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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO – CAC


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
BACHARELADO EM GESTÃO DA INFORMAÇÃO

Discente: Thaís de Fátima da Nóbrega Barbosa


Matrícula: 201048424
Data: 05/07/2023
Disciplina: Introdução à Organização da Informação
Docente: Dr. André A. C. Felipe
Trabalho: Fichamento de Texto

Referência: COADIC, Yves-François Le. A ciência da Informação. Brasília: Briquet de


Lemos/ Livros, 1996. Tradução de: Maria Yêda F. S. de Filgueiras Gomes.

O autor inicia o capítulo fazendo uma reflexão sobre as teorias e diferentes conceitos
utilizados na tentativa de definir o que é informação. E faz uma crítica a respeito da
motivação por traz destas definições. Então se comunica com o leitor solicitando que
ambos se atenham apenas a informação como instrumento de comunicação e cognição.

I – Que é a informação?

A definição suscinta é de que a informação é o saber contido em um documento (no sentido


abrangente, incluindo desde registros em papel até audiovisual). Ou seja, a essência ou o
conteúdo comunicado a um ser humano através de um determinado meio.

Existem diversas motivações que levaram e levam as pessoas a buscarem informação, mas
o objetivo é sempre o mesmo: conhecimento.

1 – A explosão da informação

O desenvolvimento da escrita possibilitou concretizar a memória, que até então era uma
atividade desenvolvida exclusivamente pelo cérebro (muito antes do advento da escrita as
memórias já eram registradas pelos homens através de pinturas rupestres, mas o autor não
cita essa forma mais primitiva de registro de informações).

O aumento da quantidade destes registros cresce exponencialmente. O autor demonstra esse


aumento através de uma análise sobre a quantidade de periódicos primários, secundários e
grandes hospedeiros entre os anos 1700 e 2000. Observa-se que em 1700 se inicia a
produção de literatura científica primária. Com o aumento dessa produção são criadas as
literaturas secundárias, que tinham como objetivo resumir as primárias. Mas as secundárias
continuam crescendo, já que a produção da primária não reduz. Como o acervo é cada vez
maior, surgem os grandes hospedeiros. Por isso o nome de explosão da informação, devido

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ao comportamento da curva de crescimento.

2 – A implosão do tempo

A evolução da tecnologia mudou a percepção da passagem do tempo para a sociedade. A


velocidade com que os meios de comunicação são capazes de transmitir os dados gerou a
sensação de implosão do tempo. Vale ressaltar que o texto foi produzido originalmente em
1994, adaptado e traduzido em 1996. Se naquela época já se pensava em implosão do
tempo, o que dizer a respeito das mensagens instantâneas, chamadas de vídeo entre pessoas
em qualquer lugar do mundo e demais avanços?

3 – O fluxo da informação

A explosão da informação somada à implosão do tempo gerou uma maior densidade no


fluxo informacional, isto é, uma quantidade cada vez maior de informação estava sendo
transmitida em um intervalo de tempo cada vez menor. Moderar esse fluxo, já que as
fronteiras territoriais não eram mais barreiras para a troca de informações, passou a ser uma
questão importante do ponto de vista econômico, político e jurídico.

II – Informação e conhecimento

A seção inicia explicando o conceito em que se baseia a equação fundamental da ciência da


informação. Cada ser humano possui uma base própria, singular, de conhecimento. Ela é
composta das experiências a que esse sujeito foi submetido. Um novo estágio de
conhecimento para um determinado sujeito é construído através da junção entre a base de
conhecimento e a parcela de conhecimento adquirido através de uma informação.

III – Informação e comunicação

O autor relaciona ESQUEMA ECONÔMICO CLÁSSICO e CICLO DA INFORMAÇÃO:

Criação
Produção

Uso
Consumo Comunicação
Distribuição

Não são equivalentes conceitualmente, apenas no âmbito dos processos.

Uma nova análise é feita, não mais sobre os conceitos de informação, mas sobre as
analogias desenvolvidas por diversos autores comparando a comunicação com o fluxo
elétrico. O autor realiza novas críticas informando que, ao mesmo tempo em que relacionar
e comparar conceitos pode ajudar em sua compreensão, pode também induzir ao erro ou a
simplificações demasiadas. E finaliza o capítulo definindo comunicação como etapa que
concede a permuta de informações entre os agentes. Logo, a comunicação é a ação
enquanto a informação é o produto desta ação.

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