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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT

DISCIPLINA: LINGUISTICA I
DOCENTE: ANA CAROLINA VILELA-ARDENGHI
ALUNO: GENIVALDO MELO ALVES

REGISTRO DE LEITURA DO TEXTO: A linguagem objeto do conhecimento: breve trajeto


pela história das ideias linguís cas – Trabant

Na introdução do texto temos uma antecipação da importância desta obra ao


permi r uma revisão histórica, filosófica e social da linguagem na construção social do
ser humano. Da mesma forma, este texto fala da interface da língua com a comunicação,
as representações linguís cas e o respeito `as diferenças e a celebração é ca da
diversidade.
Sendo a linguagem, uma forma de conhecimento do mundo e também uma
forma de comunicação com o outro, uma questão filosófica se coloca: de que modo
usamos nossa linguagem? Também enfa za que falar da própria fala nos ajuda a acabar
com os preconceitos e reduzir discriminações, visto que não existe língua superior e que
as línguas mudam no tempo e no espaço.

Nos capítulos que se seguem, língua e linguagem são apresentadas como


fenômenos e como tal já estão categorizados como conhecimento e a questão e saber
como a linguagem se torna objeto de conhecimento. A resposta para esta pergunta
ocorre quando um problema comunica vo e/ou cogni vo se manifesta. No primeiro
caso, para cada problema comunica vo cria-se um meio didá co para atenuar. Por
exemplo: para um discurso cria-se a retorica, para a definição metalinguís ca, temos o
léxico. Já o problema cogni vo se manifesta quando no uso da fala o aspecto cogni vo
e vivido como problema.
Ao tratar dos problemas comunica vos e as tradições linguís cas, o referido
autor aponta para a predominância das tradições linguís cas de caráter escolar; disso
resulta o cogni o clara dis ncta inadequata que se baseia no conhecimento tácito,
prá co que procura melhorar o desempenho comunica vo, a gramá ca e retorica entre
outros. Por outro lado, temos o cogni o clara dis ncta adequado que explica as razões.
A ciência da linguagem vai surgir quando a linguagem se torna problemá ca em
relação a sua função cogni va. Nesta perspec va há dois acontecimentos marcantes que
transformam a linguagem em um problema cogni vo.
1. Perda da catolicidade: isto significa dizer a decadência do La m em lugares de
pres gio que passou a tensionar com as línguas vulgares que estavam atreladas
à vida prá ca e ao co diano e nas camadas populares da sociedade. Da tensão
entre os la nistas e os vulgaristas resultaram os ques onamentos se era possível
haver pensamento nas línguas vulgares.
2. Línguas dos Novos Mundos: a descoberta de outras línguas impactou a crença da
universalidade linguís ca, pois por trás de cada língua tem uma visão de mundo
e um modo de interagir com ele.
Quando se superou a busca por regras, pela descrição histórica, pela suposta
unicidade e crença na hegemonia das línguas europeias, vemos o nascimento da
Linguís ca como ciência. Isso parece contraditório pois isso significa dizer que ela
nasceu deste embate entre dominantes e dominados, mas não quer dizer que a
linguís ca seja colonialista. Ao contrário, através dela nos foi permi do compreender
a importância da alteridade e diversidade dos povos.

Pergunta: Caso o declínio do mundo ocidental se materialize como pregam alguns


estudos, isto significaria dizer que a língua inglesa, expoente desta sociedade
ocidental, também cederia espaço para uma língua oriental: o mandarim, por
exemplo?

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