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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO II
DOCENTE: HENRIQUE RIBEIRO CARDOSO
DISCENTE: MAXMÜLLER SÁ MENDONÇA

ESTUDO DIRIGIDO: LICITAÇÕES

Este trabalho acadêmico, demandado como objeto de avaliação da disciplina de Direito


Administrativo II, tem por objetivo responder situações de casos concretos que envolvem a
aplicação da nova Lei de Licitações.

1-A. Com base na nova Lei de Licitações em vigor no Brasil, a decisão de manter o
contrato com a sociedade empresária Culinária Social após a superação da situação de
calamidade pode ser questionada. Segundo a nova lei, a dispensa de licitação é admitida em
casos de emergência ou calamidade pública (art. 75, VIII). No entanto, após a cessação do
estado de calamidade, a contratação direta deve ser devidamente justificada, demonstrando que
as razões que levaram à dispensa persistem. Se as condições climáticas melhoraram e não há
mais necessidade da ajuda estatal, a manutenção do contrato pode ser considerada ilícita, sujeita
a questionamentos jurídicos e fiscalização dos órgãos competentes.
1-B. Sim, qualquer pessoa física pode representar ao Tribunal de Contas para que a
Corte examine eventual ilegalidade da manutenção do contrato. A Lei nº 14.133/2021, que
instituiu o novo regime de licitações e contratos administrativos, estabelece em seu artigo 170,
parágrafo 4º, que qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar
aos órgãos de controle interno ou ao tribunal de contas competente contra irregularidades na
aplicação desta Lei.

2-A. Não, a decisão de pintar a fachada do prédio da prefeitura com as cores do partido
do prefeito não é lícita de acordo com a nova Lei de Licitações em vigor no Brasil (Lei nº
14.133/2021). O princípio da impessoalidade, previsto no artigo 5º da referida lei, determina
que a administração pública deve atuar de forma imparcial, sem privilegiar interesses pessoais,
partidários ou ideológicos. Ao utilizar as cores do partido na fachada do prédio público, o
prefeito estaria violando esse princípio e configurando uma prática de uso indevido dos recursos
e bens públicos para fins particulares ou partidários.
2-B. Sim, a licitação para a contratação de empresa responsável pelas reformas na sede
da prefeitura pode ser realizada na modalidade concorrência. De acordo com a nova Lei de
Licitações em vigor no Brasil (Lei nº 14.133/2021), a concorrência é uma das modalidades de
licitação destinadas a obras e serviços comuns e especiais de engenharia, estabelecido pelo
artigo 6º, XXXVIII da lei.

3-A. Com base na nova Lei de Licitações em vigor no Brasil (Lei nº 14.133/2021), a
impugnação ao edital apresentada por Bruno é tempestiva. Segundo o artigo 164 da referida lei,
o prazo para impugnação de edital é de até três dias úteis antes da abertura do certame.
Considerando que Bruno apresentou a impugnação dois dias antes, sua manifestação foi
realizada dentro do prazo legalmente estabelecido.
3-B. Neste caso, baseando-se no Art. 147, parágrafo único da Nova Lei de Licitações,
por tratar de interesse público, em nome do princípio da continuidade dos contratos, a
Administração deve prosseguir com a licitação e tentar solucionar as irregularidades.

4-A. Sim, com base no artigo 168 da Nova Lei de Licitações.


4-B. Não, com base no § 3º, art. 71 da Nova Lei de Licitações.

5-A. Sim, com base no art. 74, III, a, da Nova Lei de Licitações.
5-B. Não, com base no art. 14, II, da Nova Lei de Licitações.

6-A. Não, pois não atende os critérios estabelecidos no artigo 9º, caput e seus incisos,
da Lei 12.462/2011 que trata do Regime Diferenciado de Contratações Públicas.
6-B. Não, pois o “menor prazo” não consta com uma das modalidades expressamente
estabelecidas na Nova Lei de Licitações.

7-A. O prefeito pode realizar a contratação direta de músicos, uma vez que se trata de
uma das hipóteses de inexigibilidade de licitação, à luz do Art. 74, inciso II, da Nova Lei de
Licitações. Porém, em relação à contratação de agência de publicidade, não é possível a
contratação, diante da vedação legal constante do Art. 74, inciso III, da já referida Lei.
7-B. No caso da licitação dispensada e da licitação dispensável, as hipóteses legais são
taxativas, com isso não pode o administrador extrapolar o legalmente previsto. No caso de
licitação inexigível, é possível, vez que o rol é meramente exemplificativo.

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