Você está na página 1de 2

TRABALHO EM AULA

Psicologia Existencial Humanista


Prof. Aguinaldo J. S. Gomes

Data:
Nome das(os) alunas(os):

1 - Texto de suporte

Poesia Prosaica Minha: Uma gota de fenomenologia

Uma coisa é a coisa que a gente vive nos ossos, nos nervos, na carne e na pele; aquilo
que chega e esfria ou esquenta o sangue do caboclo. Outra coisa bem outra é assistir essa
mesma coisa mais ou menos de longe. Nem a mãe de um caboclo que passa fome sabe o que é
passar fome do jeito que o caboclo que passa fome sabe.
A mãe sabe outra coisa, que é o que é ser mãe de um caboclo que passa fome. Isso nem
o caboclo sabe: o que ela sabe é dela só, diferente do caboclo e diferente do médico que
recebe o tal caboclo e a mãe dele no hospital.
O médico sabe da fome do caboclo de um outro jeito porque ele já ficou mais longe
daquela fome um tanto mais que a mãe e outro tanto bem mais que o caboclo. O jeito que o
médico sabe da fome daquele caboclo pode ser mais ou menos só dele ainda, mas isso só se
ele pôr muito reparo no caboclo e na mãe dele. O que geralmente atrapalha o médico é que
ele geralmente acha que sabe mais da fome do caboclo que o próprio caboclo e a mãe do
caboclo e por isso ele não presta atenção nos dois e por isso ele acaba que sabe de uma fome
que é igual à fome que qualquer outro médico em qualquer outro hospital sabe.
Mais longe ainda que esse médico fica o jornalista que aparece do nada na porta do
hospital para ver e falar com o caboclo e a mãe dele e o médico para depois escrever sobre
eles no jornal. O jornalista é geralmente pior só porque geralmente ele acha que já sabe o que
o caboclo, a mãe dele e o médico sabem e que por isso sabe mais que eles todos.
Agora, a pior raça mesmo de todas é a da pessoa que vem escrever sobre a história da
fome do caboclo, da mãe do caboclo, do médico e do jornalista porque esse já ficou tão longe,
mas tão longe, que o que ele escreve ainda parece ser mas já não tem quase nada que ver com
aquela fome do caboclo: o que ele escreve é essa tal de literatura.
Não custa lembrar que se a fome passar nem o caboclo sabe mais a mesma coisa que
sabia quando passava fome. O que ele tem depois que a fome passa e só uma idéia (mais uma
idéia) do que era a fome que ele um dia passou. Quando ele pára de passar fome e ainda acha
que sabe o que é passar fome do mesmo jeito que o outro caboclo que ainda passa fome ele
arrisca pretensão quase tão grande quanto a do médico e a do jornalista; pior só a pretensão
do escritor.

http://paulodaluzmoreira.blogspot.com/2008_10_01_archive.html
2 - EXERCÍCIO SOBRE O VIVIDO

O encontro com o homem revelado pelo humanismo expõe a necessidade de um novo olhar,
pois nossas lentes se inclinam a um olhar que dá soberania ao passado como forma de
conhecer o homem. Presos, nos submetemos a busca de respostas, submergimos a
necessidade de encontrar nesse passado as justificativas do presente, nossos olhos não
enxergam o obvio como diria Fritz Perls criador da Gestalt-terapia, mas insistentemente
procuramos justificativas desprendidas de nós. Podemos considerar que o que caracteriza o
olhar humanista na psicologia é:

I – Encontrar o homem a partir dos antecedentes relacionados com as consequências de seus


atos no presente

II – ênfase nos esquemas que possam explicar o homem obtendo clareza sobre sua condição
existencial

III – Encontrar o homem na palavra e não o contrário, assumindo, assim, a questão do sentido
que definem sua atualidade.

IV - ênfase na subjetividade submetida a influência de conteúdos não conscientes.

V - ênfase nas condições externas que condicionam as ações do homes

Assinale a alternativa que associa verdadeiro ou falso corretamente e na sequência, as


alternativas acima:
A – V, V, V, F, F
B – F, V, V, F, V
C – F, F, V, F, F
D – V, F, V, V, F
E – V, V, V, V, F

Amatuzzi (2001) nos leva a considerar a importância do vivido num trabalho que se oriente
pela atitude fenomenológico. Exercitamos na disciplina a nossa mudança de olhar, um viés
novo para nossas lentes ocidentais habituadas a soberania de conceitos pré-estabelecidos pelo
saber científico e também construídos socialmente. Na perspectiva fenomenológica, acredita-
se, assim, que o vivido seja o melhor guia para nossas ações concretas e para nossos
pensamentos do que concepções ou ideias construídas mais ou menos artificialmente.
Considerando o texto acima descreva a importância de compreender o vivido e no vivido num
trabalho terapêutico

Você também pode gostar