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A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTE

A REDE NACIONAL de AEROPORTOS

Fig. 1 - Voos low cost Fig. 2 - Formalidades de embarque

O transporte aéreo é o mais recente de todos os tipos de transporte anteriormente


estudados.
Conheceu um desenvolvimento muito acentuado nas últimas décadas, em particular após
a Segunda Guerra Mundial.

A rede de aeroportos foi-se estruturando consoante as necessidades.


Só em 1938 se iniciaram as obras do que viria a ser o primeiro aeroporto português, em
Lisboa, na Portela de Sacavém, inaugurado em 1941.

Em 1945 abriu ao tráfego o aeroporto Sá Carneiro, no Porto (antes Pedras Rubras), e em


1965 foi inaugurado o aeroporto de Faro.

Nos Açores, em 1969 foi inaugurado o aeroporto João Paulo II, na ilha de São Miguel,
dois anos depois, em 1971 foi a vez do aeroporto da Horta, na ilha do Faial. Em 1975,
abre oficialmente ao tráfego o aeroporto das Flores, em 1981, o da Ilha Graciosa, em
1982, o da ilha do Pico, em 1983 o da ilha de São Jorge.

Na Madeira, o aeroporto do Porto Santo abriu ao tráfego em 1960 e o de Santa Catarina


foi inaugurado em 1964.

Na rede nacional de aeroportos, destacam-se, em movimento de passageiros, os de


Lisboa, Porto e Faro e, nas regiões autónomas, os do Funchal e de Ponta Delgada. Em
Portugal Continental, o Interior é servido por diversos aeródromos, Fig. 3.

A importância do aeroporto da Portela resulta de estar localizado na região da capital e


por ter uma grande área de influência, pois está inserido na região de maior
concentração populacional.

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A rede de aeroportos serve sobretudo o tráfego internacional de passageiros e de carga
(Quadro 1).

Daí a maior importância dos aeroportos do Continente e das principais cidades de cada
uma das regiões autónomas, uma vez que estabelecem ligações entre ilhas e destas com
o exterior.

Nos aeroportos de Faro e do Funchal, o volume de tráfego internacional de passageiros


está associado à importância do turismo no Algarve e na Madeira.
São também estes aeroportos que apresentam maior capacidade, com destaque para o
de Lisboa, por ser a mais importante plataforma de voos internacionais Fig. 2.

Rede Nacional de Aeroportos


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Fig.3- Movimento de passageiros nos aeroportos portugueses
e localização dos principais aeródromos civis, em 2006

No sector aeroportuário, a Política Geral de Transportes dá prioridade aos


seguintes aspetos:
 Criação da valência civil do aeródromo de Beja;
 Melhoramentos nos aeroportos regionais;
 Implementação de medidas para minimizar os danos ambientais,
designadamente os níveis de ruído e a poluição atmosférica;
 Modernização dos equipamentos de logística e de controlo do tráfego aéreo;
 Realização de melhorias no atual aeroporto de Lisboa, para fazer face ao
previsível crescimento do tráfego;
 Construção do novo aeroporto de Lisboa.

O crescimento do tráfego de passageiros nacionais está associado a um fenómeno


recente: o surgimento de companhias low cost.
A expansão do tráfego de passageiros e de aeronaves nos aeroportos nacionais levanta
algumas questões na atualidade, que, no entanto, já não são novidade.
O aeroporto da Portela, em Lisboa, é o que apresenta uma situação mais complexa e a
necessitar de resolução urgente, devido:
 À falta de espaço para expansão do aeroporto, em resultado da expansão
urbana;
 Aos problemas ambientais resultantes do ruído e da poluição atmosférica;
 À possibilidade de ocorrer um acidente, na aterragem ou descolagem, de grandes
proporções em plena área urbana.
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Vantagens do Transporte Aéreo

 É o modo de transporte que veio dar resposta à crescente mobilidade de pessoas


e bens;
 É o transporte mais económico para passageiros (tempo e custos) para longas
distâncias, especialmente em viagens intercontinentais;
 É geralmente um transporte seguro;
 Liberdade de movimentos (ausência de itinerários fixos);
 Possibilidade de chegar a locais onde os outros modos de transporte não chegam;
 O conforto, face à rapidez oferecida, justifica a sua preferência por políticos,
homens e mulheres de negócios, turistas, entre outros, apesar dos preços
praticados, em última hora, serem mais elevados;
 A elevada oferta tem contribuído para o estabelecimento de preços mais
competitivos, atraindo um crescente número de utentes;
 O preço deste modo de transporte a nível das linhas internacionais tem registado
baixas sucessivas em resultado de uma concorrência praticada essencialmente
pelos voos de baixa tarifa (low cost), o que tem vindo a permitir a vulgarização e
a democratização deste modo de transporte, tornando-o concorrencial para
médias e longas distâncias;
 A vulgarização deste modo de transporte tem possibilitado o desenvolvimento
turístico de lugares outrora dificilmente alcançáveis;
 Desempenha um papel de grande importância, relativamente às ligações do
território continental com as regiões autónomas, entre estas e no seu interior
(especialmente para passageiros e mercadorias urgentes);
 Oferece condições particularmente favoráveis no transporte de bens perecíveis
(flores, medicamentos, material de precisão, órgãos humanos para transplante,
etc.), no combate a incêndios e na evacuação de doentes e/ou sinistrados em
lugares onde não existem meios de assistência;
 É o modo de transporte com o mais elevado grau de modernização e de
desenvolvimento tecnológico.

Desvantagens do Transporte Aéreo

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 Evidencia custos operacionais muito elevados em resultado do preço das
infraestruturas, das aeronaves e da sua manutenção;
 A capacidade limitada de transporte de mercadorias não permite uma
amortização desejável dos elevados custos por unidade de carga transportada;
 Apresenta um impacte ambiental elevado (poluição sonora e atmosférica)
especialmente na descolagem e aterragem (é responsável por 13% das emissões
de CO2, atribuídas aos transportes);
 O preço das deslocações ainda é limitativo da utilização deste tipo de transporte,
apesar das descidas de preços que se têm vindo a registar;
 O elevado consumo de combustível (os atrasos provocam um excesso de 6% no
consumo de combustível)
 A saturação do espaço aéreo torna, por vezes, difícil o escoamento do tráfego
aéreo;
 A localização dos aeroportos no interior das cidades/áreas urbanas;
 O elevado tempo de espera nos aeroportos, para embarque e desembarque;
 Atraso nos voos, particularmente nas situações que necessitam de transbordo;
 Grande vulnerabilidade face à insegurança motivada por ações terroristas, o que
leva a maiores formalidades de controlo de segurança e a um maior consumo de
tempo.

Quem disse que o transporte aéreo não é indicado para “mercadorias” pesadas e
volumosas? Fica claro que não há regra sem exceção. Este Boeing 747 carrega nas suas
costas uma nave espacial de elevadíssimo valor, bastante pesada e volumosa. Imaginem
o que não será preciso de técnica para que a aerodinâmica não comprometa um voo
deste género!!!
Rodrigues Arinda et tal, Geogra.fia A 11°Ano, Texto Editores (adaptado)
Rodrigues Arinda, Preparar o Exame Nacional - Geografia A, Texto Editores (adaptado)
Matos Fernanda e tal, Geografia,Porto Editora (adaptado)

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