Você está na página 1de 66

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

1. Modelos de Proteção Social em Saúde


2. Reforma Sanitária Brasileira
3. Sistema Único de Saúde
4. Atenção Primária à Saúde
5. Saúde Coletiva
6. Rede de Atenção à Saúde
1. MODOS DE PROTEÇÃO
SOCIAL EM SAÚDE
O que são
Modelos de Proteção Social em Saúde?
São as formas de organização e Intervenção governamental:
intervenção estatal para toda a ✓ financiamento
área social, incluindo: ✓ condução
✓ Saúde ✓ regulação dos diversos
✓ Previdência setores assistenciais
✓ Assistência Social ✓ prestação de serviços de
saúde
Conhecendo modelos de
Proteção Social ...
Modelos de Proteção Social
Seguridade Social Seguro Social Assistência Social
Modelo Beveridge Modelo Bismark Residual
Inglaterra ( 1942) e Rússia (1917) Alemanha Estados Unidos da América
O Estado é um ator chave no O Estado atua fundamentalmente O Estado não assume para si a
financiamento, na elaboração de como uma referência e os atores responsabilidade de garantia da
políticas, regulação, organização e chaves são as corporações. proteção universal à saúde e protege
governança. apenas alguns grupos mais pobres e
parcialmente os aposentados.

Modalidade inspirada em princípios Financiamento baseado nas Cada um individualmente compra


de justiça social, se concretiza em contribuições de empregados e serviços no mercado de acordo com
sistemas universais de saúde, os empregadores sua capacidade de pagamento
chamados sistemas nacionais de
saúde, financiados com recursos
públicos provenientes de impostos
gerais
Modelos de Proteção Social
Seguridade Social Seguro Social Assistência Social
Modelo Beveridge Modelo Bismark Residual
Sua referência histórica é o Relatório A prestação de assistência médica Nos Estados Unidos, programas
Beveridge, de 1942, na Inglaterra, nesses sistemas é em geral separada governamentais introduzidos em 1965
que propôs pela primeira vez um das ações de saúde coletiva (medidas por um governo democrata cobrem
novo modelo de proteção social de promoção e prevenção, vigilância somente pessoas muito pobres, por
baseado na condição de cidadania, sanitária, epidemiológica, etc.) e meio de um programa de assistência
segundo o qual os cidadãos passam a exercida por órgão publico diferente. social (Medicaid), e os idosos, por
ter seus direitos sociais assegurados meio de um seguro social de
pelo Estado. contribuição compulsória durante a
vida ativa (Medicare).

O relatório Beveridge estabelece as Na maior parte dos casos, os seguros


bases para criação do Serviço sociais dão ênfase às ações curativas
Nacional de Saúde Britânico (NHS) individuais, e as coletivas são
no ano de 1946, considera o acesso à relegadas a segundo plano
assistência medica como direito
universal de cidadania - acesso
universal e financiamento fiscal.
Modelos de Proteção Social
Seguridade Social Seguro Social Assistência Social
Modelo Beveridge Modelo Bismark Residual
São conhecidos como Medicare é um sistema de seguro social
mais eficientes (fazem criado em 1966. Bancado pelo governo
mais com menos federal, oferece atendimento médico para
recursos), mais Essa segmentação é criticada porque americanos de 65 anos ou mais que
equânimes. gera iniquidades. tenham contribuído com o pagamento de
impostos para a saúde durante seus anos
Neste modelo o Estado de trabalho.
em geral, presta
diretamente os serviços Medicaid é um programa de saúde voltado
de saúde: toda rede de para pessoas de qualquer idade que têm
serviços hospitalares e recursos financeiros extremamente
ambulatórias, ou a maior limitados.
parte dela, e de
propriedade pública
estatal. Garantia de
serviços similares em
todo o país.
Reflexão Importante!!
O tipo de proteção social em saúde
adotado vai condicionar a forma como
um sistema de saúde é financiado,
estruturado, bem como o leque de
serviços e benefícios garantidos –
entender os modelos de proteção social
em saúde é o ponto de partida para
entender os sistemas de saúde.
Modelos de Proteção Social em Saúde
Adotados em Diferentes Países
Seguridade Social
Beveridge Seguro Social
Bismark
Dinamarca
Espanha Alemanha Residual
Grécia Áustria
Itália Bélgica EUA
França
Portugal
Holanda
Reino Unido Irlanda Luxemburgo
Suécia
Modelos de Proteção Social em Saúde
América Latina

Diferentemente dos países europeus, a


universalização da proteção social à
saúde não se completou, a pesar de
receberem influencia destes.
Modelos de Proteção
.
Social em Saúde
América Latina
Predominam na região sistemas
segmentados com a presença de
diversos subsistemas responsáveis
pela atenção de diferentes grupos
populacionais com distintas regras de
financiamento, de afiliação, acesso à
atenção e rede de serviços,
determinados por seu nível de renda
e posição social.
Modelos de Proteção Social em Saúde
América Latina
• Em geral, estão constituídos:
✓ Um setor de seguro social para a ✓ Um setor privado acessado por
população inserida no mercado meio de seguros privados ou
formal de trabalho. pagamento direto pela população
✓ Um setor público que cobre de maior renda.
seletivamente populações muito
pobres.
Seguridade Social Brasileira
Foi instituída com a Constituição brasileira de 1988 e
incorporou princípios dos modelos Bismarckiano e
Beveridgiano:
✓ Restringir a previdência aos trabalhadores contribuintes.
✓ Universalizar a saúde.
✓ Limitar a assistência social a quem dela necessitar.
2. REFORMA SANITÁRIA
BRASILEIRA
Reforma Sanitária Brasileira
Até a década de 70 as Políticas Públicas definidas pelo
Estado brasileiro estavam voltadas prioritariamente para
a parcela da população com vínculo trabalhista, com
emprego formal.
A partir da década de 70 ocorreram mudanças na
condição da política de proteção social, desde a
incorporação de outros grupos populacionais (rurais,
autônomos e domésticas) até a definição de uma
política mais abrangente.
Reforma Sanitária Brasileira
“A Reforma Sanitária brasileira nasceu na luta contra a ditadura, com o
tema Saúde e Democracia, e estruturou-se nas universidades, no
movimento sindical, em experiências regionais de organização de serviços.
Esse movimento social consolidou-se na 8ª Conferência Nacional de
Saúde, em 1986, na qual, pela primeira vez, mais de cinco mil
representantes de todos os seguimentos da sociedade civil discutiram um
novo modelo de saúde para o Brasil. O resultado foi garantir na
Constituição, por meio de emenda popular, que a saúde é um direito
do cidadão e um dever do Estado."

Sergio Arouca, 1998.


Termo “Reforma Sanitária”
Usado pela primeira vez no país em função da Reforma Sanitária
Italiana.
Conjunto de idéias que se tinha em relação às mudanças e
transformações necessárias na área da saúde.
Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor
saúde, introduzindo uma nova idéia na qual o resultado final era
entendido como a melhoria das condições de vida da população.
Reforma Sanitária Brasileira

A grande virada da abordagem da saúde foi a entrada da


teoria marxista, o materialismo dialético e o materialismo
histórico, que mostra que a doença está socialmente
determinada.

Karl Marx.
Reforma Sanitária Brasileira

ATORES ENVOLVIDOS
RSB não é sinônimo de SUS!
A RSB envolvia a concepção de
✓ Movimento Popular de Saúde mudanças sociais de várias ordens que
✓ Trabalhadores e Acadêmicos da impactassem as condições de vida e
Saúde Pública saúde.
✓ Movimento Estudantil A constituição de um Sistema de Saúde
(SUS) seria apenas um elemento desse
processo.
3. SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
✓ Constituição Federal 1988
✓ Lei Orgânica da Saúde
N. 8.080 de 19 de setembro de 1990
O SUS é definido como “o conjunto de ações e serviços públicos de saúde,
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da
administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”.
✓ Lei Complementar
N. 8.142 de 28 de dezembro de 1990.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
O SUS é orientado por um conjunto de princípios de
diretrizes válidos em todo território nacional.

A Saúde é tida como Direito e é papel do Estado


garantir esse direito.

Existem espaços e instrumentos para


democratização e compartilhamento do processo
decisório e da gestão do sistema de saúde.
Atenção Básica à Saúde ou
Atenção Primária à Saúde ?
Discussão Conceitual
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE contrapondo o uso hegemônico
e consagrado de ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

O emprego do termo “ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE” pelo Movimento Sanitário


Brasileiro teria buscado uma diferenciação ideológica em relação ao reducionismo
presente na ideia de ATENÇÃO PRIMÁRIA, com o objetivo de construção de um
Sistema Público Universal em uma concepção de cidadania ampliada.
Cadernos de Atenção Básica
Materiais Importantes para
Atuar na Atenção Básica à Saúde
Atenção Primária à Saúde

Componente estratégico do SUS, em


especial, por ser desenvolvida com
alto grau de descentralização e
capilaridade, próxima à vida das
pessoas.
Atenção Primária à Saúde

Cabe às equipes de Atenção Básica (EAB), às equipes de


Saúde da Família (ESF) e às outras modalidades de equipes Papel de coordenadora do
de Atenção Primária (equipes Multiprofissionais de Saúde cuidado à saúde da
Prisional, equipes de Saúde da Família Quilombola, por população adstrita e
exemplo) o exercício de práticas gerenciais e sanitárias, ordenadora da RAS
democráticas e participativas, sob forma de trabalho
em equipe, dirigidas a populações de territórios bem
delimitados, pelas quais assume a responsabilidade
sanitária.
4. SAÚDE COLETIVA
Saúde Coletiva
Campo de produção de conhecimentos voltados para a
compreensão da saúde e a explicação de seus
determinantes sociais, bem como o âmbito de
práticas direcionadas prioritariamente para sua
promoção, além de voltadas para a prevenção e o
cuidado a agravos e doenças, tomando por objeto
não apenas os indivíduos mas, sobretudo, os grupos
sociais, portanto a coletividade (Paim, 1982 e
Donnangelo 1983).
Saúde Coletiva
MARCO Entende a saúde-doença como um
IMPORTANTE: processo que se relaciona com a estrutura
(1978) da sociedade, o homem como ser social e
histórico, e o exercício das ações de saúde
Criação da Abrasco
como uma prática social permeada por
Associação Brasileira
uma prática técnica que é,
de Saúde Coletiva
simultaneamente, social, sofrendo
https://www.abras influências econômicas, políticas e
co.org.br/site/ ideológicas (Paim, 1982).
Saúde Coletiva
✓ Reorientação da Saúde Pública ✓ Reorientação da clínica
tradicional e da medicina biomédica (adoecimentos individuais) e da
com crítica à medicalização social e
epidemiologia (diagnóstico de
proposição de saberes
interdisciplinares. adoecimento em populações).
✓ Abre-se, pois, ao social e ao
cultural para seus saberes e
práticas sob o conceito de
integralidade.
Saúde Coletiva

A forma como se organiza a vida em


sociedade determina diferentes
formas de viver, adoecer e morrer,
para os diferentes grupos sociais.
5. REDES DE ATENÇÃO
Organização do SUS
As ações e serviços de saúde estão organizados em Redes de Atenção
regionalizadas e hierarquizadas, de forma a garantir o atendimento integral à
população e a evitar a fragmentação das ações de saúde.
Redes de Atenção à Saúde (RAS)
São arranjos organizativos de ações As RAS são sistematizadas para
e serviços de saúde, de diferentes responder a condições específicas de
densidades tecnológicas que, saúde, por meio de um ciclo completo
integradas por meio de sistemas de de atendimentos, que implica a
apoio técnico, logístico e de gestão, continuidade e a integralidade da
buscam garantir a integralidade do atenção à saúde nos diferentes níveis
cuidado. Atenção Primária, Secundária e
Terciária.
✓ 58 Unidades de Saúde com Estratégia de Saúde da Família
✓ 53 Unidades de Saúde
✓ 2 Unidades / Especialidade
✓ 9 Unidades de Pronto Atendimento
✓ 13 Centros de Apoio Psicossocial – CAPS
✓ 6 Centros de Especialidades : Mãe Curitibana, Santa Felicidade, Matriz
,Ouvidor Pardinho, Vila Hauer e Salgado Filho
✓ 3 Centro de Especialidades Odontológicas
✓ 1 Centro de Orientação e Atendimento aos portadores de HIV/AIDS -
COA
✓ 108 Clínicas Odontológicas (integradas às US)
✓ 2 Hospitais Municipal
✓ 1 Laboratório Municipal
✓ 68 Espaços Saúde (anexos às US)
Redes de Atenção Prioritárias

✓ Atenção Materno-Infantil
✓ Saúde Mental
✓ Saúde Bucal
✓ Saúde do Idoso
Rede Mãe Curitibana Vale a Vida
✓ Captação, inscrição e vinculação no pré-natal
✓ Gestantes vivendo em situação de rua
✓ Avaliação clínico-obstétrica
✓ Estratificação do risco gestacional
✓ Exames complementares
✓ Acompanhamento do pré-natal
https://saude.curitiba.pr.gov.br/images/Protocolo%20Pr%C3%A9-
Natal%20e%20Puerp%C3%A9rio%20Rede%20M%C3%A3e%20Curitibana%20Vale%20%20a%20Vida%20vers%C3%A3o%202021%20Rev1.pdf
Rede de Atenção à Saúde Bucal de Curitiba
ATENÇÃO À DEMANDA
ATENÇÃO PROGRAMADA: ESPONTÂNEA:
Práticas em saúde bucal que visam ao Oferta diária de atendimentos
atendimento contínuo e longitudinal da clínicos e procedimentos
atenção materno-infantil, realizando cirúrgicos com foco na Atenção à
ações de promoção, prevenção, Demanda Agendada (AG) ou do
recuperação e manutenção da saúde Demanda do Dia (DD), além do
para gestantes, crianças, pessoas com atendimento às Urgências em
Saúde Bucal (UE).
diabetes, e PcD, alinhando-se ao
princípios organizativos do Modelo das
Condições Crônicas e Rede Mão
Curitibana Vale à Vida. https://saude.curitiba.pr.gov.br/images/Protocolo_Sa%C3%BAd
e_Bucal_2018.pdf
Rede de Atenção à Pessoa Idosa
A UBS busca informação Os idosos foram divididos em três
sobre o estado de saúde do grupos, conforme a condição de
idoso, a equipe avalia seu cada um: robustos (32,36%), em
Índice de Vulnerabilidade
melhor estado de saúde; pré-
Clínico-Funcional (IVCF-
20). Os dados revelam se frágeis (34,25%), com algum risco,
ele está em condição boa ou como falta de equilíbrio ou
frágil para lidar com a dificuldade de raciocínio; e
rotina do dia a dia, como vulneráveis à fragilidade (33,39%),
andar na rua, tomar banho
sozinho ou contar dinheiro. que precisam ser internados
Rede de Atenção à Pessoa Idosa
Ambulatórios de Avaliação Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)
Multidimensional do Idoso, tanto no
Hospital Municipal do Idoso quanto
permite que os idosos possam fazer em
no Hospital de Clínicas, parceiro da casa, com acompanhamento de
SMS. profissionais, o tratamento que os
manteria internados, em média, de cinco a
Hospital Municipal do Idoso. seis dias em hospitais ou UPA.
Rede
✓ Domicílio
de Atenção de Saúde Mental
✓ Unidades Básicas de Saúde
✓ Núcleo Ampliado de Saúde da Família - NASF
✓ Consultório na Rua
✓ Centro de Convivência
✓ Ambulatório de Saúde Mental
✓ Centros de Atenção Psicossocial
✓ Unidades de Pronto Atendimento
✓ Atenção Hospitalar
✓ Unidade de Estabilização Psiquiátrica
https://saude.curitiba.pr.gov.br/images/Linha%20Guia%20Saude
✓ Serviço Residencial Terapêutico %20Mental%20SMS%20Curitiba.PR.pdf
I – Atenção Básica em saúde, formada
pelos seguintes pontos de atenção
Unidade Básica de Saúde

Equipe de Atenção Básica para populações específicas:


1. Equipe de Consultório na Rua
2.Equipe de apoio aos serviços do componentes Atenção Residencial
de Caráter Transitório
Centros de Convivência
II – atenção psicossocial especializada, formada pelos seguintes
pontos de atenção:

a)Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades


o CAPS I (Populações de 20.000 e 70.000. Atende TM e AD)
o CAPS II ( Populações entre 70 000 e 200 000 habitantes. Atende de transtornos mentais)
o CAPS III (Atende Transtornos mentais com com leitos de Acolhimento)
o CAPS AD (Atende Transtornos mentais decorrentes do uso de Álcool e outras Drogas)
o CAPS AD III ( Atende Transtornos mentais decorrentes do uso de Álcool e outras Drogas com
leitos de Acolhimento)
o CAPS i (Crianças e Adolescentes – TM e AD)
III – Atenção a urgência e emergência, formada pelos
seguintes poentos de atenção:

a)SAMU 192
b)Sala de Estabilização
d) UPA 24 horas
d)Portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro
e) UBS, entre outros
IV – Atenção residencial de caráter transitório, formadas pelos seguintes pontos
de atenção:
a)Unidade de Recolhimento
b)Serviços de Atenção em Regime Residencial

V – Atenção hospitalar, formada pelos seguintes pontos de atenção:


a) enfermaria especializada em Hospital Geral
b) serviço hospitalar de referencia para atenção às pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas
VI – Estratégias de desinstitucionalização, formada pelos seguinte ponto de
atenção:
a) Serviço Residencial Terapêutico

VII – Reabilitação Psicossocial


• Portaria nº 132, de 26 de janeiro de 2012 – Institui incentivo
financeiro de custeio para o desenvolvimento deste componente.
• Decreto nº 8.163, de 20 de dezembro de 2013 – Institui o Programa
Nacional de Apoio ao Associativismo e Cooperativismo Social
Desafios do Modelo
✓ Dispor de um amplo conhecimento ✓ Trabalhar em equipe
da cultura. multiprofissional.
✓ Das necessidades e preferências de ✓ Apostar na participação ativa
saúde da população. dos usuários no processo de
✓ Focar no território e na atenção elaboração do seu plano individual
domiciliar. de cuidados.
✓ Ter flexibilidade na oferta de cuidado ✓ E desenvolver ações de apoio à
sem exigências de adaptação a padrões integração social com foco na
fixos. reabilitação psicossocial.
(Paulon; Neves, 2012).
Torna-se evidente a complexidade e
o desafio dessa forma de fazer saúde,
necessário o investimento na
qualificação das equipes, flexibilidade
para novos arranjos, porém da Deslocar a assistência das instituições
mesma forma é evidente a
para comunidade não requer,
potencialidade de intervenções e
efetivação. puramente uma realocação física dos
lugares de tratamento, mas sim uma
reorientação fundamental das atitudes
da equipe” (Thornicroft;
Tansella,2010, p.09).
Exemplos de Políticas Públicas para a
Saúde infanto-juvenil
Desigualdades Sociais e
Impactos na Saúde das Populações
Desigualdade Social e Saúde

Com foco na Epidemiologia Social e seus


indicadores, objetivamos refletir acerca dos
efeitos psicossociais da desigualdade social.

Fatores socioeconômicos estão associados a


agravos à saúde.
Duas Correntes
Saúde Responsabilidade Individual Saúde Depende do Contexto em que as
populações vivem
Acolhe indicadores compostos tais
Acolhe indicadores socioecomicos Como: condições estruturais do
para suas analises tais como: renda, ambiente (acesso a políticas públicas),
grau de escolaridade, ocupação, indicadores contextuais (índice de
condições de moradia, etc. capital social, de dissimilaridades, de
desigualdades, violência, etc.)
Para além da renda estão em jogo
quando pensamos na saúde das
populações valores imateriais que se
referem a precondições sociais,
emocionais, morais e culturais.
Souza trabalha com dois conceitos que
constituem a hierarquia social:

Capital Econômico Capital Cultural


Capital Cultural

Ambiente Familiar propício: Herança Imaterial


A criança recebe ao longo da vida, conhecimento
tanto da escola quanto da família favorecendo o
desenvolvimento de características emocionais e
culturais.
Capital Cultural

• Mas pode acontecer o oposto e a criança viver maus


trato, violência sexual, alcoolismo, desagregação
familiar, tudo isso provocando danos emocionais e
cognitivos que afetam em especial a auto estima
desses sujeitos
Desta forma as relações familiares e
sociais podem ser consideradas
essenciais na explicação das condições
de saúde.
Capital Social
• Outro indicador importante para essa discussão trata se
do Capital Social que refere se ao grau de confiança
entre diversos atores sociais, grau de associativismo e
acatamento as normas de comportamento cívico.
• Quanto maior o capital social maior a coesão social e a
democracia.
• Quanto menor o capital social maior a vulnerabilidade.
Capital Social

• Os fatores adversos ao capital social são: desigualdade


na distribuição da renda e oportunidades,
desemprego, catástrofes naturais que levam a
migrações.

• O Governo deve intervir no Capital Social .


Consequências Psicossociais

• Estresse Crônico, Invisibilidade, Humilhação, Reificação,


Segregação afetam diretamente a auto estima das pessoas
que podem desencadear:
• Problemas mentais
• Doenças degenerativas
• Agravos cardíacos
• Imunidade reduzida entre outras tantas doenças.
De mais ruas que clausuras,
Mais fluxos que fixos,
Mais escuta sensível que contenções,
Mais acolhimento que retórica,
Mais sensibilidade que protocolos,
Mais Resistência que subordinação,
Mais tensão que passividade,
Mais Diversidade que normalização,
Mais metamorfose que estagnação,
Mais autonomização que passatempo
E, para além da doença e do sofrimento, mais saúde,
Mais alteridade, mais subjetividades autônomas e livres...
Mais produção de vida.
Referências
• CAMPOS, G.W.S. et al., (orgs.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo:
HUCITEC, 2014.
• GIOVANELLA, L. et al., (orgs.). Políticas e Sistema de Saúde no Brasil.
Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002.
• PAIM, J.S; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde Coletiva: Teoria e Prática. Rio
de Janeiro: Med Book, 2014.
• PAULON, S; NEVES, R. Saúde Mental na Atenção Básica: a
territorialização do cuidado. Porto Alegre: Sulina, 2013.

Você também pode gostar