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Sistema de saúde dos EUA

INTRODUÇÃO

Os EUA são um país com 50 Estados que cobrem uma vasta faixa da América do Norte,
com o Alasca ao noroeste e o Havaí no Oceano Pacífico, estendendo a presença do país,
com uma área de 9.834.000 km². A capital é Washington, DC. Contém uma população de
331,9 milhões de habitantes, com um governo de Federação, Presidencialismo, República
constitucional, República federal. A colonização dos Estados Unidos foi realizada pelos
ingleses no que ficou conhecido como Treze Colônias. Literalmente, tratava-se de 13
colônias fundadas por ingleses e que se transformaram nos EUA. Os espanhóis chegaram
ao continente americano em 1492, e, no território dos atuais EUA, foram os primeiros
europeus a se estabelecerem."Os primeiros espanhóis chegaram à Flórida no começo do
século XVI, mas a colonização dos EUA foi realizada pelos ingleses. As primeiras tentativas
de colonização desses na América do Norte deram-se no reinado de Elizabeth I, que
permitiu que Sir Walter Raleigh iniciasse a conquista da região. Essa tentativa inicial de
ocupação fracassou, e o símbolo desse fracasso é o caso da colônia instalada na ilha de
Roanoke. Em 1590, chegou a Roanoke uma expedição inglesa, mas a colônia estabelecida
lá previamente estava deserta. Acredita-se que nativos tenham atacado-a.

No começo do século XVII, foram estabelecidas novas tentativas de ocupação, e


considera-se a fundação da colônia de Virgínia, em 1607, como o ponto de partida da
colonização inglesa. Os ingleses realizaram a concessão dos direitos de colonização e
exploração para duas empresas privadas, que rapidamente faliram.
Um marco importante para os americanos é a chegada dos peregrinos por meio de um
navio chamado Mayflower, que, de acordo com eles, trouxe os “pais fundadores”. Um dos
principais feriados dos EUA (Dia de Ação de Graças) é em celebração a esse dia realizado
pelos pais peregrinos, pela primeira vez, em Massachusetts, no ano de 1621.

1 História de Saúde dos EUA.

O debate político sobre o dever dos Estados Unidos em fornecer ou não cuidados médicos
bancados pelo governo existe desde o século XIX. Em 1854, a ativista Dorothea Dix bolou
um projeto de lei que pretendia assegurar saúde pública a todos os cidadãos. No entanto,
sua ideia foi vetada pelo então presidente Franklin Pierce. Ele argumentou que o bem-estar
social não deveria estar nas mãos do Estado. No início do século 20, o ex-presidente
americano Theodore Roosevelt tentou implementar um sistema de saúde assegurado pelo
governo para todos os cidadãos, isto é, público, mas não obteve grandes resultados. O
modelo de sistema de saúde dos EUA, pode ser caracterizado pela oferta do serviços de
saúde pirmariamente na mão do setor privado, isso significa que, as agências de seguro e
as grandes corporações hospitalares é que terão controle sobre como será fornecido os
serviços de saúde a população, e como consequência desse modelo, a oferta desse serviço
é muito fragmentada, ou seja, tudo depende da empresa e do plano de saúde que o
cidadão tem a capacidade de adquirir, restando ao governo menor participação. Há uma
infinidade de seguradoras que oferecem uma infinidade de serviços cobrados pelos mais
diversos valores, de certo modo, essas seguradoras têm grande poder em decidir quem tem
acesso ou não a esses serviços, em alguns casos o cidadão precisa pagar por custos
adicionais como remédios e outros benefícios que o plano não cobre. E como nem todo
mundo pode pagar por um plano, uma alternativa é conseguir um emprego que forneça
seguro saúde. Em 2018 cerca de 156 milhões de estadunidenses dependiam do seguro
saúde empresarial, mas em momentos de crise econômica, quando acontecem demissões
em massa, a situação fica complicada. De acordo com censo de 2018 cerca de 28 milhões
de estadunidenses não possuem plano de saúde. O cidadão pode ter acesso à saúde de
quatro formas: plano de saúde ofertado pela empresa que ele trabalha, por meio de plano
de saúde adquirido pelo próprio dinheiro, pagando diretamente pelos serviços que ele
utilizou e por meio de programas governamentais específicos.

2 Programas de saúde disponíveis.

A saúde dos EUA é de forma majoritária particular, porém para algumas categorias o estado
intervém. Em 1965 foram criados dois subsistemas de saúde sustentados pelo dinheiro
público, o Medicare e o Medicaid.

Medicare é um sistema de seguro social criado em 1966 bancado pelo governo federal,
oferece atendimento médico para americanos de 65 anos ou mais que tenham
contribuído com o pagamento de impostos para a saúde durante seus anos de
trabalho (previdência). O sistema também oferece proteção para pessoas com
deficiências ou condições que as impeçam de trabalhar, assim como certas doenças
terminais. Normalmente, estrangeiros podem ter acesso ao Medicare. Porém, devem ter
trabalhado por 10 anos nos Estados Unidos.

O problema são as exigências impostas. Com isso, milhares de pessoas que precisariam
do Medicaid ficam de fora do programa. Além do mais, o serviço acaba sendo precário,
pois o reembolso é baixo. Assim, muitos prestadores de serviços de saúde negam a
cobertura.

Já o Medicaid é um programa de saúde voltado para pessoas de qualquer idade que têm
recursos financeiros extremamente limitados. Diferente do Medicare, que é financiado
pela previdência dos Estados Unidos, o Medicaid é bancado pelo governo federal em
conjunto com os estados. Eles reembolsam hospitais e médicos que oferecem
tratamento a pessoas que não podem arcar com suas próprias despesas médicas. O
governo federal exige que os estados beneficiem certos grupos de pessoas, como famílias
de baixa renda e crianças que recebem renda de segurança suplementar do Estado.

Dentro do Medicare, existem 4 tipos de serviço. Porém, nem todos os beneficiados


conseguem aproveitá-los.

Parte A – seguro hospitalar: inclui internações em hospitais, cuidados em centros de


enfermagem especializados e alguns tratamentos em casa e paliativos;
Parte B – seguro médico: abrange serviços médicos e preventivos, suprimentos e cuidados
ambulatoriais;
Parte C – planos Medicare Advantage: são oferecidos por uma empresa privada aos seus
colaboradores.
Contêm os benefícios das partes A e B. Aqui, o governo não é responsável por pagar os
serviços;
Parte D – cobertura de medicamentos prescritos: são oferecidos por empresas privadas e
companhias de seguro aprovadas pelo Medicare. Também incluem a compra de
medicamentos com receita médica.

Obamacare

Lei de Proteção ao Paciente e Assistência Médica Acessível. Basicamente, ela impõe


que todas as pessoas que vivem nos Estados Unidos tenham algum tipo de seguro
de saúde. Caso contrário, pagam uma multa. Também fica determinado:

● concessão de benefícios a quem paga por um plano de saúde;

● proibição de negativa de cobertura a pessoas com condição médica preexistente;

● ampliação do mínimo necessário para cobrir o seguro saúde das empresas;

● limitação de custo para que as seguradoras justifiquem o aumento de preços de


forma pública.

Ou seja, não é um seguro de saúde. Ele apenas cria regras ao sistema de saúde
americano.

Diferenças do sistema de saúde entre os Estados

Nova York, assim como os outros estados americanos, possui autonomia para legislar sobre
a saúde de seu território. Como para o acesso à saúde o cidadão americano precisa de um
plano de saúde, caso não possua condições financeiras o suficiente, em 1970 a legislação
do estado criou o New York City Health and Hospital Corporation (HHC) como uma
empresa de benefícios que controla o sistema de saúde público dos cinco distritos de
Nova York, inclusive da cidade.

Até mesmo para consultas rotineiras o custo pode se tornar alto e pensando nisso, na
cidade de Nova York, existem clínicas disponíveis para aqueles que não possuem
plano de saúde ou são de baixa renda, porém geralmente há uma fila de espera para
conseguir essas visitas de maneira gratuita, esse mecanismo é denominado de New
York Free Clinic, que oferece nenhum custo para os serviços de saúde, inteiramente
gratuitos.

3 Funcionamento dos planos de saúde privados nos EUA.

Os planos de saúde privados dependem das regras de cada Estado, já que o sistema é
federalista. Por isso, o funcionamento é diverso. Isso afeta as coberturas oferecidas e a
regulação de normas a serem seguidas.

De toda forma, há diversos planos, valores e coberturas. O mais comum é ter um plano de
saúde oferecido pela empresa. Essa modalidade é mais barata. Porém, todas as regras são
determinadas pela companhia. Por sua vez, os individuais são mais caros, mas é possível
escolher todos os detalhes. Em qualquer um deles, uma mensalidade fixa é paga para a
seguradora. Esse valor cobre a manutenção do plano e abrange serviços simples. Porém,
para outros atendimentos, é preciso pagar uma taxa extra. Isso serve para consultas,
tratamentos, exames e outros procedimentos não incluídos no básico. Portanto, quanto
mais cara for a mensalidade fixa, menos será pago na utilização do convênio. Isso porque
há um rol de coberturas maior.

4 Custo com a saúde.

Em 2020, a média do preço de um plano individual era de 456 dólares. Para a família,
chegava a 1.152 dólares.

Esses valores mudam conforme o estado. Por exemplo, na Flórida é mais caro. Isso porque
os recursos oferecidos são mais avançados.

Um grupo de pesquisa independente do Commonwealth Fund, fundação privada americana,


divulgou um relatório comparando as estatísticas de saúde de 38 países de alta renda com
os Estados Unidos e constatou que, apesar de possuírem gastos mais elevados que os
demais, o país da América Norte apresenta resultados inferiores.

Em 2021, os EUA gastaram quase 18% do PIB em saúde, enquanto a média dos países da
OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi de 9,6%. Em
contrapartida, dentre os dados levantados, o grupo indicou que o país possui menor
expectativa de vida ao nascer, as maiores taxa de pessoas com múltiplas doenças crônicas
e de morte por causas evitáveis ou tratáveis e os maiores índices de mortalidade materna e
infantil.

Nesse relatório, os Estados Unidos é o único país entre os grupos analisados que não
possui cobertura universal de saúde e, ainda, foi escrito que o sistema de saúde americano
parece ter sido projetado para desencorajar as pessoas a utilizar os serviços, em que
principal razão que leva os americanos a não se inscreverem para cobertura de saúde é a
acessibilidade e os elevados custos diretos que fazem com que quase metade dos adultos
em idade ativa pulem ou atrasem os cuidados necessários.

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