Você está na página 1de 39

AULA 02

POLÍTICAS DE SAÚDE E APS PARA ENFERMAGEM

Professor: Adriano de Oliveira


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

AULA 05: PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação da aula 2
2. O processo de trabalho e atribuições das equipes de AB 4
3. Estratégia Saúde da Família 9
4. Núcleo de Apoio à Saúde da Família 17
5. Consultório na Rua 26
6. Programa Saúde na Escola 29
7. Referências 31
8. Lista de exercícios 32
9. Gabarito 39

APRESENTAÇÃO DA AULA

Caro aluno(a),

Mesmo que você não seja um grande conhecedor da Atenção


Primária, deve ter ficado se perguntando na aula anterior: Como é que se
falou neste tema sem discutir mais profundamente sobre a Estratégia
Saúde da Família?
Temos sempre a preocupação pedagógica de oferecer-lhe os
conteúdos de cada uma das aulas numa dimensão apropriada para o
melhor rendimento dos seus estudos. Por esta razão daremos
continuidade a discussão da Atenção Primária/Básica aprofundando
algumas análises sobre a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
Primeiramente discutiremos de maneira breve sobre os princípios
que caracterizam a organização do trabalho na Atenção Básica. Logo após
destacarei alguns aspectos fundamentais sobre os principais dispositivos
que operam a efetivação desta política e como devem operar suas
equipes. Vejam quais são estes dispositivos no quadro abaixo:

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

CONSULTÓRIO NA RUA

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

O PROCESSO DE TRABALHO E ATRIBUIÇÕES DAS


EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA

Antes de lhe apresentar os principais tipos de equipes, serviços e


programas que constam na PNAB, convido-os a observarmos as
características preconizadas por esta mesma política para o
funcionamento de todo e qualquer tipo de serviço de Atenção Básica, e
que portanto são diretrizes para organização de cada uma de suas
equipes.

 definição do território de atuação e de população sob


responsabilidade das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das equipes;

 programação e implementação das atividades de atenção à saúde


de acordo com as necessidades de saúde da população, com a
priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de
saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e
resiliência.

 planejamento e organização da agenda de trabalho


compartilhado de todos os profissionais e recomenda-se evitar a
divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de
vida, sexo e patologias dificultando o acesso dos usuários;

 desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores


de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a
finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de
doenças e danos evitáveis;

 realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de


risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à


demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;

 prover atenção integral, contínua e organizada à população


adscrita;

 realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde (UBS), no


domicílio, em locais do território (salões comunitários, escolas,
creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem a ação
planejada;

 desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de


saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia,
individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos
usuários;

 implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e


gestão tais como a participação coletiva nos processos de gestão,
a valorização, fomento a autonomia e protagonismo dos
diferentes sujeitos implicados na produção de saúde, o compromisso
com a ambiência e com as condições de trabalho e cuidado, a
constituição de vínculos solidários, a identificação das necessidades
sociais e organização do serviço em função delas, entre outras;

 participar do planejamento local de saúde assim como do


monitoramento e a avaliação das ações na sua equipe, unidade e
município; visando à readequação do processo de trabalho e do
planejamento frente às necessidades, realidade, dificuldades e
possibilidades analisadas;

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

 desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de


apoio social, voltados para o desenvolvimento de uma atenção
integral;

 apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do


controle social;

 realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam


problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que
necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade
de recursos de saúde e realizar o cuidado compartilhado com as
equipes de atenção domiciliar nos demais casos.

Perceba como essas características do processo de trabalho na


Atenção Básica dialogam com todo o arcabouço legal e os princípios e
diretrizes do SUS. É possível associar facilmente essas características com
a missão do SUS de prover acesso universal e uma atenção à saúde
resolutiva à todas as pessoas. Faz uma conexão importante também com
o que está preconizado para a Atenção Básica no decreto 7.508, que
destaca o papel da APS no ordenamento das Redes de Atenção à Saúde.
Se você tem algum grau de familiaridade com a Estratégia Saúde
da Família deve ter achado que as atribuições listadas acima são
exclusivas deste tipo de serviço, mas como eu referi anteriormente estas
são diretrizes comuns a todo e qualquer serviço de Atenção Básica,
inclusive os que comumente chamamos de tradicional, inclusive a
territorialização e adscrição de clientela.
Ainda segundo a PNAB, para cumprir tal missão é necessário que
todo o conjunto de profissionais que compõem as equipes de
Atenção Básica sejam imbuídos de determinadas atribuições e
desenvolvam as seguintes competências:

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

 participar do processo de territorialização e mapeamento da área


de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos
expostos a riscos e vulnerabilidades;

 manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos


no sistema de informação indicado pelo gestor municipal e utilizar,
de forma sistemática, os dados para a análise da situação de
saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais,
demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações
a serem acompanhadas no planejamento local;

 realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente


no âmbito da unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e
nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros);

 promover a integralidade por meio da realização de ações de


promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de
agravos; da realização das ações programáticas, coletivas e de
vigilância à saúde;

 participar do acolhimento dos usuários que procuram a unidade por


demanda espontânea realizando a escuta qualificada das
necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação
(classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de
informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de
intervenções de cuidado, proporcionando atendimento
humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção
dentro ou fora da unidade de saúde;

 realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação


compulsória e de outros agravos e situações de importância local;

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

 praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos


sociais que visa propor intervenções que influenciem os processos de
saúde doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria
comunidade;

 realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o


planejamento e avaliação das ações da equipe;

 garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de


informação na Atenção Básica;

 realizar ações de educação em saúde a população adscrita;

 participar das atividades de educação permanente para


aprimoramento das competências da equipe e (re)organização de seus
processos;

 promover a mobilização e a participação da comunidade,


buscando efetivar o controle social;

 identificar parceiros e recursos na comunidade que possam


potencializar ações intersetoriais;

A listagem acima não é literalmente a reprodução de tudo que


consta no documento oficial da política, selecionei as atribuições que
considero mais importantes e evitei aquelas que penso serem
redundantes. A PNAB destaca ainda que outras atribuições específicas
poderão constar na normatização de cada município, de acordo com as
prioridades definidas pela respectiva gestão. Notem o quanto a equipe
inteira precisa ser responsável pelo cuidado das pessoas, contrapondo-se
desta forma ao modelo hegemônico médico-centrado.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

Estratégia de Saúde da Família

A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da


Atenção Primária/Básica no País, de acordo com os preceitos do SUS,
e é tida por gestores em todos os níveis de governo como estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da Atenção Primária/Básica
por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior
potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da
atenção primária, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de
saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante
relação custo-efetividade.
Por isso vamos agora conferir quais são os destaques da PNAB
quanto a caracterização desta modalidade de serviço onde reside a alma
da Atenção Primária Brasileira. Esse destaque fundamenta-se sobretudo
na composição profissional da equipe e no dimensionamento da
população que deve ser vinculada a cada uma destas equipes.

 existência de equipe multiprofissional composta por, no mínimo,


médico generalista ou médico de família e comunidade,
enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família,
auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de
saúde, podendo acrescentar a esta composição, como parte da
equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal: cirurgião
dentista generalista ou especialista em saúde da família,
auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal;

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

 o número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população


cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS
por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo
recomendado de pessoas por equipe;

 cada equipe de saúde da família deve ser responsável por, no


máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000
pessoas, respeitando critérios de equidade para esta definição.
Quanto maior o grau de vulnerabilidade menor deverá ser a
quantidade de pessoas por equipe;

 carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de


saúde membros da equipe de saúde da família, à exceção dos
profissionais médicos, cuja jornada pode ser diversificada conforme
disponibilidade do munícipio e cumprindo requisitos do Ministério da
Saúde.

O processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho dos


profissionais das equipes e os horários e dias de funcionamento das UBS
devem ser organizados de modo que garantam o maior acesso
possível, o vínculo entre usuários e profissionais, a continuidade,
coordenação e longitudinalidade do cuidado.

2015 – IPEFAE – CISMARPA


A Equipe de Saúde da Família é composta por uma equipe
multiprofissional que possui, no mínimo:
a) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da
família, auxiliar ou técnico de enfermagem, agentes comunitários de
saúde, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista,
farmacêutico e profissional de saúde bucal.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

b) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de


família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da
família, auxiliar ou técnico de enfermagem, agentes comunitários de
saúde e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou
especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
c) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da
família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de
saúde.
d) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade, médico ginecologista, médico pediatra, enfermeiro
generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de
enfermagem e agentes comunitários de saúde.

Comentários
Nesta questão a banca tenta misturar informações corretas e
incorretas na mesma alternativa a fim de confundi-lo. Conforme vimos na
definição da formação da equipe ESF, é na alternativa C que encontramos
a descrição correta, pois a questão está solicitando a descrição do
mínimo. Perceba que na alternativa B ele menciona o mesmo que está na
C, porém acrescenta a equipe de saúde bucal (ESB). As equipes podem
contar com este acréscimo da ESB, e é desejável que tenham, porém não
dependem disso para serem constituídas, tampouco para receberem os
incentivos financeiros do Ministério da Saúde.

2010 – COVEST/COPSET – UFPE


O Programa de Saúde da Família (PSF) compõe uma das principais armas
das Políticas Públicas de Saúde. O projeto piloto foi implementado na
cidade de Quixadá, Ceará, em 1993. Assinale a alternativa que não
corresponde a uma de suas características.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

a) É uma estratégia de promoção e proteção da saúde dos indivíduos da


família apenas.
b) Propõe um novo modelo de atenção à família.
c) Proporciona à equipe multiprofissional de saúde compreensão do
processo saúde/doença.
d) Proporciona atenção de forma parcial e integral.
e) Busca atender o paciente na unidade de família ou mesmo individual.

Comentário
As alternativas trazem vários elementos que fazem parte do
trabalho da saúde da família, que a propósito desde a primeira versão da
PNAB em 2006 não se chama mais programa e sim estratégia – ações de
promoção e proteção, um novo modelo de atenção à família, trabalho
multiprofissional, atenção integral, atendimento em âmbito individual e
familiar.
O que torna uma das alternativas errada é a restrição feita na letra
A ao referir que na ESF se trabalha apenas com promoção e proteção.
Essa é uma ideia que até hoje permeia o imaginário de muitas pessoas,
inclusive profissionais de saúde. A missão da ESF é proporcionar um
cuidado integral atuando na promoção e proteção à saúde, prevenção de
agravos, reabilitação e assistência a todos os processos de adoecimento
que surgirem em sua população adscrita.
A alternativa D parece contraditória, porém ela destaca que apesar
da ESF buscar proporcionar um cuidado integral por vezes ela depende da
atuação de outros níveis de atenção (secundário, terciário, quaternário)
para proporcionar o cuidado necessário, por isso a alternativa diz que o
cuidado é parcial e integral. Eu particularmente acho que não foi a melhor
maneira de descrever isso.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

2013 – FGV – AL/MT


No que se refere à Estratégia de Saúde da Família (ESF), analise as
afirmativas a seguir.
I. A estratégia de Saúde da Família é considerada pelo Ministério da
Saúde e pelos gestores estaduais e municipais como a estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica no país.
II. Cada profissional de saúde deve ser cadastrado em apenas 01 (uma)
ESF, com exceção do profissional médico, que poderá atuar em no
máximo 02 (duas) ESF, com carga horária total de 40 (quarenta) horas
semanais.
III. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da
população cadastrada, com um máximo de 650 pessoas por ACS e de
10 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite
máximo recomendado de pessoas por equipe.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativa I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentário
Esta questão de uma importante banca como Fundação Getúlio
Vargas confirma o quanto as provas tendem a perguntar mais sobre a
letra fria das portarias do que aspectos que fazem parte da ideologia por
trás de uma política. Por isso minha abordagem nesta aula foi bem
pragmática, porque o mais importante é treiná-lo para responder
questões corretamente. Porém quero deixar claro que eu adoraria discutir
a ESF e APS como um todo de maneira mais abrangente (rs).

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

A primeira afirmativa retrata um dos destaques feitos no nosso


texto que aponta que a Estratégia Saúde da Família como o principal
dispositivo de consolidação da APS no Brasil, portanto está certa. A
segunda afirmativa traz um aspecto mais específico acerca das
possibilidades de inserção do profissional médico. Eu não trouxe para o
texto todos os formatos possíveis desta inserção segundo a PNAB porque
é algo extenso e raro de aparecer em questões, tem interesse maior para
gestores que efetivamente precisam implantar suas equipes em meio a
um cenário muito diverso quanto a disponibilidade de médicos. Basta
você saber que de fato cada médico só pode atuar em no máximo 2
equipes, para estabelecer o mínimo de vínculo necessário. Assim, esta
afirmativa também está certa. Já a última tenta te pegar nos detalhes
pois cada ACS pode acompanhar o máximo de 750 pessoas e cada equipe
pode ter até 12 ACS.

2015 – FGV – TCE/SE


De acordo com a Estratégia de Saúde da Família, uma equipe de saúde da
família deve ser responsável por uma média de:
a) 1.000 pessoas;
b) 1.500 pessoas;
c) 2.000 pessoas;
d) 3.000 pessoas;
e) 4.000 pessoas.

Comentário
Esta da FGV é mais simples. Uma equipe de saúde da família pode
adscrever um máximo de 4000 pessoas, porém o recomendável é que
tenham em média 3000 pessoas para proporcionarem um
acompanhamento adequado das condições de saúde delas. Portanto a
resposta é D.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

2013 – AOCP – INES


Dentre as atribuições do Agente Comunitário de Saúde está a de
acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos
sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em
conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e
vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam
visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de
a) 1 (uma) visita/família/mês.
b) 2 (duas) visitas/família/mês
c) 3 (três) visitas/família/mês.
d) 4 (quatro) visitas/família/mês.
e) 5 (cinco) visitas/família/mês.

Comentário
Apesar de não ter feito este destaque na aula considerei
interessante trazer para você uma peculiaridade do trabalho fundamental
do ACS para o funcionamento da ESF por meio desta questão. Tendo em
vista que cada ACS acompanha um máximo de 750 pessoas, o que em
média corresponde a 250 famílias, está dimensionado que cada uma
destas famílias receba ao menos 1 visita ao mês. Isto é apenas um
parâmetro. Áreas mais vulneráveis justificam uma distribuição de um
número menos de famílias por ACS. E famílias com maiores complicações
podem justificar um número maior visitas. Portanto a resposta é letra A.

2012 – REDE SARAH – REDE SARAH


Sobre a estratégia saúde da família, analise as afirmativas abaixo,
indicando V (verdadeiro) ou F (falso). Em seguida, assinale a alternativa
correspondente.
( ) As ações na estratégia saúde da família são planejadas de acordo com
a população de sua área de abrangência e a produtividade potencial dos
recursos humanos disponíveis.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

( ) A adcrição da clientela, a construção de vínculo e co-responsabilização


entre equipe e população permitem o acompanhamento longitudinal e a
continuidade das ações.
( ) Os atributos da atenção primária em saúde, acessibilidade, foco na
família e na comunidade são princípios observados no desenvolvimento
da estratégia saúde da família.
( ) Compete ao técnico de enfermagem da equipe de saúde da família
participar do processo de territorização e mapeamento da área de
atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a
riscos e vulnerabilidade.
( ) Visita domiciliar é uma ação de competência do agente comunitário e
do médico da saúde da família, e a participação do técnico de
enfermagem deve ocorrer somente mediante necessidade de realizar
curativos e verificação de sinais vitais do domicílio.
A) V, F, V, F, V.
B) V, F, F, V, F.
C) F, V, F, F, V.
D) F, V, V, V, F.

Vamos avaliar cada uma das afirmações. Na 1ª a banca inicia


colocando um aspecto correto ao referir que o planejamento da equipe
tem que estar de acordo com a necessidade da população, mas o
dimensionamento da força de trabalho também tem que se adequar a
isso. Na 2ª ela descreve corretamente as ações da ESF que possibilitam o
cuidado continuado ou longitudinal. Na 3ª ela destaca outros atributos da
APS que certamente tem que ser adotados como diretrizes do trabalho da
ESF. Já na 4ª ela tenta empregar uma pegadinha te fazendo pensar que a
atribuição de mapear o território seria apenas do ACS, vimos, porém, que
esta é uma atribuição comum à todos os profissionais da equipe de Saúde
da Família. Por último ele restringe a atuação do Técnico de Enfermagem
no domicílio a 2 procedimentos, o que está incorreto. A resposta é D.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF foram criados com


o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção
básica, bem como sua resolubilidade, sobretudo das equipes de saúde da
família. Eles são constituídos por equipes compostas por profissionais
de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira
integrada e apoiando os profissionais das Equipes Saúde da Família, das
Equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na
rua, equipes ribeirinhas e fluviais, etc.), compartilhando as práticas e
saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes,
atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s)
na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território destas equipes.
Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não se constituem
como serviços com unidades físicas independentes ou especiais, e
não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo
(estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes de
atenção básica). Devem, a partir das demandas identificadas no trabalho
conjunto com as equipes, atuar de forma integrada à Rede de Atenção à
Saúde e seus serviços (ex.: CAPS, CEREST, Ambulatórios Especializados
etc.) além de articular-se com dispositivos de outras políticas para alem
da saúde.
O trabalho do NASF é orientado pelo referencial teórico-
metodológico do apoio matricial. Aplicado à Atenção Básica/Primária,

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

isso significa, em síntese, uma estratégia de organização do trabalho


em saúde que acontece a partir da integração de equipes de Saúde da
Família envolvidas na atenção às situações/problemas comuns de dado
território (também chamadas de equipes de referência para os usuários)
com equipes de profissionais com outros núcleos de conhecimento.
A responsabilização compartilhada entre a equipe do NASF e as
equipes de saúde da família/equipes de atenção básica para populações
específicas prevê a revisão da prática do encaminhamento com base nos
processos de referência e contra-referência, ampliando-a para um
processo de compartilhamento de casos e acompanhamento
longitudinal de responsabilidade das equipes de referência, atuando no
fortalecimento de seus princípios e no papel de coordenação do
cuidado nas redes de atenção à saúde.
Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado
aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da
clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção
sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos
quanto sanitários. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos
profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto,
interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos,
educação permanente, intervenções no território e na saúde de
grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações
de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de
trabalho das equipes e etc.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

Modalidades

Os NASF podem ser organizados em 3 modalidades, NASF 1, 2 ou


3. Inicialmente a Portaria 154 de 2008 havia previsto apenas 2
modalidades e a partir da Portaria 3.124 de 2012 o Ministério da Saúde
redefiniu os parâmetros para criação de equipes NASF de modo a melhor
atender a diversidade da necessidade dos municípios brasileiros,
redimensionando os NASF 1 e 2 e criando a modalidade 3.
Poderão compor um NASF as seguintes profissões ou
especialidades: Médico Acupunturista; Assistente Social;
Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta;
Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata;
Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta
Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clinica médica), Médico
do Trabalho, Médico Veterinário, profissional com formação em arte e
educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja,
profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde
pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores
municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir
dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de
saúde que serão apoiadas.
A modalidade NASF 1 deverá ter uma equipe formada por uma
composição de profissionais de nível superior que reúnam as seguintes
condições:
 a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve
acumular no mínimo 200 horas semanais;
 nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que
20 horas;
 cada profissional deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 80
horas de carga horária semanal.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

 cada NASF 1 deverá estar vinculado a no mínimo 5 e a no máximo


9 Equipes Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para
populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e
fluviais);

A modalidade NASF 2 deverá ter uma equipe que reúnam as


seguintes condições:
 a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve
acumular no mínimo 120 horas semanais;
 nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que
20 horas;
 cada profissional deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40
horas de carga horária semanal.
 cada NASF 2 deverá estar vinculado a no mínimo 3 e a no máximo
4 Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para
populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e
fluviais);

A modalidade NASF 3 deverá ser uma equipe formada por uma


composição que reúnam as seguintes condições:
 a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve
acumular no mínimo 80 horas semanais;
 nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que
20 horas
 cada ocupação deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40 horas
de carga horária semanal.
 cada NASF 3 deverá estar vinculado a no mínimo 1 e a no máximo
2 Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para
populações específicas (consultórios na rua, equipes
ribeirinhas e fluviais), agregando-se de modo específico ao

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

processo de trabalho das mesmas, configurando-se como uma equipe


ampliada.

Segue um quadro resumo do que foi descrito acima quanto ao


dimensionamento de cada uma das modalidades de NASF:

2009 – CESPE – FUB


A portaria GM n.º 154/2008 formalizou a criação de Núcleos de Apoio à
saúde da Família (NASF) para atuarem em parceria com os profissionais
das Equipes de Saúde da Família (ESF). Segundo esta portaria, o NASF
será constituído por equipes compostas apenas por médicos e
enfermeiros, a fim de diagnosticar de forma mais eficaz os problemas de
saúde das comunidades.

Comentário
Inicio com esta questão do CESPE que tipicamente pratica mais
questões de certo ou errado do que as de múltipla escolha. Percebam que
esta questão é de 2009 e, portanto ainda tinha como referência a
primeira portaria a respeito do NASF. Nesse caso esse fato não causa
dificuldade quanto a distinção da resposta porque traz uma proposta de
composição para equipes NASF que certamente não condiz com este
dispositivo da PNAB. Portanto a resposta é – errado.
Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 39
PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

2014 – MPE/RS – MPE/RS


A Política Nacional de Atenção Básica no Sistema Único de Saúde,
regulamentada pela Portaria nº 2488/2011, define que os Núcleos de
Apoio à Saúde da Família (NASF) são constituídos por equipes compostas
por profissionais de diferentes áreas de conhecimento e devem atuar de
maneira integrada aos profissionais das Equipes de Saúde da Família e
das Equipes de Atenção Básica. O NASF, portanto, deve atuar como
a) equipe de referência.
b) apoio matricial.
c) programa de apoio sócio-familiar.
d) estratégia de saúde da família.
e) programa de saúde na escola.

Comentário
Interessante que esta questão tenha referenciado o NASF pela
PNAB e não por sua portaria específica. A equipe de referencia como
vimos são as equipes que adscrevem a população diretamente e é
responsável pelo cuidado dela, o melhor exemplo é a equipe de saúde da
família, mas vimos que também há outras equipes específicas que
atendem populações vulneráveis. O NASF até pode atuar apoiando o
Programa Saúde na Escola ou outros programas interesetoriais, mas
também não é a linha de frente nisso. Sua missão primordial é oferecer
apoio matricial, conforme conceituamos no texto da aula. A resposta é B.

12) 2014 – UFCG – Pref. de Nova Floresta/PB


Em relação ao Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), analise as
proposições abaixo, marque V (verdadeiro) ou F (falso) e responda:
I) As equipes do NASF fazem parte da Atenção Primária, mas não se
constituem como unidades físicas independentes ou especiais.
II) A lógica do NASF não é de ambulatório, mas de apoio matricial.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

III) Os profissionais de educação física não fazem parte da equipe do


NASF.
A alternativa correta é:
a) F V F.
b) F F V.
c) V F V.
d) F V V.
e) V V F.

Comentário
Questões deste tipo na verdade juntam várias questões em uma só.
De fato o NASF é um dispositivo da Atenção Primária, sobretudo para
qualificá-la, mas não são serviços com instalação física permanente,
tendo em vista que sua lógica é de apoiar várias equipes e não de ser um
ambulatório especializado. Portanto as 2 primeiras afirmativas estão
certas. Já a última exclui um profissional que pode sim fazer parte de
uma equipe NASF e tem grande valor sobretudo nas ações de promoção à
saúde. Lembro que cabe ao gestor local ponderar as necessidades de
cada território para decidir por essa composição das equipes. Assim, a
resposta fica sendo a letra E.

2015 – NUCEPE – FMS


O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família
(Nasf), mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008,
republicada em 4 de março de 2008. O principal objetivo foi o de apoiar a
inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços, além de
ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica e
aumentar a sua resolutividade, reforçando os processos de
territorialização e regionalização em saúde. Podem então ser
estabelecidos como pontos de síntese na missão do Nasf os seguintes
aspectos, EXCETO,

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

a) o Nasf não se constitui porta de entrada do sistema para os usuários,


mas apoio às equipes de Saúde da Família.
b) vincula-se a um número de equipes de Saúde da Família em
territórios definidos, conforme sua classificação.
c) a equipe do Nasf e as equipes de Saúde da Família criarão espaços de
discussões para gestão do cuidado: reuniões e atendimentos
compartilhados constituindo processo de aprendizado coletivo.
d) o Nasf deve ter como eixos de trabalho a responsabilização, gestão
compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se pretende pela
Saúde da Família.
e) o Nasf não tem autonomia para agir sozinho, todas as ações têm que
ser desenvolvidas juntamente com o ESF.

Comentário
Em que pese o fato do NASF ser projetado para apoiar
matricialmente as equipes da ESF, vinculando-se à elas conforme sua
modalidade, para ajuda-las a cumprir sua missão primordial de coordenar
o cuidado da população que lhe é adscrita, isso não quer dizer que a
equipe NASF não tem autonomia para desenvolver algumas ações sozinha
de acordo com o que for pactuado junto as equipes que ela apoia.
Portanto a resposta é E.

2010 – FUNJAB/SC – Pref. de Florianópolis/SC


A Portaria GM no 154, de 2008, criou os Núcleos de Apoio à Saúde da
Família – NASF, com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das
ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade.
Assinale a alternativa CORRETA, com relação ao NASF.
a) ( ) O NASF deve apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na
rede de serviços, considerando o processo de territorialização e
regionalização desenhado a partir das referências hospitalares.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

b) ( ) O NASF constitui-se porta de entrada do Sistema Único de Saúde


e deve atuar de forma integrada à rede de serviços, a partir da Estratégia
Saúde da Família.
c) ( ) O NASF pode estar classificado em uma das três modalidades:
NASF 1, NASF 2 e NASF 3, sendo vedada a implantação dessas
modalidades, de forma concomitante, nos Municípios e no Distrito
Federal.
d) ( ) O NASF é o responsável por revisar a prática dos processos de
referência e contra- referência no encaminhamento clínico de usuários,
sendo permitida, quando necessária, a participação das Equipes Saúde da
Família no processo de revisão.
e) ( ) O NASF deve ser constituído por equipes compostas por
profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que atuem em
parceria com os profissionais das Equipes Saúde da Família.

Comentário
Nesta questão a banca novamente mesclar verdades com pequenas
besteiras. O trabalho da ESF junto ao NASF deve pautar-se na
territorialização e regionalização, mas isso não certamente não se dá a
partir da perspectiva hospitalar. Já vimos também que o NASF não se
constitui enquanto um serviço com instalações físicas para atender a
população como porta de entrada do sistema, esse papel é da ESF, que
também gostamos de chamar de equipe de referência. A implantação de
equipes em municípios e Distrito Federal são processos independentes,
até porque cada gestor local tem autonomia para promover este
movimento como lhe aprouver. As equipes NASF podem colaborar na
revisão de diretrizes clínicas que determinam os fluxos na rede, mas não
cabe a elas esta responsabilidade, até porque são vinculadas apenas por
algumas das equipes ESF de um determinado município. Essa função cabe
aos setores de cada Secretaria que tem por atribuição esse ordenamento
da Rede. Portanto a resposta é novamente E.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

CONSULTÓRIO NA RUA

Destaco agora um dispositivo que se destaca na PNAB como um dos


principais dispositivos de equidade, isso porque foi pensado para assistir
um extrato da população que vive em extrema vulnerabilidade. É um
dispositivo sobre o qual é mais provável aparecer questões em uma prova
pois é uma realidade presente em todo o Brasil, diferente das populações
ribeirinhas que são assistidas por equipes ESF fluviais, por exemplo.
A responsabilidade pela atenção à saúde da população em situação
de rua, como de qualquer outro cidadão, é de todo e qualquer serviço ou
profissional do SUS, principalmente da Atenção Básica/Primária, tendo em
vista ser a porta de entrada preferencial do sistema. Porém em situações
específicas, com o objetivo de ampliar o acesso destes usuários e
ofertar de maneira mais oportuna a atenção integral à saúde, as
Secretarias Municipais de Saúde podem implantar equipes de
consultórios na rua que são equipes da atenção básica, compostas por
profissionais de saúde com responsabilidade exclusiva de articular e
prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua.
Sendo assim, os municípios ou áreas que não tenham consultórios
na rua, o cuidado integral das pessoas em situação de rua deve seguir
sendo de responsabilidade das equipes de atenção básica, incluindo os
profissionais de saúde bucal e os NASF do território onde estas pessoas
estão concentradas.
As equipes deverão realizar suas atividades, de forma itinerante
desenvolvendo ações na rua, em instalações específicas, em unidade
móvel, se houver, e também nas instalações de Unidades Básicas de
Saúde do território onde está atuando, sempre articuladas e

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

desenvolvendo ações em parceria com as demais equipes de


atenção básica do território (ESF e NASF), e dos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS). É muito importante também que estas equipes se
articulem intersetorialmente com os serviços e instituições do Sistema
Único de Assistência Social entre outras instituições públicas pertinentes.
As equipes dos Consultórios na Rua deverão cumprir a carga
horária mínima semanal de 30 horas. Um diferencial porém é de que
seu horário de funcionamento deverá ser adequado às demandas
das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer em período diurno
e/ou noturno em todos os dias da semana.

2015 – VUNESP – HCFMUSP


A redução de danos é uma das estratégias do Ministério da Saúde no
Brasil para o tratamento dos usuários de drogas psicoativas em situação
de abuso ou dependência que estão em situações vulneráveis,
principalmente moradores de rua. Para esse atendimento, os CAPS –
Centros de Assistência Psicossocial – criaram as equipes de Consultório
a) de Unidade Básica de Saúde.
b) de rua.
c) de ambulatório de saúde mental.
d) itinerante.
e) em abrigo comunitário.

Comentário
Optei por trazer esta questão para distinguir o Consultório na Rua e
o Consultório de Rua. O Consultório de Rua de fato foi um desdobramento
da Política de Saúde Mental, como dispositivo itinerante para enfrentar a
questão de dependência química das pessoas em situação de rua. Em
2011 chegou-se a um entendimento de que estas pessoas não precisam
apenas de apoio para superar a droga adição mas precisam ter sua saúde
assistida integralmente. Deste modo a PNAB incorporou esse dispositivo

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

ampliando-o e chamando-o de Consultório na Rua. Portanto o Consultório


na Rua substituiu o Consultório de Rua. Por isso me causa estranheza que
uma prova de 2015 pergunte sobre isso dessa forma. De qualquer forma
a resposta é letra B.

2015 – BIO/RIO – SPDM


O Consultório na Rua (CR) se configura numa proposta de ampliação do
acesso da população de rua à atenção básica de saúde. O enfermeiro é
uma das categorias profissionais que podem compor os CR. No
atendimento a essa população, quando o enfermeiro estabelece o diálogo
com um usuário de cocaína e explica que ao fazer uso da droga não deve
compartilhar a seringa com outro usuário, está aplicando o princípio:
a) do estímulo ao uso da droga.
b) da condescendência para iniciar o tratamento.
c) da prática da redução de danos.
d) do tratamento diretamente observado (TDO).
e) da educação bancária.

Comentário
O enunciado da questão parece estar querendo saber algo da
atuação de um profissional específico, mas não é esse o foco. A despeito
da transformação dos consultórios de rua em consultórios na rua,
conforme comentei na questão anterior, certamente o tema da droga
dição permaneceu sendo um destaque na composição do trabalho destas
equipes, portanto é comum que apareça em questões de provas. Neste
caso o enunciado da questão descreve a prática da redução de danos.
Portanto a resposta é letra C.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

Para finalizar trago nesta aula um dispositivo muito simbólico da


Atenção Básica/Primária brasileira, que não se configura como serviço,
mas como uma ação intersetorial que pode ser pratica pelas equipes de
Atenção Básica.
O Programa Saúde na Escola (PSE) é um programa que tem por
objetivo a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e jovens do
ensino público básico, no âmbito das escolas e Unidades Básicas de
Saúde, realizada pelas equipes de saúde da Atenção Básica e educação de
forma integrada.
Fazendo um breve apanhado para contextualizar, o PSE foi
instituído pelo Decreto Presidencial nº 6.286 de 5 de dezembro de
2007, surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da
Saúde e da Educação, na perspectiva da atenção integral (promoção,
prevenção, diagnóstico e recuperação da saúde e formação) à saúde de
crianças, adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito das
escolas e unidades básicas de saúde, realizada pelas equipes de saúde da
atenção básica e educação de forma integrada, por meio de ações de:

 avaliação clínica e psicossocial que objetivam identificar


necessidades de saúde e garantir a atenção integral às mesmas na
rede de atenção à saúde;

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

 promoção e prevenção que articulem práticas de formação,


educativas e de saúde visando a promoção da alimentação
saudável, a promoção de práticas corporais e atividades físicas
nas escolas;

 educação para a saúde sexual e reprodutiva;

 prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas;

 a promoção da cultura de paz e prevenção das violências

 promoção da saúde ambiental e desenvolvimento sustentável;

 educação permanente para qualificação da atuação dos


profissionais da educação e da saúde e formação de jovens.

O Caderno de Atenção Básica nº 24 do Ministério da Saúde descreve


as atribuições de cada profissional das equipes de Atenção Básica dentro
do Programa Saúde na Escola.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488/GM, de 21 de outubro de


2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a
revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica,
para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS).
(http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/
pnab)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio à Saúde da Família
/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 116 p.: il. –
(Cadernos de Atenção Básica, n. 39)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica.
– Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 96 p. : il. – (Série B. Textos
Básicos de Saúde) (Cadernos de Atenção Básica ; n. 24)

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

QUESTÕES

1) 2015 – IPEFAE – CISMARPA


A Equipe de Saúde da Família é composta por uma equipe
multiprofissional que possui, no mínimo:
a) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da
família, auxiliar ou técnico de enfermagem, agentes comunitários de
saúde, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista,
farmacêutico e profissional de saúde bucal.
b) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da
família, auxiliar ou técnico de enfermagem, agentes comunitários de
saúde e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou
especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
c) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da
família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de
saúde.
d) Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade, médico ginecologista, médico pediatra, enfermeiro
generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de
enfermagem e agentes comunitários de saúde.

2) 2010 – COVEST- COPSET – UFPE


O Programa de Saúde da Família (PSF) compõe uma das principais armas
das Políticas Públicas de Saúde. O projeto piloto foi implementado na
cidade de Quixadá, Ceará, em 1993. Assinale a alternativa que não
corresponde a uma de suas características.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

a) É uma estratégia de promoção e proteção da saúde dos indivíduos da


família apenas.
b) Propõe um novo modelo de atenção à família.
c) Proporciona à equipe multiprofissional de saúde compreensão do
processo saúde/doença.
d) Proporciona atenção de forma parcial e integral.
e) Busca atender o paciente na unidade de família ou mesmo individual.

3) 2013 – FGV – AL/MT


No que se refere à Estratégia de Saúde da Família (ESF), analise as
afirmativas a seguir.
I. A estratégia de Saúde da Família é considerada pelo Ministério
da Saúde e pelos gestores estaduais e municipais como a estratégia de
expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica no país.
II. Cada profissional de saúde deve ser cadastrado em apenas 01 (uma)
ESF, com exceção do profissional médico, que poderá atuar em no
máximo 02 (duas) ESF, com carga horária total de 40 (quarenta)
horas semanais.
III. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da
população cadastrada, com um máximo de 650 pessoas por ACS e de
10 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite
máximo recomendado de pessoas por equipe.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativa I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

4) 2012 – REDE SARAH – REDE SARAH


Sobre a estratégia saúde da família, analise as afirmativas abaixo,
indicando V (verdadeiro) ou F (falso). Em seguida, assinale a alternativa
correspondente.
( ) As ações na estratégia saúde da família são planejadas de acordo com
a população de sua área de abrangência e a produtividade potencial dos
recursos humanos disponíveis.
( ) A adcrição da clientela, a construção de vínculo e co-responsabilização
entre equipe e população permitem o acompanhamento longitudinal e a
continuidade das ações.
( ) Os atributos da atenção primária em saúde, acessibilidade, foco na
família e na comunidade são princípios observados no desenvolvimento
da estratégia saúde da família.
( ) Compete ao técnico de enfermagem da equipe de saúde da família
participar do processo de territorização e mapeamento da área de
atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a
riscos e vulnerabilidade.
( ) Visita domiciliar é uma ação de competência do agente comunitário e
do médico da saúde da família, e a participação do técnico de
enfermagem deve ocorrer somente mediante necessidade de realizar
curativos e verificação de sinais vitais do domicílio.
A) V, F, V, F, V.
B) V, F, F, V, F.
C) F, V, F, F, V.
D) F, V, V, V, F.

5) 2015 – FGV – TCE-SE


De acordo com a Estratégia de Saúde da Família, uma equipe de saúde da
família deve ser responsável por uma média de:
a) 1.000 pessoas;
b) 1.500 pessoas;

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

c) 2.000 pessoas;
d) 3.000 pessoas;
e) 4.000 pessoas.

6) 2013 – AOCP – INES


Dentre as atribuições do Agente Comunitário de Saúde está a de
acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos
sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em
conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e
vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam
visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de
a) 1 (uma) visita/família/mês.
b) 2 (duas) visitas/família/mês
c) 3 (três) visitas/família/mês.
d) 4 (quatro) visitas/família/mês.
e) 5 (cinco) visitas/família/mês.

7) 2015 – NUCEPE – FMS


O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família
(Nasf), mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008,
republicada em 4 de março de 2008. O principal objetivo foi o de apoiar a
inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços, além de
ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica e
aumentar a sua resolutividade, reforçando os processos de
territorialização e regionalização em saúde. Podem então ser
estabelecidos como pontos de síntese na missão do Nasf os seguintes
aspectos, EXCETO,
a) o Nasf não se constitui porta de entrada do sistema para os usuários,
mas apoio às equipes de Saúde da Família.
b) vincula-se a um número de equipes de Saúde da Família em
territórios definidos, conforme sua classificação.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

c) a equipe do Nasf e as equipes de Saúde da Família criarão espaços de


discussões para gestão do cuidado: reuniões e atendimentos
compartilhados constituindo processo de aprendizado coletivo.
d) o Nasf deve ter como eixos de trabalho a responsabilização, gestão
compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se pretende pela
Saúde da Família.
e) o Nasf não tem autonomia para agir sozinho, todas as ações têm que
ser desenvolvidas juntamente com o ESF.

8) 2009 – CESPE – FUB


A portaria GM n.º 154/2008 formalizou a criação de Núcleos de Apoio à
saúde da Família (NASF) para atuarem em parceria com os profissionais
das Equipes de Saúde da Família (ESF). Segundo esta portaria, o NASF
será constituído por equipes compostas apenas por médicos e
enfermeiros, a fim de diagnosticar de forma mais eficaz os problemas de
saúde das comunidades.

9) 2014 – MPE/RS – MPE/RS


A Política Nacional de Atenção Básica no Sistema Único de Saúde,
regulamentada pela Portaria nº 2488/2011, define que os Núcleos de
Apoio à Saúde da Família (NASF) são constituídos por equipes compostas
por profissionais de diferentes áreas de conhecimento e devem atuar de
maneira integrada aos profissionais das Equipes de Saúde da Família e
das Equipes de Atenção Básica. O NASF, portanto, deve atuar como
a) equipe de referência.
b) apoio matricial.
c) programa de apoio sociofamiliar.
d) estratégia de saúde da família.
e) programa de saúde na escola.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

10) 2014 – UFCG – Pref. de Nova Floresta/PB


Em relação ao Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), analise as
proposições abaixo, marque V (verdadeiro) ou F (falso) e responda:
I) As equipes do NASF fazem parte da Atenção Primária, mas não se
constituem como unidades físicas independentes ou especiais.
II) A lógica do NASF não é de ambulatório, mas de apoio matricial.
III) Os profissionais de educação física não fazem parte da equipe do
NASF.
A alternativa correta é:
a) F V F.
b) F F V.
c) V F V.
d) F V V.
e) V V F.

11) 2015 – NUCEPE – FMS


O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família
(Nasf), mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008,
republicada em 4 de março de 2008. O principal objetivo foi o de apoiar a
inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços, além de
ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica e
aumentar a sua resolutividade, reforçando os processos de
territorialização e regionalização em saúde. Podem então ser
estabelecidos como pontos de síntese na missão do Nasf os seguintes
aspectos, EXCETO,
a) o Nasf não se constitui porta de entrada do sistema para os usuários,
mas apoio às equipes de Saúde da Família.
b) vincula-se a um número de equipes de Saúde da Família em
territórios definidos, conforme sua classificação.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

c) a equipe do Nasf e as equipes de Saúde da Família criarão espaços de


discussões para gestão do cuidado: reuniões e atendimentos
compartilhados constituindo processo de aprendizado coletivo.
d) o Nasf deve ter como eixos de trabalho a responsabilização, gestão
compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se pretende pela
Saúde da Família.
e) o Nasf não tem autonomia para agir sozinho, todas as ações têm que
ser desenvolvidas juntamente com o ESF.

12) 2010 – FUNJAB/SC – Pref. de Florianópolis/SC


A Portaria GM no 154, de 2008, criou os Núcleos de Apoio à Saúde da
Família – NASF, com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das
ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade.
Assinale a alternativa CORRETA, com relação ao NASF.
a) ( ) O NASF deve apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na
rede de serviços, considerando o processo de territorialização e
regionalização desenhado a partir das referências hospitalares.
b) ( ) O NASF constitui-se porta de entrada do Sistema Único de Saúde
e deve atuar de forma integrada à rede de serviços, a partir da Estratégia
Saúde da Família.
c) ( ) O NASF pode estar classificado em uma das três modalidades:
NASF 1, NASF 2 e NASF 3, sendo vedada a implantação dessas
modalidades, de forma concomitante, nos Municípios e no Distrito
Federal.
d) ( ) O NASF é o responsável por revisar a prática dos processos de
referência e contra- referência no encaminhamento clínico de usuários,
sendo permitida, quando necessária, a participação das Equipes Saúde da
Família no processo de revisão.
e) ( ) O NASF deve ser constituído por equipes compostas por
profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que atuem em
parceria com os profissionais das Equipes Saúde da Família.

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 39


PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA PNAB
Prof. Adriano de Oliveira – Aula 05

13) 2015 – VUNESP – HCFMUSP


A redução de danos é uma das estratégias do Ministério da Saúde no
Brasil para o tratamento dos usuários de drogas psicoativas em situação
de abuso ou dependência que estão em situações vulneráveis,
principalmente moradores de rua. Para esse atendimento, os CAPS –
Centros de Assistência Psicossocial – criaram as equipes de Consultório
a) de Unidade Básica de Saúde.
b) de rua.
c) de ambulatório de saúde mental.
d) itinerante.
e) em abrigo comunitário.

Questão Resposta Questão Resposta

1 C 11 E
2 A 12 E
3 D 13 B
4 D 14 C
5 D
6 A
7 E
8 ERRADO
9 B
10 E

Prof. Adriano de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 39

Você também pode gostar