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23/10/2012
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Prof. David Fernandes (ITA) ET-709/2012 - Módulo: Rádio Navegação e Vigilância
Modulo: Rádio Navegação e Vigilância: Cálculo de trajetórias e da navegação. Navegação por estima e por fixos
de posição. Auxílios de rádio para navegação aérea e para o pouso. Sistema de Gerenciamento de Voo (FMS -Flight
Management System). Sistemas de vigilância: radar primário, radar secundário e multilateração. Vigilância
Dependente Automática (Automatic Dependent Surveillance-ADS) e suas modalidades ADS-B e ADS-C. Fusão de
informações de sistemas de vigilância. Sistema de alerta contra colisão (TCAS). Bibliografia: Helfrick, A. D.,
Principles of Avionics, 2nd ed., Avionics Communications Inc., 2002.
1. Introdução
1. Introdução
o uma aeronave;
o um percurso a ser voado;
o um conjunto de requisitos e regras a serem seguidas e
o uma missão a ser cumprida.
A aeronave tem algumas das suas formas básicas bem características e não variáveis (um
avião tem uma fuselagem, asas, empenagem horizantal e vertical, etc.) tem também superfícies e
partes que tornam a forma da aeronave variante (trem de pouso, flapes, superfícies de controle,
etc.). Uma onda eletromagnética que incide na aeronave, para ser recebida por um sistema de
comunicação/navegação, ou uma onda transmitida por uma antena na aeronave podem ser
afetadas pela sua estrutura fixa ou móvel.
A aeronave assume atitudes diferentes nas fases de subida descida, cruzeiro, curvas,
arremetida, ataque, fuga. Estes fatores, também podem interferir na recepção ou na transmissão
de uma onda eletromagnética.
Ela pode ainda estar submetida a grandes variações de pressão e temperatura devido aos
diferentes níveis de vôo. A sua estrutura é submetida a acelerações, devido a manobras,
vibrações e impactos, como acontece no instante do toque na pista no momento da aterrissagem.
Todos estes fatores ambientais devem ser suportados pelos equipamentos instalados a bordo.
A aeronave leva uma grande quantidade de sistemas cabos e antenas em espaços muitas
vezes pequenos. Isso pode propiciar o surgimento de interferências eletromagnéticas entre os
diversos sistemas eletrônicos, inclusive em equipamentos essenciais de comando e controle de
vôo.
O percurso formado por uma trajetória pode ser curto ou longo, simples ou complexo,
sobre uma selva, deserto, mar ou zonas densamente habitadas, ou por uma região amiga ou
hostil.
O conjunto de regras e requisitos podem ser regidos pela autoridade civil ou militar.
Podem visar à segurança do vôo ou primariamente o cumprimento da missão. A missão pode ser
de busca e salvamento, civil ou militar, transportar carga ou passageiros.
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Para que a aeronave siga um dado percurso obedecendo a um conjunto de regras para
cumprir uma dada missão devem ser disponibilizados a ela meios de:
o comunicação que possibilitem a troca de informações (voz, texto, imagens, dados etc)
entre a aeronave e pontos convenientes no solo (centros de controle de trafego aéreo,
centros de defesa aérea, oficinas de manutenção, aeroportos etc) e também entre outras
aeronaves;
o navegação que possibilitem o vôo através da rota estabelecida e o cumprimento da
missão sob quaisquer condições de tempo e
o vigilância que possibilita a monitoração remota do vôo e o controle e organização do
espaço aéreo e
O sistema eletrônico de bordo deve ser projetado, construído e instalado segundo normas
e diretrizes específicas que garantam nas suas condições de uso e de operacionalidade da
aeronave:
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bom funcionamento nas condições de uso na aeronave. Uma vez aprovado pela agência
reguladora competente o componente ou equipamento recebe a certificação de uso aeronáutico.
A linha de produção da industria que irá produzir tais equipamentos, já certificados para o
uso aeronáutico, também é regida por normas especificas que garantem a repetitividade do
equipamento de uso aeronáutico que está sendo produzido. A linha de produção também é
acompanhada pela agência reguladora competente e recebe uma certificação.
o peso;
o consumo de energia;
o dimensões;
o volume;
o condições de refrigeração;
o redundância e tolerância a falhas;
o compatibilidade e interferência eletromagnética;
o inserção de procedimentos de operação no manual de vôo da aeronave.
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2.1 A Terra
A Terra pode ser representada por um geóide, onde a normal ao geóide, em um ponto
qualquer da sua superfície, dá a direção da vertical local (direção do fio de prumo). O Geoide
Terra pode ser aproximado por um elipsóide de revolução cujas dimensões (eixo menor e eixo
maior) são calculadas de modo a se minimizar o erro quadrático médio entre a normal ao
elipsóide, chamada de grande normal, e a vertical local. Esta minimização do erro quadrático
médio pode ser feita localmente ou globalmente obtendo-se assim diferentes elipsóides. Nesta
seção utilizam-se as dimensões do Elipsóide WGS-84.
zT
Grande
Normal
pr P
b 6.356,912km
p
a 6.378,388km
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2.a b
Raio médio: 6.371, 229km 6370km
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a b
Achatamento: f
a
a 2 b2
Excentricidade: e
a
a e2
Raio Principal: p ( ) a1 .sen 2
1 e 2 .sen 2 2
Raio meridional é o raio da esfera que melhor se ajusta ao elipsóide passando pelo ponto
P. Este raio está sobre a grande normal.
a.(1 e 2 )
m ( )
a 1 e 2 1,5.sen 2 1
(1 e .sen )
2 2 3
e2
g ( ) m ( ). p ( ) . a1 cos(2. )
2
A Figura 2.2 mostra para uma Terra esférica a latitude e a longitude de um ponto P
na superfície da Terra considerada esférica. Apresenta-se também nesta Figura os Sistemas de
Referência da Terra (SRT) definido pelo eixos (XT, YT, ZT ) e o Sistema de Referência da
Vertical Local (SRVL) definido pelo eixos (XV , YV, ZV ).
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zT
Polo Norte
Paralelo
xV
Local P yV
zV Meridiano Local
Meridiano de yT
Greenwich
xT
Equador
1 0 0
[ ] X 0 cos( ) sen( )
0 sen( ) cos( )
cos( ) 0 sen( )
[ ]Y 0 1 0
sen( ) 0 cos( )
cos( ) sen( ) 0
Z sen( ) cos( ) 0
0 0 1
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Pode-se calcular a matriz de rotação do SRT para o SRVL através de TV/T dada por:
TV / T [(90o )]Y [ ]Z
A matriz TV/T descrita significa que o SRT deve ser submetido a uma rotação de em
relação ao eixo Z seguida de uma rotação de –(90o + ) em relação ao eixo Y. Deste modo
transforma-se as coordenadas de um vetor no SRT em coordenadas do SRVL.
A Matriz de rotação do SRVL para o SRT é dada por TT/V dada por:
2.2 Loxodromia
O rumo de uma trajetória, em uma dado ponto pertencente a trajetória, é o angulo entre o
meridiano que passa pelo ponto e a trajetória. Esse angulo é medido no sentido horário a partir
do meridiano. A Figura 2.3 mostra o rumo de uma trajetória no ponto A.
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Polo Norte
A
equador
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F
R. cos F .(F I )
R.( F I )
R.( F I )
L
I R.d
dL
R. cos I .(F I )
R.cos .d
Em conformidade com a Figura 2.6 o Rumo da loxodromia IF pode ser calculada pelos
elementos infinitesimais da Figura 2.6.b :
R. cos .d
tg
R.d
ou seja:
d
d tg
cos
Integrando-se obtém-se o rumo da loxodromia em função da latitude e longitude dos
pontos I e F:
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F F
d
d tg cos
I I
F F F
d
I
d tg
I cos
ln tg
2 4 I
F I
arctg
F
I
ln tg 2 4 ln tg 2 4
d.R
cos
dL
Integrando-se se obtém:
R.( F I )
L
cos
F
R. cos I .(F I )
tg 2
R.( F I )
F
cos I .(F I )
arctg
2
( F I )
Este ultimo calculo aproximado para uma loxodromia equivale a se considerar a Terra
plana como mostrado na geometria da Figura 2.7.
Norte
R.( F I ) L
Leste
F
R. cos I .(F I )
2
2.4 Ortodromia
Ortodromia é uma trajetória sobre um circulo máximo. Circulo máximo é um circulo cujo
plano passa pelo centro de uma esfera. O equador e os meridianos são exemplos de círculos
máximos.
Como a menor distância entre dois pontos, sobre uma esfera, é um arco de circulo
máximo uma linha ortodromica é a menor distância entre dois pontos.
Uma ortodromia é representada aproximadamente por uma linha reta em cartas obtidas
através de projeções cônicas. Esse fato e exemplificado na Figura 2.8 onde o plano da base do
cone é paralelo ao plano equatorial. Neste exemplo os meridianos são linhas retas e os paralelos,
incluindo o equador que é uma ortodromia , é representado por curvas.
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B
equador
A
O calculo de distância e direção de uma rota ortodromica pode ser calculada através da lei dos
senos e cosenos em um triângulo esférico. O triângulo esférico é formado por três arcos de
circulo máximo. A Figura 2.9 mostra um triângulo esférico, de raio R e formado pelos pontos A,
B e C, onde a, b e c representam os valores dos arcos correspondentes aos círculos máximos.
Neste triângulo valem as relações:
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A Figura 2.10 mostra um triângulo esférico formado por dois meridianos e uma trajetória
ortodromica. Neste triângulo o angulo interno no polo é igual a diferença de longitude entre os
pontos A e B (B - A) outro angulo interno é dado pela direção da ortodromia no ponto A ().
Os arcos que passam pelos pólos são formados pelos complementos de 90o das latitudes dos
pontos A e B dadas respectivamente por A e B.
b
B
c
A a
R
b
R c
polo
90o-B
B - A
90o-A ortodromia
B
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AB R
sin( B A )
arcsen cos B
sen
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d
B P
D
D
D D
p
90
o
i
f
Centro da
terra
k
O produto vetorial normalizado entre i e f resulta no vetor k unitário que é
if
k
|i f |
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Para P a esquerda de AB, como mostrado na Figura 2.10, o produto escalar de k com p
resulta em:
Deste modo o ângulo entre o vetor k e o plano da rota AR pode ser calculado por:
Para P a direita de AB o produto vetorial de k com p resulta em:
Deste modo o ângulo entre o vetor k e o plano da rota AB pode ser calculado por:
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o por estima e
o por fixos de posição.
VN (t ),VL (t ),VV (t )
t
V N ( )
(t ) (t o ) d
to
m ( ) h( )
t
VL ( )
(t ) (t o ) d
to
[ m ( ) h ( )]. cos
.
t
h(t ) h(to ) VV ( ).d
to
.
Este tipo de calculo é vulnerável aos erros de inicialização, isto é erros nos parâmetros de
posiçãoinicial e aos erros nas medidas de velocidade, que se não tiverem
(to ), (to ), h(to )
média nula provocam desvios crescentes com o tempo de integração.
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Norte magnético
Linha de posição radial:
radial do VOR
Fixo de posição (R, )
R
DME e VOR
Linha de posição circular:
distância R do DME
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4.1 ADF
O sistema aviônico ADF é aquele que mede o azimute ou marcação de um auxílio rádio
chamado NDB (Non Direction Beacon). A Figura 4.1 mostra a definição dos ângulos de direção.
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Norte
Magnético
M
A
Norte
Verdadeiro
M R NDB
Declinação magnética:
Proa magnética: M
Marcação relativa: R
M
Marcação magnética:
A
Marcação absoluta:
O estação no solo que gera a onda eletromagnética que será recebida na aeronave é
chamado de NDB (Non Direction Beacon). O NDB pode ser de dois tipos:
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Cone de silêncio
Diagrama vertical:
Diagrama horizontal:
A Figura 4.3 mostra o esquema do receptor ADF que tem na sua entrada duas antenas
loop de corrente em quadratura e uma antena sense (ominidirecional no plano horizontal). As
tensões nos terminais das duas antenas loop em quadratura, que são funções do ângulo de
chegada da onda, e nos terminais da antena sense são dadas respectivamente por
A Figura 4.4 mostra o diagrama de campo de uma das antenas loop na aeronave.
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so cos(wot )
so cos( ).cos( pt .r ) Dem.
sen( wot ) Comparador
AM De fase
so sen( ).cos( pt .r )
so [1 cos(wot )].cos( pt .r )
so cos( pt .r )
xa
VL 2 (t; ) so .sen( ).cos( pt .r )
ya
4.2 VOR
O auxílio rádio VOR, instalado na superfície da terra, gera no espaço linhas radiais com
origem na sua antena. O receptor VOR de bordo determina a linha radial em que se encontra a
aronave. Opera na faixa de 108 a 118 MHz (VHF) com espaçamento entre canais de 50 kHz
(200 canais). A Figura 4.5 mostra no plano as radiais de uma estação VOR.
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radial
Leste, radial 90
O VOR transmite dois sinais que são detectados pelo receptor na aeronave. Um destes
sinais é o sinal de cosenoidal de referência de 30 Hz transmitido ominidirecionalmente. O outro
sinal é um sinal cosenoidal, também de 30 Hz cuja fase depende da radial em que ele é recebido.
No direção do Norte Magnético os dois sinais possuem a mesma fase. Em uma radial qualquer
(360o 0o) a defasagem entre os dois sinais será . Portanto, medindo-se a defasagem entre
os dois sinais determina-se a radial em que se encontra a aeronave. A Figura 4.6 mostra a
defasagem entre os dois sinais transmitidos pela estação de VOR no solo em função da radial em
que são transmitidos.
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Referência:
radial
90
270
180
sinal de erro é a diferença da fase entre o sinal de fase variável e a fase do sinal de referência
defasado pelo OBS. Esse erro controla o indicador de desvio no HSI (parte central da seta que
indica a radial selecionada pelo OBS). A Figura 4.9 mostra o indicador do VOR denominado
HSI (Horizontal Situation Indicator).
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Figura 4.12: Proa e radial selecionada não coincidindo (TO não corresponde a situação)
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4.3 DME
O objetivo do DME é medir a distância da aeronave a uma estação DME no solo que é
chamada de Transponder do DME. O Interrogador DME de bordo interroga o Transponder do
DME no solo através de um par de pulsos gaussianos modulando uma portadora de UHF. O
Transponder do DME recebe o sinal interrogação e após 50 s transmite uma resposta para o
receptor DME da aeronave. A resposta do Transponder também é constituída por um par de
pulsos gaussianos modulando em amplitude uma portadora 63 MHz maior ou menor que a
portadora do sinal interrogação. O espaçamento entre os pulsos gaussianos também pode ser
diferente do espaçamento entre os pulsos de interrogação.
( 50 s).co
d
2
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A Figura 4.14 ilustra o processo de interrogação, a Figura 4.15 mostra os pares de pulsos
gaussianos e a Tabela 4.1 mostra a alocação de frequências de interrogações e respostas, que são
divididas em dois grupos denominados Canal X e Canal Y. O espaçamento entre pulsos no Canal
X é sempre 12s. No canal Y é 36s na interrogação e 30s na resposta.
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Figura 4.15: Pares de pulsos que modulam em amplitude uma portadora de UHF
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S1 S2
Sx2Sy2Sz2
Sx1Sy1Sz1
So S3
SxoSyoSzo
Sx3Sy3Sz3
P1
Po P2
P3
Pseudo distância
Aeronave
(alvo)
A distância verdadeira entre o receptor e os satélites, no instante kT, são dadas pela
equação de uma esfera de raio Ri(k):
Pi (k ) Ri (k ) ER (k ) i 0,1,2,3 (4.2)
onde ER(k) é o erro em distância provocado pelo erro de sincronismo entre o relógio do receptor
e o relógio dos satélites, que estão todos sincronizados, e portanto independe dos satélites.
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Pi ( k ) (4.3)
Pi (k ) Pi ( k 1) Rax ( k ) Rax ( k 1) ( Rax ( k ) Rax ( k 1))
Rax (k ) Ray ( k ) Ray ( k 1)
Raz ( k ) Raz ( k 1)
Pi (k )
Rax ( k ) Rax ( k 1)
( Ray ( k ) Ray ( k 1))
Ray ( k )
Ray ( k ) Ray ( k 1)
Raz ( k ) Raz ( k 1)
Pi ( k )
Rax ( k ) Rax ( k 1) ( Raz ( k ) Raz ( k 1))
Raz (k ) Ray ( k ) Ray ( k 1)
Raz ( k ) Raz ( k 1)
Pi (k )
+ Rax ( k ) Rax ( k 1) ( ER ( k ) ER (k 1))
ER (k ) Ray ( k ) Ray ( k 1)
Raz ( k ) Raz ( k 1)
i 0,1, 2,3
1 (4.4)
Pi (k ) Pi (k 1) ( S x (k ) Rax (k 1))( Rax (k ) Rax (k 1))
Ri (k 1)
+ ( S y ( k ) Ray ( k 1))( Ray ( k ) ( Ray (k 1))
+( Sa ( k ) Raz ( k 1))( Raz (k ) Raz (k 1))
( ER ( k ) ER ( k 1))
i 0,1, 2,3
ou ainda
Pi (k ) Pi ( k 1)
1
Ri ( k 1)
(S xi ( k ) Rax ( k 1)) x ( k )
(4.5)
Ri (k 1) Pi (k ) L(k )
1
Ri (k 1)
(S xi ( k ) Rax ( k 1)) x ( k )
( S yi (k ) Ray (k 1)) y ( k )
( S zi ( k ) Raz ( k 1)) z ( k )
ER ( k )
i 0,1, 2,3
onde
Li (k ) Ri (k 1) Pi (k ) (4.6)
x (k ) ( Ray (k ) Ray ( k 1))
y (k ) ( Ray (k ) Ray ( k 1))
z (k ) ( Ray (k ) Ray ( k 1))
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Nota-se que:
Dada a condição inicial (Rax(k-1), Ray(k-1), Raz(k-1)), no instante (k-1)T, pode-se calcular
a distância Ri(k-1).
Medindo-se a pseudo-distância Pi(k), no instante kT, pode-se calcular a diferença de
distâncias L(k).
Assim a expressão (4.5) forma para , i = 0, 1, 2, 3, um conjunto de quatro equações, com
as incógnitas x , y , z, ER(k).
Com a determinação das incógnitas determinam-se as coordenadas (Rax(k-1), Ray(k-1),
Raz(k-1)) utilizando-se (4.6).
Observa-se ainda que determinado ER(k) pode-se também calcular o erro de sincronismo
entre o relógio do receptor e os relógios dos satélites.
A posição inicial da aeronave, em coordenadas do sistema da terra, pode ser feita
conhecendo-se a altitude, latitude e longitude inicial da aeronave
onde RT é o raio da terra, ha(k-1) é a altitude inicial, a(k-1) é a longitude inicial e a(k-1) é a
latitude inicial, estimadas da aeronave.
L L0 (k ) L1 (k ) L2 (k ) L3 (k ) A (4.8)
T
onde
x (k ) x (k ) x (k ) ER (k ) (4.9)
T
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L A (4.11)
A L A A
T T
( AT A) 1 AT L
h (k ) R 2 (k ) R 2 (k ) R 2 (k ) R
a ax ay az T
A Figura 4.20 mostra os sistemas de referência da Terra e da vertical local, com a sua
origem em um Radar. O Sistema da Terra tem sua origem no centro da Terra, seu eixo ZT é
alinhado com o eixo de rotação da Terra o seu eixo XT , no plano equatorial, é determinado pelo
cruzamento do equador com o meridiano de Greenwich. O eixo YT, no plano do equador é
normal aos eixos XT e ZT formando um sistema distrogero. O Sistema da vertical local tem o seu
eixo ZV apontado para o centro da Terra (vertical local), o seu eixo XV aponta para o norte
geográfico e o seu eixo YV para o leste, de modo que os seus eixos XV e YV formam o plano
horizontal.
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pode-se calcular o vetor posição da aeronave em relação ao sistema da vertical local [r]V,
localizado na posição do Radar, pela transformação
r T
onde [r]T é o vetor posição da aeronave em relação ao sistema da vertical local em coordenadas
Pode-se então obter as medidas relativas à distância do alvo o seu azimute e a sua
elevação, no instante kT, pelas expressões
rN (k ) rx (k ) ry (k ) rz (k )
2 2 2
ry (k )
N (k ) arc tan
rx (k )
rz (k ) (4.16)
N (k ) arc sen( )
rx (k ) ry2 (k )
2
A ICAO estabelece três categorias de pouso por instrumentos. Duas características destas
três categorias I, II e III, sendo a III subdividida em IIIa, IIIb e IIIc, são mostradas na Tabela 4.2.
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que o aeroporto tenha uma infra estrutura adequada, por exemplo, meios para a
medida de RVR;
que a aeronave possua os meios necessários, por exemplo, Rádio Altímetro e
limpador de para brisas para CAT. II e
que o piloto da aeronave seja habilitado para o tipo de pouso a ser executado.
Localizer (LOC) que gera no espaço um plano vertical que passa pelo eixo da
pista de pouso.
Glide Slop (GS) que gera a rampa de planeio da aeronave (plano obliquo à pista
de pouso).
Marker Beacon (MB) – marcadores (interno médio e externo) que irradiando na
vertical são dispostos em um prolongamento do eixo da pista de pouso.Sinalizam
os pontos para a tomada de decisão (pouso/arremetida) e o início da rampa de
planeio do GS.
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A Figura 4.23 mostra o alcance dos LOC e do GS. O LOC pode em algumas
nações ser utilizado pelo lado reverso da pista.
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a) Alcance do LOC
b) Alcance do GS
antenas e dos seus lóbulos e a composição de campos que gera a preponderância dos
sinais de 90 e 150 Hz.
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MB externo: azul
MB médio: âmbar
MB interno: branca
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a) GS
b) LOC
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Referências:
deteção de alvos,
rastreio de alvos e
imageamento de cenas.
As partes básicas de um sistema Radar que utiliza uma única antena como transmissora e
Transmissor
& Conversor Processador de
Indicador
Receptor A/D Sinais
Antena
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de pico, duração do pulso transmitido, freqüência de repetição de pulsos (PRF), etc. O receptor é
caracterizado pela faixa de passagem, figura de ruído, sensibilidade, etc. O Processador de Sinais
pode ser constituído dos seguintes processos: rejeição do clutter (ecos alvos indesejáveis),
coordenadas polares (PPI: Plan Position Indicator) ou cartesianas, permite mudança de escalas,
Consideremos um Radar que transmite pulsos de rádio freqüência (RF). Esses pulsos se
propagam pelo meio (espaço livre) e ao atingir um alvo uma parte da energia refletida retorna ao
Radar. A Figura 6.2 mostra uma seqüência de pulsos transmitidos, onde Tp é a duração do pulso,
Tp
Ap
To =1 / PRF>>Tp
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Ap2
Potência média da portadora: Pt (6.1)
2
E p Pt Tp
Potência média transmitida: Pm Pt Tp PRF (6.3)
To To
entre um pulso transmitido e o sinal eco relativo a esse pulso. A Figura 6.3 mostra o sinal eco
relativo a um pulso transmitido originado por um alvo pontual a uma distância R do Radar.
To =1 / PRF
Tp
eco
= (2 R) / co
Figura 6.3: atraso do sinal eco de um alvo pontual a uma distância R do Radar.
co
R (6.4)
2
50
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imediatamente anterior ao sinal eco, define-se o alcance máximo sem ambiguidades como aquele
que corresponde o atraso do sinal eco que é menor do que um período de repetição de pulsos, ou
mais precisamente:
co (To Tp ) coTo co
Rmax (6.5)
2 2 2 PRF
Para um Radar cuja antena transmissora e receptora são as mesmas o alcance mínimo é
dado por:
coT p
Rmin (6.6)
2
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Gt , Pt Ar , Pr
Rt Rr
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Pt
: densidade de potência no alvo (se a antena transmissora fosse ominidirecional)
4 Rt2
Pt
Gt : densidade de potência no alvo (considerando a diretividade da antena)
4 Rt2
PG
t t
Ars : potência coletada pelo alvo
4 Rt2
PG
t t Ars
(1 f s ): potência no alvo disponível para ser reirradiada
4 Rt2
t t Ars (1 f s )
PG 1
: densidade de potência na antena receptora ( irradiação omnidirecional)
4 Rt 2
4 Rr2
t t Ars (1 f s )
PG
Gts : densidade de potência na antena receptora (como ganho de irradiação)
4 Rt2 4 Rr2
t t Ars (1 f s )Gts
PG
Ar : potência média nos terminais da antena receptora
4 Rt2 4 Rr2
t t Ars (1 f s )Gts Ar
PG 1
: potência média nos terminais da antena receptora (com as perdas)
4 Rt 4 Rr
2 2
Lr Lm
Pt 1 1
Pr Gt Ars (1 f s )Gts Ar (6.7)
4Rt2
4Rr2
Lr Lm
Pt Gt Ar
Pr (6.8)
4
2
Rt2 Rr2 Lm Lr
onde a Seção Reta Radar (RCS: Radar Cross Section) é dada por
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Gt 2 Gr 2
At , Ar (6.10)
4 4
Gr Gt
(6.11)
Rt Rr R
Pt Gt22
Pr (6.12)
(4 )3 R 4 L
onde considrerou-se:
L=Lr Lm
A equação do radar também pode ser expressa em termos da razão entre a potência do
Ni KoTa Bn (6.13a)
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Pr S Pt Gt22
i (6.13b)
N i N i (4 )3 R 4 LKoTo Bn
Na saída do receptor:
So SiGr (6.14b)
So Pt Gt2 2
(6.15b)
No (4 )3 R 4 LK oTa Bn Fn
Note que a sensibilidade do receptor (potência mínima na sua entrada, que deve ser detectada) ,
pode ser calculada em função da menor razão sinal-ruído exigida na saída do receptor, ou seja
Si
Ni S
Fn Si min o K oTa Bn Fn (6.15c)
So N o min
No
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Com a potência mínima exigida na entrada do receptor pode-se calcular o alcance máximo do
Radar
1/ 4
Pt Gt2 2
Rmax
(4 ) LSi min
3
1/ 4
(6.15d)
Pt Gt
2 2
S
(4 )3 L o K oTa Bn Fn
N o min
A figura 6.5 mostra o diagrama de blocos de um sistema radar não coerente do tipo super-
heteródino. Esse receptor detecta a envoltória r(t) do sinal eco recebido pelo Radar. A envoltória
pode ser visualizada em um display, por exemplo do tipo PPI (Plan Position Indicator), ou
alvo.
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duplexer transmissor
Amp.
RF
Mixer OL
L
x
r
F.I. 2o detector Amp. display
vídeo
comparador
Limiar: Vt
r > Vt alvo
r < Vt ruído
O processador compara a envoltória r(t) com um limiar V t. Se a envoltória for maior que
o limiar declara-se que a envoltória foi gerada por um alvo, caso contrário declara-se que a
envoltória foi gerada pelo ruído térmico e portanto não existe alvo.
Ho : só existe ruído
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Logo a probabilidade de se declarar que não há alvo quando não fato não há é dada por:
<< ffi) então o ruído na saída do segundo detector tem densidade de probabilidade Rayleigh:
r r2
p(r ) exp 2
, r 0 (6.18)
x2 2 x
E[r ] x (6.19)
2
E[r 2 ] 2 x2 (6.20)
E[(r r ) 2 ] r2 2 x2 (6.21)
2
V2
Pfa P[r Vt | H 0 verdadeira] p(r )dr exp t 2 (6.22)
Vt 2 x
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P( r )
Pfa
Vt
de ocorrência de um falso alarme. A figura 5.7 mostra a duração ti do falso alarme, em que a
envoltória esta acima do limiar Vt e os intervalos de tempo Ti entre os tempos falsos alarmes.
T1 T2 T3
r
t1 t2 t3
Vt
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1 N
T fa lim
N N
k 1
Tk (6.23)
1 N
t k t k av
N k 1 1
Pfa lim N
(6.24)
N 1
T fa T fa B fi
Tk
N k 1
1
tk av
(6.25)
B fi
Se existir sinal eco (senoide com amplitude Ar) juntamente com ruído branco Gaussiano
na entrada do amplifidador de F.I. ( Bfi << ffi ) então o sinal na saída do segundo detector tem
r r 2 Ar2 rAr
p s (r ) exp I o 2 , r0 (6.26)
x2 2 2
x x
ez 1
I o ( z) 1 ...... (6.27)
2z 8 z
60
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Pd P[r Vt | H1verdadeira] ps (r )dr (6.28)
Vt
alarme.
P( r )
P s( r )
Pd
Vt
Consideremos as relações:
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O falso alarme, a probabilidade de detecção e a relação sinal ruído (em dB) tem a
onde
0, 62 P
K1 ln K 2 ln d
P
, (6.33)
fa 1 Pd
A expressão (6.32a) mostra que existe uma relação entre a probabilidade de falso alarme
(Pfa), a probabilidade de detecção (Pd) e a relação sinal ruído (S/N) em dB. Essa relação é útil
para se calcular a relação sinal ruído mínima necessária para se detectar um alvo com um acerta
Essa relação sinal ruído mínima pode então ser usada para se obter o alcance máximo do
Radar, através da equação do Radar expressa em (6.15d), para se manter a (Pd)min e a (Pfa)max pré
estabelecida.
Uma técnica para se aumentar a relação sinal ruído ou diminuir o ruído ou ainda diminuir
o valor mínimo da relação sinal ruído requerida para se detectar um alvo com uma certa (Pd)min e
62
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A integração coerente (integração ideal) é a mais eficiente porém é mais complexa de ser
implementada.
Consideremos a s definições:
do sistema Radar) que resulta na sua saída um sinal com a relação sinal ruído dada
por (S / N)1 . Como o integrador aumenta a relação sinal ruído tem-se que:
S S N 1
(6.34)
N n n
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Receptor Integrador
Radar
de n Pulsos
Ei (n)
S N 1 (6.35)
nS N n
S S N 1
para o integrador ideal Ei(n) = 1 ou seja,
N n n
1
Li (n) 10 log (6.37)
i
E ( n )
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1/ 4
Pt Gt2 2
Rmax (6.38)
(4 )3 LK T B F S
o a n n N n
Ou ainda:
1/ 4 1/ 4
Pt Gt2 2 Ei (n) n Pt Gt2 2 I i (n)
Rmax (6.39)
(4 )3 LK T B F S (4 )3 LK T B F S
o a n n N 1 o a n n N 1
4,54
( S / N )n 5log(n) 6, 2 log( K1 0,12 K1K 2 1, 7 K 2 (6.40)
n 0, 44
O número máximo de pulsos (ou sinais ecos) que podem ser integrados pode ser
calculado por
Ti PRF
n a a (6.41)
T0 aT0 a
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Referências:
Para uma melhor identificação dos alvos nas áreas de alta densidade de trafego aéreo
surgiram os radares secundários de vigilância, que com o auxílio de um transponder nas
aeronaves possibilitavam a sua identificação, além de obterem informação de altitude, distância e
direção, esta ultima pelo apontamento da antena. O Radar secundário é comumente utilizado
com o Radar primário, compartilhando com ele o mesmo console Radar.
Este sistema é composto de dois elementos principais: uma base em terra chamada de
Radar secundário e um transponder (receptor/codificador/transmissor) localizado na aeronave. O
Radar secundário é um complemento indispensável num ATC que opera em conjunto com o
Radar primário, que detecta aeronaves que não possuem o transponder.
O Radar secundário é normatizado pela OACI através do Anexo 10. As frequências dos sinais
enviados (interrogador) é de 1030 MHz, e o sinal de retorno, vindo da aeronave, é de 1090 MHz.
6.3 Multilateração
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Referência:
Este capítulo foi integralmente retirado do trabalho: Avaliação da fusão de dados do ADS-B e do
Radar primário no controle do espaço aéreo. Dissertação de Mestrado Profissionalizante em
Engenharia Aeronáutica do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Aeronáutica e Mecânica,
2011, Luis Alberto Zambrano Lara.
A aceitação do ADS como tendência futura tem sido possível graças às melhoras
tecnológicas alcançadas. Essas melhoras tendem a produzir dados mais confiáveis e sistemas de
navegação mais precisos. O ADS pode proporcionar serviços de vigilância em áreas terrestres
carentes de cobertura de Radar e em regiões oceânicas, além de obter vantagens em rotas
continentais, nas áreas dos terminais aéreos ou na superfície do aeródromo (ICAO, Doc 9924-
AN/474, 2010).
Para a implantação deste conceito foram definidas duas técnicas de envio de informações
as estações terrestres, o ADS-B (radiodifusão) e o ADS-C (contrato) ou ADS-A
(endereçamento).
7.2 ADS-C
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Por Evento: A aeronave transmite os informes quando acontece certo sucesso. Sucesso
que pode ser, por exemplo, uma mudança de altitude ou velocidade ou um desvio de rota
prevista.
Por Demanda: A aeronave transmite um único informe ADS-C como resposta a uma
solicitação do ATC.
Além das anteriores, uma aeronave também pode transmitir em modo de emergência.
Este modo é iniciado pelos sistemas de bordo e não é realmente um contrato. Assim, a aeronave
transmite os informes com uma taxa de repetição determinada a todas as estações em terra com
as quais tenha estabelecido um contrato prévio.
Devido ao enlace dos dados ponto a ponto (conexão orientada), a recepção da mensagem
ADS-C é garantida e confiável a menos que aconteça uma perda total do enlace de dados, porem
mesmo assim esta situação é comunicada ao emissor. Portanto, o usuário do ADS-C terá a
certeza de que os dados serão entregues ou que houve uma falha na entrega dos mesmos, ou seja,
falha de comunicação.
Longitude/Latitude
Altitude
Clima (velocidade do vento, direção do vento e temperatura)
Figura de Mérito
Em alguns casos também inclui a identificação da aeronave, mesmo não sendo parte do
grupo básico. Por outro lado, dentre os dados opcionais são fornecidos o perfil de vôo projetado,
vetor terra (informação de posição das estações no solo), vetor ar (informação de posição da
aeronave), informação meteorológica, manobras previstas e perfil projetado estendido.
As primeiras implantações do ADS-C tem usado comunicações por satélite como forma
de conseguir o enlace de dados, já que o principal beneficio do ADS se apresenta nas áreas
carentes de infraestrutura de vigilância, como as áreas oceânicas ou continentais com pouca
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densidade de trafego aéreo e pouca infraestrutura disponível em terra. Na Figura 7.1 é mostrado
um esquema de um ADS-C (ICAO, Doc 9924-AN/474, 2010).
Figura 7.1: Automatic Dependent Surveillance – Contrac ( ADS-C) (ICAO, Doc 9924-AN/474, 2010, pag. I-24).
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A OACI define o ADS-B como “uma técnica de vigilância nas quais são transmitidos
parâmetros, tais como posição, aerovia e velocidade em relação ao solo, através de um enlace de
dados por radiodifusão e a intervalos de tempo específicos de modo que possam ser utilizados
por qualquer usuário tanto em terra quanto no ar”.
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Figura 7.2: Automatic Dependent Surveillance – Broadcast ( ADS-B) (ICAO, Doc 9924-
AN/474, 2010, pag. I-26).
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