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29/07/2023
Introdução
Histórico
Homem da Marca e Mestre de Marca
A marca propriamente dita
A cerimónia da marca
A cerimónia principal
A lenda
A parábola
A pedra chave
Qual dos dois escolher?
Bibliografia
Introdução
Este Grau existe tanto no Rito de York quanto no sistema dos graus
colaterais ingleses. Mas, há diferenças fundamentais entre eles. Além
daquilo que é mais trivial, como o avental e afins, quais as principais
diferenças?
O objectivo deste artigo é procurar responder a essa dúvida. Todavia, em
razão da fidelidade aos seus juramentos e também em respeito a quem
pretende fazer os graus, o artigo não só não conterá segredo de grau,
como também evitará dar detalhes que possam estragar a surpresa.
Histórico
A prática de se ter uma marca acompanha os pedreiros operativos desde
tempos imemoriáveis. Marcas podem ser encontradas em várias
construções operativas, em diferentes lugares do mundo.
Como era comum que vários graus fossem conferidos numa mesma
ocasião, algo indicado, inclusive, por outras actas do mesmo Capítulo, é
provável que, pela sua semelhança temática, os graus de Homem da
Marca e Mestre de Marca tenham sido unificados em alguns capítulos.
Noutros, em função da fluidez da Maçonaria no século 18, a cerimónia do
Homem da Marca teria sido omitida.
E aqui está uma das principais diferenças entre os dois sistemas: O York
reteve apenas o grau de Mestre de Marca, ao passo que o sistema inglês
manteve os dois, de forma unificada.
Não se sabe ao certo por que razão o York não manteve ambas as
cerimónias, mas provavelmente se deve à fluidez supracitada e a uma
ramificação ocorrida ainda no século 18.
Resumindo: No York, faz-se apenas Mestre de Marca. Ao passo que,
no sistema inglês, faz-se Homem da Marca e Mestre de Marca.
Não pense, contudo, o leitor que o grau no York tem menos conteúdo,
pois a cerimónia do York traz ainda uma parte adicional interessantíssima,
que será descrita mais adiante.
A marca inglesa faz uso, ainda, da cifra maçónica, sendo um dos poucos
momentos em que o alfabeto cifrado é utilizado ritualisticamente dentro
da Maçonaria.
A cerimónia da marca
Chamada de “Homem da Marca”, esta cerimónia aparece no sistema
inglês, mas não no York.
Embora isso não fique sem explicação no Rito de York, esta cerimónia
contribui para deixar este ponto um pouco mais enfatizado. Nesta parte, o
irmão que recebe o grau sente que está concluindo o grau 2 e tornando-
se um companheiro de ofício pleno.
A cerimónia principal
A cerimónia principal é bastante semelhante entre ambos os sistemas,
embora a do York seja um pouco mais dinâmica.
A lenda
Há uma curiosa variação quanto a quem é o autor da Pedra Chave. No
sistema inglês, trata-se do próprio recipiendário: Um hábil artesão, que
contou com um momento de sorte.
A parábola
O grau no York contém ainda mais uma cena, que não está presente na
marca inglesa. Nessa cena, há uma actuação inspirada numa parábola
cristã.
A pedra chave
Uma pequena, porém significativa, curiosidade acerca da Pedra Chave,
que também não é segredo, já que está visível em aventais, comendas e
outros: No York, a Pedra Chave utiliza os caracteres HTWSSTKS, aludindo
ao inglês.
No sistema inglês, os caracteres são utilizados em dois idiomas. De um
lado, o inglês, exactamente como no York. De outro, o hebraico:
חבאשלשמי.
Deixando isso de lado, a escolha seria algo muito pessoal. Aqueles que
preferem cerimónias mais simples, dinâmicas e com uma maior variedade
de temas, provavelmente preferirão o grau do York.
Mas, o autor, um apaixonado pelo grau da Marca, faz votos para que você,
caro leitor, opte por fazer ambas as versões, assim aproveitando tudo
aquilo que nos chegou, a partir das diferentes tradições.
Bibliografia
BEGG, David M. (ed) The “Standard” Ritual of Scottish Freemasonry.
Edinburgo: The Grand Lodge of Antient Free and Accepted Masons
of Scotland, 2012.
JONES, Bernard. Freemason’s Book of the Royal Arch. Londres:
George G. Harrap & Company, 1957.
SNOEK, Jan A. M. (ed.). British Freemasonry, 1717-1813 (vol. 2). Nova
York: Routledge, 2016.
RITUAL do Grau de Mestre de Marca (ed. 2017). Rio de Janeiro:
Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, 2017.
RITUAL da Ordem da Marca (1ª ed.). São Paulo: Grande Loja de
Mestres Maçons da Marca do Estado de São Paulo, 2017.
RITUAL of Mark Master Mason. Indiana, 1952.
RITUAL of Mark Master Mason. Iowa, 2001.
RITUAL for Mark Master – Order of Mark Master Masons, 1992.
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