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1. O PROJETO DE PESQUISA

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de processos
científicos. Ela parte de uma ou mais dúvidas ou problemas e, com o uso de métodos científicos
adequados, busca respostas e soluções. A solução somente poderá ocorrer quando o problema
levantado tiver sido trabalhado com instrumentos científicos e procedimentos adequados.

Projecto de pesquisa: é um plano de actividades voltada na elaboração de uma pesquisa cientifica.

Ao se desenvolver um projeto de pesquisa, deverá ser levada em consideração a sua inovação


científica e tecnológica e a sua condução por pesquisador qualificado, contribuindo para geração de
novos conhecimentos. O projeto de pesquisa deverá compreender as seguintes partes:

1.1. PRELIMINARES OU ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

1.1.1. - Capa
A capa refere-se à proteção externa do trabalho, reunindo um conjunto de informações sobre o projeto
de pesquisa. São vários modelos de capa e a UNIROVUMA tem o seu modelo (vinde nas normas de
produção e publicação de trabalho cientifico)

1.1.2. - Folha de Rosto


É a fonte principal de identificação, devendo conter informações complementares à
identificação do projeto de pesquisa.

1.1.3. - Resumo
É a apresentação concisa dos pontos relevantes do texto, devendo incluir os objetivos, a metodologia
utilizada, resultados, discussão, conclusão e recomendações. Sua extensão não deve ultrapassar 200
palavras. Logo após o resumo poderão ser incluídas as palavras-chave, que são as palavras mais
usadas no decorrer do texto e que descrevem os elementos essenciais da informação. Normalmente
aconselha-se o uso de três palavras-chave.

1.1.4. - Listas
Envolvem as ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos, devendo ser relacionadas na mesma ordem
em que são citadas no trabalho científico. As listas de ilustrações incluem tabelas, gráficos, fórmulas,
lâminas, desenhos, mapas, figuras, etc. Exemplo: Figura 1, Figura 2, ...; Tabela 1, Tabela 2, .... ( as
listas de ilustrações não devem vir com numeração conforme exemplo acima; as ilustrações são
indicadas em ordem crescente, conforme aparece no texto)

1.1.5. - Sumário
É a enumeração das principais divisões, seções e capítulos de uma publicação, na mesma ordem em
que se encontram na obra, com a indicação da página inicial correspondente. Não devem constar no
sumário as partes que o antecedem. O mesmo não deve ser confundido com o Índice. 1

_____________________________________________________________________________________
_____________
1
Segundo Cervo, A. Luiz e Bervian, P. Alcino (1996: 143), o índice é utilizado frequentemente
para facilitar ainda mais a comparação entre elementos de uma série. Para Garcia, E. A. Cadavid

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(1998: 296), o índice (opcional) é constituído de entradas ordenadas, segundo determinado critério,
que localizam e remetem ao leitor informações ou assuntos contidos no relatório.

2.2. TEXTO OU ELEMENTOS TEXTUAIS

O Texto deverá ser organizado em capítulos, conforme a natureza do assunto, seguindo a sequência:
Introdução, Revisão de Literatura, Metodologia, Recursos Humanos e Materiais, Orçamento e
Cronograma. As páginas deverão ser enumeradas somente a partir da Introdução, em números
arábicos, como é demonstrado a seguir:

1 - Introdução
1.1. tema
1.2. Delimitação
1.3. problema
1.4. Objetivos
1.5. Justificativa
1.6. Hipóteses (se for o caso)

1.5 Definição de Termos

2 - Revisão de Literatura
2.1
2.2
2.3 ......

3 - Metodologia
3.1 Tipo de Pesquisa
3.2 Método de Pesquisa
3.3 Amostra
3.4 Instrumentos
3.5 Procedimentos
3.6 Tratamento dos Dados
3.7 Cuidados Éticos

4 - Recursos Humanos e Materiais

5 - Orçamento
6 - Cronograma

1 – Introdução
A Introdução deve fornecer uma visão global da pesquisa a ser realizada, apresentando o que se
pretende investigar, enfatizando os objetivos e a importância do trabalho. É necessário especificar o
problema da pesquisa, justificando a sua abordagem, assim como delimitar o campo de atuação e
informar as limitações do estudo e as hipóteses (caso estas sejam aplicáveis).

Deste modo, o autor deve apresentar:


a) a definição do assunto (tema ou titulo), expondo de modo claro e preciso qual é a idéia
central do estudo;
b) a delimitação do assunto, esclarecendo o ponto de vista sobre o qual ele será

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enfocado no desenvolvimento do relatório;


c) a situação do tema no tempo e no espaço, ou seja, o tema deve ser cuidadosamente
situado no conjunto dos conhecimentos ou atividades já desenvolvidas por outros autores;
d) a importância do tema, com especial cuidado em sua elaboração, norteando o leitor para
a relevância do estudo em questão e despertando sua atenção para a leitura da pesquisa. O autor
deve justificar a escolha e seleção do tema a ser estudado.
e) a definição de termos, empregando termos especializados ou palavras antigas com
sentido novo, palavras com dupla interpretação, especificando o real sentido que se quer dar àquela
terminologia, em seu estudo.

A introdução do projeto de pesquisa deve ser escrita numa linguagem simples e concisa, buscando-se
responder às questões: quem, o que, por que, quando, onde e como. Em inglês esta parte é conhecida
pelos 5 W e 1 H (who, what, why, when, where and how).

Após a Introdução, mas dentro deste mesmo capítulo, devem ser apresentados os seguintes itens:
1.1. Tema

Assunto abordado pela pesquisa. O tema é a parte geral da pesquisa; é amplo, porém claro e objetivo.
1.2. Delimitação do tema
O que pesquisar? Essa etapa responde a essa questão.
É um elemento obrigatório.
O tema do projeto não deve ser generalizado. É preciso delimitá-lo, não há como alcançar um objeto de
estudo muito amplo. busca-se a resolução de um problema, quanto mais específico ele for, melhor.
Delimitando o tema, o autor pode mostrar como se interessou pelo assunto
Trata-se de uma pesquisa direcionada, busca-se a resolução de um problema, quanto mais específico ele for,
melhor. Delimitando o tema, o autor pode mostrar como se interessou pelo assunto.
Na delimitação o pesquisador deve apresentar o escopo de seu estudo, isto é, os itens que serão
investigados e analisados. Na delimitação deve se ter em conta a escolha ou os aspetos espaço e tempo
onde vai ocorrer a pesquisa.
1.3. Formação de Problema ou Problematização Pergunta de Partida

É um elemento obrigatório. A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade
específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa. Quanto elaborado na
forma de texto descritivo, recomenda-se desenvolver em parágrafo único. Pode ser expresso na forma de uma
frase ou indagação.
entende-se problematização como a contextualização, descrição, ou o desenrolar do assunto a pesquisar, o
problema ou a pergunta de partida considera-se a questão principal de estudo que deve ser formulada no final
da problematização e em forma de pergunta.
1.4. Objetivos

Os objectivos compreendem os propósitos do estudo, ou seja, que tipos de informações se pretende


divulgar através da pesquisa. O autor deve estabelecer os objetivos através de frases concisas,
redigidas de forma impessoal. Em algumas pesquisas poderão ser apresentados mais de um objetivo,
classificados quanto à sua abrangência e definidos como objetivos gerais e específicos.
1.4.1. Objectivo geral

É um elemento obrigatório. O objetivo geral corresponde ao resultado final do trabalho ou meta que se
pretende ser alcancado dentro da pesquisa. O objetivo geral pode ser um apanhado da problematizarão,
isto é, até onde o pesquisador quer levar o seu estudo e a demonstração deste.

1.4.2. Objetivos Específicos

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É um elemento obrigatório. Os objetivos específicos também serão baseados na problematização e têm


a função de juntos, levarem à realização do objetivo geral, ou seja, o pesquisador, por meio dos objetivos
específicos, chega ao objetivo geral. Assim, por meio dos diversos objetivos específicos, alcança-se o
objetivo geral.
É importante lembrar que todo o objetivo quer geral quer específicos, devem iniciar com verbo no
infinitivo, assim: estudar, demonstrar, analisar, avaliar, etc…

1.5. Justificativa

É um elemento obrigatório. A justificativa ressalta a importância do problema a ser investigado, nas


perspectivas acadêmica, tecnológica, científica, filosófica ou social. Para tanto, deve fazer ver o impacto
positivo que o estudo trará a esses setores. É nesta parte que é feita a contextualização minuciosa do
problema, evidenciando seu desenvolvimento histórico-cronológico e teórico-conceitual.
É o motivo que leva o pesquisador a escolher e estudar o tema. A justificativa aborda a razão pela qual
se escolheu o tema e a sua importância para o desenvolvimento da área pesquisada. lembre-se que na
justificativa deve responder as seguintes perguntas: 1. Porque faz a pesquisa? Para quem faz a pesquisa?
3. A quem beneficia a pesquisa? 4. Quais são os contributos da pesquisa? Etc…

1.6. Hipóteses

São suposições que antecedem a constatação dos fatos, com características de formulações
provisórias, que serão testadas através da análise da evidência dos dados coletados. As hipóteses
propõem explicações para certos fatos e, ao mesmo tempo, orientam a busca de outras informações.

O processo de elaboração de hipótese é de natureza criativa. Sendo assim, não é possível determinar
regras para elaboração de hipóteses.
Para que uma hipótese possa ser considerada logicamente aceitável, deve apresentar as seguintes
características:
a) deve ser conceitualmente clara, particularmente os referentes a variáveis, devendo-
se preferir as definições operacionais, isto é, aquelas que indicam as operações particulares que
possibilitam o esclarecimento do conceito;
b) deve ser específica. Muitas hipóteses são conceitualmente claras, mas são expressas
em termos tão gerais, que não podem ser verificadas. Sendo assim, deve-se dar preferência às
hipóteses que de fato se pretende verificar;
c) deve ter referências empíricas. As hipóteses que envolvem julgamentos de valor não
podem ser adequadamente testadas. Palavras como “bom”, “mau”, “deve” e “deveria” não conduzem
à verificação empírica e devem ser evitadas na construção de hipóteses;
d) deve ser parcimoniosa. Uma hipótese simples é sempre preferível a uma mais
complexa, desde que tenha o mesmo poder explicativo;
e) deve estar relacionada com as técnicas disponíveis. Nem sempre uma hipótese
teoricamente bem elaborada pode ser testada. É necessário que haja técnicas adequadas para a coleta
dos dados exigidos para seu teste. Quando não forem encontradas técnicas adequadas para o teste
das hipóteses, o mais conveniente passa a ser a realização de estudos voltados para a descoberta de
novas técnicas; ou, então, a reformulação da hipótese com vistas ao seu adequamento às técnicas
disponíveis;

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f)deve estar relacionada com uma teoria, uma vez que vem possibilitar a generalização de seus
resultados. Em muitas pesquisas sociais este critério não é considerado.

OBS. Dependendo do tipo de pesquisa a que entender que quando se trata de uma pesquisa
quantitativa pode ser elabora a hipótese ou hipóteses e caso seja a pesquisa quantitativa deve ser
elaborada as questões de investigação

1.7. Definição de Termos/Glossário


Não é elemento obrigatório. Inclui a relação de termos técnicos, palavras especiais ou de significação
dúbia contidas no documento, acompanhadas dos significados que lhes foram atribuídos. O glossário
objetiva facilitar a compreensão e o sentido do texto.

2 - Revisão de Literatura ou Referencial Teórico

É um elemento obrigatório. O referencial teórico é constituído pela teoria que fornece sustentação ao
projeto como um todo e, é o elemento gerador do problema e da hipótese, bem como condicionador
da escolha das técnicas e tipo de material informativo que será necessário para a pesquisa.
É a apresentação da literatura básica, com os possíveis itens sobre o assunto pesquisado. A Revisão
de Literatura faz especificação detalhada e criticamente articulada sobre todos os pontos chaves das
perguntas que a pesquisa pretende responder, os quais fornecerão subsídios necessários para as
discussões e conclusão do estudo.
Também chamado de Embasamento Teórico, é no referencial que se buscam pesquisas anteriores por
meio de diversas fontes bibliográficas que dêem ao pesquisador fatos verídicos e científicos para seu
estudo. Para este fim, o estudante deverá ler livros que abordem o tema escolhido, fará pesquisa na
Internet e revistas científicas

Nesse capítulo, o autor deve demonstrar conhecimento da literatura básica sobre o assunto, resumindo
os resultados de estudos feitos por outros autores. A literatura citada deve ser apresentada
preferencialmente em ordem cronológica, em blocos de assuntos, mostrando a evolução do tema de
maneira integrada. Todo documento analisado deve constar na listagem da referência bibliográfica,
de acordo com as normas técnico-científicas.

OBS.: É importante frisar alguns apectos que, as revistas científicas trazem estudos mais recentes e
por isso uma maior segurança ao pesquisador.
Mesmo após ter iniciado a pesquisa, depois de alguns meses, é sempre válido revisar as referências e
o embasamento teórico, para verificar assuntos novos que possam ser incluídos no trabalho.
Elaborada na forma de texto este elemento se se utiliza de citações que estão devidamente
representadas nas referencias bibliográficas, podendo aparecer também gráficos, tabelas e ilustrações
pertinentes ao assunto abordado.

3 - Metodologia
É um elemento obrigatório. A Metodologia é o conjunto de técnicas que o pesquisador utiliza para
realizar seu trabalho. Para expor a metodologia, primeiramente é necessário esclarecer qual é o tipo
de pesquisa que será feito: qualitativa, quantitativa, bibliográfica, documental, estudo de caso,
empírico-analítica, experimental, pesquisa de campo, entre outras. De acordo com as diferentes
classificações.
Escolhido o tipo de pesquisa, o autor fornece informações sobre as características do objeto de estudo,
justificando a opção por ele.
Este capítulo deve levar em consideração a relação entre problema, teoria, método e resultados a serem
alcançados. Assim, deverão ser abordados os seguintes itens:

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3.1 Tipos de pesquisa


O interesse do homem pelo saber levam-no a investigar a realidade sob os mais diversos aspectos e
dimensões, através de diferentes níveis de aprofundamento e enfoques específicos, conforme o objeto
de estudo. Daí a existência de vários tipos de pesquisa, possuindo, cada uma delas, além dos
fundamentos e procedimentos comuns, suas próprias características.

Toda e qualquer classificação de pesquisa se faz mediante algum critério. Assim, é usual a
classificação de pesquisas com base em seus objetivos gerais, podendo ser classificadas em três
grandes grupos: exploratória, descritiva e explicativa.

A pesquisa exploratória é vista como o primeiro passo de todo o trabalho científico. Este tipo de
pesquisa tem por finalidade, especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica, proporcionar
maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de uma temática de estudo;
definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou, ainda, descobrir um novo enfoque
para o estudo que se pretende realizar. Pode-se dizer que a pesquisa exploratória tem como objetivo
principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

Na maioria dos casos, a pesquisa exploratória envolve: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas


com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; c) análise de exemplos
que estimulem a compreensão do fato estudado.

Através da pesquisa exploratória avalia-se a possibilidade de se desenvolver um estudo inédito e


interessante, sobre uma determinada temática. Sendo assim, este tipo de pesquisa tem como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. De um modo
geral, esta pesquisa constitui um estudo preliminar ou preparatório para outro tipo de pesquisa.
Embora o planejamento da pesquisa exploratória seja bastante flexível, quase sempre ela assume a
forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso.

A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em


documentos. Pode ser realizada independentemente ou, também, como parte da pesquisa descritiva
ou experimental, quando é feita com o intuito de recolher informações e conhecimentos prévios acerca
de um problema para o qual se procura resposta ou acerca de uma hipótese que se quer experimentar.
Em ambos os casos, busca-se conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas existentes
sobre um determinado assunto, tema ou problema. A pesquisa bibliográfica abrange toda a
bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins,
jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico e meios de comunicação
como rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais (filmes e televisão).

O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de


maneira que permita a investigação de seu amplo e detalhado conhecimento. Por essa razão cabe
lembrar que, embora este tipo de estudo se processe de forma relativamente simples, pode exigir do
pesquisador nível de capacitação mais elevado que o requerido para outros tipos de delineamento,
devido à dificuldade de generalização dos resultados obtidos, quando a unidade escolhida para a
investigação for bastante anormal em relação às muitas de sua espécie.
Este estudo caracteriza-se por grande flexibilidade, sendo impossível estabelecer um roteiro rígido
que determine com precisão como deverá ser desenvolvida a pesquisa. Porém, na maioria dos estudos
de caso, é possível distinguir as seguintes fases: delimitação da unidade-caso; coleta de dados; análise
e interpretação dos dados; e redação do relatório.

A difusão deste tipo de estudo está ligada à prática psicoterapêutica, caracterizada pela reconstrução
da história do indivíduo, bem como ao trabalho dos assistentes sociais junto a indivíduos, grupos e

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comunidades. Atualmente, o estudo de caso é adotado na investigação de fenômenos das mais diversas
áreas do conhecimento.

A pesquisa descritiva procura observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os fatos ou


fenômenos (variáveis), sem que o pesquisador interfira neles ou os manipule. Este tipo de pesquisa
tem como objetivo fundamental a descrição das características de determinada população ou
fenômeno. Ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis, isto é, aquelas que visam estudar
as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade,
estado de saúde física e mental, e outros. Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência
com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com os outros, sua natureza e características.

São inúmeros os estudos que podem ser classificados como pesquisa descritiva e uma de suas
características mais significativas é a utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados, tais
como o questionário e a observação sistemática, e instrumentos como a observação e o formulário.

Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre
variáveis, objetivando determinar a natureza dessa relação aproximando-se, assim, da pesquisa
explicativa.

A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas e, de um modo geral, assume a forma de um
levantamento, sendo mais realizada por pesquisadores das áreas de ciências humanas e sociais,
preocupados com a atuação prática. É também utilizada por instituições educacionais, partidos
políticos, empresas, e outras organizações.

A pesquisa explicativa, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados, tem como
preocupação primordial identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência
dos fenômenos, isto é, suas causas. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão e o porquê das coisas.

O que caracteriza a pesquisa experimental é a manipulação e o controle das variáveis, com o objetivo
de identificar qual a variável independente* que determina a causa da variável dependente** ou do
fenômeno em estudo.
________________________________________________________________________________
________________________
(* e **) De acordo com Lakatos, Eva Maria; Marconi, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1985. p. 138.
* Variável independente (X) é aquela que influencia, determina ou afeta outra variável; é fator
determinante, condição ou causa para determinado resultado, efeito ou consequência; é o fator
manipulado pelo investigador, na sua tentativa de assegurar a relação do fator com um fenômeno
observado ou a ser descoberto, para ver que influência exerce sobre um possível resultado. Numa
pesquisa é vista como o antecedente. Os estudiosos fazem predições a partir de variáveis
independentes para dependentes. Porém, ao contrário, quando querem explicar um fato ou fenômeno
encontrado—variável dependente—procuram a causa— variável independente.
** Variável dependente (Y) consiste naqueles valores (fenômenos, fatores) a serem explicados ou
descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afetados pela variável independente;
é o fator que aparece, desaparece ou varia à medida que o investigador introduz, tira ou modifica a
variável independente. Numa pesquisa é vista como o consequente.

Em algumas Ciências, como por exemplo a Psicologia, nem sempre se torna possível a realização de
pesquisas rigidamente explicativas, embora apresentem elevado grau de controle. Por isso são
chamadas de pesquisas “quase experimentais”. A maioria das pesquisas explicativas podem ser
classificadas como experimentais e ex-post-facto.

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A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis relacionadas com os


objetos de estudo. A manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre causas e efeitos
de um determinado fenômeno. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a variável
independente, a fim de observar o que acontece com a dependente. Este tipo de pesquisa inicia-se
com algum tipo de problema ou indagação e pretende dizer de que modo ou por que causas o
fenômeno é produzido.

Essencialmente, a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as


variáveis que seriam capazes de influenciá-lo e definir as formas de controle e de observação dos
efeitos que a variável produz no objeto.

A pesquisa experimental exige que o problema seja colocado de maneira clara, precisa e objetiva,
devendo o seu planeamento incluir os seguintes passos: formulação do problema; construção das
hipóteses; operacionalização das variáveis; definição do plano experimental; determinação dos
sujeitos; determinação do ambiente; coleta de dados; análise e interpretação dos dados; e apresentação
das conclusões.

A pesquisa ex-post-facto tem seu planeamento semelhante ao da pesquisa experimental. Contudo, não
é possível fazer a manipulação de variáveis independentes, que chegam ao pesquisador já prontas. O
pesquisador, necessitará, portanto, localizar grupos de indivíduos que sejam bastante semelhantes
entre si, isto é, que tenham aproximadamente a mesma idade, as mesmas condições de saúde, que
pertençam à mesma classe social, e outros.

OBS. Ler de forma solida das outras fontes fornecidas.

3.2 Universo/Participantes e Amostra/sujeitos da pesquisa


A amostra também chamado de sujeito de pesquisa, determina os elementos que serão pesquisados.
O universo ou população ou participantes de uma pesquisa depende do assunto a ser investigado, e a
amostra, porção ou parcela do universo, que realmente será submetida à verificação, é obtida ou
determinada por uma técnica específica de amostragem.

3.3 Técnicas e ou Instrumentos de recolha de dados


Neste item devem ser apresentados as técnicas e/ou os instrumentos a serem utilizados na pesquisa,
como serão empregados, para quem ou para que.

3.4 Procedimentos
Os procedimentos apresentam, em detalhes, todos os passos que foram utilizados para a coleta de
dados.

3.5 Tratamento dos Dados


Indica como será feita a coleta de dados, quais os métodos estatísticos a serem utilizados na análise
de dados e como esta será feita.

3.6 Cuidados Éticos


As pesquisas que envolvem a participação de seres humanos devem especificar os cuidados que foram
tomados para a preservação sigilosa destes e de algumas informações específicas.

3.7. Resultados Esperados


Não é um elemento obrigatório. Elucida através de itens o que se busca com o Projecto de Pesquisa. Na
verdade é uma síntese mais realista e pontual dos objetivos. É interessante incluir neste elemento resultados
referentes a objetivos que serão precisamente alcançados.

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OBS.: sugere-se desenvolver a Metodologia através do passo a passo, pois esclarece ao leitor de forma
clara e objetiva sobre todas as atividades efetuadas.

4 - Cronograma
Em quanto tempo as atividades intermediárias e finais serão concluídas?
É um elemento obrigatório. Neste elemento serão previstas as datas de desenvolvimento do projeto.
À elaboração do cronograma são essenciais os elementos atividade e prazo. A escolha deve recair
sobre datas exequíveis, possíveis de serem cumpridas, pois existem atividades que requerem prazos
longos, porém, se não houver tempo, é melhor redimensionar a pesquisa.
Apresenta as diversas etapas do projeto, indicando o tempo necessário para realização de cada uma
delas. O cronograma deve conter: as atividades a serem desenvolvidas, de acordo com as descrições
dos capítulos e demais itens; e a especificação, por mês, das referidas atividades.
Apresenta as diversas etapas do projeto, indicando o tempo necessário para realização de cada uma
delas. O cronograma deve conter: as atividades a serem desenvolvidas, de acordo com as descrições
dos capítulos e demais itens; e a especificação, por mês, das referidas atividades.
Sugere-se a elaboração de uma TABELA para se estabelecer o cronograma de atividades:

5 - Recursos Humanos e Materiais


Neste item devem ser apresentados, de forma separada, os recursos em questão, especificando os
tipos, a quantidade e demais referências aos mesmos.

7 - Orçamento e Custos
Com quanto será feita a pesquisa?
É um elemento obrigatório. Neste espaço, o pesquisador colocará os custos que sua pesquisa terá, quer
com recurso próprio ou da instituição que financiará a pesquisa. Aqui irão gastos com papel, formulário,
impressão, passagens de ônibus ou avião (se for o caso), combustível, hospedagem, compras de material
para a pesquisa etc. Sugere-se a elaboração de uma TABELA para se elencar os materiais e recursos a
serem utilizados e seus respectivos valores:
Refere-se aos valores financeiros associados aos recursos humanos e materiais.
Materiais referem-se a todo tipo de recurso que se venha utilizar durante o trabalho ou pesquisa. Todo
material utilizado deve ser elencado na tabela do orçamento e custos.

2.3. PÓS-LIMINARES OU PÓS-TEXTO


Estes itens não recebem numeração dentro do corpo do Projeto de Pesquisa.

3. ANEXOS E APÊNDICES
Abrangem as partes de extensão do texto. Devem ser indicados por letra, em ordem alfabética e na
ordem em que aparecem no texto. Os ANEXOS devem ser citados no texto entre parênteses, quando
vierem no final da frase. Se inserido na redação, o termo ANEXO vem livre dos parênteses.
OBS.: A diferença entre anexos e apêndices é: os anexos são documentos ou materiais não produzidos
ou elaborados pelo autor do projecto da pesquisa ou simplesmente da pesquisa. Os apêndices tratam-
se de materiais ou documentos produzidos ou elaborados por autor (es) da pesquisa.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E/OU BIBLIOGRAFIA

As Referências Bibliográficas ou Bibliografia referem-se ao conjunto de elementos que identificam


os documentos impressos mencionados no corpo do trabalho. Elas objetivam apresentar ao leitor as
obras e os autores que serviram de base para a elaboração do mesmo.

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Também oferecem uma ideia geral da documentação consultada e possibilitam ao leitor aprofundar o
tema, mediante consulta pessoal às fontes originais.

As Referências Bibliográficas são muito importantes na comunicação técnica e científica, sendo sua
elaboração regida por normas estabelecidas pela determinada instituição de ensino ou pesquisa. No
caso da UNIROVUMA devem ser seguidas as normas APA na sua 7ª edição podendo ser ou não ficar
atentos em caso de actualização das outras edições

OBS.:
Alguns projetos de pesquisa poderão ter outra estrutura, de acordo com o objetivo a ser alcançado e a
metodologia empregada para tal, desde que dentro de estruturas aprovadas pelo PROBIC, ou de
padrões reconhecidos cientificamente.

NOTA IMPORTANTE: para ser um futuro bom e melhor pesquisador leia outros manuais ligados
ao projecto de pesquisa fornecido por docente e outras fontes. Porque esse texto é milésima parte
referente a pesquisa e de projecto de pesquisa.

Compilado por: Firmino Hilário Pascoal, Msc. activista ambiental

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