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Podcast
Disciplina: Dimensão humana na Governança Corporativa
Título do tema: O ESG e a Governança Corporativa: estratégias
da gestão do capital humano como prática da responsabilidade
socioambiental.
Autoria: Janaína P. R. Firmino
Leitura crítica: Jefferson Willian Bucci

Abertura:

Olá, ouvinte! No podcast de hoje o assunto é bem recente na prática da


Governança Corporativa. O ESG, uma sigla em inglês, que traduzida, tem a
temática de Ambiente, Responsabilidade Social e Governança.

Essa terminologia é nova, porque ela propõe uma integração desses três
aspectos da gestão de organizações como uma diretriz para o planejamento
estratégico e tomada decisórias, principalmente, das grandes corporações.

Segundo a literatura da área, essa proposta surgiu, inicialmente como uma


perspectiva financeira, para oferecer aos investidores mundo afora uma
perspectiva de que a empresa pensa nos impactos que ela promove ao meio
ambiente, ao meio social – comunidades locais, colaboradores, a sociedade, e,
consequentemente, aos sócios.

Esse “pensar nos impactos”, poderia ter compreendido sob a ótica


mercadológica, de valor da organização no mundo dos negócios. Pense comigo:
uma empresa que insere em sua prática ações sustentáveis e de
responsabilidade social, constrói uma reputação importante perante aos clientes,
fornecedores e o mercado externo, por exemplo, que poderá lhe conferir bons
resultados operacionais: ou seja, lucratividade. Isso interessa para a
Governança.

Como tudo na vida tem consequências, as ações tomadas pelas empresas pela
estratégia ESG tem sido as melhores, pois quem ganha com isso é o meio
ambiente e a sociedade também.

Vertendo agora o tema para o nosso curso, Dimensão Humana da Governança


Corporativa, é que o assunto fica ainda mais interessante. As práticas ESG não
requerem apenas um olhar para fora da organização, quando o assunto é
responsabilidade social, por exemplo.

É também parte desta responsabilidade o cuidado com as relações humanas no


trabalho.

Do ponto de vista mais corriqueiro, quais seriam as boas práticas da gestão de


pessoas dentro da perspectiva ESG? Escute só esses exemplos: oferecer um
ambiente de trabalho adequado; espaços otimizados para as refeições e
descanso; programas de saúde e de segurança no trabalho; apoio à qualidade
de vida de modo integral; oportunidades de crescimento e desenvolvimento
profissional entre outros.

E do ponto de vista mais crítico? Erradicar o trabalho infantil ou análogo ao


trabalho escravo; Evitar o excesso de trabalho que culminam em doenças do
trabalho; Apoio à diversidade e programas de inclusão no mercado de trabalho
de pessoas marginalizadas; Envolvimento com causas sociais emergentes ou
não, e que impactam diretamente os colaboradores e a sociedade.

Para que uma empresa pública, privada ou de terceiro setor, possa desenvolver
programas com essa magnitude, apenas sob a perspectiva da Dimensão Social,
é necessário o apoio da Alta Gestão.

Que tipo de apoio?

Em primeiro lugar, para incentivar os programas, seria necessária a


disponibilização de recursos financeiros e tecnológicos e claro – humanos para
“por a mão na massa”;

Em segundo lugar, garantir o suporte às lideranças da organização. Tanto as


lideranças de primeira linha como diretores e gerentes, quanto as lideranças
intermediárias como coordenadores, supervisores e líderes operacionais, de
modo que a construção coletiva dessas ações possa fazer sentido a ponto de
promover o engajamento e a mudança de mentalidade das pessoas.

Há exemplos que vimos recentemente na mídia sobre empresas que ousaram


inovar, sob a perspectiva ESG, propondo programas de inclusão de pessoas
negras em seu quadro de funcionários. Esse caso ficou bastante conhecido, pois
a empresa foi o Magazine Luiza, e o Programa de Trainee para Negros. Se você
quiser saber mais, acesse o site da empresa na aba “diversidade” e leia a
respeito.

A empresa foi bastante criticada na época do lançamento por parte da


sociedade, mas também muito elogiada por outra parte. Esse é um risco que a
Governança tem que conhecer para promover as transformações.

Para se assumir uma postura diretiva frente a uma causa social, como neste
exemplo, é preciso o suporte da Governança às suas lideranças com o foco em
manter as decisões em andamento e cuidar do clima organizacional para que
todos os colaboradores sintam-se seguros naquilo que está sendo proposto.

Não é uma tarefa fácil, porém, importante.

Assim como você compreendeu o exemplo das ações ESG quanto à dimensão
de Responsabilidade Social, torna-se mais compreensível as ações de
Sustentabilidade, que é outro pilar desta estratégia, e que demanda a
conscientização e participação ativa das pessoas em cada prática. Por isso, para
que efetivamente, as estratégias ESG estejam infiltradas em cada ação da
Governança, há que se fazer um esforço de recursos e pessoas, pensando na
empresa e à quem ela afeta.
Só assim, a consequência será positiva.

Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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