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EMS 3

METAR SISTEMAS
www.metar.com.br
Metar Sistemas

ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 2

1.1. FINALIDADE ............................................................................................................................................ 2

2. SIGLAS E ABREVIATURAS ........................................................................................................................ 2

3. DESCRIÇÃO DO SISTEMA E VISÃO GERAL................................................................................................ 4

3.1. DESCRIÇÃO DO SUBSISTEMA REMOTO ................................................................................................... 6

3.1.1. DESCRIÇÃO DOS SENSORES .................................................................................................................... 6

3.1.1.1. SENSOR DE VENTO ................................................................................................................................. 6

3.1.1.2. SENSOR DE TEMPERATURA E UMIDADE ................................................................................................. 7

3.1.1.3. SENSOR DE PRESSÃO BAROMÉTRICA ..................................................................................................... 8

3.1.1.4. DESCRIÇÃO DO COLETOR DE DADOS ...................................................................................................... 8

3.1.1.5. ALIMENTAÇÃO DO SUBSISTEMA REMOTO ........................................................................................... 11

3.1.2. SUBSISTEMA DE VISUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 11

3.1.2.1. DESCRIÇÃO ........................................................................................................................................... 11

3.1.2.2. VISUALIZADOR METAR ......................................................................................................................... 11

3.1.2.2.1. CONFIGURAÇÕES .............................................................................................................................. 15

3.1.3. AJUSTES DISPONÍVEIS NA PLACA DE COLETA DE DADOS ...................................................................... 17

3.1.4. ACESSO À LEITURA DOS SENSORES....................................................................................................... 21

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1. INTRODUÇÃO

1.1. FINALIDADE

Este manual fornece as informações necessárias para operação correta e


compreensão da estação meteorológica de superfície (EMS-3) Metar Sistemas.
Todas as informações técnicas necessárias para a operação do sistema,
características técnicas e funcionalidades do software estão disponíveis neste
manual.

2. SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AC Corrente Alternada

AFIS Serviço de Informação de Voo de Aeródromo

AIS Serviço de Informação Aeronáutica

APP Centro de Controle de Aproximação

AVG Média

AWOS Sistema

ATS Serviço de Tráfego Aéreo

BIT Teste Interno

Cat Categoria de Aproximação

COMAER Comando da Aeronáutica

DATU Unidade de Terminal de Aquisição de Dados

DC Corrente Contínua

DCA Diretriz do Comando da Aeronáutica

DCP Processador de Coleta de Dados

DDR Receptor Digital de Dados

DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo

DV Direção do Vento

EMS Estação Meteorológica de Superfície

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EPROM Memória Somente de Leitura Programável Apagável

EPTA Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego


Aéreo;

FAB Força Aérea Brasileira

ft Pé

Hg Mercúrio

hPa hectopascal

ICA Instrução do Comando da Aeronáutica

ICAO Organização de Aviação Civil Internacional

IFR Regras de voo por instrumento (Instrument Flight Rules);

ILS Sistema de aproximação de precisão (Instrument Landing System)

INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

I/O Entrada/Saída (Input/Output);

IP Internet Protocol

ISM Industrial, Scientific and Medical - Faixa de frequência de rádio


dedicada à aplicações industriais, científicas e médicas;

m Metro;

ID Identificação

INOP Inoperante

kt Nós

LED Diodo de Emissão de Luz

MCA Manual do Comando da Aeronáutica;

MHz Mega hertz

MSL Nível Médio do Mar

NBR Norma Brasileira;

NM Norte magnético;

NOTAM Aviso aos Aero navegantes

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NV Norte verdadeiro;

OACI Organização de Aviação Civil Internacional

OMM Manual de Operações e Manutenção

QFE Redução da Pressão ao Nível da Estação;

QFF Redução da Pressão ao Nível Médio do Mar;

QNE Pressão Padrão Relativa ao Nível Médio do Mar (1013,25 hPa);

QNH Redução da pressão da Estação ao ajuste do altímetro;

REDEMET Rede de Meteorologia do COMAER;

TCP Transport Control Protocol

TWR Torre de Controle

UHF Frequência Ultra Alta

UPS Fonte Ininterrupta de Energia (Uninterruptible Power Supply)

UR Umidade Relativa

VAC Tensão Alternada

VDC Tensão Contínua

VHF Frequência Muito Alta

VV Velocidade do Vento

WMO Organização Meteorológica Mundial (World Meteorological


Organization).

3. DESCRIÇÃO DO SISTEMA E VISÃO GERAL

O sistema METAR compõe uma solução totalmente adequada às normas


aeronáuticas em vigor, dando suporte à observação meteorológica para fins
aeronáuticos. Possui sensores de direção e velocidade do vento, temperatura do ar,
umidade relativa e pressão barométrica. Leituras dos sensores são realizadas por um
processador digital localizado na placa de processamento remota instalada no sítio
meteorológico. Com as informações capturadas, as outras informações exigidas em

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norma podem ser calculadas: ponto de orvalho, altitude densidade, QNH e QFE.

A estação meteorológica Metar é composta por dois módulos, a saber: módulo


remoto e módulo visualização. O módulo remoto, instalado em sítio meteorológico no
alinhamento da cabeceira principal do aeroporto (conforme exigência das normas da
FAB), coleta as informações dos sensores, realiza as médias de vento, verifica a
existência de rajada, calcula altitude densidade, ponto de orvalho, QNH e QFE,
condensa todas as informações em uma cadeia de caracteres e envia ao módulo de
visualização. O módulo de visualização é responsável por apresentar todas as
informações necessárias na tela de um computador por intermédio de um programa
baseado em plataforma Windows.

O transporte das informações de campo ao módulo de visualização pode ser feito


por fibra óptica, rádio link ou cabos metálicos. Toda a infraestrutura deverá ser
instalada pelo adquirente, em conformidade com todas as normas referentes a
meteorologia aeronáutica em vigor (MCA 101-1 e ICA 105-15) e de Estações
Prestadores de Serviços de Telecomunicações e Tráfego Aéreo - EPTA. A estação
pode ser fornecida com rádio link desenvolvido pela Metar Sistemas: o modelo
MetLink 900, com alcance de até 32 km e frequência de trabalho ISM de 900 MHz.

A alimentação do sistema remoto pode se dar por rede comercial em corrente


alternada ou por painel solar. Em ambos os casos, a alternativa ou backup de energia é
uma bateria chumbo ácida de capacidade adequada à autonomia e à aplicação. Para
garantir a disponibilidade do sistema e manter o programa de visualização em
operação, um nobreak deve ser utilizado no computador do módulo de visualização. A
figura 1 apresenta um diagrama simplificado do sistema Metar.

Figura 1 – Diagrama simplificado do sistema Metar

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3.1. DESCRIÇÃO DO SUBSISTEMA REMOTO

3.1.1. DESCRIÇÃO DOS SENSORES

O sistema Metar possui os seguintes sensores instalados no módulo


remoto:

- sensor ultrassônico de direção e velocidade do vento;

- sensor de temperatura e umidade;

- sensor de pressão barométrica.

Para concentrar todas as informações dos sensores, um coletor de dados


(datalogger) compõe o sistema remoto. Também é sua função filtrar erros
e realizar as médias de vento exigidas em norma, calcular as informações
de altitude densidade, QFE, QNH e ponto de orvalho e obter a informação
de rajada de vento.

Todo o sistema deve ser montado em uma caixa estanque, compondo o


bastidor remoto. No bastidor também deve haver bateria como fonte
alternativa e os conectores externos, que recebem os sinais dos sensores,
comunicação externa e alimentação.

3.1.1.1. SENSOR DE VENTO

A estação Metar utiliza um sensor FWS200, que utiliza 4 sensores


ultrassônicos internamente. Medições cíclicas em todas as direções são
obtidas resultando nas medições de direção e velocidade. As
características técnicas são apresentadas abaixo:

Item Descrição
Dimensões Diâmetro: 140 mm
Altura: 215 mm
Massa aproximada: 1 kg
Princípio de operação Ultrassônico
Faixas de medição Direção: 0 a 360 °
Velocidade: 0 a 60 m/s (116 kt, 216
km/h)
Tolerâncias máximas Direção: +/- 3
Velocidade: °+/- 0,3 m/s ou +/- 3% (0 a 35
m/s)
Aquecimento 30 VA a 24 Vcc
Interfaces RS232 / RS485
Consumo 20 mA a 12 V
Faixas de operação -40 °C a +85 °C
0 a 100 % de umidade relativa do ar

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O sensor disponibiliza as informações instantâneas de direção e
velocidade do vento em graus e nós respectivamente. O coletor de dados
requisita essas informações a cada segundo - via interface RS 485 - e
compõe uma média de 2 minutos. Essa média é móvel, ou seja, a cada
aquisição nova, a(s) mais antiga(s) é (são) descartada(s) desde que
seja(m) mais antiga(s) que 2 (dois) minutos. Uma média móvel de 10
(dez) minutos também é mantida no coletor de dados de forma a obter a
informação de rajada. A rajada ocorre quando, dentro de uma janela
temporal de 10 (dez) minutos, um pico de velocidade do vento possui
valor maior ou igual a 10 (dez) nós acima do valor da média de 2 (dois)
minutos. O valor permanece na tela enquanto essa condição persistir. O
coletor de dados é conectado ao sensor de vento por par metálico em RS
485. A alimentação do sensor também é fornecida pela placa coletora de
dados, por meio de fonte isolada galvanicamente do restante da placa em
tensão de 12 V. O isolamento galvânico poupa a placa de possíveis
consequências de descargas externas ao gabinete, uma vez que o sensor é
instalado em posição elevada e susceptível a intempéries de toda sorte.

3.1.1.2. SENSOR DE TEMPERATURA E UMIDADE

Sensor de alta qualidade e precisão, baixíssimo consumo e


comunicação serial por RS485, o sensor METPRO ATH fornece valores
precisos de temperatura e umidade. Instalado em seu abrigo de 19
(dezenove) níveis, é capaz de medir as variáveis nas melhores condições
e dentro das características exigidas nas normas. O sensor METPRO
ATH é alimentado em 5V pela placa coletora de dados, também em fonte
isolada galvanicamente da alimentação principal do bastidor do sistema
remoto. Os valores de temperatura e umidade são obtidos digitalmente
por meio de comandos em sua interface RS 485. Abaixo, as
características técnicas do sensor:

Faixa de medição de umidade relativa 0 a 100 %


Resolução na medição da umidade 1%
relativa
Tolerância medição umidade relativa +/- 2 %
Faixa de medição de temperatura -40 a 60 °C
Resolução na medição de temperatura +/- 0,1 °C
Tolerância na medição de temperatura +/- 0,3 °C
Repetitividade 0,05 °C
Estabilidade de longo tempo 0,1 °C/ano
Alimentação 3,3 a 9V
Faixa de operação -50 °C a 100 °C / 0 a 100 %
Saída ótima 4 a 20 mA, 0 a 5 V

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Corrente < 1 mA
Comprimentos de cabo 2, 5 e 10 m
Comprimento da probe 110,8 mm
Diâmetro da probe 16,2 mm
Massa 10 g

3.1.1.3. SENSOR DE PRESSÃO BAROMÉTRICA

A estação meteorológica Metar disponibiliza informações de QNH e


QFE dentro das exigências exigidas pelas normas da FAB e permite a
inserção de ajustes adequados ao local de instalação. Ajustes devem ser
inseridos de forma a corrigir as informações referidas ao ponto mais alto
da pista e ao nível do mar. O sensor utilizado é o modelo AP3, cujas
características técnicas podem ser visualizadas abaixo:

Item Descrição
Faixa de pressão Modelo digital: 10 a 1100 hPa
Modelo analógico: 600 a 1100 hPa
Tolerância máxima +/- 0,5 hPa
Resolução 0,1 hPa
Interface RS232 / RS485
Comandos para leitura Protocolo ASCII
Faixa de tensão de operação Saída digital: 5 a 30 V
Saída analógica: 12 a 30 V
Corrente de operação Saída digital: 5 mA
Saída analógica: 20 mA
Faixas de operação -40 °C a +85 °C
0 a 100 % de umidade relativa do ar

O sensor AP3 é instalado no interior do bastidor remoto e alimentado


pela placa coletora de dados em 12V não isolada da fonte principal do
bastidor. As informações de pressão são obtidas digitalmente, por
comandos em interface serial RS232 em nível TTL. Uma nova
informação é requisitada a cada 5 segundos.

A alta qualidade do sensor barométrico garante informações dentro


dos limites estabelecidos em norma.

3.1.1.4. DESCRIÇÃO DO COLETOR DE DADOS

O sistema de coleta de dados é composto por duas placas sobrepostas,

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cada uma com uma função específica: coleta de dados e monitoramento.
A placa de coleta executa as funções já descritas em conjunto com os
sensores conectados. A comunicação com o mundo externo é feita por
uma interface serial RS 232 e, por ela, as informações são enviadas ao
sistema de visualização de dados. As rotinas de correção das pressões
(QNH e QFE) e demais configurações de manutenção também acessam a
placa coletora pela interface serial. Por meio de rádio, fibra óptica ou par
metálico, os dados são enviados ao sistema de visualização. Os
dispositivos centrais das duas placas são microprocessadores ARM com
programação em alto nível, entradas e saídas digitais e analógicas que
permitem a leitura dos sensores e demais informações, além de memórias
voláteis e não voláteis.

O sensor de temperatura e umidade é conectado em uma de suas saídas


RS485, na mesma linha física do sensor de vento. É alimentado em 5V
contínuos, isolados da alimentação principal. Essa opção advém da
susceptibilidade do sensor às intempéries. O sensor temperatura e
umidade do ar é instalado externamente ao bastidor do subsistema remoto
e pode sofrer interferências provenientes de descargas atmosféricas e
demais fontes interferentes. A fonte isolada que alimenta o sensor
imuniza o dispositivo central do sistema – o microprocessador – elevando
a disponibilidade total do sistema. A temperatura do ponto de orvalho é
calculada utilizando a temperatura do ar e a umidade relativa.

As informações de vento são todas recebidas e processadas pela placa


coletora. As normas exigem informações de vento em médias de 2 (dois)
minutos, que são realizadas pelo processador da placa coletora para
posterior envio ao subsistema de visualização. O processo de média foi
explicado em 3.1.1.1.

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Figura 2 – Conexão dos sensores

A pressão barométrica é medida pelo sensor de pressão, instalado no


interior do bastidor remoto. Por não estar tão exposto, utiliza a mesma
alimentação geral do bastidor, sem isolamento. As informações são
obtidas digitalmente por meio de interface serial RS 232 em nível TTL.

Associada a placa coletora de dados, a placa de monitoramento


gerencia as condições dentro do bastidor remoto. Mede a temperatura
interna, monitora a tensão da alimentação e emite alarmes de violação do
bastidor (abertura da porta), falta de energia e demais alarmes
programados. Relés podem ser utilizados para reset da placa de coleta de
dados e acionamento da luz de balizamento. A alimentação da placa pode
variar entre 12 e 25V.

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Figura 3 – Coletor de dados

3.1.1.5. ALIMENTAÇÃO DO SUBSISTEMA REMOTO

Uma fonte de alimentação contínua e ininterrupta é imprescindível ao


bom funcionamento e disponibilidade do subsistema remoto. Para tanto, a
utilização de baterias torna-se imperativa. Como fonte principal, energia
comercial e/ou painel solar são as fontes mais comuns e recomendadas.

3.1.2. SUBSISTEMA DE VISUALIZAÇÃO

3.1.2.1. DESCRIÇÃO

O subsistema de visualização é instalado em local que permita ao


operador do aeroporto acessar visualmente as informações
meteorológicas. É composto por programa de visualização, computador e
toda a estrutura de comunicação necessária: rede de computadores,
rádios, modens, conversores, etc. Essa estrutura pode variar conforme as
particularidades do local de instalação.

3.1.2.2. VISUALIZADOR METAR

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Parte principal do subsistema de visualização Metar, o programa de
visualização de dados atende a todas as exigências e normas voltadas a
meteorologia aeronáutica. Apresenta todas as variáveis meteorológicas
exigidas em suas unidades e resoluções.

Figura 4 – Visualizador de dados

Por meio do programa, é possível visualizar as informações


meteorológicas em números com cores bastante destacadas, de forma a
facilitar a visualização pelo operador da estação de controle. O gráfico
central mostra uma estilização da pista, orientada ao norte magnético com
um desenho de aeronave representando a direção do vento. As
numerações das cabeceiras da pista podem ser inseridas e aparecem
representados na tela e podem ser alterados a qualquer tempo.

O programa de visualização é liberado para uso após aquisição de


uma licença de uso. O programa roda exclusivamente em máquinas
autorizadas. Se for copiado e instalado em outra máquina, o programa não
rodará.

DIREÇÃO E VELOCIDADE DO VENTO

A informação de direção do vento é apresentada em graus,


referenciada ao norte magnético, em média de 2 (dois) minutos, que já
vem calculada do bastidor remoto. Os valores são apresentados de 10 em
10 graus, podendo variar de 0 a 350 graus (360° = 0°). A velocidade do

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vento também é uma média de 2 (dois) minutos, disponibilizada em
valores inteiros e em nós (kt). O campo de rajada só mostra o valor em
caso de atendimento às condições definidas em norma, ou seja, caso haja
algum valor de vento máximo em 10 (dez) minutos que exceda em 10
(dez) nós o valor médio de 2 (dois) minutos.

TEMPERATURA, UMIDADE DO AR E PONTO DE


ORVALHO

A temperatura do ar é disponibilizada em graus Celcius, com


resolução de 0,1 grau. A Umidade do ar, em inteiros, tem resolução de 1
%. O ponto de orvalho é calculado na placa de coleta de dados instalada
no sítio remoto, juntamente com a informação de altitude densidade, que
também utiliza a elevação do aeroporto em relação ao nível do mar.

ALTITUDE DENSIDADE

Informação calculada na placa remota de coleta de dados e exigida


em norma. É disponibilizada em pés (ft), variando de 100 em 100 pés
(resolução).

QNH E QFE

As informações relacionadas à pressão atmosférica são calculadas na


placa remota, utilizando ajustes inseridos por configuração. Como a
pressão é medida no bastidor remoto, as diferenças de pressão em relação
ao ponto mais alto da pista (QFE) e em relação ao nível médio do mar
(QNH) são informadas à placa de coleta remota.

REGISTRO DE DADOS

Todas as informações meteorológicas são armazenadas em duas


formas: arquivo texto e banco de dados. Os arquivos de texto são
armazenados em diretórios criados pelo programa e nomeados com o ano
vigente e, dentro desses, os meses (exemplo: C:\METAR\2016\Agosto\).
Dentro dos diretórios nomeados pelos meses, arquivos com as variáveis
meteorológicas são armazenados, nomeados pelo dia da criação. Abrindo
um arquivo, podem-se verificar, em linhas, todas as variáveis separadas
por ponto e vírgula:

[03:42:32]25,3;20,2;73;230;5;;913,7;1022,5;4600

Entre colchetes a hora, seguido por temperatura do ar, ponto de orvalho,


umidade relativa, velocidade do vento, direção do vento, QFE, QNH e
altitude densidade. Além das informações meteorológicas, um log de
ações é armazenado no mesmo arquivo. Sendo assim, caso alguma
alteração de ajuste seja feito, a hora e a ação são registrados. Os registros
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em banco de dados podem ser acessados pelo programa e apresentados
em forma de gráfico. A variável pode ser selecionada e o período
escolhido para a apresentação gráfica.

Figura 5 – Gráfico de temperatura em um dia

No gráfico apresentado, as variáveis podem ser acessadas a cada


minuto em uma tabela ou apontando o mouse sobre linha do gráfico.
Além das variáveis exigidas em norma, log de ações e variáveis de
telemetria também são armazenados em banco de dados. São
armazenados temperatura interna do bastidor remoto, tensão de
alimentação DC, nível de sinal celular e estado as entradas digitais.

INFORMAÇÕES DO BARÔMETRO RESERVA

Uma das funcionalidades únicas da estação Metar está a comutação


automática das informações de QFE e QNH para o barômetro reserva. Se
o barômetro reserva for acessível por porta serial, em caso de falta das
informações de pressão de campo, o programa Metar acessa o barômetro
reserva e aplica as correções necessárias. Botões na tela do programa
(“Obter pressões”) permitem acessar as informações do barômetro
reserva em uma janela de informações flutuante, que pode ser fechada
após a consulta. Dessa forma, as informações de QNH e QFE são geradas
a partir da pressão local e das correções ao nível do mar e ao ponto mais
alto da pista. Essa funcionalidade torna a falta de pressão advinda da
pista, por motivo de pane ou falha na comunicação com o sensor,
transparente ao operador. Entretanto, o sistema envia um e-mail aos
mantenedores informando a falha (manutenção pró ativa).

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3.1.2.2.1. CONFIGURAÇÕES

Uma aba de configuração, protegida por senha, permite diversas


inserções importantes ao funcionamento do programa.

COMUNICAÇÃO

As informações de campo chegam ao subsistema de visualização


normalmente por meio de rádio ou conversor eletro-óptico (fibra
óptica), através de uma porta serial. O programa pode acessar os
dados de campo acessando a porta serial do computador onde está
instalado ou pela rede ethernet do local. O acesso direto pela serial do
computador ocorre com a conexão de um conversor USB-serial ou
pela sua porta física (conector DB9), caso possua. Na outra forma de
acesso (pela rede), os dados de campo são injetados na rede local por
meio de um conversor ethernet-serial. O conversor ethernet-serial
cria um servidor TCP, com uma porta e um endereço IP da rede
local, que permite a conexão de clientes. O programa de visualização
permite a configuração dos valores da porta e do IP disponibilizados
pelo conversor, acessando os dados de campo pela rede ethernet. Na
aba de configurações pode-se selecionar a porta serial a ser utilizada
ou as configurações de servidor de rede. Também é possível acessar
as informações de outra estação, em outra localidade, desde que as
condições sejam obedecidas. Há uma possibilidade de configurar a
porta serial utilizada pelo barômetro reserva, caso haja e seja
acessível por porta serial.

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Figura 6 – Configurações

NÚMEROS DAS CABECEIRAS

É possível inserir o número da cabeceira de menor valor no


programa. A partir desse número, o outro é inserido automaticamente (18
graus acima). É a partir do valor inserido que a imagem estilizada da
pista, presente no centro da tela do programa, é orientada com referência
ao norte magnético.

NOME DO AEROPORTO E CÓDIGO ICAO

O nome do aeroporto e o código internacional do aeroporto ICAO,


que ocupam a posição central da tela do programa de visualização Metar,
são inseridos na aba de configuração e podem ser alterados a qualquer
tempo.

AJUSTES DE QFE E QNH

Além do ajuste possível na placa coletora de dados, o programa


permite correções no QNH e QFE. Também é possível ajustes para o
barômetro reserva, caso haja um conectado ao computador do sistema de
visualização.

ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÕES
METEOROLÓGICAS

A aba de configuração permite escolher o local (diretório) onde


serão armazenados os arquivos históricos e de ações. O local padrão é
“C:\Metar”.

SENHA DE ACESSO

É possível alterar a senha de acesso às configurações do programa.


A opção é “Alterar senha”.

CONFIGURAÇÕES DE REDE

É possível acessar as informações meteorológicas por meio de um


conversor ethernet-serial, que cria um servidor TCP na rede local da qual
participa o computador do subsistema de visualização. Nessa opção,
insere-se o IP e a porta do servidor TCP. Pode-se também acessar
informações disponíveis em qualquer local do mundo, desde que estejam
no padrão utilizado pelo sistema Metar.

E-MAILS DE ALERTA

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O programa de visualização avalia as informações advindas do
subsistema remoto e, em caso de irregularidade, e-mails são disparados a
endereços registrados no banco de dados do programa. Essa opção é um
grande diferencial do sistema, que permite uma manutenção proativa.
Com acesso remoto ao computador, o mantenedor pode reparar
configurações, diagnosticar problemas e, em último caso, munir-se de
informações necessárias para visita técnica ao local. O sistema avisa em
caso de falta de alguma informação ou todas as informações de campo,
fechamento indevido do programa, porta do bastidor remoto violada,
bateria do sistema remoto com tensão crítica e temperatura excessiva no
interior do bastidor remoto.

3.1.3. AJUSTES DISPONÍVEIS NA PLACA DE COLETA DE DADOS

Todos os sensores possuem característica técnicas intrínsecas e, entre


elas, desvios em relação ao valor medido esperado. A placa de coleta de
dados permite o ajuste do valor de pressão absoluta, visando a correção
de possíveis desvios acumulados durante o tempo de uso. Além do ajuste
do valor absoluto medido, podem-se inserir as correções para QFE e
QNH.

ACESSO AOS AJUSTES DA PLACA DE COLETA DE


DADOS

Alguns comandos são aceitos pela placa de coleta de dados visando


ajustes nas informações de pressão. O acesso pode ser feito por meio de
qualquer programa terminal serial, como Hyperterminal e SSCOM.
Entretanto, os procedimentos apresentados a seguir só podem ser
executados por técnicos treinados. Qualquer alteração inadvertida nas
correções pode inviabilizar

CORREÇÕES DE PRESSÃO

Para acessar o modo de ajuste de pressão, o comando enviado é “CalP”


(sem apas) até que seja recebido a resposta “CalP” da placa de coleta de
dados. Após entrar no modo de ajuste, o sistema passa a responder com
os valores de pressão, QFE, QNH e a correção aplicada ao sensor. A
velocidade padrão da porta serial é 19200 bps.

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Metar Sistemas

Figura 7 – Correção de pressão

Uma vez no modo de ajuste, para corrigir o valor absoluto, vindo direto
do sensor de pressão, digitar “P=x”, onde “x” é o valor a ser somado à
pressão do sensor. Para corrigir inicialmente o sensor, quando não há
valor registrado de correção, digitar o valor desejado e aguardar a nova
pressão corrigida em “Pressao = “ enviado pela placa de coleta de dados.
Para essa tarefa deve-se utilizar como referência um padrão externo
calibrado, do qual se conheça o erro e incerteza e a combinação desses
valores não ultrapasse a tolerância exigida em norma de 0,3 hPa. O valor
a ser inserido deve ser obtido da diferença entre o padrão externo e da
informação gerada pelo sensor da placa de coleta Metar. Para o exemplo
da figura 7, a pressão original era 915,50 hPa. A pressão medida em um
padrão calibrado (com erro e incerteza conhecidos) é 915,10 hPa. O valor
da correção a ser inserida é a diferença entre a informação da placa Metar
e do sensor padrão. Nesse caso, a diferença é 915.10 – 915.50 = -0,4.
Digitar “P=-0.4” ou “P=-0,4” e a placa responde com o valor inserido e
uma mensagem de sucesso ou falha na gravação. A gravação bem
sucedida retorna “Gravado com sucesso!!!” e a mal sucedida “Erro ao
gravar. Tente de novo!!!”. Caso não retorne nenhuma mensagem, tente
novamente enviar a correção.

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Figura 8 – Exemplo de correção

Após uma gravação bem sucedida, avaliar o valor corrigido e comparar


com o padrão. Caso aja erro, insira “P=0” ou correção nula e compare
novamente o valor medido com o padrão externo. Repita a comparação
até que se obtenha erro nulo ou próximo disso.

CORREÇÃO DE QFE E QNH

Para aplicar as correções de QNH e QFE, realizar a obtenção dos valores


por meio de redução de pressão e tabelas, conforme procedimento padrão.
Realizar a diferença entre o valor esperado de QNH e QFE e a pressão já
corrigida fornecida pela placa de coleta de dados. A inserção da correção
ocorre de maneira similar à correção de pressão. Para nosso exemplo,
imaginemos um QNH de 1023,00 hPa e uma pressão local de 915 hPa. A
diferença entre os dois valores é 1023 – 915 = 108 hPa. Digitar
“QNH=108”. O valor de QNH passa a ser corrigido com o valor inserido.

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Figura 9 – Correção de QNH

O mesmo procedimento deve ser realizado para o QFE, enviado


“QFE=x”, sendo “x” a diferença entre o QFE desejado e a pressão
absoluta do sensor de pressão.

Para sair do modo ajuste de pressão, digitar “CalOFF”. A placa retornará


ao seu modo de funcionamento normal.

CORREÇÃO DE ELEVAÇÃO

Para o cálculo de altitude densidade, é preciso informar à placa de coleta


a elevação do sitio aeroportuário. Para inserir essa informação, entrar com
o comando “CalElev” e a placa entra em modo inserção de elevação.
Repetir o comando até que a placa responda.

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Figura 10 – Correção de elevação

Para sair do modo de correção, digitar o comando “CalOFF”.

3.1.4. ACESSO À LEITURA DOS SENSORES

Durante a tarefa de calibração de sensores, é importante acessar suas


informações de forma rápida e direta. Para acessar o sensor de vento,
digitar o comando “CalDV” e aguardar a resposta da placa de coleta de
dados. Após a confirmação do comando, a placa enviará as informações
de direção e velocidade do vento de forma contínua, permitindo a
calibração do sensor de forma mais rápida e prática.

Para o sensor de temperatura e umidade, o acesso se dá pelo comando


“CalTU”. Para sair do modo de acesso, digitar “CalOFF”.

Para acesso à pressão, utilizar seu modo de ajuste.

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