Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

DELIZIA PINHEIRO DE ANDRADE

POTENCIALIDADES E DESAFIOS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM


SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
Uma revisão integrativa.

Niterói, RJ
2024
DELIZIA PINHEIRO DE ANDRADE

POTENCIALIDADES E DESAFIOS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM


SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
Uma revisão integrativa.

Anteprojeto de pesquisa apresentado à


disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso I do curso de graduação em
enfermagem da Escola de Enfermagem
Aurora de Afonso Costa da Universidade
Federal Fluminense como requisito parcial
de avaliação.

Orientadora: Profª Drª Ana Lúcia Abrahão da Silva

Niterói, RJ
2024
DELIZIA PINHEIRO DE ANDRADE

POTENCIALIDADES E DESAFIOS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM


SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
Uma revisão integrativa.

Tese apresentada ao curso de graduação


em Enfermagem da Escola de Enfermagem
Aurora de Afonso Costa da Universidade
Federal Fluminense, como requisito para
obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.
Aprovada em

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Profª Drª Ana Lúcia Abrahão da Silva - UFF
Orientadora

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Niterói, RJ
2024
DEDICATÓRIA

Ao meu avô Aldes Inocêncio de Andrade, que


faleceu alguns meses depois de eu entrar na
faculdade e regava o sonho de ver a neta se
formando: Seu sonho hoje é realidade.
AGRADECIMENTOS

Texto.
EPÍGRAFE
RESUMO

Introdução: Texto. Objeto: Texto. Objetivo: Identificar as potencialidades e os


desafios da consulta de enfermagem em saúde da mulher na atenção primária à
saúde. Metodologia: Revisão integrativa realizada nas bases __________ em maio
de 2023. Resultados: Texto. Considerações finais: Texto.

Palavras-chaves: Saúde da Mulher; Assistência de Enfermagem; Consulta de


Enfermagem; Atenção Primária à Saúde.
ABSTRACT

Introduction: Text. Purpose: Text. Objective: Text. Methodology: Text. Results:


Text. Final considerations: Text.

Keywords: Texto. Texto. Texto.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 Legenda e data, f. nº


Fig. 1 Legenda e data, f. nº
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Texto, f. nº
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

APS. Atenção Primária à Saúde


SUS Sistema Único de Saúde
PAISM Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
PNAISM Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
UBS Unidade Básica de Saúde
PNAB Política Nacional de Atenção Básica
AB Atenção Básica
CE Consulta de Enfermagem
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO, p.
1.1 Motivação, p.
1.2 Contextualização, p.
1.3 Justificativa, p.
1.4 Questões norteadoras, p.
1.5 Objeto de estudo, p.
1.6 Objetivos de estudo, p.

2. REVISÃO DE LITERATURA, p.
2.1 Atenção Primária à Saúde, p.
2.2 Consulta de Enfermagem , p.
2.3 Saúde da mulher e Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, p.

3. METODOLOGIA, p.
3.1 Tipo de estudo, p.
3.2 Etapas da revisão integrativa, p.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS DA PESQUISA, p.

5. CONCLUSÃO, p.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.
6.1 Obras citadas, p.
6.2 Obras consultadas, p.
1. INTRODUÇÃO

1.1 Motivação
O interesse para o desenvolvimento deste estudo surgiu a partir da minha
vivência em um estágio extracurricular realizado em uma Clínica de Família (CF) na
cidade do Rio de Janeiro de março a dezembro do ano de 2023. Ao longo desse
período acompanhei e, posteriormente, conduzi diversas consultas de enfermagem
voltadas para a saúde da mulher.
Durante essas consultas, notei que os enfermeiros da Unidade Básica de
Saúde (UBS) adotavam uma narrativa importante, porém limitada, a fim de reforçar a
importância da coleta de material para o exame citopatológico do colo uterino e
também para realizar o pré-natal, quando gestante.
Nesse sentido, foi possível notar também que outras ações voltadas à saúde
da mulher não eram incluídas na consulta e inexistia, na prática, a aplicação do
conceito de integralidade. Por isso, decidi pesquisar sobre as potencialidades e as
dificuldades da assistência de enfermagem à saúde da mulher no contexto da
Atenção Primária à Saúde (APS).

1.2 Contextualização
No que se refere à atenção à saúde da mulher no Brasil, as políticas iniciais
foram implementadas nas primeiras décadas do século XX de forma limitada às
demandas relativas à gravidez e ao parto. Esses programas representavam a
perspectiva reduzida acerca da mulher, baseada no biologicismo aliado ao papel
social de mãe e doméstica da época. (BRASIL, 2004).
Em 1984, sob influência do processo de construção do Sistema Único de
Saúde (SUS) e do movimento da Reforma Sanitária, o Ministério da Saúde lançou o
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) que tinha como uma
de suas diretrizes a integralidade na assistência à saúde. (FREITAS, 2009)
Foram realizados estudos para avaliar a implementação da política de saúde
da mulher que evidenciaram dificuldade na execução das ações descritas na
política. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) editou a Norma Operacional de
Assistência à Saúde (NOAS) na época estabelecendo que os municípios deveriam
garantir ações básicas mínimas de pré natal e puerpério, planejamento familiar e
prevenção do câncer de colo uterino. Porém, essas ações básicas mínimas ainda
eram insuficientes visto que não abrangiam todo o conjunto de ações que norteavam
a PAISM. (BRASIL, 2004)
Por isso, em 2004 foi elaborada a Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Mulher pelo Ministério da Saúde que estabeleceu como uma de suas
diretrizes a orientação e captação do SUS para atenção integral à saúde da mulher,
contemplando a promoção da saúde, as necessidades dessa população em relação
à saúde, o controle de doenças mais prevalentes e a garantia ao direito à saúde.
(BRASIL, 2004)
A atenção integral é também um dos princípios da Política Nacional de
Atenção Básica (PNAB) junto ao cuidado centrado na pessoa como diretriz. E, nessa
política são descritas também como atribuições específicas do enfermeiro a
realização da consulta de enfermagem e realizar atenção à saúde em todas as fases
do desenvolvimento humano. (BRASIL, 2017)
Dessa forma, é importante salientar que entre as ações desenvolvidas pelos
enfermeiros na APS está a consulta de enfermagem em saúde da mulher e essa
consulta pode ser um instrumento promotor da integralidade desde que considere os
determinantes sociais, aspectos religiosos, econômicos, questões de raça e gênero
e outros. (ZOCCHE, 2017)
Porém, apesar da nova política trazer em sua teoria uma forma inovadora de
se pensar saúde de maneira integrada, rompendo com o modelo biologicista, na
prática a integralidade da assistência ainda não é uma realidade efetiva, já que o
sistema de saúde ainda apresenta dificuldades em assistir as mulheres de acordo
com suas necessidades e para além da consulta com enfoque ginecológico.
(FREITAS, 2009).

1.3 Justificativa
Em 2019, 17,3 milhões de pessoas de 18 anos ou mais procuraram algum
serviço da Atenção Primária e, entre elas, 69,9% eram mulheres (IBGE, 2019).
Sendo assim, é essencial que a consulta de enfermagem seja feita com base em um
olhar ampliado que rompa com o modelo patriarcal que ainda está enraizado na
sociedade. (SILVA et al., 2020)
A justificativa desse estudo está na possibilidade de superar os desafios e
reforçar as potencialidades da assistência de enfermagem à saúde da mulher e
garantir a efetivação do direito à integralidade na assistência à saúde para esse
grupo.

1.4 Questão norteadora


O presente estudo busca responder a seguinte questão norteadora: Quais
são as potencialidades e os desafios da consulta de enfermagem à saúde da mulher
na atenção primária à saúde?

1.5 Objeto de estudo


A consulta de enfermagem em saúde da mulher na atenção primária à saúde.

1.6 Objetivos de estudo


Desenvolveu-se dois objetivos:
● Identificar a produção científica nacional acerca da consulta de enfermagem
em saúde da mulher na atenção primária à saúde
● Analisar a produção científica nacional sobre os desafios e potencialidades da
consulta de enfermagem na atenção primária à saúde.
2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Atenção Primária à Saúde


A concepção moderna de APS surgiu em 1920 no Relatório Dawson no Reino
Unido que preconizou que os sistemas de atenção à saúde fossem organizados em
diversos níveis. Houveram diversos movimentos que levaram à APS, dentre eles a
Conferência de Alma-Ata. (MENDES, 2015)
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada
em Alma-Ata, em 1978, convocou os governos a formularem políticas, estratégias e
planos para implementar a APS como um sistema nacional de saúde.
(GIOVANELLA, 2019)
A declaração de Alma-Ata definiu APS como “cuidados essenciais baseados
em métodos de trabalho e tecnologias de natureza prática, cientificamente críveis e
socialmente aceitáveis, universalmente acessíveis na comunidade aos indivíduos e
às famílias, com sua total participação e a um custo suportável para as comunidades
e os países, à medida que se desenvolvem em um espírito de autonomia e
autodeterminação” (OMS/UNICEF, 1979)
A partir dessa definição surgiram os elementos essenciais da APS como a
educação em saúde, programa materno-infantil, promoção de alimentação saudável
e micronutrientes, valorização das práticas complementares, prevenção de
endemias, imunização e planejamento familiar, entre outros. (MENDES, 2015)
Há ainda a interpretação da APS como estratégia de organização do sistema
de atenção à saúde com sete atributos: Primeiro contato; Longitudinalidade;
Integralidade; Coordenação; Focalização na família; Orientação comunitária e
competência cultural. Só há qualidade na APS quando esses atributos estão sendo
executados. (MENDES, 2015)
No contexto da América Latina, de 1980 a 1990, foram difundidos pacotes
mínimos de serviços da APS direcionados a grupos específicos como o materno-
infantil. Nos anos 2000, com a redemocratização, ocorreu o processo de
revitalização da APS, em uma tentativa de reafirmar os princípios de Alma-Ata, pela
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), enfatizando a inclusão social,
integralidade e equidade. (GIOVANELLA, 2019)
Foi lançada em 2006 a primeira edição na Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB), que sofreu atualizações em 2011 e novamente em 2017, que está
vigente no momento. A nova PNAB estabelece uma revisão das diretrizes e normas
para organizar a atenção básica (AB) e traz o novo conceito de política e afirma a
necessidade de uma AB acolhedora e resolutiva (PNAB, 2017)
Dessa forma, a PNAB estabelece as seguintes diretrizes:
I - Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a
programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e
intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e nos
determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território,
sempre em consonância com o princípio da equidade;
II - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de
qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e
preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a
vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de
saúde. O estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e
acolhimento pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do
serviço de saúde que parte do princípio de que a unidade de saúde deva
receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, de modo
universal e sem diferenciações excludentes. O serviço de saúde deve se
organizar para assumir sua função central de acolher, escutar e oferecer uma
resposta positiva, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de
saúde da população e/ou de minorar danos e sofrimentos desta, ou ainda se
responsabilizar Política Nacional de Atenção Básica pela resposta, ainda que
esta seja ofertada em outros pontos de atenção da rede. A proximidade e a
capacidade de acolhimento, vinculação, responsabilização e resolutividade
são fundamentais para a efetivação da atenção básica como contato e porta
de entrada preferencial da rede de atenção;
III - Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e
responsabilização entre as equipes e a população adscrita, garantindo a
continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. A
adscrição dos usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou
famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência
para o seu 20 cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste na construção de
relações de afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador da saúde,
permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilização pela
saúde, construído ao longo do tempo, além de carregar, em si, um potencial
terapêutico. A longitudinalidade do cuidado pressupõe a continuidade da
relação clínica, com construção de vínculo e responsabilização entre
profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente,
acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos
na vida dos usuários, ajustando condutas quando necessário, evitando a
perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia decorrentes do
desconhecimento das histórias de vida e da coordenação do cuidado;
IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integrando
as ações programáticas e demanda espontânea; articulando as ações de
promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e
reabilitação e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão
necessárias a estes fins e à ampliação da autonomia dos usuários e
coletividades; trabalhando de forma multiprofissional, interdisciplinar e em
equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o
no conjunto da rede de atenção. A presença de diferentes formações
profissionais, assim como um alto grau de articulação entre os profissionais,
é essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas
também tenha lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente
os núcleos de competência profissionais específicos vão enriquecendo o
campo comum de competências, ampliando, assim, a capacidade de cuidado
de toda a equipe. Essa organização pressupõe o deslocamento do processo
de trabalho centrado em procedimentos, profissionais para um processo
centrado no usuário, onde o cuidado do usuário é o imperativo ético-político
que organiza a intervenção técnico-científica; e
V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua
autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das
pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e
condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde
a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício do controle social
Nesse sentido, há evidências que os sistemas de saúde baseados em uma
atenção primária bem consolidada são mais adequados porque se organizam de
acordo com as necessidades de saúde da população local. Ademais, apresentam
custos mais baixos, enfatizam a promoção da saúde e a prevenção da doença.
(MENDES, 2011)
Contudo, para que esses benefícios sejam alcançados, a APS deve cumprir
três funções essenciais: Capacidade de resolutividade, coordenação dos fluxos e
contrafluxos e a responsabilização por sua população. (MENDES, 2011)
Dentro da PNAB, surge também o conceito de Estratégia de Saúde da
Família (ESF) como um modelo preferencial de reorganização da APS no SUS. A
ESF baseia-se em princípios norteadores como centralidade na pessoa e na família,
vínculo com o usuário, integralidade e coordenação da atenção, articulação à rede
assistencial, participação social e a atuação intersetorial. (Arantes et. al. 2016)
2.2 Consulta de Enfermagem
A designação “Consulta de Enfermagem” (CE) surgiu na década de 60 no
Brasil e, antes, na década de 20, era chamada de entrevista pós clínica por ser um
procedimento delegado pela equipe dos médicos aos enfermeiros a fim de completar
a consulta médica. (MACIEL e ARAÚJO, 2003)
A evolução da CE no Brasil acompanhou as fases da enfermagem: A primeira
fase se refere a criação da Escola Ana Néri, em 1923, quando médicos brasileiros e
enfermeiras americanas implantaram a CE no país. A segunda fase se caracteriza
por uma perda de espaço na atuação direta, com foco em funções normativas. A
terceira fase ocorreu no pós-guerra que trouxe uma ascensão para a enfermagem e
para a CE e, finalmente, em 1956 a quarta fase trouxe melhores perspectivas para a
enfermagem com o avanço no ensino da área. (MACIEL e ARAÚJO, 2003)
A CE é respaldada legalmente pela Lei 7.498 de 25 de junho de 1896 que
dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem. Ademais, a CE é
classificada como atividade privativa do enfermeiro, isto é, aquela que só pode ser
executada por ele, sem poder delegar a outro membro da equipe. (MACIEL E
ARAÚJO, 2003)
Segundo o Comitê de Consulta de Enfermagem (1979) , a CE pode ser
definida como uma atividade prestada pelo enfermeiro ao cliente, onde se identifica
problemas de saúde-doença e são prescritas medidas que contribuam para a
promoção, proteção, recuperação ou reabilitação do cliente.
A CE engloba a entrevista para coleta de dados, o exame físico, o
estabelecimento do diagnóstico de enfermagem e a prescrição dos cuidados. Esta é
considerada um dispositivo importante para promover saúde e melhorar a qualidade
de vida dos indivíduos e envolve tomada de decisões baseada em conhecimento
científico. (SILVA E SANTOS, 2016)

2.3 Saúde da mulher e Política Nacional


Na saúde da mulher, a integralidade pode ser traduzida como as práticas de
atenção que garantam o acesso das mulheres a ações resolutivas construídas de
acordo com as especificidades do ciclo de vida feminino e das necessidades que
surgem.
Fruto do movimento feminista, construiu-se o Programa de Assistência
Integral à Saúde da mulher (PAISM) no ano de 1984. Esse programa atuou na
construção de conhecimento sobre as demandas das mulheres indo além das
especificidades do ciclo reprodutivo, rompendo com a perspectiva maternal. O
PAISM passou por avanços e também retrocessos e, atualmente, a PNAISM ocupa
seu lugar. (COELHO, et. al. 2009)
Entretanto, para ter uma boa qualidade de atenção à saúde, deve-se englobar
as questões psicológicas, biológicas, sociais, sexuais, ambientais e culturais. Isso
significa superar o enfoque biomédico e adotar o conceito integral de saúde. Ou
seja, para qualificar a atenção em saúde é necessário também aprender a
compartilhar saberes e também reconhecer direitos. (BRASIL, 2004)
Em um breve diagnóstico da situação da saúde da mulher no Brasil, a
PNAISM traz em um de seus capítulos algumas problemáticas como o alto índice de
violência doméstica e sexual que atinge a população feminina. Outro problema que
urge é a situação de ilegalidade no qual o aborto é realizado no Brasil, as mulheres
adolescentes que ficam “à deriva” nos serviços de saúde, a ausência de ações
voltadas para mulheres no climatério e também a falta do trabalho em saúde mental
sob o enfoque de gênero (BRASIL, 2004).
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de estudo
3.2 Etapas da revisão integrativa

4.ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS DA PESQUISA

5. CONCLUSÃO

6. BIBLIOGRAFIA
6.1 OBRAS CITADAS
6.2 OBRAS CONSULTADAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher:
princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde,
2004. 82 p.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde


2019. [acessado 2023 Maio 12]. Disponível em:
https://aps.saude.gov.br/noticia/10136

Saúde sexual e reprodutiva no Brasil: dilema e desafios. São Paulo: Editora


Hucitec/Population Council; 1999. p. 151-62.

FREITAS, G. de L. et al Discutindo a política de atenção à saúde da mulher no


contexto da promoção da saúde. Rev. Eletr. Enf v. 11, n.2, p. 424-428, 2009.
ZOCCHE, D. A. A.; VENDRUSCOLO, C.; ADAMY, E. K.; RIBEIRO, K. P.; OLIVEIRA,
M. C. B. Percepções de enfermeiros acerca da integralidade da atenção à saúde
feminina. Revista de Enfermagem – UFPE On Line, Recife, v. 11, n. 11, p. 4758-
4766, nov. 2017. Disponível em :
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1032339. Acesso em: 10 maio
2021

SILVA, A. F. C.; ALVES, C. G.; MACHADO, G. D.; MEINE, I. R.; SILVA, R. M.;
CARLESSO, J. P. P. Violência doméstica contra a mulher: contexto sociocultural e
saúde mental da vítima. Research, Society and Development, v. 9, n. 3, e35932363,
2020. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2363.

Ministério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: Diário


Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.

Mendes, Eugênio Vilaça A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À


SAÚDE. / Eugênio Vilaça Mendes. Brasília: Conselho Nacional de Secretários de
Saúde – CONASS, 2015. 193 p.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE/UNICEF. Cuidados primários de saúde:


Relatório da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, Alma-
Ata, Rússia. Brasília, UNICEF, 1979

GIOVANELLA L; MENDONÇA MHM; et al. De Alma-Ata a Astana. Atenção primária


à saúde e sistemas universais de saúde: compromisso indissociável e direito
humano fundamental. PERSPECTIVAS • Cad. Saúde Pública 35 (3) 25 Mar 2019.
https://doi.org/10.1590/0102-311X00012219

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde.Departamento de Atenção Básica. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2012. 110 p.

MENDES Eugênio Vilaça. AS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE. 2° edição,


Brasília-DF, Organização Pan-Americana de Saúde – Representação Brasil, 201

COMITÊ DE CONSULTA DE ENFERMAGEM. Revista Brasileira de Enfermagem


[online]. 1979, v. 32, n. 4 [Acessado 13 Maio 2023], pp. 407-408. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0034-716719790004000008>.

Maciel, Kelly & Santos, Silvia Maria. (2016). A consulta de enfermagem na Estratégia
de Saúde da Família: realidade de um distrito sanitário. Revista de Enfermagem da
UFSM. 6. 248. 10.5902/2179769218079
Arantes, Luciano, Shimizu, Helena, SOUSA, M. F. de, Merchan-Hamann, E.
Contribuições e desafios da estratégia saúde da família na atenção primária à saúde
do Brasil: Revisão da literatura.. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2016/Jan).
[Citado em 13/05/2023]. Está disponível em:
http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/contribuicoes-e-desafios-da-estrategia-
saude-da-familia-na-atencao-primaria-a-saude-do-brasil-revisao-da-literatura/15439?
id=15439&id=15439

Coelho, Edméia de Almeida Cardoso et al. Integralidade do cuidado à saúde da


mulher: limites da prática profissional. Escola Anna Nery [online]. 2009, v. 13, n. 1
[Acessado 13 Maio 2023], pp. 154-160. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1414-81452009000100021>. Epub 11 Jun 2010. ISSN
2177-9465. https://doi.org/10.1590/S1414-81452009000100021.

Você também pode gostar