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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

Adassa Vieira de Moraes Cantarino- 3702978; Ana Caroline Bernardo Braga- 3702836;

Ana Júlia de Sales Lira - 3703314; Daniela Paula da Silva Pereira- 3703241;

Débora Medeiros de Carvalho- 3703437; Giovanna Teles Rosa- 3703410;

Milena Linhares Mattos- 3703082; Nalanda Amaral Cardoso- 3702906;

Nathalia Gurgel Leite Amaral- 3703001; Sarah Rebeca Silva de Abreu- 3703091;

Tássia Cristina Ramos da Silva Laureano- 3703049; Thamires Rosa do Nascimento- 3703158;

Tennille Candido de Souza Sena dos Santos- 3703279.

HORMÔNIO OCITOCINA

NOVA IGUAÇU, 2023


HORMÔNIO OCITOCINA

Trabalho sobre o hormônio Ocitocina,


apresentado no curso de graduação em
Psicologia pela Universidade do Grande Rio
(Unigranrio), campus de Nova Iguaçu, RJ, como
recurso de obtenção de nota.

Orientador (a): Prof.ª Dra. Cleide da Câmara


Souza.

NOVA IGUAÇU, 2023.


RESUMO

A ocitocina foi descoberta em 1909, pelo farmacologista inglês Henry H. Esse


trabalho discute a ocitocina como o componente central de uma bioquímica do amor. Henry
notou que o hormônio levava à contração do útero em gatas grávidas, é um hormônio
produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior. Ocitocina é frequentemente
denominada de hormônio do amor, mas por que ela recebe essa denominação? Qual é o
papel da ocitocina no nosso corpo? Aliada a outros hormônios, está associada ao prazer
sexual, relacionado com as nossas emoções.
Esse hormônio é responsável pela aproximação entre as pessoas e formação de
laços. Em razão dessas propriedades, não é de se admirar que a ocitocina tenha sido
reconhecida como o hormônio do amor, associando à felicidade e ao amor. Quanto maior o
nível deste hormônio no seu corpo maiores são os benefícios à sua saúde, como bem-estar,
relaxamento e prazer.
O estímulo deste hormônio é muito mais acentuado no gênero feminino do que no
masculino. Há grandes concentrações de ocitocina durante a gestação, no parto e na
amamentação. O que pode ajudar a evitar hemorragias no pós-parto ou em cirurgias. Esse
hormônio está ligado ao vínculo entre mãe e filho e ao vínculo entre casais. Podemos citar
ainda que a ocitocina, juntamente a outros neurotransmissores, diminui as respostas de
ansiedade e estresse nas interações sociais, possui efeitos benéficos nas interações sociais
em pessoas com esquizofrenia e autismo, além de garantir uma melhor satisfação de
homens e mulheres nas relações sexuais. Ajudando com o desenvolvimento de confiança,
generosidade e empatia.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

DESENVOLVIMENTO 5

CONCLUSÃO 8

REFERÊNCIAS 9
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade definir um dos hormônios imprescindíveis à


vida humana: a ocitocina. Sabe-se que nosso organismo é composto por vários tipos de
hormônios produzidos, de forma a dar funcionalidade às diversas funções do corpo humano.
Interessante constatação é a relação da ocitocina (...) que parece
atuar indiretamente no núcleo paraventricular do hipotálamo,
produzindo ação antiestressora. As ações centrais da ocitocina
devem ter uma atuação neuromoduladora, propiciando ao SNC
envolver-se em situações de grande excitabilidade, como é o caso da
relação sexual. (DACOME e GARCIA 2008)

A ocitocina é um hormônio que tem sua produção localizada e secretada em maior


escala no núcleo paraventricular do hipotálamo e, posteriormente, armazenado na
neurohipófise (GUYTON; HALL, 2006), estando ligada ao comportamento sexual e tendo em
sua produção inúmeros benefícios à vida e bem-estar do ser humano.
A compreensão da evolução de determinado hormônio em relação a sua
versatilidade parece ser um caminho propício para se compreender melhor o ser humano,
suas necessidades e emoções (DACOME e GARCIA 2008).

DESENVOLVIMENTO

A princípio começamos relatando como o organismo produz e reproduz esse


hormônio. Assim como outros hormônios e neurotransmissores, a ocitocina é produzida em
uma região do nosso cérebro e percorre todo o nosso corpo através do sangue. Depois
disso, ela age em diferentes lugares, principalmente no próprio cérebro e dentro do útero.
O hormônio ocitocina é produzido naturalmente pelo corpo quando a pessoa se
encontra relaxada e segura, sua produção é intensificada em momentos como o parto, a
amamentação e em relações sexuais. Também é possível estimular e aumentar sua
produção por meio do contato físico, abraços e massagens, além da prática de boas ações,
alimentação saudável ou pela adoção de um animal de estimação, por exemplo.
Ao adentrarmos esse ponto do trabalho iremos destacar agora qual a influência das
emoções sobre este hormônio. Como comentado anteriormente, a ocitocina também é
conhecida como hormônio do amor, quanto maior o nível desse hormônio no seu corpo
maiores são os benefícios à sua saúde, bem-estar, relaxamento e prazer. As emoções têm
papel fundamental para estimular ou frear a produção deste hormônio.
Todos os estímulos agradáveis vão liberar e aumentar a produção de ocitocina. Por
exemplo: abraços, beijos, carinhos, algo que gere sentimentos de gratidão, ter ações boas
para com o próximo ou que te faça sentir útil e produtivo. O simples toque, o calor do
contato físico com alguém importante é capaz de aumentar o nível de ocitocina fortalecendo
a formação de vínculos afetivos, o aumento do sentimento de confiança e a sedução do
comportamento do medo.
Atividades e emoções que trazem bem-estar físico e mental ajudam a reduzir os
níveis de ansiedade, elevar a sensação de calma e relaxamento. Em contrapartida,
situações estressantes, desconfortáveis ou de solidão, sendo o oposto do aspecto da
felicidade e bem-estar, diminui a produção e níveis desse hormônio.
A seguir, pode-se ressaltar o efeito orgânico negativo quando esse hormônio é
aumentado. A ocitocina forma, junto com a serotonina, a dopamina, a noradrenalina e a
endorfina, um grupo conhecido como “hormônios da felicidade”, por sua capacidade de
regular as sensações humanas.
Dessa forma, quando em excesso no nosso organismo, podemos ter: sentimento de
medo e ansiedade; pode, haver contribuições para o desenvolvimento do transtorno
hipersexual; a combinação do efeito antidiurético da Ocitocina com a infusão I.V. pode
causar sobrecarga volumétrica levando à forma hemodinâmica do edema pulmonar agudo
sem hiponatremia e além disso, consta na bula da solução para suplementação de ocitocina
que, quando se utiliza a ocitocina por infusão I.V. para a indução do parto ou para o estímulo
das contrações, a sua administração em doses excessivas produz um superestímulo uterino
prejudicial ao bebê.
Opondo-se ao que foi apresentado anteriormente, pode-se falar também do efeito
orgânico negativo quando esse hormônio está diminuído. As pessoas que produzem o
hormônio em quantidade inadequada, apresentam instabilidades mentais e físicas. No geral,
a baixa quantidade de ocitocina, obviamente, tem o efeito inverso da quantidade saudável.
Isso pode causar tristeza, tensão, estresse, baixa na libido, apatia e antipatia, dores
musculares e ansiedade.
Os principais sintomas que indicam uma diminuição no organismo, são: olhar triste;
dificuldade em sorrir; falta de expressões emocionais; estresse; diminuição da libido;
diminuição da função cognitiva; diminuição da memória e atenção; distúrbio do sono; falta
de lubrificação durante o sexo; diminuição da capacidade de ejacular; diminuição da
capacidade de atingir o orgasmo feminino; frieza ao demonstrar sentimentos; tensão
muscular; incapacidade de amamentar, mesmo quando os seios estão cheios de leite;
empatia reduzida e por fim, ansiedade e medo excessivos. Esses sintomas também são
relacionados a outros distúrbios mentais e psicológicos, por isso é de extrema importância
investigar.
Dessa forma, para ilustrarmos melhor, trazemos aqui quais doenças podem se
desenvolver pelo desequilíbrio desse hormônio em nosso corpo. Possuindo a função de
aumentar as sensações de bem-estar e diminuir estresse, ansiedade e melhorar quadros
depressivos, em condições desfavoráveis pode causar prejuízos à saúde. Como por
exemplo: hipotensão aguda de curta duração acompanhada por rubor e taquicardia reflexa;
sofrimento fetal, asfixia e morte; hipertonia, tetania ou ruptura uterina; transtorno hipersexual
nos homens; aumenta os riscos de coagulação intravascular disseminada pós-parto;
intoxicação hídrica associada à hiponatremia materna e neonatal; depressão, ansiedade,
entre outros.
Foi exemplificado o que acontece com o ser humano com quantidades excessivas
desse hormônio e com sua deficiência também, mas qual seria a sua influência sobre o
comportamento em estado de equilíbrio? Dessa forma, cabe introduzir que com a ação da
ocitocina em equilíbrio no nosso corpo, nos tornamos mais calmos, afetuosos e empáticos.
Tendemos a confiar mais nas pessoas e estar mais dispostos a ajudá-las.
Houve um estudo, de um neuroeconomista chamado Paul J. Zak, que apontou que
durante um experimento onde realizavam uma atividade de dividir dinheiro com estranhos,
os participantes que inalaram ocitocina e a realizaram foram 80% mais generosos do que os
que não inalaram. Para além disso, durante a pesquisa feita para esse presente trabalho,
encontrou-se no Youtube, o vídeo “A verdade sobre a Ocitocina”, que diz respeito a um
corte de um Podcast com psicólogo clínico e neurocientista chamado Eslen Delanogare,
cujo relatou que o consumo da ocitocina tem a capacidade de tornar as pessoas mais
altruístas, além de melhorar o afeto pelas pessoas que estão próximas, tendo um efeito
contrário para as pessoas mais distantes.
As orientações para manter o equilíbrio deste hormônio são: abraçar as pessoas que
amamos (como a família, os amigos ou o(a) companheiro(a), pois há liberação de ocitocina);
praticar alguns exercícios de relaxamento como a meditação, o yoga; ter relações sexuais.
tomar sol para que a produção desse hormônio seja contínua e manter uma alimentação
equilibrada (podemos citar até mesmo alguns alimentos que estimulam a produção do
hormônio, são eles: chocolate, banana, oleaginosas).
Ademais, tem-se a indicação clínica para equilíbrio e desequilíbrio de ocitocina.
Conforme as indicações descritas anteriormente para manter o equilíbrio do hormônio no
organismo, neste tópico elas são retomadas novamente. Com as práticas sexuais, os
exercícios de relaxamento e a alimentação. Trazemos foco para essa alimentação, cujo
deve ser completa e balanceada para ajudar o equilíbrio de ocitocina no corpo, devendo ser
rica em aminoácidos; mas, além de alimentos e ações que estimulem sua produção, a
ocitocina também pode ser ingerida diretamente. Ela pode ser manipulada por farmácias,
sob prescrição de profissional habilitado, e pode ser disponibilizada em cápsulas,
comprimidos sublinguais ou ainda em spray nasal, para melhores absorção e ação.

CONCLUSÃO

A ocitocina quando regulado, possui grande importância na vida do ser humano


proporcionando bem-estar, relaxamento e prazer. Para que isso ocorra, a ação de manter
uma alimentação equilibrada, a prática de exercícios de relaxamento, relacionamentos
adequados é de suma importância.
Portanto, é essencial que o indivíduo fique atento aos seus hábitos para mantê-lo em
estado de equilíbrio. Pois assim, os benefícios do hormônio agregarão fatores positivos ao
seu bem-estar e a vida como um todo.
REFERÊNCIAS

DACOME, Ocimar Aparecido; GARCIA, Rosângela Fernandes. EFEITO MODULADOR DA


OCITOCINA SOBRE O PRAZER. Revista Saúde e Pesquisa, v. 1, n. 2, p. 193-200,
maio/ago. 2008. Disponível em:
https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/download/751/608. Acesso
em: 01/04/2023.

DELANOGARE, Eslen. A VERDADE SOBRE A OCITOCINA. YouTube, 12 de nov. de 2022 .


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xhI8s_41wvc. Acesso em: 30/03/2023.

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