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PSICOLOGIA SOCIAL

Edjane Rosendo – 22112855

Seria a Democracia o maior (e inalcançável) sonho americano?

Sob a perspectiva de Freud, a democracia seria apenas um sonho, pois ninguém pode ser
verdadeiramente livre em sua forma de expressão ou em sua verdadeira perspectiva sobre o
mundo, pois a verdade é extremamente perigosa dentro de uma civilização. Dessa forma, as
regras, normas e doutrinas que visam limitar a experiência do ser geram um grande
descontentamento humano.
Todavia, se toda a nossa existência é pautada em buscar o prazer ou apenas evitar a dor,
como poderíamos viver bem com a insatisfação se o que mais queremos é nos satisfazer?!
É nessa tentativa de preencher nossas ausências, de encontrar o prazer e evitar o sofrimento
que o consumismo ganha força. O consumismo surge a partir da arrogância humana, pois é
preciso ser arrogante para afirmar o que o outro quer ou não. Outrossim, é preciso estar
frustrado para tomar para si veemente algo que foi, inicialmente, apresentado e proposta por
outro indivíduo. Na contemporaneidade, somos cada vez mais influenciados pelos desejos
dos outros: nos endividamos para adquirir produtos glamourizados por pessoas distantes de
nós e de nossa realidade, como os “digitais influencers”, por exemplo.
Retomando à síntese dessa arrogância x frustração, o Nazismo pode ser referenciado.
Afinal, esse movimento surge como uma tentativa arrogante de dizer o que era bom ou não
para a nação a partir de discursos frustrados daqueles que seguiam Hitler.
Muitas vezes acreditamos que estamos sendo ouvidos quando na verdade estamos sendo
usados; talvez essa seja a estupidez da qual Edward Bernays se referia ao falar do povo. É
possível entender a linha de pensamento de Hitler como: “me diga o que esse povo quer ouvir
e eu irei repetir para eles", percebe-se que a massa não está no controle, mas os seus desejos
estão. Ou acredita-se nisso.
Em 1928, quando Thurstone anunciou o fato de que atitudes podem sim ser mensuradas,
novamente se vê a oportunidade de controlar o indivíduo a fim de manter a “democracia”
estável. Aliás, controle e democracia não parecem coisas opostas?! Mesmo quando o povo
achava que sua opinião estava sendo validada, estavam apenas mostrando ao governo como
agir, como continuar a discipliná-los.
A partir da leitura do artigo “Psicologia como ciência social” fica a seguinte reflexão: se
pensarmos pela linha de raciocino apresentada no texto de que nós aprendemos a ter opinião
para que o governo possa nos controlar, nossa liberdade de expressão é uma manifestação
DEMOCRÁTICA OU LIMITADA?
Referências:

ROSE, Nikolas. Psicologia como uma Ciência Social. Essex: Psicologia & Sociedade, 2008.
20. (2). https://doi.org/10.1590/S0102-71822008000200002

O SÉCULO do Ego, direção de Adam Curtis. Londres: BBC, 2002. DVD (58 min).
Legendado. Documentário.

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