresso, o acumulador de 10 minutos do ECA (DSUBA) e o número
de amostras RACE (NUMACE) são zerados. A monitoração de A1 e A2 não é executada durante um
período de distúrbio. A média RACE real é calculada no processador de 10 minutos de baixa
velocidade. O timer para monitoração de A1 é também ajustado para a contagem máxima equivalente
a 10 minutos.
O processador RACE então compara o valor absoluto atual do RACE com o valor máximo do
último ciclo para determinar se ocorreu um novo pico de RACE.
O critério de performance A1 é monitorado pelo AGCP para todos os períodos de 10 minutos (não
correspondendo necessariamente ao período de 10 minutos do relógio). Se o RACE não cruzar zero
dentro de uma zona morta pré-definida (ZTOLER) por um período de 10 minutos, um contador de
violação é incrementado e o timer de monitoração é reiniciado para recomeçar um novo ciclo. Ao
detectar um cruzamento por zero, o timer de monitoração é reinicializado para a contagem máxima
(em ciclos do CAG correspondente a 10 minutos) por outro novo período.
Se o valor de RACE estiver fora do margem de zero, ainda poderá haver um cruzamento por zero
se o sinal do RACE tiver mudado de positivo para negativo, ou vice versa. A Figura 6 - 3 descreve
algumas possíveis situações de detecção de cruzamento por zero.
NOTA: x - representa o valor de RACE naquele instante.
133
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
134
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
135
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
Ajustar ZTIMER = 0
136
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
O tempo de reação de um distúrbio é definido como o tempo decorrido desde que o distúrbio foi
detectado até o valor RACE ter sido reduzido a um valor menor que o valor no momento que o
distúrbio foi detectado.
No cálculo do tempo de reação, um ajuste especial é executado na ocorrência da transição entre o
horário normal e o horário de verão.
O tempo de recuperação de um distúrbio é definido como o tempo decorrido uma vez que o
distúrbio tenha sido detectado até o valor RACE ser reduzido a zero dentro de certa zona morta
(ZTOLER). Novamente, a duração do tempo é ajustada adequadamente para considerar o efeito da
mudança de horário de verão.
O valor absoluto do RACE é 5 por cento maior que o RACE no último ciclo
A informação acima é armazenada nos registros da memória principal (em oposição aos registros
do disco principal) para monitoração e cálculo dos períodos de reação e recuperação.
Se o horário de verão for observado, uma tabela de flags especiais (FIRSTHR2) é usada
juntamente com a informação de tempo acima para cálculo das durações corrigidas da
reação/recuperação. A tabela de flags especiais é usada apenas uma vez por ano durante a segunda
hora dupla (23:00 – 23:59:59+) na transição do horário de verão em que o relógio é movido para trás
uma hora.
137
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
Esta sub-função determina que mensagem necessita ser emitida, constrói um formato de
mensagem adequado, e chama o utilitário LNSYSMSG para escrever a mensagem numa tela. As
mensagens a seguir são processadas por essa sub-função (com base na tabela de informação de
índice de mensagens “MSGINDX”):
Se o bit-1 do MSGINDX é ativado:
Mensagem:
“SISTEMA REINICIALIZADO – OS DADOS DO NERC DEVEM ESTAR IMPRECISOS”
Essa sub-função é executada a cada 10 minutos para processar dados relativos aos 10 minutos.
Para evitar a divisão por zero, essa sub-função verifica se o número de amostras RACE durante o
último período de 10 minutos é diferente de zero. Se houver um número válido de amostras RACE, o
ECA médio de 10 minutos é calculado dividindo-se a soma corrente da média dos 10 minutos pelo
número de amostras. O valor absoluto da média de 10 minutos (ABSDA) é então comparado com o
valor do piso médio especificado (LSUBD). Se o valor médio for maior que o valor médio do piso
(LSUBD), nós temos uma violação A2 durante o último período de 10 minutos. Portanto, a tabela do
contador de violação A2 (NUMA2V) é incrementado de um. A tabela para a soma corrente (DSUBA) e
o número de amostras RACE (NUMACE) é então retornado a zero para um novo período.
138
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
Finalmente, o flag adequado (IND[5]) é zerado para indicar que ele acabou de processar essa sub-
função. A Figura 6 - 4 ilustra o arranjo dos dados entre as memórias: principal e de registro para o
processador de 10 minutos.
Esta sub-função é executada toda vez que um distúrbio se recuperou. (Deve ser notado que todos
os distúrbios ativos se recuperam ao mesmo tempo quando o RACE cruza zero).
Basicamente, esta sub-função olha através de cada arquivo de distúrbio ativo (armazenado na
memória principal) para verificar se um distúrbio se recuperou ou não. Se o minuto de recuperação
(RECOVMIN) ou o segundo de recuperação (RECOVSEC) não é igual a zero, então aquele distúrbio
é considerado como tendo sido recuperado. A informação concernente àquele distúrbio é então
copiada para um arquivo log de distúrbios, diariamente.
O arquivo de distúrbio ativo em tempo real fornece um registro para armazenar um máximo de
DMAX (padrão = 10) de distúrbios ativos. Quaisquer distúrbios que ocorram após esse registro ativo
estar cheio são ignorados. Entretanto é emitida uma mensagem “o registro está cheio”. Em um
cruzamento por zero do RACE, todos os distúrbios ativos existentes são considerados como tendo
sido recuperados e são copiados até uma área de massa para apresentação e resumo diário. O
arquivo de distúrbios ativos, que reside na memória principal, é então zerado. Uma cópia bruta retém
um máximo de MAXD (padrão = 100) distúrbios por dia por dois dias (hoje e ontem). Figura 6 - 5
ilustra a convenção de nomes do registro usados para armazenar as informações concernentes aos
distúrbios:
139
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
O horário integral do ECA é calculado como a soma dos 6 ECA médios de 10 minutos.
Também o valor absoluto dos 6 ECA médios de 10 minutos são armazenados na hora
adequada da tabela das médias de 10 minutos AVG10ACE (6, 24, 2).
O valor absoluto máximo do DSUBA dos seis valores possíveis sobre a última hora e o valor
máximo do RACE sobre a última hora são armazenados (em MDSUBA e MAXACE
respectivamente).
O número de violações A1 e A2 para cada hora do dia (NUMA1V e NUMA2V) são somados
e armazenados (em TOTA1V e TOTA2V respectivamente). Dividindo-se os totais pelo
número de horas desde meia-noite resulta na média horária (AVGA1V e AVGA2V
respectivamente). O número máximo de violações para cada critério em qualquer hora
dada é armazenado (em MINA1V e MINA2V).
140
6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
A média absoluta do RACE 10 minutos para a melhor e pior hora são totalizadas e é
calculada a média (em DTOTAH e DAVGAH para a pior hora, e DTOTAL e DAVGAL para
a melhor hora).
Atrasar o tempo:
Horário de Verão para o Horário Padrão
O relógio se move para trás (por conseguinte, dia de 25 horas): dados para a segunda hora
terminando no tempo de transição (meia-noite) são armazenados como a 25ª hora, HRPTR = 25, (isto
é, se ocorre a transição à meia-noite, o tempo é desativado para 23:00 e o segundo da “hora dupla”
de 23:00 – 23:59 é armazenado na posição da 25ª hora).
Dados para a primeira hora terminando no tempo de transição são processados da mesma forma
como a hora normal (isto é, dados para a primeira “hora dupla” de 23:00 – 23:59 são então
armazenados na posição da 24ª hora).
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6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
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6 MÓDULO MONITOR DE PERFORMANCE DO CAG (AGCP)
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