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Aeroportos

EMB 5865
Prof.Yader Guerrero
Cel. (48)999161671
yagcivil@gmail.com
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Noções Gerais da Aviação Civil.
Características da aeronave relacionadas com o projeto do aeroporto.
Controle de Tráfego Aéreo.
Planejamento do Aeroporto. Planejamento da área terminal.
Projeto Geométrico da área de pouso. Dimensionamento de
pavimentos aeroportuários. Drenagem.
Sinalização.
Impactos no meio ambiente.
Plano de ensino
1. Considerações iniciais sobre o
Transporte Aéreo
1.1. Convenções e Acordos Reguladores.

1.2. Princípios gerais que regem os direitos de tráfego e


transporte aéreo.

1.3. Organizações internacionais de regulamentação da aviação


civil.

1.4. Organizações nacionais de regulamentação da aviação civil.


2. Características das aeronaves
relacionadas ao projeto de
Aeroportos
2.1. Componentes do peso das aeronaves.

2.2. Carga Paga e Etapa.

2.3. Raios de giro das aeronaves.

2.4. Peso estático sobre o trem de pouso principal e sobre o


trem de nariz.
3. Termos Aeronáuticos Importantes
3.1. Atmosfera-padrão.

3.2. Altitude de pressão.

3.3. Velocidade das aeronaves.

3.4. Ruído.
4. Espaço Aéreo e Controle de
Tráfego
4.1. Regras de vôo.

4.2. Aerovias.

4.3 Espaço aéreo.


5. Auxílios à Navegação
1.1. Convenções e Acordos Reguladores.

1.2. Princípios gerais que regem os direitos de tráfego e


transporte aéreo.

1.3. Organizações internacionais de regulamentação da aviação


civil.

1.4. Organizações nacionais de regulamentação da aviação civil.


6. Planejamento de Aeroportos
6.1. Plano de Sistema Aeroportuário

6.2. Plano Diretor Aeroportuário

6.3. Elementos de um Estudo de Planejamento de Aeroportos.

6.4. Configuração de aeroportos.


.
7. O lado Aéreo - As Pistas de Pouso
e Decolagem
7.1. Direção(ões) da(s) Pista(s) 7.6. Comprimento balanceado.

7.2. Anemograma dos ventos. 7.7. Distâncias declaradas.

7.3. Designação das pistas. 7.8. Correções no comprimento


da pistas em função das
7.4. Comprimento de pista. condições locais.

7.5. Requisitos impostos pelas7.9 Dimensionamento


autoridades aeronáuticas sobre as.
aeronaves de transporte.
NOTA DEFINITIVA
AT1 +AT2 +AT3
 M= ∙ 0,80 + AP ∙ 0,20
3

 P1 13/04
 P2 18/05
 P3 6/07
Portos
 características gerais do transporte hidroviário e marítimo,
tipos de portos, embarcações, comboios e tráfego em portos.
 Estudo de canais fluviais: morfologia fluvial, hidrometria e
batimetria e regime de rios.
 Introdução ao Projeto de hidrovias: hidráulica de canais
aplicada a projetos de navegação fluvial.
 Projeto de hidrovias: Estruturas de atracação interiores e
portos fluviais, problemas geotécnicos em obras hidroviárias.
Portos
 Projeto de Hidrovias:
 Introdução a Portos Marítimos: hidráulica marítima
(dinâmica de ondas) e transporte de sedimentos.
 Projeto de Portos Marítimos:
 Projeto de Portos Marítimos: estruturas de proteção, cálculo
de molhes e diques.
Bibliografia
 ASHFORD,N. & WRIGHT,P.H (1984), Airport Engineering, Ed. John Willey and sons.
 GOLDNER,L.G. (2004), Aeroportos, Departamento de Engenharia Civil, UFSC, notas
de aula.
 GOLDNER,N. (1994), Transporte Aéreo, Escola de Engenharia, UFRJ, notas de aula.
 HORONJEFF,R. (1986), Planning & design of Airports, ed. McGraw-Hill Internacional
Editions.
 MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA (1987), Portaria 1141/GM5.
 MULLER,C., ALVES,C.J.P., FORTES,C.N.B. (1990), Planejamento de aeroportos,
Divisão de Eng. de Infra-Estrutura aeronáutica, CTA – ITA.
 SETTI,J.R.A. & WIDMER, J.A. (1993), Tecnologia de transportes, Escola de Engenharia
de São Carlos, USP, apostila.
 SÓRIA, M.H.A.,Composição de peso e desempenho em cruzeiro, Escola de Engenharia
de São Carlos, USP, apostila.
 SÓRIA, M.H.A.,Comprimento de pista- partes 1 e 2, Escola de Engenharia de São
Carlos, USP, apostila.
AEROPORTOS (Aula 01)

Prof. Dr.Yader A. Guerrero P.


Aeródromo
Aeroporto
Aeródromo
Aeródromo é qualquer superfície terrestre ou aquática que
possua infraestrutura destinada a pouso, decolagem e
movimentação de aeronaves.
Aeroporto
Superfície terrestre (aeródromo) dotada de
pista, prédios e equipamentos necessários ao
tráfego aéreo, à manutenção de aeronaves, ao
embarque e desembarque de passageiros, à
carga e descarga de mercadorias e aos serviços
de voo.
Características:
 Fácil acesso (rodoviário, ferroviário. Etc)
 Equipes de emergência
 Localização estratégica
 Transporte passageiros, carga, correio
 Ocupação de grandes áreas (até 120km2)
 Mão de obra especializada
 Manutenção
 Segurança
 Poluição
 Atmosférica
 Sonora
Características:
 Espaço aéreo restrito
 Veículos aéreos (Boeing 747, 777, Antono, A340 etc)
 Divisão de áreas:
 Áreas de pouso e decolagem com área de manobra
 Torre de controle
 Áreas de estacionamento
 Aerogare, terminal de passageiros ou terminal aeroportuario
Finalidade
 Localização (incluindo a presença de outros aeroportos na
região)
 Serviços oferecidos: Tamanho e qualidade da pista de
pouso/descolagem, qualidade dos terminais de passageiros
e/ou carga, etc)
 Fatores econômicos: taxa cobrada pela companhia
aeroportuária a pousos e estacionamento de aeronaves no
aeroporto, por exemplo.
 Acessibilidade
Pistas de pouso e decolagem
Um aeroporto é feito para permitir o pouso e descolagens de
aeronaves, principalmente aviões.
Precisam ser:
 Suficientemente cumpridas e largas
 Planas ou com a mínima inclinação possível
 Asfalto ou concreto
 Para o auxílio da movimentações de aeronaves em terra (após
um pouso ou antes de uma decolagem, por exemplo),
existem as taxiways, pistas de auxílio que agilizam o tráfego
de aeronaves no solo
Pistas de pouso e decolagem
Precisam ser:
 As cabeceiras das pistas dos aeroportos precisam ser livres

 A reta de aproximação final de aeronaves precisa ser livre de


obstáculos.

 Pistas de pouso e decolagem devem ser construídas levando-


se em conta o padrão dos ventos da região.
PBZPA do Aeroporto Internacional ministro Victor Konder (Navegantes)
Torre de controle
 A função principal da torre de controle é a organização da
movimentação das aeronaves no solo e no espaço aéreo das
aeronaves.
 Situados num local com ampla visão do aeroporto como um
todo
 Equipes de emergência
Terminais de passageiros
Centros aeroportuários de grande ou médio porte são bem
equipados para o atendimento de aeronaves de porte, bem como
para o tráfego movimentado de passageiros pelo aeroporto.
 Áreas destinadas ao check-in,
 terminais de embarque (onde o passageiro espera o seu voo)
 Terminais de desembarque (esteiras de restituição de bagagem,
por exemplo),
Terminais de passageiros
 comerciais (lojas, bancos, casas de câmbio, etc),
 estacionamento de carros.
 Segurança (máquinas de raios-X),
 Alfândega (aeroportos internacionais)
 Outros (salas VIP, centros comerciais, igrejas)
 Serviços de transporte interno
Trânsito
Uma variedade de veículos diferentes atuam dentro do
aeroporto, com uma gama variada de serviços, como o
transporte de passageiros, transporte de carga, bagagem,
comida e limpeza das aeronaves, guia de ré em aeronaves e
escadas móveis.

Veículos aeroportuários deslocam-se no aeroporto através de


faixas a eles destinadas. Outras faixas existem, dedicadas à
orientação das aeronaves, no pátio de estacionamento e nas
taxiways.
Transporte aéreo
Ascenção de balões 1784
Irmãos WRAIGHT (1903)
SANTOS DUMONT (1906)
Considerações finais sobre o tema
1917-1919 1ª. Guerra mundial
Aprimoramento técnico de aeronaves e da navegação aérea
 1919 Paris – Convenção para regulamentação da navegação
aérea.
 1927 Iniciou-se a aviação comercial brasileira.
 1928 Sobre aviação comercial.
 1929 Varsóvia – Sobre unificação de regras do transporte
aéreo internacional.
 1933 Roma – Sobre unificação de regras sobre apreensão
cautelar de aeronaves.
 1944 Chicago – Sobre aviação civil internacional. Convenção
mais importante.
1941-1945 2ª guerra mundial
 1948 Genebra – Reconhecimento internacional de direitos
em aeronaves de
 transporte aéreo.
 1952 Roma – Sobre danos de aeronaves estrangeiras à
terceiros, na superfície.
 1958 Genebra – Sobre direito internacional em alto-mar.
 1961 Guadalajara.
 1963 Tókio – Seqüestros.
 1970 Hague - Seqüestros
 1971 Montreal – Seqüestros.
Princípios gerais
 Espaço aéreo
 Princípio fundamental (Soberania sobre espaço aéreo)
 5 Liberdades do ar
Princípios gerais
 Espaço aéreo

O espaço aéreo de um país é a porção da atmosfera que se


sobrepõe ao território desse país, incluindo o território
marítimo, indo do nível do solo, ou do mar, até 100Km de
altitude, onde o país detém o controle sobre a movimentação
de aeronaves.
Princípios gerais
 Espaço aéreo
 Controle (controlado e não controlado)
 espaço aéreo vigiado por radares.
 Toda aeronave deve ter uma autorização antes de ingressar
em áreas controladas e deve manter contato por rádio com
o órgão de controle quando nesta área. Essas áreas
geralmente correspondem a áreas com tráfego aéreo
significante, como áreas próximas a aeroportos e aerovias.
 Áreas não controladas: áreas onde o tráfego aéreo é muito
pequeno.
Princípios gerais
 Espaço aéreo
 Espaço aéreo condicionado
 Areas proibidas - onde o voo não é permitido. Ex: refinarias, fábricas de
explosivos, áreas de segurança nacional.
 Áreas perigosas - onde o voo é permitido mas existem riscos potenciais
para a navegação aérea. Ex: área de treinamento de aeronaves civis, voo de
planadores.
 Áreas restritas - onde o voo só será permitido com prévia autorização do
órgão de controle aéreo, pois essas áreas podem ser temporariamente
fechadas. Ex: lançamento de paraquedistas, treinamento de acrobacias,
lançamentos de foguetes.

Princípios
Espaço aéreo
gerais
 Divisão do espaço aéreo
 Superior (FL245-límite espaço aéreo)
 Areas não controladas
 Àreas controladas – UTA (área de controle superior)
(aerovias e áreas com grande densidade de tráfego aéreo)
 Inferior (0-fl245) (0-7450m)
 Àreas não controladas (FIR)
 Áreas controladas
o ATZ Zona de tráfego aeródromo (espaço aéreo controlado
pela torre de controle. É a área em que os controladores na
torre de controle do aeródromo têm contato visual com a
aeronave em procedimento visual (VFR) de pouso e
decolagem.

Princípios
Espaço aéreo
gerais
 Divisão do espaço aéreo
 Superior (FL245-límite espaço aéreo)
 Inferior (0-fl245)
 Àreas não controladas (FIR)
 Áreas controladas
o ATZ Zona de tráfego aeródromo (espaço aéreo controlado
pela torre de controle. É a área em que os controladores na
torre de controle do aeródromo têm contato visual com a
aeronave em procedimento visual (VFR) de pouso e
decolagem.

Princípios
Espaço aéreo
gerais
 Divisão do espaço aéreo
 Superior (FL245-límite espaço aéreo)
 Inferior (0-fl245)
 Àreas não controladas (FIR)
 Áreas controladas
o ATZ
o CTR ou Zona de controle - Espaço aéreo controlado cujo
principal objetivo é proteger aeronaves em pouso ou
decolagem por instrumentos (IFR). Geralmente os
aeródromos que tem CTR não tem ATZ, porém os
procedimentos de pouso e decolagem visuais continuam
sendo controlados pela torre de controle.

Princípios
Espaço aéreo
gerais
 Divisão do espaço aéreo
 Superior (FL245-límite espaço aéreo)
 Inferior (0-fl245) (0-7450m)
 Àreas não controladas (FIR)
 Áreas controladas
o ATZ
o CTR
o TMA ou Área de Controle Terminal - Espaço aéreo
controlado situado em regiões em que existe uma grande
densidade de tráfego aéreo. Geralmente situado ao redor
de aeroportos importantes, destina-se ao controle dos
procedimentos de aproximação por instrumentos.

Princípios
Espaço aéreo
gerais
 Divisão do espaço aéreo
 Superior (FL245-límite espaço aéreo)
 Inferior (0-fl245) (0-7450m)
 Àreas não controladas (FIR)
 Áreas controladas
o ATZ
o CTR
o TMA
o CTA ou Área de Controle Inferior - Espaço aéreo
controlado no qual situam-se as aerovias. Geralmente ficam
entre os níveis FL 145 (aproximadamente 4400m de
altitude) e FL 245 (aproximadamente 7450m de altitude).
Princípios gerais
 Divisão do espaço aéreo cartas de rota

cartas de rota
Classificação do espaço aéreo
Os espaços aéreos ATS (Air Trafic Services) são classificados e
designados alfabeticamente, de acordo com o seguinte:
 Classe A :
 Classe B
 Classe C
 Classe D
 Classe E
 Classe F
 Classe G
Classificação do espaço aéreo
Classificcação do espaço aéreo
Classificcação do espaço aéreo
Espaço aéreo
Soberania sobre o espaço aéreo
Aerovias
Espaço aéreo controlado, em forma de corredor, cujo eixo de
simetria passa na vertical de dois pontos, com ou sem auxílio
rádio, determinado no solo ou na água e cujas dimensões
laterais e verticais são fixadas pela organização competente.
Aerovias
a) limite vertical superior - ilimitado;
NM - Natical milles
b) limite vertical inferior - FL245 exclusive; e
c) limites laterais – 43NM (80km) de largura, estreitando-se a
partir de 216NM (400km), antes de um auxílio à navegação,
atingindo sobre este a largura de 21,5NM (40km).
Aerovias
a) limite vertical superior - FL245 inclusive;
b) limite vertical inferior - 150m (500 pés) abaixo do FL
mínimo indicado nas ERC; e c) limites laterais – 16NM (30km)
de largura, estreitando-se a partir de 54NM (100km) antes de
um auxílio à navegação, atingindo sobre este a largura de 8NM
(15km).

NM - Natical milles
Prestação do ATS
5 Liberdades do ar
 Uma aeronave tem direito de sobrevoar um outro país, sem
pousar, contanto que o país sobrevoado seja notificado
antecipadamente e aprove o sobrevoo (Passagem inocente).
 Uma aeronave civil de um país tem o direito de pousar em outro
país por razões técnicas, tais como abastecimento ou
manutenção, sem proceder a qualquer tipo de serviço comercial
neste ponto de parada (Parada Técnica).
5 Liberdades do ar
 Uma empresa aérea tem o direito de carrear o tráfego de
seu país de registro para outro.
 Uma empresa aérea tem o direito de carrear o tráfego de
um país para o seu país de registro.
 Uma empresa aérea tem o direito de carrear tráfego entre
dois países diferentes do seu país de registro, desde que o
voo origine ou termine no seu país de registro.
Liberdades do ar (ainda)
 Uma empresa aérea tem o direito de carrear tráfego que não se
origine ou termine no seu país de registro, desde que passe
através, faça conexão ou permaneça, por um tempo limitado,
em qualquer ponto de seu país de registro.

Existem, porém são raramente permitidos:


 Uma empresa aérea tem o direito de operar inteiramente fora
de seu país de registro carreando tráfego entre outros países.
 Uma empresa aérea tem direito de carrear tráfego de um ponto
para outro do mesmo país estrangeiro.
Organizações Internacionais de
Regulamentação da Aviação Civil
Internacional Civil Aviation
Organization – ICAO
 Criada em abril de 1947
 As recomendações e padronizações foram agrupadas em 17
anexos técnicos (Anexo 14 é o mais importante)
 Administrada por um conselho e várias comissões e órgãos
subsidiários, subordinados pela assembléia geral.
 Filiada à ONU
 Sede em Montreal (Canadá) e mais sedes regionais (Lima-
Perú)
Internacional Air Transport
Association - IATA
 Criada em abril de 1945 em Havana;
 Agrupamento de empresas de transporte aéreo com a
finalidade de coordenar as atividades de taxações tarifárias,
visando uma exploração segura, eficaz e econômica;
 Dois escritórios centrais: Montreal e Genebra, mais sedes
regionais (Rio de Janeiro);
Federal Aviation Administration - FAA
 Do governo norte-americano;
 Subordinada ao USDOT (www.dot.gov , WWW.faa.gov);
 Regulamentos e circulares técnicas sobre aeronaves,
tripulação, espaço e tráfego aéreo, navegação, administração
e aeroportos;
Organizações brasileiras de
regulamentação da
aviação civil
 ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil)

 MAER (Ministério da Aeronáutica Civil)

 COMAER (Comando da Aeronáutica)


Organizações brasileiras de
regulamentação da
aviação civil
ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil)
 Criado em 1941 (www.maer.mil.br)
 Estrutura:
 Órgãos de direção geral;
 Órgãos de direção setorial (DAC – Departamento de Aviação
Civil; IAC – Instituto de Aviação Civil);
 Órgãos de assessoramento;
 Órgãos de apoio;
 Força Aérea Brasileira (FAB).
Organizações brasileiras de
regulamentação da
aviação civil
Ministério da Aeronáutica do Brasil
 Criado em 1941 (www.maer.mil.br)
 Estrutura:
 Órgãos de direção geral;
 Órgãos de direção setorial (DAC – Departamento de Aviação
Civil; IAC – Instituto de Aviação Civil);
 Órgãos de assessoramento;
 Órgãos de apoio;
 Força Aérea Brasileira (FAB).
Organizações brasileiras de
regulamentação da
aviação civil
Comando da Aeronáutica do Brasil - COMAER
 Criado em 1999 (www.fab.mil.br)
 Parte do Ministério da Defesa
 Estrutura:
 Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA
 Departamento de Aviação Civil – DAC (extinto com a criação
da ANAC)
Legislação Nacional e
Internacional
International Civil Aviation Organization, Anexo 14: Normas e
Recomendações Internacionais - Aeródromos. Volume I:
Aeródromos. Volume II: Helipontos.
Federal Aviation Administration, Advisory Circulars: Projeto de
pavimentos, planejamento, etc.
Código Brasileiro de Aeronáutica: Lei 7.565 de 19/12/1986.
ANAC, 2009: Regulamento Brasileiro de Aviação Civil
(RBAC - 154)
Resolução no 158 de 13/07/2010: Autorização prévia para
construção de aeródromos.
Portaria no 256/GC5 de 13/05/2011: Zona de Proteção de
Aeródromos,Auxílios e Helipontos.
Evolução do Transporte Aéreo
Regular No Brasil
• Origem da Aviação comercial Final da década de 20.
(em 1º de janeiro de 1927, a primeira empresa no Brasil a
transportar passageiros foi a CONDOR SYNDIKAT – Ministro Vitor
Konder e outras pessoas – do Rio de Janeiro a Florianópolis).
Período de 1927 a 1939
 Desenvolvimento da indústria aeronáutica durante a 1ª
guerra mundial.
 Desejo ou espírito aeronáutico das autoridades
governamentais brasileiras.
 Em 1927 foi criado o código brasileiro do ar.
 Em 1927 Criada a VARIG e a Sociedade Mercantil Sindicato
CONDOR Ltda. (mais tarde CRUZEIRO DO SUL).
 Em 1930 PANAIR do Brasil (faliu)
 Em 1934 VASP
Período de 1939 a 1959
Período de entrada de grande número de empresas, posterior
fusão, absorção e eliminação devido a:
 Oferta de aviões excedentes da 2ª guerra mundial
 Aumento da demanda
 Na última metade do período houve diminuição da demanda
devido à abertura de estradas e instalação da indústria
automobilística.
 Em 1959 surgiu a ponte-aérea RIO – SP.
Período de 1961 a 1968
 Redução do número de passageiros transportados no
mercado doméstico.
 Crise financeira na indústria devido ao processo inflacionário
e reforma cambial.
 Busca de solução através de três encontros da CONAC –
Conferência Nacional de Aviação Civil.
Período de 1969 a 1980
 Em 1975 – Fusão VARIG-CRUZEIRO.
 Criação do SITAR – Sistema Integrado do Transporte Aéreo:
desenvolvimento do transporte aéreo regional e incentivo à
indústria aeronáutica brasileira (EMBRAER).
 Surgem: TABA / NORDESTE / TAM / VOTEC / RIO-SUL.
Período de 1981 a 1989
 Prejuízos até 1986 com a implantação do plano cruzado
quando ocorreu aumento considerável da demanda.
 Em 1986 foi realizada a 4ª CONAC.
Período de 1988 a 1998
 Durante o plano cruzado aumento da demanda.
 Período inflacionário diminuição e crise.
 Em 1992 – 5ª CONAC As regionais não precisam mais atuar
em áreas específicas.
 Em 1994 – Plano Real Aumento da demanda.
Período de 1998 a 2004
 TRANSBRASIL parou de operar dívida de combustível.
 TAM menos deficitária maior mercado doméstico.
 Atentado terrorista (11/09 EUA) com uso de aviões
comerciais.
 Queda da Aviação Civil (Turismo).
 Intensificação da segurança nos aeroportos
Período de 2005
 Julho de 2005 – entra em operação a empresa WEBJET, de
modelo “low cost, low fare”.
 Agosto de 2005 – começa a funcionar como empresa de
vôos regulares a empresa “BRA”, que antes operava somente
com vôos charter.
 Em 20/07/2005 o mercado era dividido em:
 TAM com 43% do mercado;
 GOL com 29% do mercado;
 VARIG com 26 % do mercado.
Período de 2005
 Características de uma empresa “low cost, low fare”:
 não oferece milhagem
 não oferece comida quente durante o vôo. O local dos fornos de
aquecimento da comida é ocupado por assentos.
 homogeneização da frota, o que barateia a manutenção.
 mantém as aeronaves voando o maior tempo possível.
 estimula compra de passagens pela internet, o que reduz gastos
com papel e funcionários.
Período de 2005
 Setembro de 2005 - criação da ANAC – Agência Nacional de
Aviação Civil (Lei nº 11.182 de 27/09/05).
 VARIG entra em processo de recuperação judicial e vende a
VarigLog (transporte de cargas) e VEM (manutenção) para
TAP por US$62 milhões. A TAP ficou com a VEM por US$
24 milhões e revendeu a VarigLog por US$48,2 milhões para
Volo do Brasil (3 empresários brasileiros e o fundo americano
Matlin Patterson).
Período de 2006
 Aumento da demanda em função da baixa do dólar.
(valorização do Real)
 Crise na Varig – dívida de aproximadamente 8 bilhões de
reais.
 Em julho de 2006 a Varig é dividida em antiga Varig
(processo judicial, com as dívidas) e nova Varig (enxuta).
 A VarigLog controlada pela Volo do Brasil compra a nova
VARIG
Período de 2006
 Ocorre acidente com avião da GOL na Amazônia
(29/09/2006): houve choque com aeronave pequena
(Legacy) – não há sobreviventes.
 Crise nos aeroportos – ocorrência de grande atraso nos vôos
– filas enormes – descontentamento geral dos passageiros
Período de 2007
 Continua a crise nos aeroportos que culmina com a troca de
Ministro da Defesa – novo ministro Nélson Jobim.
 A Empresa GOL compra a nova VARIG em 28/03/2007 por
US$320 milhões (R$660milhões). Após a compra o mercado
ficou dividido em:
 Doméstico - TAM com 47,33%, GOL com 44,83%,
 BRA 2,98%, OceanAir 2,24 % e Demais 2,62%.
 Internacional - TAM com 61,01%, GOL com 30,76%,
 BRA 7,89%, OceanAir 2,24 % e Demais 0,34%.
Período de 2007
 Ocorre acidente com avião da TAM (17/07/2007) no
aeroporto de Congonhas em SP – em pista molhada avião sai
da pista e se choca com posto de gasolina e hangar da TAM do
outro lado da rua e explode – não há sobreviventes.

 Agravamento da crise no transporte aéreo brasileiro leva a


substituição dos Diretores da ANAC e também a criação da
Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Defesa para
coordenar os órgãos da aviação civil brasileira
(DECEA/ANAC/INFRAERO/Indústria Aeronáutica).

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