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Luto Infantil: Orientações


para pais e responsáveis

Carla Cristina Karpem


Carolina Cristine Martins de Souza
Letícia Venturi da Silva
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falar de luto nça
C

s?
co m c ri a

Luto Infantil: Orientações para


pais e responsáveis
Catalogação na publicação
Fernanda Emanoéla Nogueira – CRB 9ª/1607
Biblioteca de Ciências Humanas – UFPR

Karpem, Carla Cristina


Como falar de luto com crianças? [recurso eletrônico] luto infantil : orientações
para pais e responsáveis. / autoria e elaboração: Carla Cristrina Karpem, Carolina
Cristine Martins de Souza, Letícia Venturi da Silva; orientação e coordenação:
Joanneliese de Lucas Freitas; assessoria editorial: Lívia Mendes Miyasato; revisão
ortográfica: Vera Aparecida de Lucas Freitas; ilustrações e diagramação: Annaluz
Emília Strijker, Heloisa Pereira Machado. – Curitiba : Universidade Federal do
Paraná. Departamento de Psicologia. Projeto de Extenção “Luto Vivências e
Possibilidades”, 2022.

Disponível em : https://plataformaintegrada.mec.gov.br/recurso/359573

1. Luto em crianças. 2. Luto – Aspectos psicológicos. 3. Terapia do luto.


I. Karpem, Carla Cristrina. II. Souza, Carolina Cristine Martins de. III. Silva, Letícia
Venturi da. IV. Freitas, Joanneliese de Lucas Freitas. V. Miyasato, Lívia Mendes.
VI. Freitas, Vera Aparecida de Lucas. VII. Strijker, Annaluz Emília. VIII. Machado,
Heloisa Pereira. IX. Título.
Autoria e elaboração
Carla Cristina Karpem
Carolina Cristine Martins de Souza
Letícia Venturi da Silva

Orientação e Coordenação
Profª. Drª. Joanneliese de Lucas Freitas

Assessoria Editorial
Lívia Mendes Miyasato

Revisão Ortográfica
Profª. Drª. Vera Aparecida de Lucas Freitas

Ilustrações e Diagramação
Annaluz Emília Strijker
Heloisa Pereira Machado

Agradecimentos especiais
Amanda Sartor
Eduarda Sedrez Schollemberg
Francisco de Souza Filho
Rosana Martins
Sandra Cristina Weller Karpem
Eunice Aparecida Celuppi Casaril
Juliana Bueno

LABORATÓRIO DE PSICOPATOLOGIA
FUNDAMENTAL UFPR
Apresentação

Esta cartilha faz parte de uma série de materiais que foram


produzidos como requisito parcial à conclusão da disciplina de
“Psicologia da Morte”, ministrada pela Profª Dra. Joanneliese de
Lucas Freitas, no curso de graduação em Psicologia da Univer-
sidade Federal do Paraná (UFPR).

Temos por objetivo orientar pais e responsáveis sobre


como lidar com crianças no que se refere ao tema da morte e
do luto, bem como ajudá-los a proceder diante de uma situação
de morte e de luto na infância.

5
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Sumário

A morte e o luto infantil: questões iniciais .7

Afinal, o que é o luto? .9

A criança se enluta? .10

A perda e a dor são fenômenos


inerentes à vida .12

Por que é importante falar de adoecimento e


morte com crianças? .12

Falar de adoecimento e morte com as crianças


é gerar sofrimento desnecessário? .13

Quem pode falar com a criança


após uma perda? .14

Quando falar com a criança? .15

Como falar sobre morte com crianças? .18

Rituais de despedida .21

Como saber se a criança precisa de ajuda


profissional? .23

Referências .25

6
A morte e o luto infantil:
questões iniciais

A morte é um tema tabu em nossa sociedade e consequen-


temente a experiência do luto pode, em muitos momentos, ser
vivenciada sem o reconhecimento e o acolhimento que seriam
importantes para quem passa por esse tipo de perda. É comum
que ao não serem acolhidas, as pessoas que vivenciam o luto
silenciem seus sentimentos e emoções, o que pode contribuir
para dificuldades em lidar com as situações decorrentes da
morte de um ente querido.

Além disso, muitas dúvidas persistem e, quando crianças


estão envolvidas, em geral somam-se muitas outras questões.
Por exemplo, se devemos e como devemos falar com as crian-
ças sobre a morte e o luto.

Nesse contexto, esta cartilha se propõe a ajudar pais e res-


ponsáveis a refletir sobre os melhores caminhos quando estes
temas se apresentam na infância.

Esperamos que as informações apresentadas possam con-


tribuir para a construção de um novo olhar sobre estes temas e
combater seus tabus.

7
Mitos sobre o luto infantil

A criança é muito
nova e é incapaz de
compreender a morte.

A criança não vive o


luto com a mesma
intensidade que o adulto.

Se a criança não
demonstra tristeza ela
não está enlutada.

8
Afinal, o que é o luto?

Existem várias formas de entender o que é o luto, o que nos


indica que não há certo ou errado sobre como vivê-lo. O luto
é vivenciado de forma individual e diz respeito à perda signifi-
cativa de algo ou alguém. Podemos pensar que quando a perda
acontece, há o rompimento da relação com o que foi perdido e,
consequentemente, há a impossibilidade de vivenciar o com-
partilhamento do mesmo mundo, de atividades e rotinas que
antes eram partilhadas com a pessoa falecida. Nesse sentido,
o luto vai além da morte ou perda em si, pois envolve a
transformação de memórias, afetos, experiências, luga-
res e atividades que eram feitas com aquele que se per-
deu.

Como o luto se constitui como uma vivência mui-


to particular é importante pensar que vários senti-
mentos podem estar presentes. Os sentimen-
tos que aparecem após a perda podem variar
de acordo com o tipo da relação entre as
pessoas, bem como estarem relacionados
à história de vida do enlutado e o con-
texto geral da perda, como o motivo da
morte, se foi possível uma despedida,
dentre outros aspectos.

9
Sentimentos como tristeza, culpa, raiva, ansiedade, confu-
são, podem ser comuns e esperados. Entretanto, outros como
alegria e alívio, não tão esperados quando se perde alguém,
também podem estar presentes. Logo, a vivência de cada pes-
soa precisa ser considerada naquilo que é único da relação
perdida. O enlutado não deve ser julgado ou condenado por-
que cada ser humano reage de um jeito à perda.

A criança se enluta?
Sim. Os adultos tendem a olhar a
criança a partir de seu próprio ponto de
vista e, por isso, muitas vezes não com-
preendem que ela vê o mundo de for-
ma diferente. Ainda que a criança tenha
menos formas de entender aspectos da
vida e da morte, a depender da sua ida-
de e nível de desenvolvimento, ela vive
a perda na medida em que não conse-
gue mais se relacionar, tal como antes,
com este alguém que perdeu.

A criança percebe que algo mudou,


seja pela alteração em sua rotina, a au-
sência da pessoa falecida em sua vida,
pela observação de seu ambiente e das
pessoas ao seu redor, ou de outras ma-
neiras. Sua compreensão e experiên-
cia de luto é apenas variada e diferen-
te da do adulto.

10
Mitos sobre o luto infantil

Esconder sobre a morte


e situações de perda
protege a criança do
sofrimento.

Usar metáforas ajuda


na compreensão da
situação de morte pela
criança.

Não falar sobre o que


sentimos quanto à perda
impede o luto infantil de
acontecer

A criança não pode


estar presente no velório
ou outros rituais de
despedida

11
A perda e a dor são
fenômenos que fazem
parte da vida
Todos irão em algum momento da vida lidar com per-
das, luto e morte. Seja com a morte de algum ente querido, de
alguém conhecido, de um animal de estimação, ao se relacio-
nar com alguém enlutado, por meio de materiais divulgados na
mídia ou de outras formas. As crianças, portanto, entrarão em
contato com essas experiências em algum momento de suas
vidas e os responsáveis podem ajudá-las, desde pequenas, a
como lidar com as perdas.

Por que é importante falar


de adoecimento e morte
com crianças?
Ao falar sobre adoecimento e morte com a criança você a
ajuda a construir uma compreensão sobre o assunto, oferece
um apoio e passa para ela a mensagem de que é possível lidar
com os sentimentos envolvidos na perda. Caso o assunto seja
evitado, a imaginação da criança sobre o que está acontecendo
pode gerar mais sofrimento e ser mais assustadora do que a
verdade. Podem haver fantasias de culpa (“Eu desejei que meu

12
irmão morresse e isso aconteceu”) e de abandono (“Me com-
portei mal e minha mãe me abandonou”), por exemplo. Assim,
uma vez que o silêncio provoca a desproteção, é de muito
importante falar sobre a perda, a doença e a morte.

Falar de adoecimento e
morte com as crianças
é gerar sofrimento
desnecessário?
Não. A criança entende que algo está acontecendo, não
ignore ou menospreze sua capacidade de percepção. A criança
percebe o que está acontecendo ao seu redor e sente a perda
na sua vida: o luto infantil existe! É comum que adultos quei-
ram poupar a criança de sentimentos de tristeza ou sofrimen-
tos, porém, o tema da morte não deve ser evitado. Uma vez
que a percepção, os sentimentos ou a confusão da criança são
reais, esses não podem ser ignorados. Esconder a morte da
criança não vai protegê-la do sofrimento, pelo contrário,
pode intensificá-lo. Portanto, a ajude a entender seus senti-
mentos, dúvidas e interpretações sobre os fatos que também
dizem respeito a sua própria vida.

13
Quem pode falar com
a criança após uma
perda?

Em uma situação de morte, é importante que a criança re-


ceba a notícia de alguém próximo, com quem ela tem confian-
ça e uma boa relação. Dessa maneira ela terá mais condições
de se sentir amparada e protegida. É essencial que essa pessoa
esteja capaz de dar a notícia. Não tem problema chorar, porém
quem vai dar a notícia deve ter condições de explicar à criança
o que aconteceu.

Essa pessoa de confiança pode contar a verdade de ma-


neira gradual e acessível para a criança. Por exemplo, em caso
de falecimento por doença, pode-se dizer: “Lembra que a vovó
ficou doente e teve que ir pro hospital? A gente foi visitar ela
algumas vezes, você se lembra?“. Em seguida, “A vovó estava
muito doente, seu corpo não conseguiu se curar, ela morreu”.
Depois, se coloque à disposição para responder as perguntas
que a criança poderá fazer.

14
Quando falar com a
criança?

Existe um momento certo para dar a


notícia do falecimento à criança?
A informação sobre a morte de um ente querido deve ser
dada de preferência o mais rápido possível à criança, de manei-
ra direta e com linguagem simples: trate do assunto com ver-
dade e transparência!

Além disso, alguns fatores devem ser levados em conside-


ração na escolha do momento certo para comunicar a perda.
Verifique se há uma rede de apoio junto à criança naquele mo-
mento, se alguém próximo e de confiança dela pode comunicar
o ocorrido, se ela está em um ambiente com o qual está acostu-
mada e no qual se sente confortável. Por fim, evite interromper
sua rotina de sono ou alimentação para repassar a informação
sobre a perda.

Você não precisa esperar que a perda concreta aconte-


ça para falar com a criança a respeito da morte e do luto. A
demonstração de interesse por parte da criança ou a vivência
da perda por alguém próximo podem ser oportunidades in-
teressantes para abordar o tema. O importante é entender a
criança enquanto ativa e, na medida do possível, ser acolhedor
e respeitá-la em seu tempo.

15
Respeite o desenvolvimento da criança.
As crianças nem sempre possuem formas de compreen-
der a morte e a perda tal como os adultos e seu entendimento
muda conforme vão se desenvolvendo, portanto, é importante
respeitar as ferramentas que possuem e se adaptar a elas. Por
um lado, não subestimar sua capacidade de compreender o
que está acontecendo. Por outro, não apressar assuntos rela-
cionados à notícia da morte dos quais a criança se sinta distan-
te e não confiante para conversar com você.

Respeite o ritmo da criança, ela pode precisar de mais in-


formações e retornar ao assunto em diferentes momentos e de
diferentes formas. À medida que cresce, a própria criança pode
ir compreendendo e revisando algumas questões e você pode
ajudá-la nesse sentido.

Ao abordar o assunto com ela, procure observar se a crian-


ça está interessada em saber, se deseja conversar ou se de-
monstra vontade de participar dos rituais, oferecendo a ela a
possibilidade de ir à Igreja ou ao cemitério, por exemplo.

16
Respeite o tempo e as vontades da
criança.
Pergunte à criança o que ela gostaria de fazer diante de
uma situação de luto. Faça aquilo que a deixe confortável e
não a apresse para conversar sobre o assunto. Podemos falar
sobre morte, perdas, sofrimentos e tristezas com as crianças,
mas sempre respeitando sua vontade.

Pergunte à criança como ela está se


sentindo e se quer conversar sobre o
assunto.
Perguntar diretamente para a criança como ela se sente e
o que está pensando é uma ótima alternativa para saber como
ela está. As crianças, assim como os adultos, também viven-
ciam lutos e necessitam de acolhimento e cuidado. Conversar
abertamente com ela pode ajudar a entender como oferecer
suporte nas possíveis mudanças e transformações de seus
sentimentos e de seu entendimento sobre a morte ou perda.

17
Como falar sobre morte
com crianças?

Entenda como você compreende


a morte.
Para ser capaz de ajudar a criança a lidar com os sentimen-
tos dela é importante que antes você olhe para si mesmo e pro-
cure entender como você entende a morte e o luto e quais
emoções está sentindo diante da situação de perda. Reflita
se está preparado para conversar sobre o luto e oferecer
apoio a outra pessoa neste momento. Não hesite em pedir
ajuda a outras pessoas de sua confiança, caso entenda que
precisa de apoio para pensar em tudo isso, ou para enfrentar
sua situação de enlutamento junto à criança.

Não tem problema a criança experienciar o luto juntamente


com o luto de seu responsável. Deixe a criança expressar seus
sentimentos (tristeza, raiva, confusão etc.) e exponha os seus
de maneira objetiva e simples (“Me sinto triste pela morte de
seu avô”, “Estou bravo/a porque seu tio não está mais aqui para
brincar com a gente”). Assim, você ensinará à criança como
está lidando com o seu luto, o que pode servir de referência
para ela entender seus próprios recursos nesse momento.

18
Preze por uma comunicação
simples e acessível à criança.
Use uma linguagem objetiva e simples. Evite usar termos
formais como “falecimento” ou “óbito” sem explicá-los para a
criança e, caso necessário, adapte sua linguagem para falar do
assunto. Isso pode ser feito usando desenhos, livros (como O
guarda chuva do vovô, Cabine telefônica do sr. Hirota, Vazio, O
livro do adeus e Menina nina: duas razões para não chorar), mú-
sicas, como Missing You (Saudade; https://bit.ly/2UGA3fi) e até
filmes (por exemplo, Rei Leão, Bambi e Viva - A vida é uma festa).

Seja honesto, conte a verdade.

Não esconda seus sentimentos e demonstre que não


há nada de errado ou vergonhoso em experienciar diferentes
emoções diante da morte. Quando adultos escondem ou igno-
ram seus sentimentos (por exemplo, não choram na frente dos
filhos), tratando a questão com aparente indiferença, a criança
pode entender que é ruim ou vergonhoso se sentir triste, con-
fusa, aliviada, brava, ansiosa, angustiada etc. Assim como os
adultos, as crianças têm necessidade de dividir o que sen-
tem, portanto é importante reconhecer e incluir a criança no
luto familiar, afirmando seu lugar dentro da dor da família.

Além disso, deixe claro que a pessoa não vai mais voltar,
explique a causa da morte e evite metáforas ou eufemismos
(falar em viagens, que a pessoa “bateu as botas”, “está descan-
sando”, “está dormindo para sempre” ou que “Deus levou”).
Isso pode resultar em concepções confusas em relação à mor-
te e à perda. Por exemplo, a criança pode esperar pelo retorno
do falecido, ter medo de dormir ou não compreender a ideia de
finitude das coisas.

19
Ofereça um espaço seguro para
que ela possa tirar dúvidas.
Na medida do possível, converse abertamente com a crian-
ça sobre a situação e ofereça espaço para ela tirar dúvidas.
O luto e a morte podem ser um momento em que a criança vai
aprender coisas novas e você pode ser parte de sua rede de
apoio, ajudando-a em suas dificuldades, medos e inseguranças.

Manter a rotina é importante

No meio de tantas mudanças, busque manter alguns aspec-


tos da rotina da criança. Por exemplo: brincadeiras, frequentar
a escola, atividades e convivência com pessoas que ela gosta,
entre outros. Isso pode fazer com que a criança se sinta mais
segura e perceba de maneira mais ampla esse momento da sua
vida.

20
Rituais de despedida

Crianças devem ser incluídas nos


rituais de despedida?
Os rituais de despedida oferecem um espaço de compar-
tilhamento da dor e expressão coletiva dos sentimentos
relacionados à perda, o que pode ser muito importante para
auxiliar a criança na vivência do luto. Entretanto, é essencial
guiar-se pela vontade da criança em participar destes mo-
mentos. Dessa forma, elas não podem ser obrigadas nem proi-
bidas de comparecer. Antes de tomar uma decisão sobre sua
vontade de comparecer ou não, a criança precisa ser esclareci-
da em relação ao ritual, seu funcionamento e motivação.

Não participar dos rituais


de despedida não vai impedir
que ela sofra. A oportunidade
de se despedir e ter contato
com os afetos de outros podem
ajudá-la a compreender como
se sente e dar mais instrumen-
tos para vivenciar o seu luto.

21
Realize atividades que ajudem a lidar
com a perda.
Algumas tarefas podem auxiliar a criança a lidar com a
perda, por exemplo, a lembrando do que ela sentia pela pessoa
querida, ajudando-a compreender como ela está se sentindo
no momento ou a entender como viver seu próprio luto. Algu-
mas dessas atividades podem ser: fazer um desenho, escrever
uma carta, fazer uma caixa de lembranças, guardar um objeto
que represente o sentimento que tem pela pessoa perdida ou
qualquer atividade que a criança fazia com a pessoa que fale-
ceu, entre outras.

Estas atividades podem ser pensadas junto à criança e ser-


vir para renovar a ligação com a pessoa que se perdeu, na
expressão de sentimentos e como forma da criança continuar
fazendo suas atividades, que, agora, podem lembrá-la da pes-
soa querida.

22
Como saber se a criança
precisa de ajuda
profissional?
Em muitos casos, mais do que observar como a criança
está lidando com a perda, é essencial entender como as
pessoas de sua rede de apoio estão. Caso não esteja sendo
possível oferecer suporte à criança, seja tirando suas dúvidas,
estando presente em seu dia a dia, ou mesmo tendo disponibi-
lidade para acolher seus sentimentos, talvez um psicólogo pos-
sa ajudar. Este profissional auxiliará não somente a criança, mas
a família e pessoas próximas a lidar com a situação.

Observar se a criança já está tendo o suporte que necessita


junto às pessoas que confia pode ser o suficiente para tirar essa
dúvida.

Lembre-se: você não precisa


tomar essa decisão sozinho.

Não conseguir estar com a criança em todos os momentos


após a perda não é um problema e está tudo bem pedir ajuda,
seja de pessoas em que confia, seja de um profissional.

23
O luto não é algo a ser completado, com começo,
meio e fim. Lembre-se de que não há uma regra
de como viver essa situação e que cada criança a
experienciará de uma forma própria.

*O que foi discutido aqui pode servir de guia, porém deve ser adaptado
conforme a sua realidade.

24
Referências
Como contar para uma criança que alguém morreu? Disponível em: <http://va-
mosfalarsobreoluto.com.br/2017/10/09/como-contar-para-uma-crianca-que-al-
guemmorreu/#.WduPV6bzIOY.facebook>.
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br/j/estpsi/a/yhbQfWtKqLhF7g5m8pyjP4G/?format=pdf&lang=pt>
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Mazorra, Luciana. s.d. Criança e o Luto. [Entrevista concedida à Renata Millan]. Qua-
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br/index.php/kairos/article/view/10100/12634>.
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ponível em: <https://www.4estacoes.com/sobre_a_crianca_enlutada.asp>.
Tinti, S. (2009). Como falar da morte com seu filho? Revista Crescer [digital]. Dispo-
nível em: <http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI79831-15151,-
00-COMO+FALAR+DE+MORTE+COM+SEU+FILHO.html>.
Valim, L. Como falar de morte com as crianças. IG, *. Disponível: <https://de-
las.ig.com.br/filhos/seisrespostas-como-falar-de-morte-com-ascriancas/
n1237794785122.html?fbclid=IwAR3Yi8SlydoFC3RVDXLn56AS9UJYRMd2waH_
kQCWHAYIKzecp-TgQKMr>.

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