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A questão mais complicada e que será o grande desafio para a maior parte das empresas
nessa implementação, está voltada às demandas “Ocultas” e não somente às demandas
visíveis, que são hoje as maiores frentes de trabalho no ESG da mídia, como ações de
inclusão social, demandas para frear a mudança climática, medidas para minimizar recursos
nocivos e outras atividades que são notícias no dia a dia.
A atenção que chamo aqui para essas demandas ocultas está relacionada ao fator real de
interesse das agendas ESG, que é de fato obter maturidade dos sistemas de gestão das
empresas, mudando sua visão atual que é de responsabilidade pelo fato da iminência de ser
cobrado, para uma visão futura de responsabilidade por precisar ser feito e nesse tema,
precisamos evoluir em vários pontos, que estão escondidos abaixo do iceberg:
https://inbs.com.br/a-qualidade-das-agendas-esg/ 1/2
10/01/2023 14:53 A qualidade das agendas ESG - Instituto Brasileiro de Sustentabilidade
Conforme vemos na imagem, tudo aquilo que está acima da linha visual é representado pelas
questões do ESG que vemos diariamente nos comentários, que seria o plano superficial de
trabalho. Esse plano traz alguns resultados para a empresa, oferece notas para a mídia, porém
não se mantêm sem a estrutura submersa que é o ESG de fato, necessário para a
implementação completa de um programa sólido. Nesses temas, cito dois que devem ser
considerados os menos comentados na nova avalanche ESG e que mais preocupam para o
futuro do investimento sustentável da agenda: Cumprimento de leis e normas e avaliação de
materialidade pelos stakeholders.
Cumprimento de leis e normas: Esse tema é muito importante e todos sabemos que o Brasil é
um dos países com maior numero de normas, regras e legislações em todas as esferas. Todo
esse “Inchaço normativo” não foi criado de graça e sua causa raiz está pautada na
necessidade de fazer cumprir diretrizes não realizadas de forma proativa por parte das
empresas e instituições. É também sabido que existe uma grande dificuldade por parte das
empresas de captar todas as legislações pertinentes e também de conseguir assumir cumprir
todas as demandas, porém muitos pontos da legislação não tem cumprimento pelo simples
fato de custar caro e não ter sido cobrado até então. Esse ponto é no meu entendimento uma
das maiores armadilhas do ESG, principalmente porque no momento em que é questionado,
sua adequação leva tempo, custa caro e existe risco de gerar impacto na mídia, ocasionando
prejuízo ao acionista. Portanto esse é um dos temas que precisa ser estressado internamente
nas empresas com frequência e de forma proativa a fim de evitar uma dor futura.
Olhar para esses temas tão falados e perceber a ansiedade de todos em participar
dessas agendas mostra uma evolução nos próximos anos quanto a preocupação das
empresas e instituições no atendimento das novas demandas emergentes, porém, ao captar
as ações desalinhadas a base não visível do ESG gera preocupação e alerta para os
investidores que podem estar investindo em quem vende, não em quem faz.
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