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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS ENGENHEIRO COELHO - SP


MESTRADO EM ESTUDOS TEOLÓGICOS - MISSIOLOGIA

DÁFFANO AUGUSTO DE PAULA

NOVOS MEMBROS:
COMO SÃO ASSIMILADOS À IGREJA E SUA RELAÇÃO COM O
ÍNDICE DE APOSTASIA

ENGENHEIRO COELHO, SP
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO
CAMPUS ENGENHEIRO COELHO –SP
MESTRADO EM ESTUDOS TEOLÓGICOS – INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Dáffano Augusto de Paula

NOVOS MEMBROS:
COMO SÃO ASSIMILADOS À IGREJA E SUA RELAÇÃO COM O
ÍNDICE DE APOSTASIA

Dissertação apresentada ao Programa de


Mestrado em Estudos Missiológico –
Missiologia, do Centro Universitário
Adventista de São Paulo, como requisito
parcial para a obtenção do grau de Mestre
denominacional.

Orientador(a): Dr. Émilio G. Abdala Dutra

Linha de Pesquisa: Discipulado

ENGENHEIRO COELHO – SP
2023
Sumario
1. Introdução ....................................................................................................5
1.1. Justificativa ..............................................................................................8
1.1.1. O Problema ....................................................................................9
1.1.2. Relevância Pessoal .....................................................................10
1.1.3. Relevância Social ........................................................................10
1.1.4. Relevância relação com a linha de pesquisa ..............................10
1.2. Metodologia ...........................................................................................11
1.2.1. Abordagem Metodológica ............................................................12
1.2.2. Coleta de dados ...........................................................................12
1.2.2.1. Fontes Primárias ...............................................................12
1.2.2.2. Fontes Secundárias ..........................................................12
1.2.3. Análise de dados .........................................................................12
1.2.4. Limitação da pesquisa .................................................................13
1.2.5. Considerações éticas ..................................................................13
2. Uma análise de como a igreja atual está incorporando novos membros.
......................................................................................................................13
2.1. Histórico da assimilação de mentos na IASD .......................................14
2.1.1. Início da IASD: as primeiras estratégias ......................................14
2.2. Estabelecimento de instituições educacionais e de saúde ...................16
2.2.1. Instituições educacionais .............................................................17
2.2.2. Instituições de saúde ...................................................................17
2.3. Esforços missionários globais ...............................................................18
2.4. Desenvolvimento de matérias e programas de estudos bíblicos ..........18
2.4.1. Materiais históricos de estudo ...................................................... ....18
2.4.2. Materiais e programas contemporâneos ...........................................19
2.5. Era digital IASD .................................................................................... ....20
3. Descobrindo o que contribui para a permanência ou apostasia de novos
membros .................................................................................................. ....24
3.1. O que impacta para a permanência de novos membros? ............................30
3.2. O que coopera para apostasia? ............................................................. ....33
3.3. A essência para assimilação e a prevenção contra a apostasia de novos
membros ..........................................................................................................37
4. Dinâmica de batismo e retenção: Um Panorama Decenal da Associação
Mineira Sul". ...............................................................................................38
5. Conclusão ............................................................................................. ........40

6. Referências ........................................................................................... ........42


INTRODUÇÃO

Esta pesquisa procura analisar a assimilação de novos membros pela Igreja


Adventista do Sétimo Dia na Associação Mineira Sul (AMS) e o consequente
impacto sobre índice de apostasia. Embora a Igreja Adventista receba uma
quantidade substancial de novos membros anualmente, é alarmante observar
que uma proporção considerável desses novos membros decida por abandonar
a igreja já no primeiro ano após o batismo ou profissão de fé. Conforme é
destacado por Tonetti (2017) na Revista Adventista. O presente trabalho busca
compreender esse problema e propor soluções para melhorar a assimilação e
retenção dos novos membros, visando formar discípulos maduros na fé. A linha
de pesquisa se baseia no exemplo da igreja primitiva, que adotava um
processo contínuo de assimilação dos novos convertidos. Diferentemente de
enxergar o batismo como um evento isolado, a igreja primitiva compreendia
que a conversão era um processo que envolvia instrução, doutrinamento,
decisão, batismo e acompanhamento. No entanto, muitas vezes, os novos
convertidos na Igreja Adventista não conseguem se integrar plenamente à
comunidade e aos ministérios existentes, o que pode contribuir para o alto
índice de apostasia. Está dissertação é realizada com base em um estudo de
campo aplicado no território da AMS, que incluirá uma revisão narrativa da
literatura sobre o tema e um levantamento de dados com os participantes,
buscando compreender como a igreja está assimilando os novos membros e
como isso afeta o índice de apostasia. Serão considerados também os
modelos de discipulado existentes e as experiências da igreja primitiva, para
propor um plano de ação que auxilie na assimilação e amadurecimento dos
novos membros. Este estudo é de grande relevância tanto em nível pessoal
quanto social. Para o pesquisador, ele possibilitará um aprofundamento em seu
ministério pastoral e uma melhor compreensão de como receber e acompanhar
os novos membros. Já em nível social, a pesquisa visa contribuir para a
redução do índice de apostasia na Igreja Adventista do Sétimo Dia,
promovendo uma integração mais efetiva e um amadurecimento espiritual dos
novos membros. Além disso, a dissertação está alinhada com as diretrizes de
pesquisa do curso de Mestrado em Estudos Teológicos - Missiologia, uma vez
que busca compreender e aplicar princípios missiológicos no contexto da
assimilação de novos membros. O objetivo final é cumprir a missão da igreja de
formar discípulos maduros para Jesus Cristo. Espera-se que os resultados
dessa pesquisa possam fornecer subsídios para a igreja desenvolver
estratégias mais eficazes de assimilação de novos membros, promovendo um
crescimento saudável e duradouro na fé cristã.

E todo este empenho se faz necessário porque assimilar novos


membros ajudando-os a se tornarem discípulos maduros de uma congregação
é um grande desafio.
O exemplo recebido da igreja primitiva pode nortear a igreja de hoje.
George e Carriker (2022, p. 95) explicam o processo em que o novo converso
era submetido em : “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E, perseverando unânimes
todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com
alegria e singeleza de coração” Atos 2:42,46. O modelo adotado pela igreja
apostólica para assimilação de novos na fé parece ser muito mais um
processo do que um evento. Segundo Cress (2010, p.10) qualquer equívoco
em entender a conversão como um processo que inclui tomada de
consciência, investigação, instrução, doutrinamento, decisão, batismo, e,
quem sabe até mesmo mais importante de tudo, incorporação e discipulado é
uma falha tanto em compreender os ensinos e exemplos que temos na Bíblia.
Para McGavran (2001) após anos de trabalho moderno de missões em
todo mundo, a ponto de algumas nações se reconhecerem como nações
cristãs, fica evidente pela condição moral dessas mesmas nações que a
assimilação pelo batismo não os tornou instantaneamente discípulos.
Esse problema, relacionado à assimilação de novos membros pela
Igreja Adventista do Sétimo Dia, é bem sintetizado por Win Arn (1982) em sua
discussão da diferença sutil, porém fundamental, entre evangelismo e
edificação do novo discípulo. O autor também sugere de maneira hábil uma
solução para o problema envolvendo os conceitos de “Evangelismo” e
“Discipulado” da seguinte maneira:
 Evangelismo: obtém-se sucesso quando um não cristão indica
através de uma resposta verbal sua aceitação pessoal de um novo
conjunto de convicções que refletem a fé cristã. Trata-se de uma
decisão centralizada em um ponto específico de tempo.
 Discipulado: obtém-se sucesso quando é possível observar
mudança no comportamento de um indivíduo, a qual indica sua
integração pessoal a um novo conjunto de convicções que refletem
a fé cristã. A palavra “discípulo” focaliza um estilo de vida contínuo.

O processo de adaptação de uma pessoa que chega à igreja deve ser


acompanhado de perto pelos membros mais experientes e tende a ser ainda
mais efetivo quando o pastor tem participação. O batismo de todos que se
entregam a Jesus deve ser comemorado, mas não marca o fim da jornada
Cristã e sim o início, como está escrito: “aquele que perseverar até ao fim,
esse será salvo” (Mateus 24.13, ARA). P, por isso todas as igrejas deveriam
ter um plano bem definido quanto ao que fazer após uma pessoa ser
batizada. Parece que isso não deve ser deixado para que aconteça
naturalmente. Se mantivermos em mente o diálogo de Jesus com Nicodemos,
concordaremos que ninguém deixará um recém-nascido entregue aos seus
próprios cuidados. Por si só, dificilmente o novo crente conseguirá se integrar
aos ministérios, pois com raras exceções eles estabelecempassaram a ter
vínculos afetivos com os outros membros mais experientes. A Contudo a
percepção de algumas comunidades parece ser a de que ao entrar para igreja
ocorrerá uma integração automática. E talvez essa seja uma das maiores
razões para o auto índice de apostasia. Burril (2009, p.243) comenta que a
igreja faz um ótimo trabalho colhendo, mas aí a vida volta ao “normal” e os
recém-convertidos são deixados para se arranjarem sozinhos. White (2007,
p.338) concorda ao afirmar que
novos conversos precisam ser instruídos por fiéis instrutores da
Palavra de Deus, para que cresçam no conhecimento e no amor da
verdade, se desenvolvam até à estatura completa de homens e
mulheres em Cristo Jesus. Eles devem ser agora cercados pelas
influências mais favoráveis para o crescimento espiritual.

Ter um plano estratégico para que as pessoas tenham a possibilidade


de amadurecer como discípulos de Cristo é tão importante quanto ter planos
para levá-las ao batismo.
White (2007, p. 341) comenta:
Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus,
dizendo: Quem é o maior no reino dos Céus? E Jesus, chamando um
menino, o pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se
não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo
algum entrareis no reino dos Céus. Portanto aquele que se tornar
humilde como este menino, esse é o maior no reino dos Céus. E
qualquer que receber em Meu nome um menino tal como este, a Mim
Me recebe. Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos,
que creem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse uma mó
de azenha e se submergisse na profundeza do mar.” Por
“pequeninos” Cristo não quer dizer nenês. Ele Se refere àqueles que
são “pequeninos, que creem em Mim” — os que ainda não obtiveram
experiência em segui-Lo, os que necessitam ser conduzidos como
crianças, por assim dizer, no buscarem as coisas do reino do Céu.

Entender como a igreja está assimilando novos membros, identificar


aquilo que pode ser corrigido e definir planos claros sobre como devemos
lidar com os novos conversos, possivelmente nos ajudará cumprir a missão
que recebemos de formar discípulos. Esta dissertação apresenta uma
proposta como requisito para a conclusão do curso de Pós-graduação em
Missiologia, do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP EC).
Esperamos que o conteúdo que segue possa contribuir no que diz respeito a
prática dá assimilação de novos membros, uma vez que entendemos que a
forma como se inicia a caminhada cristã irá determinar significativamente se o
novo converso permanecerá ou irá compor o índice de apostasia.

1.1Justificativa

Dentro do cenário religioso contemporâneo, a questão do crescimento


e retenção de membros em organizações religiosas tem sido amplamente
debatida e analisada. Wagner (1976) em seu trabalho seminal sobre o
crescimento da igreja, sugere que a saúde de uma congregação não se
baseia apenas na capacidade de atrair novos membros, mas também de
mantê-los. A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), especialmente na região
da Associação Mineira Sul (AMS), não está isenta desses desafios. Apesar de
celebrar a constante adição de novos membros, a AMS enfrenta o complexo
desafio da retenção.
O próprio autor, imerso na realidade da sua geografia de trabalho como
pastor, testemunhou a dicotomia entre a alegria do batismo e a tristeza da
apostasia. A problemática da retenção de novos membros não é apenas uma
preocupação teológica e administrativa, mas também um desafio pastoral e
humano. Kellermann (1989) em seu estudo sobre integração eclesiástica,
enfatiza a importância do acolhimento e acompanhamento contínuo de novos
membros, algo que é crucial para a saúde e longevidade da igreja.
No entanto, por que essa questão é tão pertinente? E como se
relaciona com o campo mais amplo da missiologia? Bosch (1991) em sua
obra "Transforming Mission", sugere que a missiologia não trata apenas da
primeira proclamação do evangelho, mas da contínua edificação e
encorajamento daqueles que responderam a esse chamado. E é nesse
interstício entre a evangelização e o discipulado, entre o chamado e a
consolidação da fé, que este estudo se situa.
Nesta justificativa, busca-se traçar a importância, a relevância e a
necessidade de abordar o fenômeno da retenção de membros na IASD,
especialmente no contexto da AMS. Além disso, destaca-se a conexão
profunda e intrínseca deste estudo com a jornada pessoal do autor e a
relevância mais ampla para a saúde e vitalidade da comunidade adventista
como um todo.

1.1.1. O problema

Em 1982, a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), como organização,


determinou os limites da então Missão Mineira do Sul, abrangendo o sul de
Minas Gerais e a zona da mata. Em 1996, com o crescimento e avanço da
IASD nestas regiões, a Missão ganha o título de Associação Mineira Sul (AMS).
Atualmente, são contidos nos registros de secretaria da AMS, mais de 23 mil
membros.
Este autor iniciou seu ministério pastoral na região da AMS em 2015. Nos
primeiros cinco anos de ministério, teve a oportunidade de pastorear três
distritos nesta Associação. Durante esse período foram batizadas quatrocentos
e quarenta pessoas nessas regiões. Em 2021 foi feito um levantamento e foi
constatado que mais de 40% dos que foram batizados haviam deixado a igreja.
Este estudo pretende desenvolver e implementar um programa de
amadurecimento para retenção de novos membros no território da Associação
Mineira Sul.

1.1.2 Relevância pessoal

A jornada do autor neste campo específico de pesquisa não é meramente


acadêmica; é também profundamente pessoal. Tendo servido como pastor na
Associação Mineira Sul (AMS) e testemunhado em primeira mão os desafios
de retenção de membros, este estudo representa um compromisso pessoal em
entender e abordar as razões subjacentes para tal cenário. É uma busca por
aprimorar não apenas o conhecimento teórico, mas também práticas pastorais
que podem ser mais eficazes na integração e retenção de novos membros.

1.1.3 Relevância Social

A saúde e vitalidade de qualquer comunidade religiosa dependem, em


parte, de sua capacidade de atrair, integrar e reter novos membros. Uma alta
taxa de apostasia, como observada, sugere que os novos membros podem não
estar encontrando o apoio, orientação ou sentido de pertencimento de que
necessitam. Isso pode ter implicações mais amplas para a coesão e vitalidade
da comunidade como um todo.

O estudo proposto, portanto, tem uma dimensão social significativa. Ao


lançar luz sobre os desafios e oportunidades de assimilação, ele pode fornecer
insights valiosos para nossas comunidades. O objetivo não é apenas entender
as razões para a apostasia, mas também identificar e promover práticas que
incentivem o comprometimento duradouro e o crescimento espiritual dos
membros.

1.1.4 Relação com a linha de pesquisa


Missiologia, em sua essência, não se trata apenas do ato inicial de
evangelização, mas também do processo contínuo de discipulado e integração.
A grande comissão, como registrada nos evangelhos, não termina no batismo,
mas continua com instrução e integração dos novos crentes na vida
comunitária.

Este estudo, ao abordar a questão da assimilação de novos membros na


IASD, está no coração da missiologia. A pesquisa é tanto sobre a mensagem
como sobre o mensageiro, e como a igreja, como corpo, funciona eficazmente
para integrar e nutrir aqueles que são novos na fé.

1.2 Metodologia

1.2.1. Abordagem Metodológica:

Este trabalho será de natureza aplicada e se baseará em um estudo de


campo, integrando abordagens quantitativas e qualitativas. Conforme Gil
(2008), os estudos de campo focam mais na investigação das questões
propostas do que na categorização dos entrevistados com base em variáveis
predefinidas. Por isso, esse tipo de estudo pode apresentar mais flexibilidade,
permitindo que os objetivos sejam reformulados ao longo do processo de
pesquisa.

Neste sentido, a abordagem quantitativa permitirá a análise e interpretação


de dados estatísticos sobre batismos e apostasias na AMS, enquanto a
componente qualitativa, baseada em entrevistas semiestruturadas e revisão de
literatura, fornecerá uma compreensão mais aprofundada das razões
subjacentes às tendências observadas e dos processos de assimilação dos
novos membros na IASD.
1.2.2. Coleta de Dados:

1.2.2.1. Fontes Primárias:

A coleta de dados primários se dará por meio de questionários e entrevistas


semiestruturadas aplicados aos membros da AMS, com foco naqueles que
foram batizados nos últimos dez anos. As perguntas abordarão desde o
primeiro contato com a IASD, passando pela instrução recebida antes da
adesão, até a permanência ou decisão de deixar a igreja.

1.2.2.2 Fontes Secundárias:

A revisão da literatura será um elemento essencial nesta pesquisa,


incluindo a análise de obras de autores como White (2007), Burrill (2009) e
Cress (2010), entre outros, para entender como a incorporação de novos
membros tem contribuído para o amadurecimento espiritual e/ou apostasia.

Os registros da AMS fornecerão dados sobre o número de batismos,


apostasias e outras atividades relevantes dos últimos dez anos. Estes dados
secundários, aliados aos dados primários, formarão a base para a análise
subsequente.

1.2.3. Análise de Dados:


Os dados coletados serão analisados através de técnicas estatísticas, para
os dados quantitativos, e análise de conteúdo, para os dados qualitativos. Os
padrões observados a partir dessa análise orientarão a discussão e as
recomendações finais do estudo.

1.2.4. Limitações da Pesquisa:

As possíveis limitações desta pesquisa incluem a precisão dos registros da


AMS e possíveis vieses nas respostas aos questionários e entrevistas. A
pesquisa também será limitada aos membros da AMS, o que pode afetar a
generalização dos resultados.

1.2.5. Considerações Éticas:

Todas as informações coletadas serão tratadas com a devida


confidencialidade, e os participantes da pesquisa serão informados sobre o
propósito do estudo, com a participação sendo totalmente voluntária. Não
serão coletados dados pessoais identificáveis sem o consentimento explícito
dos participantes.

2. Uma análise de como a igreja atual está incorporando novos membros

O contexto eclesiástico do século XXI, caracterizado por uma globalização


crescente e uma diversidade cultural cada vez mais palpável, apresenta novos
desafios à Igreja na integração de novos membros. Neste cenário, a Igreja
Adventista do Sétimo Dia não está isenta. Como muitas denominações, busca
adaptar-se e responder de forma relevante e bíblica ao chamado de Cristo para
fazer discípulos em todas as nações (Mateus 28:19-20). Michael W. Goheen
ressalta que "a igreja existe pela missão de Deus, e sua missão é moldada
pela missão de Deus no mundo" (Goheen, 2011). Nesta moldura, a maneira
como novos membros são assimilados não é apenas uma questão
administrativa ou de crescimento numérico, mas também um reflexo direto da
teologia e missão da igreja. Ellen White, ao discorrer sobre a importância da
formação de novos membros, salienta: "Cada novo membro trazido à igreja
deve ser cuidado, preparado para trabalhar, preparado para a vida eterna"
(White, 1905). A visão de White destaca a responsabilidade da igreja não
apenas em atrair, mas em discipular, educar os e formar novos convertidos
para o serviço do Reino de Deus. Robert Coleman, refletindo sobre a
metodologia de Jesus, aponta que "Seu método de alcançar o mundo era
através do discipulado individual" (Coleman, 1963). A ênfase aqui está na
relação pessoal e na formação individual, mais do que em uma abordagem
ampla e impessoal. Além disso, Howard Snyder argumenta que a integração de
novos membros é "uma questão de identidade, vocação e missão da igreja"
(Snyder, 1983). Esta perspectiva sublinha a profundidade e a importância da
assimilação de novos membros, não apenas como uma atividade periférica,
mas central ao ser e ao fazer da igreja. Ao longo dEeste capítulo se propõe a,
buscaremos compreender as práticas atuais da Igreja Adventista do Sétimo Dia
na incorporação de novos membros, situando estas práticas no contexto mais
amplo da teologia e missiologia cristãs, bem como explorando possíveis
caminhos para aprimoramento.

2.1. Histórico da Assimilação de Membros na IASD

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2.1.1. Início da IASD: As Primeiras Estratégias

Desde seus primeiros dias, a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) surgiu
em um contexto de grande expectativa pela segunda vinda de Cristo. Essa
crença, centrada na iminente parousia, foi uma reação direta ao Grande
Desapontamento de 1844, um momento crítico em que muitos esperavam o
retorno de Jesus, baseados nas previsões de Guilherme Miller.

J.N. Loughborough, um dos pioneiros adventistas, documentou os primeiros


esforços evangelísticos da igreja. Em "O Grande Movimento Adventista", ele
descreve a paixão e o comprometimento dos primeiros adventistas, que
enfrentaram desafios e zombarias, mas se mantiveram firmes na proclamação
da breve vinda de Cristo. Ele menciona: “O breve período que, conforme
pensávamos, nos separava do retorno de Cristo, era para nós de tal significado
e importância que parecia não haver tempo para demora ou hesitação em
nossa obra” (LOUGHBOROUGH, 2014. p. 54). Essa sensação de urgência
levou à adoção de métodos inovadores de evangelização. As séries
evangelísticas e reuniões em tendas se tornaram especialmente populares,
servindo como pontos de contato principais para atrair e educar novos
membros. Ellen White, em "Testemunhos para a Igreja", afirmou: “Deve haver
mais reuniões ao ar livre e em tendas e em auditórios desocupados.
Precisamos nos aproximar do povo com a mensagem presente da verdade”
(WHITE, v. 6, 2021). A estrutura organizacional da igreja também começou a
se formar nesse período inicial. Em 1863, a IASD foi oficialmente organizada,
com a principal intenção de melhor coordenar os esforços de evangelização e
cuidar das necessidades dos crentes. Nesse ínterim, a literatura também
desempenhou um papel vital. Publicações como a "Review and Herald" e a
"Signs of the Times" não apenas educaram os membros existentes, mas
serviram como ferramentas de evangelização, alcançando lugares e pessoas
que os pregadores não podiam. George Knight, em "Adventismo", enfatiza a
importância da impressão na expansão inicial do movimento: “A palavra
impressa foi uma das ferramentas mais eficazes na propagação da mensagem
adventista durante o século XIX” (KNIGHT, 2015 p. 67).

No período anterior à fundação oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia


em 1863, os pioneiros da fé tinham uma paixão ardente pela proclamação da
breve vinda de Cristo. Esta convicção nasceu das expectativas do grande
movimento milerita dos anos 1840, quando milhares aguardavam o retorno de
Cristo em 1844. Após o desapontamento de 1844, quando a previsão de
Guilherme Miller sobre o retorno de Jesus não se concretizou, um
remanescente desses crentes começou a reestudar as Escrituras, culminando
no que viria a ser as doutrinas fundamentais do Adventismo. Fonte?

Ellen G. White, uma das principais figuras do movimento adventista,


desempenhou um papel crucial nesta fase inicial. Ela não apenas ofereceu
diretrizes espirituais através de seus escritos e visões, mas também foi
determinante no estabelecimento de estratégias evangelísticas. White (1905, p.
123) sublinhou a importância das reuniões campais como um meio eficaz de
despertar o interesse pelo evangelho e pelas verdades distintas dos
adventistas. Estas reuniões eram frequentemente realizadas em tendas
grandes, e eram caracterizadas por pregações poderosas, estudo bíblico e
testemunhos.

Em seu livro "Adventismo: Que significa? De onde veio? Para onde


vai?", George Knight (1993) discute o fervor e a dedicação dos primeiros
adventistas. Eles eram impulsionados por um senso de missão e a crença de
que estavam vivendo nos "últimos dias" antes do retorno de Cristo. Isso os
motivou a maximizar todos os recursos e oportunidades para compartilhar sua
fé. A literatura desempenhou um papel fundamental, com muitos membros,
incluindo Tiago White, o marido de Ellen, lançando periódicos e panfletos que
esclareciam as doutrinas adventistas e desafiavam os conceitos teológicos
populares da época.

Assim, as estratégias iniciais adotadas pelos pioneiros adventistas refletiam


sua paixão e urgência em compartilhar as boas novas do segundo advento de
Cristo. Eles estavam profundamente enraizados em sua fé e, apesar dos
desafios, estavam comprometidos em propagar sua mensagem, criando assim
um legado que continua até hoje.

2.2. Estabelecimento de Instituições Educacionais e de Saúde


A Igreja Adventista do Sétimo Dia sempre deu ênfase à educação holística
e ao bem-estar físico como parte integrante de sua missão evangelística. Este
enfoque foi significativamente influenciado pelos escritos e orientações de Ellen
G. White, que via a educação e a saúde como meios de alcançar as pessoas
com a mensagem adventista de maneira prática e tangível.

2.2.1Instituições Educacionais:

 Battle Creek College (1874): Localizado em Battle Creek, Michigan,


este foi o primeiro colégio adventista. A instituição foi fundamental na
formação de líderes e educadores adventistas em seus primórdios.
Atuou como um modelo para outras instituições educacionais
adventistas em todo o mundo.
 Healdsburg College (1882), que mais tarde se tornaria Pacific Union
College: Situado na Califórnia, tornou-se uma instituição líder na
formação de pastores, educadores e outros profissionais para a igreja na
Costa Oeste dos EUA e além.
 Oakwood University (1896): Localizado em Huntsville, Alabama, foi
estabelecido principalmente para servir à população afro-americana.
Tem desempenhado um papel crucial na formação de líderes
adventistas de origem afro-americana.

2.2.2 Instituições de Saúde:

 Western Health Reform Institute (1866): Inaugurado em Battle Creek,


Michigan, foi o precursor do que mais tarde se tornaria o mundialmente
famoso Battle Creek Sanitarium. Sob a liderança do Dr. John Harvey
Kellogg, este sanatório não apenas ofereceu tratamentos de saúde, mas
também promoveu o estilo de vida e a dieta adventista.
 St. Helena Sanitarium (1878): Localizado em Deer Park, Califórnia,
este sanatório não só tratou os doentes com métodos naturais, mas
também serviu como um centro de treinamento para médicos e
enfermeiros adventistas.
 Florida Hospital (1908): Atualmente conhecido como AdventHealth
Orlando, localizado na Flórida. Desde o seu início, serviu como um
ponto de contato com a comunidade, promovendo saúde e bem-estar e
integrando os princípios adventistas em seus serviços.

Enoque de Oliveira, ao refletir sobre o impacto destas instituições, destacou


como elas se tornaram uma extensão tangível da missão e visão da IASD.
Através de suas atividades e interações com a comunidade, muitos foram
apresentados aos princípios adventistas e, eventualmente, incorporados à
igreja. Fonte?

2.3. Esforços Missionários Globais

Desde seus primeiros dias, a IASD teve uma visão global. George R.
Knight, em suas análises, detalha como a igreja investiu em missões no
exterior, enviando missionários adventistas para terras distantes e
estabelecendo presença em praticamente todos os continentes. Estes esforços
missionários exigiram adaptações na abordagem, dada a diversidade de
culturas e contextos encontrados. Fonte?

2.4 Desenvolvimento de Materiais e Programas de Estudo Bíblico

Nos primórdios, a IASD tem reconhecido a centralidade das Escrituras em


sua teologia e prática. Esta ênfase na Bíblia levou ao desenvolvimento de uma
variedade de recursos para facilitar o estudo bíblico pessoal e comunitário. E o
tempo tem sido o selo de qualidade do instrumento, que se mostra acessível a
qualquer gênero, faixa etária e classe social.

2.4.1. Materiais Históricos de Estudo:


 Sabbath School Lessons: Iniciados na década de 1850, estes guias de
estudo semanais têm sido um pilar central do programa da Escola
Sabatina da IASD. Originalmente concebidos para crianças,
rapidamente se expandiram para incluir lições para adultos, ajudando a
uniformizar o estudo da Bíblia em todo o movimento adventista global. E
a consolidar a fé daqueles que se unem a igreja.
 Daniel and the Revelation: Escrito por Uriah Smith na década de 1870,
este livro tornou-se uma referência para o entendimento adventista dos
livros bíblicos de Daniel e Apocalipse. Ao longo dos anos, ele ajudou a
instruir muitos na interpretação profética adventista.
 Caminho a Cristo: Publicado em 1892 por Ellen G. White, este livro
simples e poderoso guia os leitores a uma relação mais próxima com
Cristo através do estudo da Bíblia e da oração.

2.4.2. Materiais e Programas Contemporâneos:

 It Is Written: Um programa evangelístico televisivo iniciado em 1956,


que usa a Bíblia como sua principal fonte de ensino, acompanhado por
guias de estudo bíblico correspondentes.
 Discover Bible School: Uma série de estudos bíblicos por
correspondência e online desenvolvidos pela Voice of Prophecy no início
dos anos 2000. Estes estudos têm se mostrado valiosos para pessoas
interessadas em aprender mais sobre a fé adventista.
 Hope Bible Study Plan: Um programa recente de estudo da Bíblia em
vários idiomas oferecido pela Hope Channel, a rede de televisão oficial
da IASD.
 Amazing Facts Study Guides: Desenvolvido por Doug Batchelor e a
equipe Amazing Facts, estes guias abrangem uma ampla gama de
tópicos bíblicos e doutrinários, sendo frequentemente usados em
esforços evangelísticos.
 Ouvindo a Voz de Deus: Uma série contemporânea de estudos bíblicos
que tem como objetivo levar as pessoas a um entendimento mais
profundo da vontade de Deus em suas vidas.
 Jesus Restaurador da Vida: Este guia de estudo focaliza a obra
redentora de Cristo, explorando as muitas maneiras pelas quais Ele atua
para restaurar a humanidade.
 Revelações de Apocalipse: Como o nome sugere, este estudo
mergulha profundamente no livro de Apocalipse, guiando os leitores
através das complexas profecias e garantindo uma compreensão clara
da mensagem do livro para os tempos atuais.
 Sabbath School University: Uma iniciativa mais recente destinada a
envolver a geração mais jovem no estudo da Bíblia. Usa formatos de
mídia contemporâneos para explorar as lições da Escola Sabatina de
maneira relevante e envolvente.

O legado de Loughborough, ao destacar a importância da literatura,


encontra sua continuação nos esforços contemporâneos da IASD. Estes
programas e materiais de estudo bíblico refletem o compromisso contínuo da
igreja em fornecer recursos de alta qualidade para aprofundar a compreensão
e vivência das Escrituras

2.5. Era Digital e a IASD

Com a revolução digital e a crescente interconexão global, a IASD


reconheceu a necessidade de adaptar e atualizar suas estratégias de
evangelização. O potencial da tecnologia para alcançar pessoas em lugares e
situações anteriormente inacessíveis tem sido imenso. Em resposta a esta
oportunidade, a IASD lançou várias iniciativas:

 Feliz 7 Play: Está é uma das iniciativas digitais mais notáveis da IASD.
É uma plataforma de streaming de vídeo, semelhante em funcionamento
a plataformas populares como Netflix ou Hulu, mas focada em conteúdo
adventista. Oferece uma variedade de programas, filmes, documentários
e séries, abordando desde temas bíblicos até questões de estilo de vida,
saúde e educação.
 Chatbot "Esperança": Em um mundo onde a instantaneidade e a
conveniência são valorizadas, a IASD introduziu "Esperança", um
chatbot projetado para interagir com os usuários, responder a perguntas
sobre a fé adventista, e até mesmo conduzir estudos bíblicos básicos.
Esta ferramenta aproveita a Inteligência Artificial para facilitar interações
significativas e levar as pessoas a recursos mais profundos se
desejarem.
 Hope Channel App: Além da programação tradicional de televisão, a
Hope Channel lançou um aplicativo móvel, permitindo que os usuários
assistam a programações ao vivo e gravadas a qualquer momento e em
qualquer lugar. O aplicativo também possui recursos de estudo da Bíblia
e guias de discussão para grupos pequenos.
 Redes Sociais: A presença da IASD em plataformas de mídia social,
como Facebook, Instagram, YouTube e Twitter, tem sido fundamental
para alcançar públicos mais jovens e diversos. Estas plataformas são
utilizadas para compartilhar mensagens inspiradoras, anúncios de
eventos, estudos bíblicos e muito mais.
 Podcasts Adventistas: Reconhecendo a popularidade crescente dos
podcasts, vários ministérios e departamentos da IASD têm lançado seus
próprios, abordando temas teológicos, proféticos, de saúde, entre
outros. Eles oferecem uma forma conveniente para os membros e
interessados aprenderem em movimento.
 Websites e Blogs: Muitas igrejas locais, conferências e uniões têm sites
atualizados regularmente, proporcionando recursos, notícias, estudos
bíblicos e mais para seus membros e visitantes. Os blogs, em particular,
oferecem reflexões pessoais sobre a fé, teologia e vida adventista.

O avanço tecnológico e a popularização dos meios digitais têm oferecido à


IASD novos caminhos e oportunidades inéditas para evangelizar e nutrir seus
membros. Em meio a estes avanços, o objetivo central permanece o mesmo:
compartilhar a esperança e o amor de Jesus Cristo com todos os cantos do
mundo digital.

Desde os dias pioneiros nas reuniões em tendas até as plataformas digitais


contemporâneas, a trajetória da IASD tem sido marcada por uma constante
renovação em seus métodos, mas com um coração que permaneceu inalterado
em seu propósito. Esta evolução não apenas reflete a adaptabilidade da igreja,
mas também seu profundo compromisso com a evangelização.

Nos primórdios, o zelo missionário e a urgência do breve retorno de Cristo


impulsionaram os fundadores da IASD a lançar as bases de uma obra que se
estenderia além das fronteiras nacionais. As instituições educacionais e de
saúde, fundamentadas na visão integrada de Ellen White, serviram como
pilares tangíveis de serviço, oferecendo não apenas educação e cura, mas
também a esperança encontrada em Jesus.

À medida que a igreja se expandiu globalmente, as estratégias de


evangelização diversificaram-se para se adequar a diferentes culturas e
contextos. O desenvolvimento de materiais e programas de estudo bíblico
permitiu uma formação doutrinária sólida, garantindo que a mensagem
adventista fosse transmitida com clareza e profundidade.

No entanto, talvez uma das mudanças mais significativas tenha sido a


transição para a era digital. Este movimento evidenciou a capacidade da IASD
de reconhecer e capitalizar as oportunidades emergentes para alcançar
corações em um mundo cada vez mais interconectado.

Em retrospecto, a IASD tem navegado por marés de mudança, desde seus


humildes começos até sua atual presença global. Cada era apresentou
desafios únicos, mas, em cada instância, a igreja mostrou resiliência, inovação
e um desejo ardente de levar a mensagem de esperança a todos, em todos os
lugares. Esta jornada é um testemunho vibrante do compromisso inabalável da
igreja com sua missão e da providência divina que a guiou ao longo do
caminho.
Essa breve pesquisa histórica deixa claro que a igreja aprimorou muito os
métodos de evangelização, mas não encontrou-seamos de maneira
proporcional a mesma atenção para o desenvolvimento e amadurecimento dos
novos membros.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) reconhece a importância do


discipulado e da integração de novos membros em sua comunidade. Pode-
semos identificar algumas medidas para suprir esta carência como por
exemplo:

1. O ciclo do discipulado proposto pela Divisão Sul-Americana (DSA)


2. A classe de Escola Sabatina, que tradicionalmente, tem sido o principal
programa de discipulado da IASD. Dividido por faixas etárias, incluindo a
Classe dos Amigos da Esperança, especificamente direcionada para os
novos membros, essas classes semanais proporcionam estudo
aprofundado da Bíblia e integração com outros membros
3. Pequenos Grupos: São uma maneira de novos membros se conectarem
com outros adventistas em um ambiente mais íntimo e pessoal,
favorecendo o crescimento espiritual e a amizade.
4. Programas de Mentoria: Em algumas igrejas, novos membros são
emparelhados com membros mais experientes que atuam como
mentores, ajudando-os a navegar em sua nova fé e se integrar na vida
da igreja.
5. Ministério Pessoal: Este é o ramo da igreja especificamente focado no
evangelismo e discipulado. O departamento produz materiais, organiza
programas e oferece treinamento para membros da igreja em
discipulado e evangelismo.
6. Iniciativas Digitais Modernas: Com o avanço da tecnologia, a IASD tem
adotado ferramentas digitais para discipulado, incluindo aplicativos de
estudo bíblico, plataformas online e redes sociais. Com vista ao
amadurecimento como por exemplo app Reavivados por Sua Palavra e
Bíblia Plan..
7.
Ao longo dos anos, a IASD tem adaptado seus programas de discipulado
para atender às necessidades em constante mudança de seus membros e às
realidades culturais e tecnológicas do mundo moderno. Hoje, o foco está em
criar uma experiência mais personalizada e integrada para os novos membros,
garantindo que eles não apenas entendam a teologia adventista, mas também
se sintam parte da comunidade da igreja.

No entanto, apesar destes esforços louváveis, persiste um desafio


significativo: um número notável de indivíduos que se batizam parece enfrentar
dificuldades em sua integração plena à igreja. Esta realidade enfatiza a
importância da pesquisa contínua sobre o tema. Compreender a raiz deste
desafio e avaliar a eficácia das iniciativas existentes pode proporcionar insights
valiosos para aprimorar ou redefinir abordagens, garantindo assim que cada
novo membro encontre seu lugar na comunidade e amadureça na fé.

3. Descobrindo o que contribui para a permanência ou apostasia de


novos membros.

Se for levadolevarmos em consideração as etapas em que consiste o


cumprimento da grande comissão, conforme descrita em Mateus 28.19,20
(NVI): “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o
que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" ,.
Identificamos que o objetivo da grande comissão é constitui em manter a
pessoa aprendendo sobre a palavra de Deus de maneira permanente. E não
apenas ir até ela para apresentar algumas verdades em uma quantidade
suficiente para que ele possa decidir ser batizado e então ser deixada por si só.
Essa compreensão é corroborada por Hall (1999) quando ele afirma que:
“evangelismo é cíclico: não se trata apenas de ganhar novos membros, mas de
nutri-los até que eles também possam evangelizar”.
Tal compreensão deve nos levar a reavaliar se uma comunidade cristã pode
realmente se considerar cumpridora da grande comissão, se todos os seus
esforços se concentram apenas em ir e batizar as pessoas, mas ignora se elas
têm permanecido no caminho da salvação.

Quando se consideraamos o diálogo de Jesus com Nicodemos, em João


3.1-8 (ARA):

“E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe


dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem
sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer
estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu,
e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos:
Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura,
tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do
Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne
é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes
de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra
onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem
para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”.

É facilmente compreendido que o batismo é colocado pelo próprio Jesus


Cristo como o início de uma nova vida e não o fim. Em contrapartida pode-
semos sem dificuldade constatar que determinadas comunidades cristãs estão
tornando o que era o meio um fim, e consequentemente o objetivo último tem
sido negligenciado que é manter as pessoas no caminho da salvação.

Tais comunidades parecem ter que se voltar para aquele tão conhecido
conselho de Saloamão em Provérbios 22.6 (NAA) dirigido primariamente aos
pais: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for
velho não se desviará dele” Provérbios 22:6 (NAA). Afinal, assim como uma
criança precisa de ajuda constante mesmo após o seu nascimento. O caminho
a ser percorrido pelo novo converso terá desafios tão grandes, ou até maiores
que os encontrado até tomar a decisão de ser batizado. “Embora os
ensinamentos sobre o cristianismo e as mudanças de estilo de vida sejam
oferecidos antes do batismo, as mudanças reais de vida geralmente ocorrem
após o batismo”. (HALL, 1999)

Comunidades constituídas de verdadeiros discípulos farão de tudo para


verem as pessoas nascerem no reino de Deus e se alegram com isso. Contudo
elas são conscientes que o trabalho bem como a alegria se torna ainda maior
ao poder contribuir para o crescimento destes recém-nascidos na fé.

O Dr. Cress (2010, p, 7) chamou atenção para essa realidade deem que
as pessoas recebemsão levadas em mais consideração quando entram no
reino, e vão se tornando menos importante à medida que o tempo passa. Tal
postura é o que acaba, segundo ele, levando “muitas vezes a acusações de
que os evangelistas se importam demais com os números, desconsiderando a
estabilização ou a integração dos novos membros”.

Assim como a conversão é constituída de etapas que são superadas


com o tempo, a maturidade cristã não é algo que se adquirei instantaneamente
após o batismo. No entanto, parece haver uma maior preocupação mais
elevada por parte de algumas comunidades cristãs em batizar novos membros,
enquanto quase nada é pensado sobre o que, quando e como ser fazereito
para que esse novo irmão permaneça firme na fé.

Deve-se cuidarCuidemos então para que a advertência de Jesus


registrada em Mateus 23.15 (NVI) não alcance lugar em nossas comunidades:
“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar
para fazer um convertido e, quando conseguem vocês o tornam duas vezes
mais filho do inferno do que vocês”.

Precisamos entender e levar outros a considerarem que a grande


comissão consiste em fazer discípulos e o discipulado não termina no rito do
batismo, apenas o habilita para passar a próxima etapa que é a de permanecer
ligado ao mestre conforme está ilustrado pelo próprio Jesus Cristo em João 15.
7-11 (NVI):

Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras


permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será
concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito
fruto; e assim serão meus discípulos. "Como o Pai me amou, assim
eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos
meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho
obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço.
Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em
vocês e a alegria de vocês seja completa.
Não queiramos estar no lugar daquelas igrejas que fizeram muito para
ganhar aos milhares, e a semelhança de George Whitefield nada fizeram para
manter na fé aqueles que haviam ganhado. E por isso temos tantas igrejas com
os livros da secretaria cheio de nomes, mas os bancos vazios de discípulos.

Foi a preocupação com os próximos passos do novo converso que fez


com que a obra de Johnh Wesley tivesse um impacto muito mais efetivo no
cumprimento da grande comissão do que o trabalho realizado pelo George
Whitefield. Para Wesley: “a Igreja não muda o mundo quando gera membro,
mas quando gera discípulos”. (SHAW, 2004, p, 158)

Em dias de tantas inversões de valores, pressionados por uma ditadura


da velocidade, não seria o momento de paramos e reavaliarmos se os nossos
esforços estão fundamentados sobre a rocha ou sobre a areia? Deveria
mesmos haver distinção de valor entre a pessoa que está para aceitar a
Salvação em Jesus Cristo e aquela que permanece firme na fé? E o que dizer
do tempo estabelecido para uma fase e outra?

O que diríamos de pais que fizeram de tudo para a chegada do seu


bebê, realizando todas as ultrassom, cuidando da alimentação da mãe para o
desenvolvimento do feto, comprando todo o enxoval, mas que após o
nascimento deixa a criança na maternidade? De que adianta todo o esforço
para a chegada de um recém-nascido para abandoná-lo logo em seguida?
Algumas comunidades na pressa de cumprirem a grande comissão estão
tornando o processo mais importante do que o produto.

Não confundamos as etapas, na grande comissão o ir, batizar e ensinar


constituem o processo, para que deste modo o discípulo possa existir. Fazer
dDiscípulos e não apenas batizar pessoas é o produto da grande comissão
confiada aos primeiros discípulos.

Alguém pode julgar essa reflexão, reavaliação do que entendemos por


cumprimento da grande comissão desnecessária. Principalmente porque
geralmente as igrejas têm a intenção de cuidar dos novos conversos. Contudo,
elas parecem não conseguir entender por que deles precisarem de tantos
cuidados. (CRESS, 2010, p, 33)
Consideremos então estes sete aspectos que envolvem a chegada de
um recém converso na comunidade conforme adaptamos da lista do Dr. Cress
(2010, 34-35):

1. A chegada de um recém converso altera o status quo da comunidade


que o recebe. Por vezes alguns acabam até se sentindo ameaçados ou
escanteados, pela atenção que esse novo converso acaba recebendo, e
atividades que ele pode agora passar a realizar.
2. Existe a priori um certo grau de dependência. E esse trabalho extra faz
com que outros acabam não se envolvendo para que a comunidade
assimile mais ninguém.
3. É necessário maturidade por parte daqueles que irão lidar diretamente
com este que ainda é imaturo. Penso ser este um dos maiores desafios
sobretudo atualmente em que as pessoas parecem ter uma resistência
em serem maduras. Não há hoje apenas um esforço por um
rejuvenescimento da aparência, as pessoas buscam se comportar de
maneira jovial, e está preocupação acaba moldando a mentalidade do
indivíduo que resiste de toda maneira que pode ter que pensar, agir e se
responsabilizar de maneira condizente com o tempo que tem de vida.
4. Quem ama acompanha. Por vezes a igreja acaba esperando
prematuramente dos novos conversos do mesmo modo que pais tende a
fazer diante de qualquer salto de crescimento por parte dos filhos. Quem
realmente está preocupado com o crescimento do outro, não vai deixá-lo
só na primeira oportunidade depois de algo que lhe foi ensinado. Antes
procurará se cerificar por meio do acompanhamento se aprendeu o
suficiente para seguir sozinho a respeito do que foi aprendido.
5. Não deve ser esperado de um novo converso alta capacidade de
discernimento.
6. O crescimento não tende a ser simétrico nos bebês, e está realidade
também é percebida no que diz respeito ao crescimento de um novo
converso, ele pode muito bem ser frequente a todos os cultos da igreja
ou atividades que está por sua vez promove, ao mesmo tempo em que
não tenha seu momento diário e pessoal de comunhão com Deus. Ele
pode ser um ofertante generoso, e está em dificuldades com o dízimo.
Também é possível que seja prestativo com o próximo, mas tenha
dificuldade para perdoar.
7. Maturidade é algo que se adquire com o tempo, mas não é algo que
corre automaticamente. Muito menos sem o convívio e o
acompanhamento de quem já seja maduro.

Deveria nos preocupar a recorrência com que encontramos líderes ou


comunidades cristãs em que estão mais desejosas em “dar á luz adultos
completamente desenvolvidos, ao invés de estar disposta a lidar com os
desafios dos recém-nascidos”. (CRESS, 2010, p. 36)

Ilustrar a família espiritual com a família sanguínea parece ser muito


adequado porque conforme diz BIER (2023, p. 22) sofrer em ambas as
comunidades doí muito mais porque temos uma expectativa acima do normal
na nossa relação com os integrantes de ambas.

GANE (2013, p. 33) Em seu livro “O caminho de volta”, sinaliza que muitas
igrejas acabam perdendo seus membros porque diante do descumprimento
com a norma, uma quantidade significativa dos irmãos fica tão preocupada em
dar o exemplo para os demais integrantes que acabam cuidando da infração,
enquanto negligência a demonstração de amor para com o infrator.

Do mesmo modo que um certo número de pessoas quase sempre são


responsáveis pela desistência de alguém para a caminhada cristã, mais de
uma pessoa são necessárias para que esta tome a decisão de ser e
permaneça sendo discípulo(a) de Jesus Cristo. (ABDALA, 2011, p 23) E o mais
importante que precisa ser bem compreendido e amplamente difundido é que o
discipulado, bem como a permanência do discípulo na comunidade do reino de
Deus não consiste na mera transmissão de conhecimento bíblico, e sim de um
estilo de vida cristocêntrico que é assimilado pelo íntimo convívio com
verdadeiros cristãos. (BULLÓN, 2017, p. 38)

Seguimos em uma realidade diferente desta em que os cristãos são


amadurecidos pelo convívio íntimo de uns com os outros, bem como de cada
indivíduo com Deus, quando nos concentrando apenas em termos igrejas
cheias de membros, destituídos de uma vivência do que é ser um discípulo. A
isso Burril (2006, p. 34) classifica como “a tragédia do adventismo
contemporâneo.

Quando falamos em intimidade que produza maturidade no discipulado o


que se tem em mente é a clara descrição de Atos 2.42-44 (NAA):

E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir


do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios
e sinais eram feitos por meio dos apóstolos. Todos os que criam
estavam juntos e tinham tudo em comum.

Quando comparamos a descrição bíblica com a orientação de WHITE


(2004, p. 114) a respeito dos métodos evangelísticos, encontramos perfeita
concordância do que deve ser praticado, em um processo de discipulado que
leve em consideração os padrões bíblicos sendo estes: “Cantar, orar e ler a
Bíblia, nas casas do povo, é coisa necessária”. Porém tal necessidade não
parece ter a mesma prioridade nas comunidades que só se preocupam com os
eventos de efeito efêmero, desconsiderando o resultado a longo prazo.

Tardar em cumprir a missão dentro desta estrutura, que prioriza o


aprofundamento cognitivo e relacional. Não ter uma estrutura com essa
finalidade para ser seguido por aqueles que vão aceitando a Cristo é tornar
espectadores profissionais quase sempre em críticos profissionais.
(EDWARDS, 2021, p. 15) É muito limitado o desenvolvimento daqueles que se
decidem por serem cristãos apenas pela frequência a cultos e programas. A
prova disto está na quantidade de sermões que já foram pregados e a
inatividade continua alta. (ROSA, 2013, p. 165)

À medida que o tempo foi passando podemos identificar ao longo da


história que cada vez mais temos nos distanciando do modelo vivido pela igreja
primitiva. Temos nos distanciado cada vez mais da rede dos apóstolos para
assimilarmos uma estrutura hierárquica executiva e burocrática. Porém ainda é
amplamente possível levar as comunidades cristãs de volta a uma realidade
em que a liderança e estrutura siga pelo caminho da pessoalidade e
relacionamento. (GIBBS, 2012 p.92)

Pensando ainda na história, não faz muito tempo em que o problema de


algumas congregações era conseguir fazer as pessoas se sentarem nos
lugares da frente. Diferente do estádio de futebol as pessoas na igreja só
querem ocupar os últimos lugares. Este desafio atualmente está sendo
potencializado, agora a dificuldade consiste também em colocá-los em campo,
porque um número significativo prefere apenas ficar nos bancos. E se num
estádio esta é a condição aguardada, na igreja ela deve ser evitada por todos
os meios possíveis.

3.1. O que impacta para a permanência de novos membros?

A permanência de novos membros em uma comunidade cristã pode ser


influenciada por diversos fatores, tanto individuais quanto relacionados à
comunidade em si. Em virtude da delimitação de espaço de nossa pesquisa,
levando em consideração a experiencia prática vivida até aqui, consideraremos
dez fatores que entendemos estar entre as principais razões:

1. Boas-vindas e inclusão: Um ambiente acolhedor e inclusivo é


essencial para que os novos membros se sintam parte da comunidade. Sentir-
se bem-vindo e aceito desde o início pode fazer toda a diferença em sua
decisão de permanecer.

2. Relacionamentos significativos: A formação de amizades e


relacionamentos significativos dentro da comunidade pode criar um senso de
pertencimento e conexão emocional que incentiva a permanência.

3. Ensino contínuo: Uma comunidade cristã que oferece ensino sólido


e oportunidades de discipulado pode ajudar os novos membros a crescer em
sua fé e compreensão dos ensinamentos cristãos. Como disse Rick Mcedward:
“precisamos de orientação contínua sobre como realizar nosso trabalho de
maneira eficaz”. (LUPPENS, 2019) E não podemos deixar de destacar que “a
ignorância não aumentará a humildade nem a espiritualidade de nenhum
professo seguidor de Cristo”. (WHITE, 2007 p. 476)

4. Oportunidades de participar dos ministérios o mais breve


possível: Encontrar maneiras de se envolver em atividades de serviço e
missão pode dar aos novos membros uma sensação de propósito e significado
dentro da comunidade.

5. Liderança e Pastoreio: Uma liderança espiritual comprometida e


atenciosa pode guiar e apoiar os novos membros em sua jornada espiritual.

6. Culto e Adoração: A experiência de culto e adoração pode ser um


fator importante para os novos membros. Um estilo de culto que ressoa com
eles e os ajuda a se conectar com Deus pode ser um motivador para continuar
participando.

7. Conflitos e desentendimentos: Conflitos e tensões dentro da


comunidade podem afetar negativamente a permanência dos novos membros.
Um ambiente de paz e respeito mútuo é essencial para manter um senso de
harmonia.

8. Expectativas realistas: É importante que os novos membros tenham


expectativas realistas sobre o que significa fazer parte de uma comunidade
cristã. A compreensão do compromisso necessário e dos desafios inerentes
pode evitar decepções futuras.

9. Mudanças pessoais: Alguns membros podem enfrentar mudanças


pessoais em suas vidas que os levam a procurar ou sair de uma comunidade
cristã. Essas mudanças podem incluir deslocamento geográfico, mudanças de
crenças pessoais ou outras circunstâncias da vida. E em certa medida se o
indivíduo aceitou a Cristo ele terá mudanças sim, independe da idade, classe
social, porque “o evangelho não é apenas a transmissão de informações, mas
também uma demonstração do poder de Deus para mudar corações e vida”.
(MCAULIFFE e MCAULIFFE, 2019)

10. Alinhamento com os valores denominacionais: Os novos


membros podem optar por permanecer na comunidade se sentirem que os
valores e ensinamentos da igreja estão alinhados com suas próprias crenças e
princípios.

A vida em comunidade é uma expressão palpável do corpo de Cristo em


ação. Cada membro, seja ele novo ou antigo, representa uma parte vital desse
corpo, trazendo consigo dons, talentos, e uma história única. A
responsabilidade, então, de uma comunidade cristã é assegurar que cada
membro sinta que pertence, que é valorizado e que tem um propósito dentro
deste grande corpo. Cada comunidade cristã deve se esforçar para criar um
ambiente centrado em Cristo, onde o evangelho é vivido e compartilhado de
forma autêntica. Este ambiente deve ser pautado não apenas por estudos e
ensinamentos, mas também pela prática do amor, da compaixão e da graça
que emanam de Cristo. É fundamental que haja espaço para o crescimento
pessoal e espiritual, onde dúvidas possam ser esclarecidas, onde a fé possa
ser fortalecida e onde a esperança seja renovada diariamente.

Além disso, a comunidade deve estar constantemente atenta às


necessidades de seus membros, buscando ser sensível e responder de forma
adequada, seja através de apoio pastoral, orientação espiritual, ou
simplesmente um ombro amigo. O propósito final de uma comunidade cristã
não é apenas ser uma reunião de pessoas que compartilham a mesma fé, mas
ser um reflexo vivo do amor de Cristo, mostrando ao mundo o que significa ser
um seguidor d'Ele.

Por isso, é crucial que as comunidades cristãs continuem investindo em


formação, inclusão, ensino e, acima de tudo, em relacionamentos significativos.
Pois é através destes relacionamentos que a essência do evangelho é
verdadeiramente vivida e experimentada.

3.2. O que coopera para a apostasia?

A apostasia, um fenômeno que marca a trajetória espiritual de muitos, se


traduz no abandono deliberado ou renúncia da fé cristã por alguém que, em um
momento anterior, estava profundamente imerso na vivência comunitária dessa
tradição religiosa. Esse fenômeno não se desenrola de forma abrupta ou
aleatória. Por trás da decisão de se afastar, existe uma teia intrincada de
experiências, emoções, reflexões e influências externas. Trata-se de um
processo gradual, muitas vezes silencioso, que pode ser desencadeado por
uma série de fatores que vão desde crises existenciais profundas, desilusões
com a instituição religiosa, até influências externas de natureza social, cultural
ou intelectual. Neste contexto, é imperativo entender essas motivações e
causas não apenas como meros indicadores de um distanciamento, mas como
reflexo da complexa interação do ser humano com sua espiritualidade e com o
ambiente em que está inserido. Com isso em mente, nos aprofundaremos em
fatores que contribuem para a apostasia, contextualizando-os com perspectivas
acadêmicas, experiências práticas que elucidam esse intricado caminho de
desconexão religiosa:

1. Dúvidas e questões teológicas: Perguntas não resolvidas sobre


dogmas e ensinamentos podem gerar incertezas. Como Alister McGrath
argumenta, a fé precisa ser constantemente revisitada e renovada
através do estudo e reflexão (McGRATH, 2012).
2. Experiências negativas na comunidade e o distanciamento da fé: O
envolvimento em uma comunidade religiosa muitas vezes vem com a
expectativa de apoio, compreensão e camaradagem. No entanto,
infelizmente, nem todas as experiências dentro de uma comunidade de
fé são positivas. Experiências negativas, sejam elas relacionadas a
conflitos interpessoais, desentendimentos doutrinários, ou mesmo
traumas mais sérios, podem ter um profundo impacto na relação do
indivíduo com sua fé e com a comunidade em que está inserido. Philip
Yancey, em seu livro "Desapontamento com Deus", não apenas explora
as questões da dor e do sofrimento, mas também aborda o sentimento
de desapontamento com a igreja e com a comunidade de fé. Para
Yancey (1997), esse desapontamento surge muitas vezes quando há
uma discrepância entre as expectativas que os indivíduos têm sobre a
igreja e a realidade de suas experiências. A liderança da igreja, em
particular, desempenha um papel crucial nisso. Uma liderança que não
atende às necessidades espirituais e emocionais de seus membros, ou
pior, que causa danos através de ações inapropriadas, pode levar ao
distanciamento de muitos. Questões como o favoritismo, a política
interna, ou desentendimentos doutrinários podem corroer a confiança e
a fé dos membros, levando-os a se afastarem da comunidade e, em
alguns casos, de sua própria fé. A experiência em uma comunidade de
fé é multidimensional e, assim como pode proporcionar suporte e
crescimento, também pode ser fonte de dor e desapontamento. É
essencial que as comunidades cristãs estejam cientes dos impactos das
experiências negativas e se esforcem para criar um ambiente de
confiança, respeito e cuidado genuíno para todos os seus membros.
3. Desafios intelectuais e científicos: A tensão percebida entre fé e razão
pode ser desorientadora. Galileu Galilei, em suas cartas, abordou a
complexa relação entre fé e ciência (GALILEI, 1615).
4. Pressões sociais e culturais: Em algumas situações, indivíduos
podem enfrentar pressões sociais ou culturais para abandonar a fé
cristã, especialmente em sociedades onde a religião é desencorajada ou
reprimida.
5. Mudanças de crenças pessoais: Alterações nas crenças pessoais
podem levar uma pessoa a se afastar da fé cristã para abraçar outra
filosofia ou religião.
6. Influência de amigos e familiares: Indivíduos que pertencem a uma
comunidade não cristã podem se sentir pressionados a se conformar. E
o inverso também é verdadeiro como no caso do C.S. Lewis, que em
seu livro "Surpreendido pela Alegria", descreve como seus amigos
influenciaram sua conversão ao cristianismo (LEWIS, 1955).
8. Estilo de vida ou interesses pessoais: A fé cristã pode, por vezes,
parecer restritiva para alguns. Augusto Cury aborda a questão da busca
por sentido e propósito em um mundo complexo (CURY, 2003).
9. Crises pessoais e reavaliação da fé: A crise pessoal, entendida como
um momento agudo de dificuldade emocional, física ou espiritual,
frequentemente conduz a uma profunda introspecção e reavaliação de
crenças centrais, incluindo a fé religiosa. A dor, seja ela física ou
emocional, pode lançar uma sombra de dúvida sobre a bondade ou a
presença de Deus, levando muitos a questionar o propósito do
sofrimento e a natureza de Deus. Philip Yancey, em seu livro "Onde está
Deus quando chega a dor?", aborda essa intrincada interação entre dor,
sofrimento e fé. Ele explora a dificuldade de compreender o papel de
Deus em meio à dor e como as pessoas podem tentar reconciliar sua fé
com as realidades brutais de perda, trauma e sofrimento. Yancey (1977)
argumenta que, embora a dor possa inicialmente distanciar alguém de
Deus, ela também pode funcionar como um meio de aproximação. Para
muitos, a dor se torna uma jornada, não apenas de sofrimento, mas
também de descoberta espiritual, onde se confrontam e muitas vezes
redefinem suas crenças em face da adversidade. Além de Yancey,
diversos outros autores e teólogos têm abordado a relação entre
sofrimento e fé. O clássico "O Livro de Jó", encontrado no Antigo
Testamento da Bíblia, é uma reflexão profunda sobre o sofrimento
humano e a relação do homem com Deus em meio ao caos. Jó, um
homem justo e íntegro, enfrenta uma série de tragédias inexplicáveis e,
ao longo do livro, questiona a justiça e a natureza de Deus. No entanto,
em vez de um simples repúdio à sua fé, o livro de Jó apresenta uma
jornada de questionamento, introspecção e, finalmente, uma profunda
transformação espiritual. Outra perspectiva sobre crise e fé é
apresentada por Viktor Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto,
em seu livro "Em Busca de Sentido". Frankl (1946) explora a ideia de
que, mesmo nas circunstâncias mais adversas, as pessoas podem
encontrar significado e propósito. Para Frankl, a capacidade de
encontrar significado no sofrimento pode servir como um âncora, mesmo
quando a fé tradicional é desafiada. As crises pessoais, por mais
devastadoras que possam ser, oferecem uma oportunidade única de
introspecção e crescimento espiritual. Elas podem levar ao
questionamento e até ao distanciamento da fé, mas também podem
abrir caminho para uma compreensão mais profunda e uma relação
mais íntima com o divino. Em meio à tempestade da crise, muitos
encontram um refúgio e um propósito renovado na fé.
10. Distanciamento da prática religiosa: O simples ato de não praticar a fé
pode enfraquecer o vínculo com ela. James K.A. Smith argumenta que
os hábitos formam nossos desejos e, por extensão, nossa identidade
espiritual (SMITH, 2016).
11. Atração por outras crenças espirituais: A busca por significado pode
levar as pessoas além do cristianismo. Huston Smith, em "As Religiões
do Mundo", apresenta uma visão panorâmica das grandes tradições
espirituais (SMITH, 1958).
A natureza multifacetada da apostasia ilumina uma necessidade premente
para as comunidades cristãs: a fé não deve ser vista simplesmente como um
ponto de chegada estático, mas sim como uma trajetória constante e dinâmica.
Ao longo desta jornada espiritual, é inevitável que os fiéis se deparem com
dúvidas, incertezas e desafios. Contudo, em vez de serem vistos como
obstáculos, esses momentos de introspecção e questionamento devem ser
acolhidos pelas comunidades como oportunidades para o aprofundamento e
consolidação da fé.

3.3. A essência para assimilação e a prevenção contra a apostasia de novos


membros.

O que fazer para que uma comunidade saia da apatia que se encontra, e
que ao mesmo tempo possa alcançar o novo converso o preservando de ser
contaminado pela frieza da comunidade que está para ser inserido? Muito pode
ser feito a esse respeito, mas com certeza os quatro passos a seguir são
fundamentais (CRESS, 2010, p.82):

1. Pregar e ensinar sobre o amor.


2. Enfatizar pelo ensino e pelo exemplo a cordialidade e a importância do
calor humano. O Dr. Suárez (2013, p. 96) nos lembra que: “vir e ver não
é suficiente; é necessário viver”.
3. Fortalecer e aumentar o número de eventos sociais.
4. Assegurar a participação de todos nas atividades da congregação o
mais cedo possível.

Negligenciar esses passos é contribuir para uma comunidade que seguira


na direção da estagnação e posteriormente do declínio. (GONÇALVEZ, 2017 p.
121)

É um argumento incontestável do Lopes (2012) quando ele escreve que:


“Nem todas as igrejas terão todos os ministérios”. Mas independente da
natureza de ministério desempenhado por qualquer comunidade, todas elas
têm que ser motivada pelo amor.

O mesmo se dá com a questão do crescimento da igreja, embora possa


ocorrer em diferentes categorias sendo elas: interno, expansão, extensão ou
por pontes. (ABDALA, 2008 p. 166) Sem amor, crescerá apenas para se
extinguir.

E com certeza um dos maiores desafios da vida cristã é viver de maneira


equilibrada em todos os aspectos da vida. E numa era em que o amor quando
não é banalizado, buscam pervertê-lo, algumas comunidades cristãs podem
até ir para o outro extremo e ignorá-lo. Tal realidade é sem sombra de dúvida o
fim de qualquer expectativa da permanência de quem quer que seja em uma
chamada comunidade cristã. A essência do Evangelho é o amor; a mais
celebre definição bíblica acerca de quem Deus é se baseia nesta verdade.
Como está escrito:

“Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor.
Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e
Deus nele”. (1 João 4:16, NVI)

E todo aquele que a ele se associa ama os que Ele ama: “Nisto conhecerão
todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. (João 13:35,
ARA) Logo, um cristão que não ama, deixa de ser em essência um cristão.

O amor de Deus aceito na vida do pecador, deve ser a motivação para que
ele siga em busca do seu semelhante. E só por este amor é que tais conversos
conseguiram seguir em convivência uns com os outros. Paulo sintetiza bem
essa realidade sobre o viver cristão na missão de buscar e de manter o que foi
encontrado ao dizer que: “[...] o amor de Cristo nos impulsiona”. (2 Coríntios
5.14, NVT) e “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor”. (Efésios 4:2, NAA).

É a manifestação deste amor que contribuirá para que o reino de Deus se


torne atraente, ao não convertido, e proporcionará maturidade aos que o
aceitarem. (GOHENN, 2014, p. 250)
4. "Dinâmicas de Batismo e Retenção: Um Panorama Decenal da
Associação Mineira Sul".

Nos corredores da história eclesiástica, a jornada de um crente, desde seu


primeiro encontro com a mensagem divina até a consolidação da fé, tem sido
objeto de profunda reflexão e estudo. A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD),
firmemente enraizada em sua missão evangelística, não é uma exceção ao
enfrentar desafios intrincados relacionados à assimilação e retenção de seus
novos membros. Compreender as dinâmicas que permeiam a decisão de um
novo membro de permanecer ou se desvincular após o batismo é, portanto,
uma necessidade urgente.

A Associação Mineira Sul (AMS) apresenta-se como uma janela reveladora


neste cenário. Como uma das ramificações mais ativas da IASD no Brasil, a
AMS experimentou, ao longo dos anos, diversas ondas de crescimento, fervor
evangelístico, bem como os desafios que acompanham tais dinâmicas. Para
obter uma compreensão clara dessas complexidades, este capítulo se
aprofundará nos dados dos últimos dez anos da AMS, traçando tendências de
batismo e apostasia na região.

A análise aqui empreendida nos levará por uma jornada de reflexão sobre
práticas existentes, identificação de padrões e indicação de áreas potenciais
para intervenção. Considerando a gama de aspectos – desde taxas de batismo
até feedback de membros, de capacitações pastorais a eventos evangelísticos
–, nossa intenção é oferecer uma imagem abrangente das dinâmicas de
crescimento e desafios da AMS .

A continuidade desta pesquisa será concretizada pelo levantamento de


dados na AMS, onde a análise teórica encontrará sua validação prática. Em
outras palavras, a fundamentação e as tendências identificadas aqui servirão
como base para aplicação, unindo assim teoria e prática na busca por soluções
efetivas. Este é a proposta de levantamento de dados para sequência do
trabalho.
1. Dados Históricos:
 Número de batismos na AMS nos últimos 10 anos.
 Taxa de apostasia na AMS nos últimos 10 anos.
 Eventuais variações nessas taxas ao longo do tempo e possíveis
causas.
2. Dados Demográficos dos Novos Membros:
 Faixa etária no momento do batismo.
 Gênero.
 Educação/formação.
 Estado civil.
 Tempo que levou desde o primeiro contato com a IASD até o
batismo.
 Origem do interesse (amigo, parente, evento, meio de
comunicação).
3. Dados Sobre o Processo de Integração:
 Programas/estratégias de assimilação utilizados pela AMS nos
últimos 10 anos.
 Duração e natureza dos programas de estudos bíblicos pré-
batismo.
 Número de reuniões e pequenos grupos de integração oferecidos
aos novos membros.
 Programas de mentoria ou discipulado e sua eficácia.
4. Feedback dos Membros:
 Razões citadas para permanecer na IASD após o batismo.
 Razões citadas para deixar a IASD após o batismo.
 Sugestões de melhorias no processo de assimilação.
5. Dados Comparativos:
 Comparação das taxas de batismo e apostasia na AMS com
outras Associações/Missões adventistas no Brasil ou em outras
partes do mundo.
 Métodos utilizados em outras Associações que apresentam taxas
de retenção mais altas.
6. Dados Sobre a Formação e Capacitação Pastoral:
 Número de pastores na AMS.
 Capacitação oferecida aos pastores sobre assimilação e retenção
de novos membros.
 Frequência de formação contínua.
7. Dados Sobre a Comunidade e Contexto Local:
 Dados sociodemográficos da região da AMS.
 Eventuais crises econômicas, políticas ou sociais que possam ter
impactado o número de batismos ou a taxa de apostasia.
 Atividades e programas de engajamento comunitário realizados
pela IASD na região.
8. Dados Sobre Programas e Eventos Especiais:
 Número e natureza de programas evangelísticos e séries de
reavivamento realizados na AMS nos últimos 10 anos.
 Retenção de membros que se juntaram à igreja através desses
programas em comparação com outros métodos.

Conclusão

A dinâmica entre batismo e retenção na Igreja Adventista do Sétimo Dia,


especificamente na Associação Mineira Sul (AMS), oferece uma visão
perspicaz das realidades que as organizações religiosas, em seu conjunto,
enfrentam na era contemporânea. A jornada de compromisso espiritual, a
assimilação de novos membros e a persistência na manutenção da chama da
fé se revelam como desafios constantes em um mundo repleto de mudanças
rápidas e imprevisíveis.

Os dados que serão levantados e as variáveis propostas para análise


neste capítulo destacam a complexa teia de interações entre elementos
internos da comunidade e contextos mais amplos. Torna-se claro que a
caminhada espiritual de um indivíduo é profundamente influenciada por uma
combinação de fatores, desde a sua própria demografia até as estratégias
adotadas pela igreja e os grandes acontecimentos da sociedade.

O feedback antecipado dos membros, tanto dos que ficam quanto dos
que partem, é uma fonte valiosa que, uma vez coletado, fornecerá insights
inestimáveis. Ele permitirá não apenas compreender motivações individuais,
mas também identificar áreas em que a AMS, e comunidades similares, podem
refinar suas abordagens para potencializar a integração e minimizar a
apostasia. Ademais, ao situar a AMS em um contexto comparativo com outras
Associações e Missões, espera-se discernir práticas bem-sucedidas que
poderiam ser replicadas ou adaptadas, visando a um crescimento saudável e
resiliente da comunidade.

A formação pastoral e a proposição de programas evangelísticos


apontam para a necessidade de um comprometimento duradouro com a
formação contínua e o reavivamento, garantindo que a liderança esteja
preparada e que os membros se sintam constantemente renovados em sua fé.

Em resumo, a AMS, com seus desafios e contextos únicos, serve como


um modelo ilustrativo que destaca os desafios e oportunidades da missão
cristã no século XXI. Esta análise prepara o terreno para uma introspecção
coletiva e um engajamento proativo, inspirando a busca por soluções
inovadoras e práticas que atendam às necessidades espirituais de uma
demografia em transformação, ao passo que ressoa com os princípios
imutáveis da fé. Com os olhos no futuro, este estudo prenuncia o caminho para
um engajamento mais intenso, uma missão revigorada e uma comunidade
robusta na Associação Mineira Sul e além dela.
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